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Curso teórico Hidrolipoclasia

não aspirativa
A preocupação com a aparência estética é uma crescente,
tanto entre homens como mulheres, e procedimentos estéticos
corporais e faciais vem se popularizando e ganhando forças cada vez
mais. Conhecer novas técnicas e suas indicações é imprescindível
para um bom profissional da área da estética. Esta presente apostila
focará nos principais e indispensáveis pontos para se obter bons
resultados e trabalhar com segurança.
Cabe ressaltar que a ciência é viva, e a cada dia se reinventa e
novos conhecimentos vão surgindo, portanto, o profissional da saúde
precisa estar sempre se atualizando, sem jamais se prender a
dogmas e protocolos engessados!
A apostila a seguir foi escrita em

linguagem mais descontraída para que

você não morra de tedio, o aprendizado não

precisa ser uma tortura, o que não quer

dizer que o nerdão que escreveu este

material não tenha consultado fontes

seguras, e vai por mim, ler estas fontes

seguras foi chato pra caramba!


Apostila Hidrolipoclasia não aspirativa

Introdução
No dia a dia é cada vez mais comum pacientes nos
procurarem para se livrar da indesejada gordura localizada,
também conhecido como pochetinha, buxin ou pancipes. Que
nada mais é que um reservatório energético, nosso organismo com
medo de passar fome, guarda lipídios na forma de triglicérides
dentro de umas desagradáveis células chamadas de adipócitos

Atualmente temos inúmeras opções de tratamentos, mas


qual deles escolher? Na hora de tomar esta decisão é importante
levar em consideração fatores como, região a ser tratada,
sensibilidade a dor, disponibilidade para vir até a clínica, poder
aquisitivo, rotina, hábitos e afins

Dentre as opções a hidrolipoclasia (Hidrolipo para os íntimos), é uma


ótima escolha, por ser um tratamento de baixo custo e com ótimos resultados

E como a hidrolipo funciona???


A hidrolipo é uma técnica bem simples, nada mais é que a infusão de uma
solução fisiológica no tecido adiposo, esta solução irá potencializar o efeito do
ultrassom, que deve ser feito na sequência.
E para entender afundo então os mecanismos de ação, precisamos
começar a entender melhor os efeitos do ultrassom

Ultrassom
O ultrassom são ondas sonoras de alta frequência superior ao que o
nosso ouvido consegue captar, serve para uma porção de coisas, descobrir se
você vai ter um Enzo ou uma Valentina, pode ser utilizado em reabilitação
terapêutica, e para nós, aqui e agora, o que nos interessa é seu uso estético.
Dentro da estética também tem mais de uma função, o que nos interessa é o
ultrassom cavitacional, e antes que você pergunte

Calma pequeno gafanhoto, basicamente é


tudo a mesma coisa, cada fabricante coloca um
nome, porem, o princípio fisiológico são os mesmos,
claro que cada modelo tem suas particularidades, aí vai da preferência de cada
um

E como funciona?
A energia ultrassônica é emitida por um cabeçote, e tem a capacidade de
penetrar nos tecidos, gerando efeitos fisiológicos, a profundidade que está
energia irá alcançar, vai depender da frequência utilizada pelo aparelho, as mais
comuns são de 1 MHz, 3 MHz ou 5 MHz
Informação importante, foca aqui, quanto maior a frequência, mais
superficial será o seu alcance, ou seja, as ondas de 1 MHz atingirão tecidos mais
profundos como musculo e cartilagem, são mais utilizados para fins terapêuticos,
já os de 3 MHz conseguem alcançar o
tecido adiposos, portanto, é este que nos
interessa, já os de 5 MHzh são mais
superficiais, atingindo a camada dérmica,
não servem para hidrolipo

Já sabemos que o ultrassom que nos interessa é o cavitacional de 3 MHz,


só falta agora definir um último parâmetro, dentre os aparelhos de ultrassom,
existem duas diferenças que são, as cavitações estáveis e instáveis. A diferença
é bem simples, as ondas produzidas pelo ultrassom irão fazer com que as células
adiposas vibrem e devido o atrito entre as moléculas, gerem calor e produzem
assim bolhas de gás ou de vapor que irão fazer com que a célula adiposa
expanda e diminua, as cavitações estáveis irão promover este efeito, mas sem
romper as células, já na cavitação instável, esse aumento e diminuição de
tamanho é mais severo, levando ao rompimento da membrana e consequente
lipólise

Agora que já estamos expert´s em ultrassom, já sabemos que o que


precisamos é de um ultrassom de 3 Mhz de cavitação instável, por que esse irá
gerar bolhas de gás que irá expandir e diminuir o adipócito.

Agora pense aí
Após injetarmos solução neste tecido adiposo, fazendo estas células
incharem, o que vai acontecer quando forem submetidas ao ultrassom que fará
elas expandirem??????

Ponto pra quem respondeu, elas irão explodir


Buuuuuuuum, vão tudo pra casa do Carvalho!
Vá encher o saco de outro
Vá nascer no buxo dazinimiga
Finalmente vamos a parte que nos interessa, como fazer
toda essa caça aos adipócitos acontecer

O procedimento será feito em 4 etapas, sendo a 1° a Higienização, 2°


Marcação, 3° Infusão da solução fisiológica, e 4° e último passo o Ultrassom

1° Etapa (Higienização)
Para higienização da região a ser tratada, pode ser utilizado álcool 70%
ou clorexidina, importante higienizar bem para não dar xabú!

