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Como ser membro eficaz de um time com

foco na segurança do paciente?

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Palestrante: Ana Cláudia Pádua
• Graduada em Licenciatura e Bacharelado em Psicologia.
• Especialista em RH e Gestão de Negócios.
• MBA em Gestão e Inovação em Serviços de Saúde.
• Personal & Professional Coach.
• Mais de 15 anos de experiência em cargos de Liderança.
• Avaliadora de Acreditação em Saúde pela metodologia ONA desde 2013,
atuando como Líder Staff pelo IBES a partir de 2019.
• Consultora e Palestrante em temas diversos relacionados à Gestão de
Pessoas e Gestão da Qualidade.
• Membro da equipe de revisão do Manual da ONA versão 2018 para a
elaboração da versão 2022-2025.
Membro eficaz de uma equipe de cuidados seguros

Equipe é um conjunto de duas ou mais pessoas que interagem de forma dinâmica e adaptativa em
direção a uma meta/objetivo/missão comum e valorizado, através de funções específicas atribuídas,
conhecimentos e habilidades especializadas, atuando como unidade coletiva, em decorrência da
interdependência das tarefas executadas pelos membros da equipe.
Definição de Equipe / Time de Cuidados em Saúde

Equipes Principais: Consistem nos profissionais diretamente envolvidos no cuidado ao paciente. Incluem
prestadores de cuidados diretos e, claro, o paciente ou seu cuidador, além de provedores de continuidade -
aqueles que gerenciam o paciente desde a avaliação até a alta.

Equipe Coordenadora: É o grupo responsável para a gestão operacional do dia-a-dia, funções de coordenação
de recursos para as equipes principais. Os enfermeiros muitas vezes preenchem essas funções nos hospitais.

Equipes de Contingência: São formadas para emergências ou eventos específicos (por exemplo, equipes de
parada cardíaca, equipes de resposta a desastres, emergência obstétrica, times de resposta rápida).

Equipe Auxiliar: Indivíduos ou serviços de apoio não pertences à instituição de saúde, que fornecem cuidados
diretos, tarefas de rotina e com tempo limitado, que facilitam o atendimento ao paciente.
Apoiam a equipe principal e por isso compartilham os mesmos objetivos.
Definição de Equipe / Time de Cuidados

Equipes de suporte: Indivíduos que fornecem serviços indiretos e específicos para


tarefas em uma unidade de saúde. Ajudam a facilitar a experiência de cuidados de
saúde ideal para os pacientes e suas famílias. Seus papéis são integrados na medida
em que gerenciam o meio ambiente, os ativos e a logística dentro de uma instalação.
Visam eficiência operacional, segurança, conforto, limpeza no ambiente de saúde.

Equipe de Administração: Inclui a liderança executiva de uma unidade (gestão da


organização. Molda o clima organizacional e cultura, estabelecendo e comunicando a
visão, desenvolvendo e aplicando políticas, fornecendo recursos necessários,
definindo expectativas para a equipe (papéis e responsabilidades) e mantendo outros
líderes responsáveis pelos diversos desempenhos.
Paciente como membro da equipe de cuidados

Em prol da qualidade do atendimento, do cuidado centrado na pessoa e


visando exatamente a segurança do paciente, eles e os seus “cuidadores de
referência” devem ser considerados membros ativos da equipe de saúde!

Isso impacta nos processos de tomadas de decisão compartilhada, na adesão


aos consentimentos informados e no próprio planejamento assistencial de
cuidados personalizados.

O paciente é uma valiosa fonte de informação sobre si mesmo (sua


experiência frente à doença e condição atual), além de ser o único membro da
equipe que sempre está presente durante o toda a jornada de atendimento!
Integração de Cuidados
Como oferecer a melhor assistência em saúde?
Para atender bem a um único paciente, existirão múltiplos ambientes (home care, clínica, laboratório, hospital
etc.), setores (pronto atendimento, centro cirúrgico, unidade de terapia intensiva, unidade de internação,
ambulatório etc.) profissionais, especialidades e turnos diferentes... O cuidado precisará ser planejado e
coordenado de forma integrada entre todos os membros que compõem esta equipe!... Será que é fácil?
PAPÉIS DIFERENTES X
RISCOS DA SOBREPOSIÇÃO X
HIERARQUIA DE CUIDADOS
Integração de Cuidados
Todos estes aspectos/variáveis (valores e crenças individuais, diferentes estilos de liderança, estilos de
aprendizagem e de competências, (in)definição de papéis e responsabilidade entre os membros do time,
situações de conflitos, afetam as interações, desempenhos e resultados do cuidado.

Como incluir o paciente / família neste time de cuidados?

Como aumentar a adesão de todos os


envolvidos nos protocolos
de segurança do paciente,
em meio a este contexto de riscos
psicossociais?
Principais falhas no trabalho em equipe que
aumentam potencialmente o risco de incidentes

➢ Pouca clareza na definição dos papéis


entre os membros da equipe;

➢ Falta de coordenação;

➢ Falhas de comunicação.
Comunicação efetiva para a integração dos cuidados

O modo como um membro se comunica com os outros profissionais,


áreas e com o paciente, determina a eficácia do cuidado e do
tratamento, bem como sobre como todos se sentem sobre trabalho.

