PEIM

Peim - procedimento Estético

Injetável em Microvasos

Cristiane Rodrigues
Elementar Centro Técnico
Dermedy Dermocosméticos
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Veia e suas funções.

Veias são vasos sanguíneos que garantem o retorno do sangue dos

tecidos para o coração. As veias podem ser classificadas de acordo com seu
calibre em: pequenas, médias e grandes. A maioria das veias, no entanto,
apresenta pequeno ou médio calibre, com um diâmetro de 1 mm a 9 mm.

As veias, assim como artérias, possuem três camadas formando suas

paredes: a túnica íntima, a túnica média e a túnica adventícia. Apesar de
apresentar três camadas como as artérias, as veias têm uma parede mais fina.
A túnica íntima é a camada mais interna da veia e é constituída por células
endoteliais que estão apoiadas sobre tecido conjuntivo frouxo. Geralmente essa
camada apresenta-se fina, porém, em veias de grande calibre, pode estar bem
desenvolvida.

A túnica média é a camada mediana da parede das veias. Essa camada

é constituída por tecido muscular liso e uma rede de fibras reticulares. Por fim,
temos a túnica adventícia, que é a camada mais externa e é formada,
principalmente, por fibras elásticas e colágeno. Essa túnica é a mais espessa e
desenvolvida das que formam a parede das veias.

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Veias: definição, função, estrutura, tipos, varizes (preparaenem.com)

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As veias carregam sangue sob baixa pressão, o que dificulta o retorno

dele para o coração. Além disso, o sangue, em algumas situações, como quando
segue dos membros inferiores em direção ao coração, corre no sentido contrário
à força da gravidade. Para resolver esse problema, as veias contam com
valvas— pregas da túnica íntima que se projetam para o interior do vaso.

Essas estruturas, que apresentam formato de meia-lua, garantem que o

sangue siga em apenas um sentido, evitando, desse modo, o refluxo. Além das
valvas, o retorno do sangue ao coração é garantido por meio da contração da
musculatura lisa dos próprios vasos e de músculos esqueléticos dispostos
ao redor da veia.

Aula cardio vascular - Anato Fisiologia Humana (slideshare.net)

Tipos de Veias

As veias podem ser classificadas em dois tipos: profundas e superficiais.

• Veias profundas: são aquelas localizadas mais profundamente no nosso

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corpo. Elas podem estar sozinhas ou acompanhadas de artérias. Aquelas

que não acompanham artérias são ditas solitárias, e as que acompanham
são chamadas de satélites.
• Veias superficiais: são veias que ficam mais próximas da pele.
Apresentam um calibre maior na região dos membros e do pescoço. Por
essa proximidade, são as veias utilizadas para a aplicação de injeções
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endovenosas. Em indivíduos com músculos bem desenvolvidos, elas são

facilmente observadas.

(Superficial Vein = Veia superficial, Deep Vein = Veia profunda, Long Saphenous vein = Veia Safena longa,
Shot Shapenous vein = Veia Safena curta.)

O surgimento das varizes

Venas Profundas Y Superficiales De La Pierna Ilustración del Vector - Ilustración de objetos, miembro:
61423918 (dreamstime.com)

As varizes são veias tortuosas e dilatadas que, devido a defeitos em

suas valvas, não são capazes de garantir um fluxo adequado do sangue em
direção ao coração. O mau funcionamento das valvas faz com que ocorra refluxo
de sangue e, com isso, seu acúmulo e dilatação das veias.

São fatores de risco para o desenvolvimento da doença: histórico familiar,

sexo feminino, idade acima de 30 anos, obesidade, tabagismo,
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sedentarismo, gravidez, uso de pílulas anticoncepcionais, e reposição

hormonal. Além disso, profissões que exigem que a pessoa fique muito tempo
em pé ou sentada podem favorecer o surgimento de varizes, como a de
secretários, vendedores e professores.

