PROCEDIMENTO ESTÉTICO

INJETÁVEL EM MICROVASOS - PEIM

DR. MARIO GUERRA
ESP. SAÚDE ESTÉTICA - UFPE
MICROVASOS

As telangiectasias, também conhecidas como

varicoses ou vasinhos, são pequenos vasos
avermelhados ou arroxeados que podem surgir
em várias partes do corpo.

- Pequeno
calibre;
- Médio calibre;
- Grande calibre;
MICROVASOS

Estudos nacionais apontam que 37,5% da

população brasileira têm varizes: cerca de 20% a
33% são mulheres e de 10% a 20% são homens
vivem com a doença.
PRINCIPAIS CAUSAS

• Fatores Hereditários
• Gravidez
• Distúrbios hormonais
• Uso de anticoncepcionais
• Estilo de vida :
➢ Obesidade
➢Sedentarismo
➢ Ocupação
SISTEMA CARDIOVASCULAR
VEIAS
Tem a função de levar o sangue de volta para o
coração. Dentro delas existem pequenas
válvulas venosas que direcionam o sangue para
cima com as bombas plantar e da panturrilha.
A CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA
NAS PERNAS
COMO SURGEM OS MICROVASOS
COMO SURGEM OS MICROVASOS
TIPOS DE VARIZES

• Primárias: que surgem por uma tendência

hereditária
• Secundárias: que surgem por doenças
adquiridas no decorrer da vida e são de
tratamento mais difícil.
CLASSIFICAÇÃO DE FRANCISCHELLI
CLASSIFICAÇÃO DE FRANCISCHELLI

Tipo 1 (IVIPE): INSUFIÊNCIA VENOSA DE IMPORTANCIA

PREDOMINATEMENTE ESTÉTICA Varizes pequenas
telangiectasias (vasinhos), veias reticulares (microvasos);
CLASSIFICAÇÃO DE FRANCISCHELLI

Tipo 2 (IVIFE): INSUFIENCIA VENOSA DE IMPORTÂNCIA

FUNCIONAL E ESTÉTICA.
É tanto um problema de saúde (funcoonal) como um
problema de aparência (estética);
CLASSIFICAÇÃO DE FRANCISCHELLI

Tipo 3 (IVFA): INSUFICIENCIA VENOSA FUNCIONAL

ASSINTOMATICA.
É um problema de saúde (funcional) sem que o paciente tenha
preocupações estética e que ainda não apresenta complicações;
CLASSIFICAÇÃO DE FRANCISCHELLI

Tipo 4 (IVFS): INSUFICIÊNCIA VENOSA FUNCIONAL

SINTOMÁTICA.
A doença (funcional) está presente, sem que o paciente
esteja preocupado com a aparência (estética).
CLASSIFICAÇÃO DAS TELANGIECTASIAS
VEIAS RETICULARES

• São maiores, e se apresentam como trajetos longos,

azulados, e estão sob a pele.
• É muito frequente a associação de telangiectasias
com as veias reticulares.
OPÇÕES DE TRATAMENTO PARA
MICROVASOS:
• PEIM (Glicose a 50% ou 75% )
• LIP (Luz intensa pulsada)
• Lazer ND YAG
• Escleroterapia ( Polidocanol, Etalonamina e
Glicose)
PEIM - PROCEDIMENTO ESTÉTICO INJETÁVEL EM
MICROVASOS

A técnica consiste na introdução de uma substância

diretamente injetada na luz do vaso, que ao promover
um processo inflamatório resulta na eliminação dos
microvasos.
✓ Só pode ser realizado com glicose 50% ou 75%
PORQUE A GLICOSE É A MELHOR OPÇÃO?

▪ Baixo custo;
▪ tem menor risco de hipercromia , necroses
cutâneas e alergias;
▪ sendo possível tratar pacientes diabéticos
compensados.
 GLICOSE 75%
• Substância de textura viscosa;
• Pode se associada com lidocaína a 2% para maior conforto do
paciente;
• Característica fotossensível;
• Ação pode durar de 30 minutos a 4 dias;
• Volume recomendado: 3 a 5 ml por sessão;
• Intervalo entre as sessões : 15 (ideal) e no máximo 30 dias;
• Quantidade de sessões : de 3 a 6 (reavaliar)

