DEUS SEJA LOUVADO!

OS 7 passos
para
aprender
Densitometria
Óssea
"Eu quero que a radiologia mude a sua vida,
assim como ela mudou a minha."
- Michael Jorge

RADIOLOGIA PRÁTICA
Caro leitor,

Fico feliz que você tenha solicitado esse e-book, espero

de coração que você obtenha muitos resultados positivos
lendo " OS 7 PASSOS PARA APRENDER
DENSITOMETRIA ÓSSEA ", produzi esse material de
forma compacta e objetiva, com a linguagem totalmente
compreensível, ao decorrer dessa leitura você vai
aprender de forma prática o que você deve saber para
atuar com excelência no ramo da densitometria óssea.

Vou abordar desde as principais composições do

aparelho, como realizar o exame de forma simples,
demonstrando os estudos mais solicitados pelos
médicos. No final eu solicito seu feedback, é muito
importante para mim saber qual a sua opinião sobre o
conteúdo abordado aqui.

No mais, desejo que você aproveite essa breve leitura e

transmita os conhecimentos aprendidos aqui para outras
pessoas.

Boa leitura!
 Primeiro Passo
SAIBA O QUE É DENSITOMETRIA
Eu sempre digo, antes da realização de qualquer exame é de
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extrema importância a compreensão do que você está fazendo,

isso é algo básico que muitos não dão a relevância necessária.

Na perspectiva do exame de Densitometria não é diferente,

como profissional das técnicas radiológicas, precisamos ter um
conhecimento apurado no que envolve todo funcionamento de
um exame bem realizado.

É comum alguns pacientes não saberem qual a finalidade do

exame que estão realizando, dessa forma, precisamos ter o
conhecimento adequado para passarmos as informações
verídicas e de fácil compreensão para o mesmo.

Basicamente, o exame serve para verificar a DMO (Densidade

Mineral Óssea), ou seja, para examinar se o tecido ósseo está
fraco (poroso) ou forte, na continuação desse leitura
abordaremos quais são as principais doenças acometidas
pelos ossos diagnosticadas na D.O.

De simples realização, o exame não é invasivo e possui pouco

tempo de duração, em média termina em 20 minutos.

É necessário que o paciente colabore, não se mexendo durante

o procedimento, para evitar artefatos e falhas no diagnóstico.

O resultado é obtido a partir de uma tecnologia que utiliza

radiação ionizante juntamente com aplicação de software e
hardware, é importante frisar que a dose de radiação é muito
baixa na D.O, a dose emitida pelo aparelho D.O corresponde
apenas ¼ da radiação emitida para uma radiografia do tórax.
 Segundo Passo
CONHEÇA O APARELHO E ACESSÓRIOS
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às 17h

No segundo passo vou apontar para vocês as principais

composições do aparelho e seus acessórios.

MONITOR

TECLADO

IMPRESSORA

Essa composição de hardware facilita bastante a

manipulação do aparelho, permitindo cadastro, seleção
de posicionamento, pausas e cancelamento de
varreduras, entre outras possibilidades.

BRAÇO ESCANEADOR

O braço escaneador possui duas funções significativas, é

nele onde ficam localizados os detectores, responsável
por receber os sinais provenientes do paciente e também
é onde está localizado o painel de controle, é a partir
desse painel que você vai definir o início do estudo com
um auxilio de um laser.
 MESA

A mesa proporciona suprimentos de força, circuitos

eletrônicos e mecanismos motorizados, é de grande valia
a verificação do peso limite que o aparelho suporta, pois
o excesso de peso pode danificar o mesmo, geralmente
os aparelhos suportam até 120 kg, porém, é importante
você consultar o manual.

TUBO DE RAIOS-X

O aparelho possui um tubo de raios-x que emite a

radiação de inferior para superior e como mencionado
anteriormente, quem recebe essa radiação são os
detectores, após passa pelo paciente.
Os primeiros aparelhos de D.O possuíam fontes
radioativas que tinham como principal desvantagem o
decaimento da fonte.
 ACESSÓRIOS

Aqui estão modelos de acessórios utilizados na

Densitometria.

Imagem 1 Imagem 2 Imagem 3

Correlação da imagem com a finalidade do acessório.