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As varizes geralmente surgem nos membros inferiores, provocando

sintomas como sensação de peso, ardência, câimbras e inchaços nas pernas. O
problema pode levar a complicações como surgimento de feridas, conhecidas
como úlceras, dermatite, inflamação nas veias, e hemorragias. O tratamento das
varizes envolve diferentes técnicas, sendo que a técnica adotada dependerá do
grau de comprometimento das veias do paciente. Dentre os tratamentos
existentes para varizes, podemos citar a escleroterapia química, o laser
endovenoso e a cirurgia.

Classificação de varizes: entenda a gravidade de cada caso - Dr. Marcos Magalhães (drmarcosmagalhaes.com.br)

Abaixo a classificação CEAP da doença varicosa ou doença venosa

crônica e muitas outras classificações.
A classificação CEAP é na verdade um acrônimo, ou seja, cada letra é
referente a um aspecto da avaliação.
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C – avaliação clínica: como é o exame e o aspecto visível das veias.

E – etiologia: sobre a origem das varizes, resumindo, se o problema é herdado
ou não.
A – anatomia: sobre a localização das varizes envolvidas.

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P – fisiopatologia (pathophysiology, em inglês): sobre quais funções estão

anormais, por exemplo, se existe refluxo, ou se o fluxo está bloqueado etc.
Resumindo, a classificação CEAP descreve o que é visto no exame físico,
a causa do problema, a localização na perna e o mecanismo responsável pelo
problema.

C1- Incômodo C2- Problemas C3- Inchaços C4- Pele pode C5- Há uma C6- É preciso tratar
estético funcionais e são a apresentar manchas úlcera a ferida aberta
estéticos característica e coceiras cicatrizada
principal

Na classificação Essas veias Nesta Muitas vezes, quando Normalmente, a Esse é o estágio mais
de varizes 1 varicosas de classificação, as não tratado até a pessoa que está grave, onde nota-se
estão os médio e grande varizes poderão classificação C3, além na classificação a presença de uma
vasinhos, calibre, são ter grandes dos desconfortos das de varizes C4 e úlcera varicosa
também superficiais e dimensões antes varizes internas e não faz aberta. Essa ferida
conhecidos anormais, de apresentar externas já tratamento, pula pode persistir por
como dilatadas, maiores anteriormente citados, para a muitos anos e
telangiectasias e tortuosas e complicações, ocorre um classificação C6, assumir grandes
as veias alongadas, com mas já há uma agravamento da que é quando dimensões se não
reticulares diâmetros a partir constatação de condição dos tecidos e surge a úlcera tratada
(microvarizes). de 4 mm, de edemas a pele pode ficar muito varicosa. Na adequadamente. A
coloração (inchaços). Em seca, com manchas classificação C5 úlcera varicosa, em
azulada, que estágios mais marrons (dermatite estão as pessoas geral, surge na parte
Os vasinhos têm podem estar no leves, os edemas ocre) e surgir coceiras, que têm úlceras interna do tornozelo,
diâmetro de até subcutâneo ou podem estar provocadas por varicosas já e vem associada a
1mm, lineares ou camadas mais limitados aos pés eczemas, que também cicatrizadas. outros sinais de
sinuosos, profundas. e tornozelos, já leva à perda de pelos. avançados de
podem ser na fase insuficiência venosa
pequenos riscos moderada atinge Então, o como dermatite ocre,
ou até mesmo Essas até abaixo dos No estágio C4 também procedimento do lipodermatoesclerose
ter um formato características joelhos, mas em podem se manifestar médico vascular e atrofia branca.
de aranhas ou provocam uma estágios mais pequenas manchas é realizar a
ramificações, alteração avançados são brancas na pele, prevenção da
que se funcional da sentidos na perna conhecida como abertura de uma Outras complicações
apresentam com circulação venosa inteira até acima atrofia branca, além de nova úlcera. sérias e possíveis
uma coloração do organismo, dos joelhos. fibrose do tecido dessa fase são as
avermelhada ou com subcutâneo, que tromboflebites, as
azulada e represamento de resulta em infecções, tromboses
surgem na sangue na região Neste estágio, endurecimento da venosas profundas
camada mais afetada. a cirurgia de região afetada entre outras. O
superficial da varizes pode ser (lipodermatoesclerose) tratamento inicial
pele. um pouco mais pode envolver o uso
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Neste estágio, a extensa, voltada de antibióticos,

