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PEIM

PROCEDIMENTO
ESTÉTICO INJETÁVEL DE
MICROVASOS
HISTÓRIA

• A mais de 2000 anos Hipócrates observou a relação entre úlceras


de pernas e varizes;
• 1682 (Zollikofer de Saint Gallen, Suiça): relatos da primeira
experiência com cleroterapia. Após injetar um ácido em uma veia
criou um trombo ou cicatriz;
• 1813 (Monteggia, Itália): Sugeriu o uso de álcool absoluto
como substância
esclerosante;
• 1840 (Charles Pravaz, França): Inventou a seringa e agulha, Injetou
PERCLORETO DE FERRO para tratamento de aneurisma;
VARIZES?

• São veias doentes que se tornam progressivamente dilatadas,


alongadas e tortuosas;

• São aparentes nos membros inferiores;

•Mudança de costumes nos anos 60, o uso da mini- saia levou ao


desenvolvimento dos cuidados dos membros inferiores;
ANATOMIA DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
• Função: Abastecimento de sangue nos tecidos , levando
nutrientes essenciais das células ;
• Coração: atua como uma bomba, ao se contrair gera uma
pressão que impulsiona o sangue através de uma série de
vasos sanguíneos;
• Dentro do tecido existe uma série de vasos sanguíneos de
parede fina, denominado caplilares;
• Esses capilares estão entre artérias e veias .
• Através das paredes finas dos capilares que é feito o
intercâmbio de nutrientes , além dos produtos de dejeto e
líquidos.
• 2015: surgiu o nome PEIM , procedimento
Estético Injetável para Microvasos;

• Glicose 50% a 75 %;

• Com ou sem anestésico;


C AU SAS

• Pré-disposição familiar;
• Predominante no sexo feminino;
• Terapia hormonal (estrógenos);
• Posição ereta prolongada;
• Exposição a fontes de calor;
• Insuficiência venosa;
• Traumas;
• Sobrepeso;
• Obesidade.
MICROVASOS
T I P O S D E VARIZES:

Existem dois tipos de varizes:


• Primárias: Fator genético
• Secundárias: Relação com doenças adquiridas ao longo da
vida .

As mais comuns são as varizes primárias que


aparecem nas pernas como linhas vermelhas e azuis
de diversos tamanhos e apresentam uma conotação
antiestética muito importante.
Varizes Primárias
• Ardor plantar;
• Incômodo ao ficar muito tempo em pé;
• Esses sintomas desaparecem quando o paciente caminha ou
deita.

Varizes Secundárias
• Dor ;
• Cansaço;
• Peso nas pernas quando o paciente fica em pé;
• Edema venoso;
• Esses sintomas aumentam quando o paciente caminha e
demoram muito a desaparecer quando o paciente deita.
TIPOS DE VARIZES
• TELANGIECTASIAS < 1 MM:
 - 82 % de prevalência
 - vênulas ou capilares, intra-dérmicos dilatados

• VARIZES PRIMÁRIAS : 1 a 3 MM
 - Reticulares

• VARIZES SECUNDÁRIAS
 - Mal formações vasculares
 - devido a traumas
T I P O S D E VARIZ ES
• Tipo 1 – IVIPE – INSUFICIÊNCIA VENOSA DE
IMPORTÂNCIA PREDOMINANTEMENTE ESTÉTICA:
 Varizes pequenas telangiectasias (vasinhos) e veias
reticulares (microvasos);
• Tipo 2 – IVIFE – INSUFIENCIA VENOSA DE IMPORTÂNCIA
FUNCIONAL E ESTÉTICA São um problema de saúde (funcional)
como um problema de aparência (estética);
• Tipo 3 – IVFA – INSUFICIENCIA VENOSA FUNCIONAL
ASSINTOMATICA São um problema de saúde (funcional) sem
que o paciente tenha preocupações estética e que ainda não
apresentam complicações.
• Tipo 4 – IVC – INSUFICIENCIA VENOSA CRÔNICA
São um problema de saúde que já apresentam complicações.
IVIPE INSUFICIÊNCIA VENOSA D E
I M P O RTÂ N C I A
P R E D O M I N A N T E M E N T E ES T É T I C A