Imagem 1 : Mostra um suporte para antebraço, que tem

como finalidade demarcar a localização do antebraço e
possui velcro para imobilização do membro;

Imagem 2 : Corresponde a um bloco que é utilizado para

o estudo da coluna lombar, com a finalidade de diminuir
a curvatura lombar e proporcionar conforto ao paciente;

Imagem 3 : Visualizamos um suporte triangular que é

utilizado para o estudo do colo do fêmur, e tem como
intuito deixar o membro estudado em uma leve rotação
interna, também detém de velcro para o bloqueio de
movimentos.
 Terceiro Passo
GARANTIA DE QUALDADE
às 17h

GARANTIA DE QUALIDADE

A garantia de qualidade ou controle de qualidade do

aparelho consistem em testes que devem ser feitos para
um bom funcionamento da máquina, são realizados dois
tipos de testes, um é feito de forma diária e o outro
efetuado semanalmente.

DIÁRIO

No teste diário é necessário a utilização de um phantom

para simular algumas densidades do nosso corpo, o
phantom deve ser posicionado corretamente no
aparelho, veja abaixo a posição adequada, observe a
figura e perceba a localização do laser e do phantom
sobre a mesa de exame.
SEMANAL

O controle de garantia semanal consistem em testes que

são realizados geralmente nas segundas-feiras, ao qual
é necessário a utilização de um phantom que simula a
região da coluna, desde T12 até a ultima vértebra
lombar L5, bem como é utilizado um recipiente com
água, que tem a finalidade de simular as partes moles do
corpo.

O laser do aparelho pode ser posicionado a nível de L5.

 Quarto Passo
ANATOMIA
ANATOMIA às 17h

Sabemos que para ser um profissional de excelência em

radiologia médica, é primordial que o profissional tenha
profundo conhecimento em anatomia, na densitometria
não é diferente, é necessário o conhecimento anatômico
das regiões estudadas, esse conhecimento vai lhe
proporcionar entendimento adequado para enxergar
posicionamentos errôneos, assim como não deixar cortar
regiões importantes do estudo.

Veja algumas imagens que correspondem a anatomia

das principais regiões avaliadas.

Colo do fêmur: No quadril temos algumas

estruturas importantes para a avaliação, que
constituem o fêmur proximal, o trocanter maior
e menor, o colo do fêmur e a cabeça femoral,
também incluímos o osso ilíaco, que é dividido
em íleo, ísquio e púbis.

Coluna Lombar: A coluna lombar possui 5

vértebras, nomeadas de L1 até L5, também
detem de uma curvatura fisiológica chamada de
lordose, as principais vértebras avaliadas na
D.O da coluna são L1-L4.

Antebraço: Já no antebraço temos como

principais estruturas as diáfises do rádio e da
ulna até os ossos do carpo, que são divididos
em fileiras proximais e distais, contendo 8
ossos.
 Quinto Passo
ANAMNESE E ORIENTAÇÕES
ANAMNESE às 17h

Uma boa anamnese ocasiona em resultados mais

fidedignos, então não seja tímido(a) faça todas as
perguntas necessárias, as respostas irão proporcionar
mais informações para o médico fechar um diagnóstico
seguro, ilustrei para vocês as principais que considero.

Pergunta N° 1 : Qual o motivo do exame ( relevante para

o médico saber a Hipótese Diagnóstica );
Pergunta N° 2 : Se já realizou o exame alguma vez
(importante para comparação de exames );
Pergunta N° 3 : Se houve casos de fraturas ( se o
paciente possuir fratura na região estudada, pode ocorrer
alterações nos resultados obtidos );
Pergunta N° 4 : Se possui prótese metálica no colo do
fêmur ( nesses casos deve ocorrer alteração no
protocolo)
Pergunta N° 5 : Se o paciente fez uso de corticoide ou
se passou por algum exame que utiliza contraste
recentemente ( esses fatores podem resultar em um
resultado impreciso );
Pergunta N° 6 : Se o paciente passou por exame de
Medicina Nuclear recentemente ( fator que altera o
resultado, por conta da administração de radiofármacos )

ORIENTAÇÕES

O paciente bem orientado é 50% do exame bem

realizado, um grande amigo meu me contou uma história
que explano até hoje para os meus alunos.
Certa vez um técnico estava posicionando um paciente
para realizar uma radiografia do tórax, nesse dia a clínica
estava lotada, ele precisava ser ágil, não manteve
nenhum diálogo com o mesmo, se quer perguntou o
motivo do exame, simplesmente o chamou para realizar,
então o posicionou e correu para o painel de controle
disparar os raios, quando o técnico olha para trás, vê o
paciente assustado olhando para ele e pergunta, " O que
você está fazendo aqui? " o paciente exclama " Percebi
que você saiu correndo, pensei que algo de ruim estava
acontecendo ".