Assim como ter clareza na definição dos papéis e


responsabilidades de cada um do time de cuidados, a
comunicação efetiva é o que possibilita atingir com mais
assertividade os objetivos propostos!

Para o escritor irlandês-inglês George Bernard Shaw: “O maior


problema com comunicação é a ilusão de que ela foi realizada".
Comunicação efetiva x trabalho em equipe

O trabalho em equipe é essencial para minimizar eventos causados ​por falta de comunicação
com os outros cuidadores do paciente e mal-entendidos de papéis e responsabilidades.

A comunicação efetiva entre os profissionais de saúde constitui uma estratégia pragmática e


eficaz para aumentar a segurança do paciente e reduzir os erros médicos e assistenciais.

Pacientes interessados ​em seu próprio cuidado também devem fazer parte da comunicação!
Seu envolvimento é fundamental para minimizar erros e potenciais eventos adversos.
Comunicação efetiva em saúde x trabalho em equipe
Comunicação efetiva em saúde x trabalho em equipe

A transferência de informação ou transição de cuidados é um


momento crucial para a troca precisa de informações!

Erros nesta comunicação podem fazer com que os pacientes


não sejam tratados corretamente e sofram um evento adverso.

A transferência clínica refere-se à transferência de


responsabilidade por algum ou por todos os aspectos do
cuidado de um paciente ou grupo de pacientes, para outra
pessoa ou grupo de forma temporária ou permanente.

Passagem de plantão é uma estratégia para auxiliar nas


transferências oportunas e precisas
Comunicação efetiva x trabalho em equipe

Exemplo de que melhorar o trabalho em equipe traz benefícios individuais e coletivos


para a melhoria dos resultados, melhor experiência e maior segurança do paciente:
Segurança Psicológica x trabalho em equipe

É importante que todos os membros da equipe confiem que podem comentar


quando eles vêem algo que possa impactar na segurança do paciente.

Segurança psicológica é o grau em que as pessoas percebem seu ambiente de


trabalho como propício para tomar esses riscos interpessoais de conflito.
Segurança Psicológica x trabalho em equipe

Os membros do time devem ser capacitados a interromper uma atividade sempre que se perceberem uma
situação de violação de segurança na assistência ao paciente.

Por exemplo, através da abordagem de uma primeira pergunta inicial e a segunda tentativa ressaltando a
necessidade imediata em defesa do paciente. ASSERTIVIDADE!

A tática de “dois desafios” garante que a preocupação expressa foi ouvida, compreendida e reconhecida.
Como as equipes se formam e se desenvolvem
Características obrigatórias das
equipes de alta performance

• Propósito comum: Objetivos claramente definidos que incluem interesses coletivos e demonstram pertencimento.

• Metas mensuráveis: Estabelecidas com foco nas tarefas da equipe.

• Boa coesão: Identidade única de “espírito de equipe e empenho” faz com que os membros queiram trabalhar juntos.

• Respeito mútuo: Aos talentos e crenças, às contribuições profissionais, à diversidade de opinião entre os membros.

• Proficiência individual em tarefas: Capacidade de monitorar o seu próprio desempenho.

• Motivação: “Motivo para ação” (engajamento, significado e propósito).

• Flexibilidade: resolução eficaz e aprendizado com conflitos.

Comunicação efetiva: Boas equipes de saúde compartilham ideias e informações de forma rápida e regular, mantém
registros escritos e buscam tempo para a reflexão das práticas interdisciplinar em time.
Abordagem da Liderança de
uma equipe de alta performance

1. Aceita o seu papel de liderança.


9. Realiza “briefings, huddles e debriefings”.
2. Pede ajuda sempre que apropriado.
10. Capacita e treina os membros da equipe a falar
3. Monitora periodicamente as situações. livremente e fazer perguntas.

4. Estabelece prioridades e toma decisões assertivas. 11. Organizar atividades de melhoria.

5. Busca recursos para maximizar desempenhos. 12. Inspira os outros a manter uma cultura de grupo
positiva.
6. Gerencia conflitos.
13. Garante que a equipe está no caminho certo e atende
7. Equilibra a carga de trabalho entre os membros. os resultados esperados.

8. Delega tarefas e atribuições. 14. Inclui o paciente na equipe.


CONCLUSÃO

A eficácia de um trabalho em time não acontece por acaso!

Requer a compreensão das características de cada um


dos membros da equipe, bem como o conhecimento claro
de cada uma das funções e responsabilidades.

Esteja atento a todos os valores individuais e suposições


que afetam as interações entre os profissionais!

O que não quer dizer que ter múltiplas personalidades,


forças e fragilidades torna um cuidado menos eficaz!

Quando estes pontos complementares se conectam em


sintonia, a atuação é realmente em prol do “gol” da
segurança do paciente e da qualidade do atendimento!
Fale com nossa equipe em
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