• TELANGIECTASIAS = vasinhos

• VEIAS RETICULARES = microvasos


BIOMEDICINA ESTÉTICA

• Para tratamento de TELANGIECTASIAS E VEIAS RETICULARES (TIPO


1)
• Telangiectasias – pequenos vasos localizados na derme e
Resultantes de uma dilatação na vênula, capilar ou arteríola que
podem aparecer isoladamente ou confluentes “ teia de aranha” -
0,1 a 1 mm de diâmetro
• Microvasos – pequenos vasos localizados no tecido subcutâneo
Trajeto tortuoso ou retilíneo e aspecto saliente na pele - 1 a 2mm
de largura (algumas literaturas até 4mm)
T E L A N G E C TA S I A S

• A. Simples;
• B. Arborizadas;
• C. Aracneiform;
• D. Pápulas.

• Telangiectasia: tele é longe,


• Angio é vaso
• Ectasia é dilatação
Dilatação do vaso distante (pele).
VEIAS RETICULARES

• Apresentam trajetos longos;


• C o l o r a ç ã o azulados;
• Encontram se sob a pele;
• Maiores
• Não Causam risco imediato;
• Alteração de saúde que atinge mais a
parte estética ;
PROCEDIMENTO PODE SER REALIZADO
COM:
• Glicose a 50% ou 75%;
• LIP (luz intensa pulsada);
• Ozonioterapia
• Laser ND YAG.
APÓS A APLICAÇÃO

• Com essa obstrução o sangue buscará veias mais saudáveis para


que volte a fluir na região;
• Melhorando o aspecto estético e proporcionando uma aparência
saudável;
• O sangue não pode mais penetrar por este microvaso o que evita
a formação de novas telangiectasias no mesmo local;
• Pode haver necessidade de reaplicação de uma a seis novas
injeções para o desaparecimento de cerca de 80 a 90% das
lesões.
PEIM
• Consiste na aplicação de um produto químico dentro dos
microvasos e telangiectasias;

• A solução injetada tem como objetivo a obtenção de fibrose


do microvaso pela irritação do endotélio , provocando o
trombo e desaparecendo o microvaso;

• A utilização de agentes esclerosantes em microvasos e


telangiectasias prejudicados faz com que ocorra
endurecimento e obstrução do fluxo sanguíneo;
ESCLEROSANTES
Glicose 50% e Glicose 75%
• Seguro com relação a alergia;
• Baixo risco de hipercromia quando injetadas fora do microvaso.

Opcional:
• Lidocaína 1ML (alívio da dor);
• Bolsa de gelo no local da aplicação (conforto para o paciente ),
G L I C O S E 75%
• Solução osmótica ,age promovendo a desintegração das células
da PAREDE dos vasos sanguíneos causando a sua destruição e
desintegração ;
• É um agente esclerosante mais viscoso (que tem uma consistência
grossa e pegajosa entre o sólido e o líquido);
• A glicose hipertônica (glicose 75% - glicose com alta concentração
de soluto) apresenta ação lenta de 30 minutos a 4 dias;
G L I C O S E 75%

• A aplicação da glicose 75% pode provocar reações de dor, ardência


local e cãibras, sendo que tais sintomas remitem rapidamente
(menos de 5 minutos).

• Este líquidoprovocauma alteração na célula da parede


do vaso
fazendo com que ele desapareça e seja reabsorvido.