Esse é um exemplo clássico de falta de comunicação, se

o técnico tivesse falado como seria o procedimento e
dado as orientações adequadas nada daquilo teria
acontecido.

Então as principais informações que você deve passar

para os pacientes são:
O exame é de rápida duração;
O procedimento é indolor e não invasivo;
Pedir para o paciente não se mover e respirar
lentamente;
A dose de radiação é mínima;
Retirar relógio e vestimentas que possuem metal .

Feito isso é muito improvável que o(a) paciente fique

com medo de realizar o exame, pode acontecer por
conta da ansiedade pelo resultado, porém, o nosso dever
é sempre acalmá-lo o máximo, para que não ocorra
nenhum imprevisto que comprometa o resultado final.
 Sexto Passo
POSIÇÕES
POSIÇÕES às 17h

Posicionar o paciente de forma adequada é outro fator

fundamental para um exame de excelência, vou salientar
os principais posicionamentos utilizados.

COLUNA LOMBAR

O estudo da coluna lombar traz muitas informações

fundamentais para a verificação da DMO ( Densidade
Mineral Óssea ), é uma região onde ocorrem muitos
desgastes articulares e que sucedem fraturas vertebrais
frequentemente, é imprescindível um bom
posicionamento dessa estrutura.

POSIÇÃO

Paciente em decúbito dorsal, com os MMII elevado

apoiados no bloco, com angulação dos joelhos de 60° a
90°, alinha o plano médio sagital do paciente com a linha
central da mesa, verificar se há rotação do paciente,
posicione o laser a nível das cristas ilíacas, agora é só
apertar o play.
COLO DO FÊMUR

A pesquisa do colo do fêmur é de grande valia para um

resultado preciso, por ser uma área de fácil ocorrência de
fraturas, principalmente em idosos, no Instituto Nacional
de Traumatologia e Ortopedia (INTO), no ano de 2015
foram realizadas 281 cirurgias para tratamento de
fraturas de idosos sendo que 40 (14,23%) foram fraturas
do colo do fêmur.

POSIÇÃO

Paciente em decúbito dorsal, com os MMII esticados,

centralizar o paciente na mesa de exame, utilizar suporte
triangular e colocar o velcro nos pés, dessa forma
dificultando movimentos voluntários, posicionar o laser
cerca 5 a 10 cm abaixo da crista ilíaca, próximo ao
trocanter menor.
ANTEBRAÇO

Outra região importante para a verificação da DMO é o

estudo do antebraço, geralmente faz parte de um
protocolo diferenciado, muitos médicos solicitam o
estudo do antebraço quando não podemos avaliar ao
menos dois corpos vertebrais na coluna lombar, devido
alguma fratura, cirurgias ou em doenças degenerativa,
também é comum ser realizada em paciente que
possuem prótese metálica no colo do fêmur ajudando o
médico a deter mais informações sobre o exame.

POSIÇÃO:

Paciente sentado próximo a extremidade da mesa, com o

membro estudado apoiado no suporte para antebraço,
lembrar de centralizar o membro de acordo com as
marcações do suporte, a região essencial de interesse
consiste na fileira distal do osso, do carpo até a diáfise
do antebraço, como demonstrado na imagem acima.
 Sétimo Passo
DOENÇAS ÓSSEAS
PRINCIPAIS DOENÇAS ÓSSEAS
às 17h

Dentre a gama de doenças osteometabólicas existentes,

duas são predominantemente diagnosticadas na
densitometria óssea, sendo elas a osteopenia e a
osteoporose, patologias essas que causam perda óssea,
proporcionando maior risco de fraturas.

O que muitos desconhecem é que existe outro fator que

geralmente desencadeia a osteopenia e posteriormente a
osteoporose, trata-se da sarcopenia, que nada mais é do
que a perda muscular progressiva, muitas vezes causada
por um processo natural do nosso corpo, porém, poderia
ser retardado com uma boa alimentação atrelada a
prática de exercícios físicos

Observe as imagens acima e perceba as diferenças

entre os ossos, a imagem N° 1 apresenta-se normal, a
imagem a N° 2 percebemos o início da perda óssea, a de
N° 3 já está no processo de osteopenia e por fim na
imagem N° 4 visualizamos o osso de aspecto poroso,
dessa forma observamos a demonstração como a
estrutura óssea fica quando possui osteoporose,
aumentando as chances de fraturas.
 BLIBLIOGRAFIAS E
LINKS
SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE
SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INSUMOS
ESTRATÉGICOS

MATERIAL DE DOCENTE: ANA MARIA BARBOSA PEDR

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IMAGENS CLÍNICA MICHEL PALHETA