2° Etapa (Marcação)
A marcação vai depender muito da área que será tratada, inicialmente
faça linhas para delinear a região, quanto mais focado melhor, em seguida faça
pontos onde será injetado a solução fisiológica, em um abdômen, por exemplo,
que é uma área grande, pode ser dado
um espaço de 2 dedos entre um ponto
e outro, em áreas menores como os
flancos, pode ser dado um
espaçamento de 1 dedo, o importante
é apalpar depois de aplicar, para sentir
o soro, a região costuma ficar um
pouco dura após a aplicação, é assim
mesmo que precisa ficar

3° Etapa (Infusão da solução fisiológica)


Para infusão da solução fisiológica pode ser utilizado tanto solução salina
fisiológica (cloreto de sódio a 0,9% também conhecido como soro
fisiológico), também pode ser aplicado água de injeção, o mais
importante é estar estéril, não invente de usar aquela
garrafinha de soro esquecida na porta da geladeira, o maior
risco de complicação neste procedimento é infecção pela
aplicação de solução contaminada.
Para aplicação você pode utilizar seringa de 5ml ou 10ml,
até mesmo uma seringa maior, o problema de usar uma seringa
muito grande é que, quanto maior a seringa, maior a pressão
durante a aplicação e consequentemente, maior o desconforto.

Dica: aqueça o soro antes da aplicação, pode ser utilizado um


banho maria, só se atentar para não deixar quente demais, a
ideia é ficar morno, assim a aplicação é menos desconfortável

A agulha que você irá precisar vai ser uma de maior


calibre para encher a seringa, poder uma agulha
intramuscular de 22G ou a de 18G, quanto maior mais fácil
na hora de puxar o soro, na hora de aplicar é muito
importante não se esquecer de trocar a agulha, não vai me
enfiar uma agulha 22G no abdômen do seu paciente que tu
vai jogar o soro lá dentro das tripa do coitado, para
aplicação o ideal é agulha 26G. Na hora de aplicar você
pode fazer uma prega com os dedos para facilitar e
introduza a agulha 90°, e injete lentamente. Por ponto pode
ser injetado de 5 a 10ml, mais uma vez vai depender da
região a ser tratada, portanto apalpe seu paciente. A quantidade de solução
utilizada por sessão também irá depender do tamanho da área a ser tratada,
podendo ser aplicado até 250ml por sessão
- Então pequeno gafanhoto, até dá pra aplicar em mais de uma
região, porém, o efeito fica comprometido
acompanha comigo a linha de raciocínio:

- Quando tratamos uma região, promovemos a quebra da gordura

- Resultando em uma molécula de ácido graxo e outra de glicerol, que serão


metabolizadas e convertidas em energia

- E para um bom resultado é importante que seu paciente queime toda


essa energia, caso contrário, tudo é reabsorvido

- Então se a gente trata mais de uma região por


sessão, teremos uma quebra maior de gordura e
consequentemente mais energia disponível

- Então será humanamente impossível gastar toda essa energia,


E nosso organismo irá fazer o que?

- Então eu devolvo a pergunta, valeu a pena ter tratado mais


de uma região por sessão?
As regiões mais comuns a serem feito este procedimento é abdômen e
flancos, mas pode também ser aplicado em outras regiões menores, porem é
importante medir com um adipômetro e avaliar se a camada adiposa tem pelo
menos 2cmApós o ultrassom pode ser associado a aplicação de
carboxiterapia, onde é injetado CO2 medicinal na mesma região
onde foi aplicado o soro, e o resultados disso é um aumento da
circulação sanguínea na região e consequentemente auxiliando na
metabolização de ácidos graxos e glicerol proveniente da lipólise,
além de estimular a produção de colágeno e elastina. Ou seja, só vantagens
Para aplicar o carboxi, é importante higienizar a região a ser tratada,
drenar o equipo, e aplicar da mesma forma que o soro foi aplicado, faz as
pregas, insira a agulha a 90°. Não tem um
volume de gás especifico por ponto, já que o
gás se espalha sozinho, o importante é colocar
a mesma quantidade em ambos os lados
tratados. O limite de CO2 que pode ser
aplicado por sessão é 2L, mas como sempre, a
quantidade irá depender do tamanho da região
a ser tratada

A hidrolipo é contraindicada em casos de Infecções cutâneas


próximo a região a ser tratada, diabetes descompensada, gravidez,
histórico de AVC, disfunções renais e dislipidemias (colesterol alto),
dispositivo Eletrônico Implantado (ex.: marca-passo cardíaco)

Apesar da hidrolipo ser um tratamento


efetivo de bons resultados, cabe ressaltar
que todo e qualquer tratamento estético
para gordura localizada promove a quebra
da gordura, mas não a queima, portanto
não existe mágica, sendo imprescindível
que o tratamento seja associado a uma
alimentação saudável e atividade física
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