Você está na página 1de 68

CURSO

METODÓLOGO DO TREINO
PREPARADOR FÍSICO

MÓDULO II : Controlo de carga de treino e aplicação no mundo real

Formador: Nuno Romano

Alto Rendimento www.altorendimento.net – info@altorendimento.net


2
Sumário

• Fundamentos da monitorização de atletas e controlo de cargas;

• Monitorização da craga externa (GPS);

• Monitorização de carga interna (Frequência-cardíaca);

• Monitorização do estado de saúde/fitness do atleta (Frequência-


cardíaca);

• Integração da monitorização e planeamento de cargas de treino


no dia-a-dia (aplicação prática).

3
Fundamentos da monitorização de atletas e
controlo de cargas

Banister et al. (1975). A systems model of training for athletic performance. Australian Journal
of Sports Medicine and Exercise Science, 7, 57-61.
4
Fundamentos da monitorização de atletas e
controlo de cargas

Training load

PERFORMANCE = FITNESS - FATIGUE

Performance
Injury Risk
Readiness

5
Session-RPE | Acute:Chronic Workload Ratio
INTERNAL LOAD (RPE)

2500 AU 2120 AU 2290 AU 2330 AU Chronic load = (2500+2210+2390+2330) /4 = 2500 AU


Chronic worload

Acute worload Acute load = 2330 AU

Event Time

Acute worload
• Represensação sujestiva de athlete “fatigue”
• A carga de treino realizada pelo atleta durante 1 semana

Chronic worload

• Representação sujestiva de athlete “fitness”


• Média das ultimas 4 semanas

6
Training
PHYSICAL TRAINING

EXTERNAL TRAINIG INDICATORS


LOAD Speed
Accelerations
Individual characteristics Quality & Quantity Organization Distance

INDICATORS
INTERNAL TRAINING Oxygen uptake
LOAD Lactate
Heart rate
Rate Perceived Exertion
ADAPTATIONS (RPE)
Anatomical
Physiological
Biomechemical

INDICATORS
Physiological and
TRAINING OUTCOMES Performance tests

Impellizeri et al., (2005). Physiological assessment of aerobic training in


soccer. JSS, 23(6), 583-592.

7
Training Control Model

Feedback loop

FATIGUE

TRAINING PLAN DOSE RESPONSE PERFORMANCE

FITNESS
External load Internal
Internal load response

8
Purpose of monitoring training load Method of monitoring training Load

Sport scientist Sport scientist


Coach Coach

Weston, M. (2018). Training load monitoring in elite English soccer: a comparation of practices
and perceptions between coaches and practitioners. Science and Medicine in Football

9
Monitorização da carga EXTERNA (GPS)

10
Quantificar a carga externa
QUAIS OS PARÂMETROS?

• DISTÂNCIAS E VELOCIDADES (TOTAIS E POR ZONAS)


– Distância total
– High speed running (ex. > 14.4km/h)
– Very high speed running (ex. > 19.8km/h)
– Sprint (ex. > 25km/h)

• ACELERAÇÕES / DESACELERAÇÕES

• METABOLIC POWER

11
Abordagem para escolher as zonas de velocidade

CONSIDERAÇÕES
• Propósito do uso da informação (data)
• Absoluta Vs Relativa
• Fitness
• Género

12
Escolher os limiares de velocidade

Dwyer., D. B., & Gabbett, T. J. (2012). Global positioning system data analysis:
velocity ranges and a new definition of sprinting for field sport athletes. JSCR

13
Escolher os limiares de velocidade

Dwyer., D. B., & Gabbett, T. J. (2012). Global positioning system data analysis:
velocity ranges and a new definition of sprinting for field sport athletes. JSCR

14
Individualizar zonas de velocidade

VERY HIGH INTENSITY

HIGH INTENSITY

LOWER INTENSITY

15
Individualizar zonas de velocidade

Maximal Sprint 100% MSS 33km/h


Speed (MSS) VERY HIGH INTENSITY

vVO2max
100% MAS 21km/h
HIGH INTENSITY

Lactate Threshold 75% MAS 15km/h


2nd Ventilatory LOWER INTENSITY
Threshold

16
Abordagem para escolher as zonas de velocidade
RECOMENDAÇÕES
• Dados da literatura científica
• Uso de limiares relativos com base em testes
– vVO2max (laboratório) ou MAS (campo)
– % MSS
– métodos combinados

17
PARÂMETROS DE MONITORIZAÇÃO GPS

STRENGTH ENDURANCE POWER SPEED


• Acc • Distância total • Metabolic • Distâncias de

• Dcc • Distância total power VHSR


>14.4kmh (>20W.KG) • Distância de
• m/min sprint
• Nº de sprins

18
Monitorizar carga INTERNA
(FREQUÊNCIA CARDÍACA)

19
Relação HR-VO2
OXYGEN CONSUPTION

HEART RATE
POWER (watts)

20
Intensidade de exercício: Frequência Cardíaca (FC)

Sempre relativizado ao atleta:


• %FCmáx
• %FCreserva

21
Intensidade de exercício: FC

Sempre relativizado ao atleta:


• %FCmáx
• %FCreserva 180bpm
FCmáx

150bpm
(FCexercício) / (FCmáx) x 100 =

FCmáx = 180bpm
FCexercício = 150bpm
83.3% FCmáx

%FCmáx : (150/180) x 100 = 83.3%

22
Intensidade de exercício: FC

Sempre relativizado ao atleta:


• %FCmáx
• %FCreserva 180bpm
FCmáx

150bpm
(FCexercício - FCrepouso) / (FCmáx - FCrepouso) x 100 =

FCrepouso = 80bpm
FCmáx = 180bpm 70%
FCreserva
FCexercício = 150bpm
FCrepouso 80bpm
%FCreserva : ((150-80)/(180-80)) x 100 = 70%

23
Frequência cardíaca: Validade no futebol

Esposito et. Al (2004). Validity of heart rate as an indicator of aerobic demand during soccer
activities in amateur soccer players. European Journal of applied Physiology, 93(1-2), 167-172
24
Frequência cardíaca: Validade no futebol

Esposito et. Al (2004). Validity of heart rate as an indicator of aerobic demand during soccer
activities in amateur soccer players. European Journal of applied Physiology, 93(1-2), 167-172
25
Quantificar a carga interna (FC)

Bannisters Traing IMPulse (TRIMP)


• FCtrimp = Duration x (Fcreserva) x K

K = coeficiente exponencial
K= 0.64 x e1.92HRR (Homem)
K= 0.86 x e1.67HRR (Mulher)

Banister, E. W. (1991). Modeling elite athletic performance. In H. J. Green, J.D. McDougal, & H.
A. Wenger (Eds), Phsiological Testing of Athletes (pp. 403-424). Champaign, Illinois: Human
Kinetics.
26
Quantificar a carga interna (FC)

The Edwards Traing IMPulse (TRIMP)

TL = (Time (50%-60%) x 1) + (Time (60%-70%) x 2) + (Time (70%-


80%) x 3) + (Time (80%-90%) x 4) + (Time (90%-100%) x 5)

27
Carga Interna – Frequência Cardíaca

• A FC é um indicador válido de intensidade de exercício no


futebol;

• Boa ferramenta para quantificar carga interna (aerobic


load);

• Não tem capacidade de quantificar a carga mecânica (carga


externa).

28
Monitorizar respostas
adaptativas do atleta (FC)

29
Metodos mais comuns de monitorização do
estado do atleta
• Frequência cardíaca
✓ FCsub-máxima Limitações de um único “marcador”:
✓ Fcrecuperação
✓ Variabilidade da FC 1. Um único marcador não é defenitivo para

• Biomarcadores
diagnóstico
✓ Hormonal 2. A sensibilidade de um único marcador para
✓ Dano muscular uma eventual “maladaptive” é muito limitada
✓ Imunologicos
3. Intervalos de referência para ateltas de
• Screening neuromuscular futebol é limitada
✓ Groin squeeze
4. Alta variação interindividual
✓ Força excêntrica Isquitibiais
5. Deve ser contextualizada
• Sono
✓ Actigrafia
30
Realmente, quais são os utilizados?

Akenhead, et al., (2016). Training load and player monitoring in high-level football: current
pratice and perceptions. International Journal of Sports Physiology and Performance
31
Monitorização do estado “fitness” do atleta
através da FC
• FCexercício
• FCrepouso (manhã; noite)
• FCrecuperação
• Variabilidade da FCrepouso
(manhã; noite)
• Variabilidade da FCrecuperação
após exercício

32
FCexercício
FCsub-máxima

33
FCexercício : como determinar

Quanto mais baixa a FC, mais baixa a carga de exercício = Mais


FIT o atleta

34
FCexercício

35
FCexercício: sensibilidade ao treino

8 semanas de treino

5’-5’ de duas em duas


semanas + HRV diariamente

Buchheit et al. (2010). Monitoring endurance running performance using cardiac parasympathetic
function. EJAP
36
FCexercício: sensibilidade ao treino

3 semanas de “torneio”

5’-5’ quase todas as manhãs

NO OVERLOAD= STABLE DATA

Buchheit et al. (2011). Monitoring changes in physical performance with heart rate measures in
young soccer players. EJAP
37
FCexercício: sensibilidade ao treino

3 semanas de “torneio”

5’-5’ quase todas as manhãs

Buchheit et al. (2011). Monitoring changes in physical performance with heart rate measures in
young soccer players. EJAP
38
FCexercício: sensibilidade ao treino

FCexercício diminui
em Overtraining

Le Meur et al., (2012). A multidisciplinary approach to overreaching detection in endurane trained


athletes
39
FCrecuperação

40
FCrecuperação: como determinar

RUNNING

SEATED

41
FCrecuperação: sensibilidade ao treino

8 semanas de treino

5’-5’ de duas em duas


semanas + HRV diariamente

Buchheit et al. (2010). Monitoring endurance running performance using cardiac parasympathetic
function. EJAP
42
FCrecuperação: sensibilidade ao treino

3 semanas de “torneio”