• Quando o líquido continua na circulação e atinge os vasos maiores


é diluído pelo sangue e perde a concentração e, portanto, o
efeito.
PEIM
Local de realização Clínica
Repouso Não há
Tempo de procedimento 30-60 minutos
Retorno para as Imediato
atividades domésticas
Retorno para as Imediato
atividades profissionais
Retorno para as 1 dia
atividades esportivas
Restrição de sol Sim
Custo Baixo
CONTRAINDICAÇÕES
• Gestação;
• Amamentação;
• Longo período acamado;
• Recente episódio de Tromboflebite superficial ou trombose
profunda;
• Diabete descompensada;
• Tumor maligno;
• Doença de glândula suprarrenal;
• Hepatite virótica aguda,tóxico ou droga induzida;
• Cirrose;
• Estado febril;
• Alergia e bronquite asmática;
• Doenças do coração (miocardites e endocardites).
AT E N Ç Ã O

• Não aplicar quantidade exagerada de esclerosante;

• Injeção fora do microvaso;

• Pressão exagerada na punção;


PREVENÇÃO

• Meias elásticas;
• Evitar o Sol e o Calor;
• Controle do peso;
• Atividade física com regularidade;
• Evitar o uso de anticoncepcionais hormonais;
• Evitar ficar sentado ou em pé por muito tempo;
• NÃO EXISTE CURA!!!!
ANAMNESE
• Alergias;
• Tendência a hiperpigmentação;
• Cicatrizes ou foliculites hiperpigmentadas;
• Pele amarela;
• Distúrbios de coagulação;
• Vasculite (inflamação na parede dos vasos);
• Uso de anticoncepcionais.
O B S E R VA Ç Ã O

• Reposição hormonal;
• Gravidez;
• Antibióticos;
• Distúrbios do metabolismo de ferro.

O ANTIBIÓTICO MINOCICLINA PRODUZ HIPERPIGMENTAÇÃO PÓS


ESCLEROTERAPIA POR PROVÁVEL INTERFERÊNCIA NA DEGRADAÇÃO
DE HEMOSSIDERINA.
AVA L I A Ç Ã O

• Analisar o paciente de pé e descalço;


• Observar dilatações superficiais importantes;
• Aumento de volume de um ou dos dois membros inferiores;
• Presença de hiperpigmentação;
• Presença de dermatite, cicatrizes, úlceras.
AVA L I A Ç Ã O F Í S I C A

• Verificar se apresenta dilatação superficial;

• Hiperpigmentação;

• Varizes endurecidas (tromboflebite);

• Presença de dermatite, cicatrizes e úlceras;


AVA L I A Ç Ã O AT R AV É S D A PA L PA Ç Ã O

• Endurecimento subcutâneo;

• Aumento de temperatura no vaso dilatado;

• Varizes endurecidas (tromboflebite);


REGISTRO FOTOGRÁFICO

• Local com boa iluminação;


• Fundos uniformes de preferência na cor branca ou preta;
• Fotografe os membros (membro inteiro – anterior e posterior);
• Fotografe as áreas (procure uma melhor posição que evidencie
bem os vasos);
• Sempre busque pontos que iram diferenciar os lados do corpo,
como joelhos, panturrilha e pés.
P R E PA R A N D O O M AT E R I A L
• Observar a validade do produto;
• A Glicose deve ser armazenado em local com temperatura
ambiente e não exposto ao sol;
• Pode ser utilizado bolsa de gelo antes do procedimento para
alívio da dor e conforto do paciente;
• Conforme a sensibilidade do paciente , utilizar lidocaína;
• Utilizar micro agulhas 30 G para aplicação, agulha amarela;
• Seringa de 1 ml para aplicação;
• Iniciar com os vasinhos de maior calibre, s e m p r e
respeitando o calibre que pode ser aplicado;
• Comprimir as punções com micropore, esparadrapo ou faixa
elástica;
• Realizar as sessões com intervalos de 15 dias na mesma região, ou
a critério;
• Não ultrapasse 10 mL por sessão, independente da quantidade de
telangiectasias e microvasos;
• Caso de hematomas e inchaço: (pomadas tais como:
TROMBOFOB, HEPARINA SÓDICA, VENALOT OU HIRUDOID de 3
a 5 vezes ao dia).
Sclerotherapy: Treatment of Varicose and Telangiectatic Leg Veins ,Mitchel P. Goldman , Robert A Weiss, 1991.
PA S S O A PA S S O
• Higienizar o local com gaze e algodão.
• Colocar bolsa de gelo sobre a região por alguns segundos.
• Introduzir a agulha nos vasos de maior calibre.
• Ângulo de 15° a 45° (em média).
• Iniciar a injeçãoe observaro desaparecimento imediato
do vaso ‘’
 poderá ficar visível logo após aplicação’’ (aplicação na luz do
vaso).
• Injetar até formar pequenas pápulas (botões).
• Parar a aplicação e iniciar em nova área caso necessário.
• Avisar o paciente que irá sentir desconforto inicial e logo
após poderá apresentar coceira ´pedir para que não coce.
LO GO APÓS PROCEDIMENTO
EVOLUÇÃO DO PROCESSO PEIM
RECOMENDAÇÕES PRÉ PROCEDIMENTO