OBS: A glicose a 50% é indicada para pacientes diabéticos

controlados.
O QUE PODE PROVOCAR A APLICAÇÃO
DA
GLICOSE 75% ?
• Ardência;
• Dor;
• Eritema;
• Edema;
• Hematoma;
• Urticária;
• Cansaço transitório no membros inferiores.
INDICAÇÃO NA ESTÉTICA
VANTAGENS DO PEIM

• Baixo custo;
• Sessões realizadas em consultório;
• Retorno às atividades normais rapidamente.
CONTRA INDICAÇÕES
• Alergia a algum ativo da composição;
• Infecção local ou sistêmica;
• Diabetes descompensado;
• Antecedentes de trombose venosa profunda e
trombofilias;
• Gravidez;
• Lactantes;
• Pacientes oncológicos;
• E caso de cirurgia recente ou em tratamento médico,
somente com liberação médica.
MATERIAL PARA EXECUÇÃO DO
PROCEDIMENTO:
• EPIs;
• Seringas (5, 3 ou 1ml);
• Agulha 30G;
• Algodão/gaze;
• Álcool ou clorexidina;
• Micropore ou blood stop;
• Atadura elástica;
• Pomada Hirudoid;
• Glicose 50 ou 75% para uso intravenosa.
 ORIENTAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DO
PEIM
• Avaliação do paciente;
• Buscar presença de contraindicações ao
procedimento;
• Tendência a hiperpigmentar, diabetes, alterações de
coagulação, contraceptivo e/ou terapia hormonal;
• Termo de consentimento;
• Registro fotográfico.
ORIENTAÇÕES PARA REDUZIR A DOR

Para áreas como: pés, tornozelo e interno do joelho:

• Trocar a agulha com frequência;
• Interromper a injeção quando observar
extravasamento;
• Acrescentar lidocaína (pouco efeito e ↑ chance de
alergia);
• Anestésico tópico – não tem efeito;
 TÉCNICA DE APLICAÇÃO
1. Fazer assepsia do local de tratamento com álcool 70% ou
clorexidina
alcoólica;
2. Introduzir cuidadosamente a agulha com o bisel para cima na luz do
vaso;
3. Injetar lentamente a substância ao passo que ocorra o clareamento
do vaso;
4. Havendo necessidade reforçar a aplicação na mesma área em outro
sentido de aplicação;
5. Ao termino de cada punção, comprimir por alguns segundos com
gaze para evitar refluxo. (em alguns casos colocar algodão com
micropore)
6. Caso aplique fora do vaso ocorrerá extravasamento do produto
formando uma pápula interromper imediatamente a injeção.
RECOMENDAÇÕES PÓS
PROCEDIMENTO
• Evitar exposição solar por cerca de 10 dias
• Suspender atividade física por 24h
• Deve-se fazer caminhada após 24h
• Evitar sapatos desconfortáveis
• Não comprimir o local da aplicação
• Usar roupas leves
• Usar protetor solar durante todo o tratamento
• Seguir as recomendações
RESULTADOS
REAÇÕES ESPERADAS
X
INTERCORRÊNCIAS
REAÇÕES ESPERADAS

• Edema temporário;
• Incômodo;
• Ardor;
• Vermelhidão;
• Formigamento.
INTERCORRÊNCIAS COM A TÉCNICA

• Reações alérgicas;
• Hiperpigmentações;
• Telangiectasias secundárias;
• Edema temporário;
• Urticária;
• Necrose (úlcera);
• Flebite (inflamação nas veias).
COMO EVITAR INTERCORRÊNCIAS

• Realizar anamnese;
• Uso de EPIs;
• Não aplicar volume excessivo do esclerosante
por microvasos;
• Orientar o paciente para o pós procedimento.
FALHAS NA TÉCNICA

• Injeção de volumes excessivos de esclerosante;

• Injeção fora do microvaso;
• Pressão exagerada na punção → Pode levar a uma
inflamação perivascular extensa, estimulando o
processo de angiogênese (mecanismo de
crescimento de novos vasos sanguíneos a partir dos
já existentes) → Angiogênese pós escleroterapia.
 COMPLICAÇÕES: COM GLICOSE A
75%
Telangiectasias (tipo arborizada) na região
lateral da coxa direita

Eritema e bolhas 7 dias após a injeção de

glicose 75% para tratamento estético de
telangiectasias

RELATO DE CASO • J. Vasc. Bras. 17 (4) • Oct-Dec 2018 • https://doi.org/10.1590/1677-5449.004818

 COMPLICAÇÕES: COM GLICOSE A
75%
Formação de crostas no 14º dia pós-
escleroterapia com glicose hipertônica
(75%).