insuficiência pode para a solução Esse é um estágio analgésicos
Os vasinhos ou não ter das questões anterior à úlcera potentes,
podem comprometido as funcionais. varicosa e o paciente desbridamentos
apresentar uma veias safenas. já pode ter a cirúrgicos ou uso de
sintomatologia insuficiência venosa enfaixamentos. A
mais localizada há anos, sem o escleroterapia com
como Costumam tratamento adequado. espuma costuma ser
queimação, provocar Nesta fase, mesmo uma boa opção de
queimação ou quando tratada, a

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formigamento ardências, dores, hiperpigmentação da tratamento, caso haja

ou dor. sensação de peso pele tende a não indicação.
ou cansaço nas desaparecer.
pernas;
Enquanto as cãibras; coceira
veias reticulares em torno das Por isso, o tratamento
são vasos veias e inchaço até essa fase é
dilatados, nas pernas, em primordial para evitar o
tortuosos e que especial ao redor surgimento das
se situam abaixo dos tornozelos. complicações que
da pele. Têm poderão ser graves.
dimensões entre
1mm e 4 mm, Quando têm essa
com uma calibre classificação, o
intermediário médico pode
entre os indicar
vasinhos e as uma remoção de
varizes. varizes com
microcirurgia, com
incisões
As microvarizes escalonadas, ou
já terão tratamentos como
sintomas mais a escleroterapia
intensos como com espuma.
dor, peso e
cansaço nas
pernas.

Essas veias são

classificadas
mais como um
incômodo
estético e,
portanto, os
tratamentos são
mais
direcionados à
estética, como a
escleroterapia
com glicose,
escleroterapia
com espuma ou
laser
transdérmico.
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PEIM – Procedimento Estético Injetável em Microvasos

O PEIM consiste na injeção de um produto químico dentro dos microvasos

e telangiectasias. A solução injetada consiste na obtenção de fibrose do
microvaso pela irritação do endotélio, provocando trombose, reorganização e
desaparecimento do microvaso. A utilização de agentes esclerosantes em
microvasos e telangiectasias prejudicados faz com que ocorra o endurecimento
e obstrução do fluxo sanguíneo.

Sklerosierung (Verödung) – Gefäßchirurgie am Oskar-Helene-Heim (venentherapie-berlin.de)

Com essa obstrução, o sangue buscará veias mais saudáveis para voltar
a fluir na região.

O sangue não pode mas penetrar por este microvaso, o que evita a
formação de novas telangiectasias no mesmo local. Geralmente há necessidade
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de reaplicação de uma a seis novas injeções para o desaparecimento de cerca

de 80 a 90 % das lesões.

Há um mito que promete um tratamento milagroso com apenas uma

sessão, nos quais os vasinhos desaparecem durante a aplicação. Nesse vídeo
o Dr. Victor Hugo Explica porque isso ocorre e, desmistifica essas inverdades
que muitas vezes prejudicam o nosso trabalho, pois o paciente quer uma solução
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imediata para a sua disfunção e nós devemos estar preparados não apenas para
oferecer esse tratamento, como também saber como ele funciona e ter
autoridade para explicar isso para os nossos pacientes.

https://youtu.be/4sgqmObJrA4
(video do Dr. Victor Hugo, medicina e estética vascular)

Como é realizado o procedimento

A substância química esclerosante que utilizamos no procedimento é a

GLICOSE HIPERTÔNICA a 50 0u 70%.
A Glicose hipertônica é uma substância osmótica que age promovendo a
desintegração das células das paredes dos vasos sanguíneos e que,
consequentemente, acarreta na destruição e desintegração da parede do vaso.
A aplicação da glicose pode provocar dor, ardência local e cãibras, porém
estes sintomas passam rapidamente.
Quando o líquido continua na circulação e atinge os vasos maiores é
diluído pelo sangue e perde a concentração e, portanto, o efeito, minimizando
assim os efeitos indesejáveis.