• Evite tomar bebidas alcoólicas nos dois dias que antecedem a


sessão;
• Não depile ou raspe as pernas, não use óleos ou cremes
nos dias que for fazer tratamento;
• Se possível tome banho antes de cada sessão, utilizando
sabonetes antibactericidas;
• Evite banhos muito quentes por todo o período que estiver
em tratamento.
RECOMENDAÇÕES PÓS-PROCEDIMENTO
• A meia elástica pode ser usada todos os dias, principalmente
nos três primeiros dias após cada sessão.
• Evite grandes caminhadas e ficar em pé por longos períodos no
dia de
tratamento.
• Evite atividades de impacto ou carregue grandes pesos nas
primeiras 24 horas após cada sessão.
• Não tome banho muito quente durante todo o tratamento.
• Não se exponha ao sol enquanto tiver vestígios e sinais da
aplicação na região.
• Depilação, Massagem, Atividade Física após 12-24 h.
• Não compare o seu resultado com o de outras pessoas, cada
organismo responde de forma única ao tratamento, siga a risca
as orientações feitas especificamente para você em consultório.
PREVENÇÃO
• Evite permanecer muito tempo na mesma posição;
• Mantenha controle do seu peso;
• Ter uma dieta rica em fibras;
• Beber em média 2 litros de água por dia ;
• Use sapatos confrotáveis;
• Prática de atividades físicas regular;
• Não fumar;
• Evitar métodos contraceptivos hormonais ;
COMPLICAÇÕES

• Hiperpigmentações;
• Recidivas;
• Telangiectasias secundárias;
• Não desaparecimento;
• Edema temporário;
• Urticária;
• Bolhas (compressão por faixas ou esparadrapo);
• Necrose (úlcera);
• Flebite (inflamação nas veias).
O N D E CO M P R A R ?

• Laboratórios :
• Pineda
• Victalab
• PhD
• Sag
• Biometil
• Octalab
• Biometikal

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BIBLIOGRAFIA
• FONSECA, A.; SOUZA, M. E. Dermatologia clínica. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1984;
• JUNQUEIRA, C. L.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 9.ed. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999;
• MAIO, M. Tratado de medicina estética. São Paulo: Roca,
2004;
• ROSS, M. H.; REITH, E. J.; ROMRELL, L. J. Histologia: Texto e
Atlas. 2.ed. São Paulo: Panamericana, 1993;
• Pinto-Ribeiro A. Escleroterapia de varizes In: Maffei FHA.
Doenças Vasculares Periféricas. Rio de Janeiro: Medsi; 1989;
• YAMAGUCHI, C. Procedimentos estéticos minimamente
invasivos. ed. Santos, 2005;
• Azizi MAA. Morfometria das fibras elásticas em colaterais
varicosas do sistema de veias safenas [dissertação]. Rio de
Janeiro: UERJ; 2005;
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In: Pitta, G.B.B, Castro A.A., Burihan, E. Angiologia e cirurgia
vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ ECMAL; 2003;
• PIMENTEL, A.S. Medicina e Cirurgia Estética no Consultório.
volume 1. São Paulo: Ed. LMP, 2007;
• LÓPEZ, M.; LAURENTYS-MEDEIROS, J. Semiologia médica: as
bases do diagnóstico clínico. 5 ed;
• https://pt.scribd.com/document/359532572/PEIM-pdf#
Mariana Garvil envio em Set 21, 2017.

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