5’-5’ quase todas as manhãs

NO OVERLOAD= STABLE DATA

Buchheit et al. (2011). Monitoring changes in physical performance with heart rate measures in
young soccer players. EJAP
43
FCrecuperação: sensibilidade ao treino

3 semanas de “torneio”

5’-5’ quase todas as manhãs

Buchheit et al. (2011). Monitoring changes in physical performance with heart rate measures in
young soccer players. EJAP
44
FCrecuperação: sensibilidade ao treino

FCrecuperação aumentou
com “non-functional”
overeaching

Le Meur. Under Review

45
Variabilidade da FC (HRV)

46
HRV

47
HRV

HRV =

48
HRV: como determinar

49
HRV: Quando?

Na cama ao acordar Casa de banho


2min (1+1)

50
HRV: sensibilidade ao treino

Cross-country skiing and post-exercise heart rate recovery

Hautala et a. Clin Physiol


2001

Hautala A. Et al. (2001). Changes in cardiac autonomic regulation after prolonged maximal
exercise. Clinical Physiology
51
HRV: sensibilidade ao treino

8 semanas de treino

5’-5’ de duas em duas


semanas + HRV diariamente

Buchheit et al. (2010). Monitoring endurance running performance using cardiac parasympathetic
function. EJAP
52
HRV: sensibilidade ao treino

3 semanas de “torneio”

5’-5’ quase todas as manhãs

NO OVERLOAD= STABLE DATA

Buchheit et al. (2011). Monitoring changes in physical performance with heart rate measures in
young soccer players. EJAP
53
HRV: sensibilidade ao treino

3 semanas de “torneio”

5’-5’ quase todas as manhãs

Buchheit et al. (2011). Monitoring changes in physical performance with heart rate measures in
young soccer players. EJAP
54
HRV: 1x por semana Vs média da semana

3 - 4 dias por
semana

Plewa D. (2013). The Pratical Application of Heart Rtae Variability

55
Adaptações da Frequência Cardiaca
BOA resposta ao
Parametros Utilidade Overreaching
treino

FCexercício ++

FCrecuperação (+)
Dificil de implementar no contexto
HRV
de equipa
RPE +++

Questionário Wellness +++

NM performance +++

56
Frequência Cardiaca: aplicação prática

Buchheit et al. (2014). Monitoring training status with HR measures: do all roads lead to Rome?.
Sport Science Department Myorobie Association.
57
Take Home message
• FCexercício
o Fácil
o Relacionada com melhorias na condição fisica do atleta

• FCrecuperação
o Não acrescenta muito

• HRV
o Teoricamente, optima para monitorizar o estado de fitness do atleta
o A implementação é extremanente desafiadora no contexto de futebol
o Abordagem individual?

No final, por si só a monitorização da FC não é suficiente e precisa de ser


completada com parametros adicionais (como por ex. Questionário Wellness e testes
neuromusculares)

58
Planear, monitorizar e aplicar na
vida real

59
Set by Tactical / Tecnical goals

Load Constraints
Physical Loading
External load

- Total distance
- High speed running Proportion planned load over the week
- Acceleration load 100
- Sprint Load
- Player Load Adjust daily based on
80

60 - Previous training load


- Wellnes (soreness/fatigue)
40 - Medical screening
- Collective feedback (coach &
20 fitness/medical)

0
Game Off Game Game - Game - Game - Game - Game
+2 4 3 2 1

60
Abordagem combinada: Treinador & Preparador Físico

Athlete Monitoring & Coach Experience &


Feedback Intuition

Determine Training
Contents

Measure Training Load

Assess “Fitness”,
“Fatigue” & “Learning”

PERFORMANCE

61
JOGO • GAME
• EXERCISE
• TRAINING SESSION

62
JOGO • GAME
• EXERCISE
• TRAINING SESSION

m/min
200
180
160
WCS
140
120 Avg
m/min

100
80
60
40
20
0
1 6 11 16 21 26 31 36 41 46 51 56 61 66 71 76 81 86
Time

63
• GAME
Perceber o impacto da manipulação das variavies na • EXERCISE
construção dos exercícios/sessão de treino • TRAINING SESSION

EXERCÍCIO M/MIN PLAYER LOAD/MIN ACC LOAD HSR/MIN

Acões ind 2v2+2G 61.7 6.81 3.24 4.81

SSG 6x6+1 91.9 10.8 3.85 Martín et al., unpublished


1.60

64
• GAME
Perceber o impacto da manipulação das variavies na • EXERCISE
construção dos exercícios/sessão de treino • TRAINING SESSION

TACTICAL GOAL
OFFENCIVE ORGANIZATION
DEFENCIVE ORGANIZATION
OFFENCIVE TRANSITION
DEFENCIVE TRANSITION

DRILL INTENSITY
LOW MODERATE HIGH

Martín et al., unpublished

65
Sessão de treino • GAME
• EXERCISE
• TRAINING SESSION

66
67
OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO!

Formador: Nuno Romano

Alto Rendimento www.altorendimento.net – info@altorendimento.net

Você também pode gostar