Utilizamos também as seguintes agulhas:

0,70 x 25mm (22G x 1’’) para coleta da glicose.
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0,30 x 13mm (30G X 1/2”) para a aplicação.

Opcional:
Anestésico Lidocaína 1ml (alívio da dor)

Recomendações antes da realização do procedimento

• Evitar a ingestão de bebida alcoólica nos dias que antecedem a sessão.
• Não depilar e nem usar óleos ou cremes nos dias de tratamento.
• Tomar banho antes de cada sessão.

Como fazer a anamnese do paciente

Ter uma ficha de anamnese e manter o registro do paciente, histórico
de doenças, datas das sessões, área tratada.
Exame físico – Inspeção
• Observar o paciente em pé e descalço.
• Observar dilatações superficiais importantes.
• Aumento de volume de um ou dos dois membros inferiores.
• Presença de hiperpigmentação.
• Presença de dermatites, cicatrizes, úlceras.
Palpação:
• Endurecimento subcutâneo.
• Aumento de temperatura no vaso dilatado.
• Varizes endurecidas (tromboflebites).
Registro fotográfico:
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• Local com boa iluminação.

• Fundos uniformes, de preferência de cor branca.
• Fotografe os membros (membro inteiro, interior e posterior).
• Fotografe as áreas (procure a posição que evidencie os vasos.

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Intervalo entre as sessões

15 dias na mesma região em regiões diferentes pode ser feita em 7 dias.
Quantidade máxima de Glicose que pode ser aplicada em uma
sessão
Nunca pode ultrapassar os 10ml por sessão.
Caso apresente inchaço ou hematomas
Podem ser usadas pomadas, tais como: Trombofob, Heparina sódica, Venalot,
Hirudoid de 3 a 5 vezes ao dia.

Recomendações pós procedimento

• Pode-se manter as pernas com compressão com meias elásticas após
cada sessão, a meia pode ser usada todos os dias, principalmente nos
três primeiros dias após a sessão.
• Evitar grandes caminhadas e ficar em pé por longos períodos no dia do
tratamento.
• Evitar atividades de impacto ou carregar peso nas primeiras 24 horas
após cada sessão.
• Não tomar banho muito quente durante o tratamento.
• Não se expor ao sol enquanto tiver hematomas.
• Depilação, massagem e atividade física, somente após 24 horas depois
da sessão.

Onde Encontrar Glicose 50%

Laboratórios:

Pineda

Sag

Biometil

Octalab
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Halexlstar

Contra indicação para realização do PEIM

Relativas:

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Gravidez, longo período acamado, recente episódio de tromboflebite superficial

ou trombose profunda, diabete descompensada, tumor maligno, doença de
glândula suprarrenal.

Absolutas:
Certas doenças do fígado (hepatite virótica aguda, tóxico ou droga induzida,
cirrose), estado febril, alergia e bronquite asmática, algumas doenças do coração
(miocardites e endocardites).

Falha da técnica
Injeção de volume excessivo de substância esclerosante.
Injeção fora do microvaso.
Pressão exagerada na punção – pode levar a uma inflamação perivascular
extensa, estimulando o processo de angiogênese (mecanismo de crescimento
de novos vãos sanguíneos, a partir dos já existentes

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MODELO FICHA DE ANAMNESE PARA TRATAMENTO DE MICROVASOS

Nome do paciente:
CPF:
Idade: Peso: Telefone
Altura:
Já fez Sim Qual:
tratamento para
Microvasos: Não
Pratica Sim Quais:
exercícios
físicos: Não
É diabético: Sim Tipo:

Não
Já teve Sim
trombose:
Não
Faz uso de Sim Quais:
medicamentos:
Não
Já fez alguma Sim Qual:
cirurgia:
Não

Estou ciente que esse é um procedimento estético, não é um tratamento

para desordens circulatórias e vasculares.
Por ser verdade firmo o presente e autorizo a realização do
procedimento, comprometendo-me a seguir as orientações do
profissional.
Registro de sessões
Sessão Área de Quantidade Assinatura do paciente
Data aplicação de Glicose
aplicada
10/07/2022 Posterior de 10 ml
coxa
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