Evolução de crostas para necrose no 33º dia

pós- escleroterapia estética para
telangiectasias no membros inferiores com
glicose hipertônica (75%).

RELATO DE CASO • J. Vasc. Bras. 17 (4) • Oct-Dec 2018 • https://doi.org/10.1590/1677-5449.004818

 COMPLICAÇÕES: COM GLICOSE A
75%
Pós-desbridamento mecânico de necrose cutânea
causada por escleroterapia estética para telangiectasias
nos membros inferiores com glicose hipertônica (75%).

Formulação tópica
constituída de glicose
60% + vaselina 40%.

RELATO DE CASO • J. Vasc. Bras. 17 (4) • Oct-Dec 2018 • https://doi.org/10.1590/1677-5449.004818

 COMPLICAÇÕES: COM GLICOSE A
75%
Decorrido 1 ano, houve clareamento moderado da pigmentação e da
área da cicatriz.

RELATO DE CASO • J. Vasc. Bras. 17 (4) • Oct-Dec 2018 • https://doi.org/10.1590/1677-5449.004818

 PROTOCOLO DE INTERCORRÊNCIAS:
Hiperpigmentação pós aplicação

• Aplicar clareador a noite pontualmente nas manchas

• Remover pela manhã com água a sabonete
• Aplicar hidratante
• Aplicar protetor solar corporal
• Evitar exposição solar durante tratamento
• Duração do tratamento: 30 dias após esse período reavaliar
 PROTOCOLO DE INTERCORRÊNCIAS:
Hematoma

• Aplicar Hirudoid 2x ao dia no local

• Aplicar protetor solar
• Evitar exposição solar até eliminação completa
 PROTOCOLO DE INTERCORRÊNCIAS:
Lesão cutânea com presença de crosta

• Aplicar regenerador dérmico ( ex. cicaplast) 3x ao dia no local

• Usar protetor solar
• Evitar exposição solar até a completa regeneração cutânea
 PROTOCOLO DE TRATAMENTO

Formulação pós procedimento

Castanha da Índia ...............................2%

Heparina .............................................2mg
Ext. Glicólico de HaHamamelis............2%
Serúm qsp ...........................................30g

Posologia: aplicar 2x (manhã e noite)

 PROTOCOLO DE TRATAMENTO

Cápsulas preventivas

Castanha da Índia ................150mg

Rutina......................................50mg
Vitamina C .............................50mg
Qsp...........................................30 cps

Posologia: ingerir uma cápsula diariamente

 PROTOCOLO DE TRATAMENTO

Clareador pós procedimento

Hidroquinona.......................2%
Papaína................................1%
Biorusol................................0,3%
O. Rosa Mosqueta..............2%
Arnica ..................................2%
Castanha da Índia ..............3%
Creme qsp...........................30g

Posologia: aplicar a noite somente no local

da mancha
FICHA DE ANAMNESE
TERMO DE CONSENTIMENTO
VALORES

1: PEIM - 1 sessão de aplicação de varizes de

R$200,00 por R$150,00.
Opção 2: PEIM - 2 sessões de aplicação de
varizes de R$320,00 por R$260,00.
Opção 3: PEIM - 3 sessões de aplicação de
varizes de R$420,00 por R$320,00
 REFERÊNCIAS
FONSECA, A.; SOUZA, M. E. Dermatologia clínica. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1984. MAIO, M. Tratado de medicina estética. v.1 e v.3, São Paulo:
Roca, 2004.

Pinto-Ribeiro A. Escleroterapia de varizes In: Ma ei FHA. Doenças Vasculares

Periféricas. Rio de Janeiro: Medsi; 1989. YAMAGUCHI, C. Procedimentos
estéticos minimamente invasivos. ed. Santos, 2005.

Azizi MAA. Morfometria das fibras elásticas em colaterais varicosas do sistema

de veias safenas [dissertação]. Rio de Janeiro: UERJ; 2005.

Correia, M.E., Oliveira A.P. Complicações em escleroterapia. In: Pitta, G.B.B,

Castro A.A., Burihan, E. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió:
UNCISAL/ ECMAL; 2003.
OBRIGADO!