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Gestão em Enfermagem I

 Conceitos

Gestão Liderança
Foco no sistema Foco nas Pessoas
Pensamento Estratégico
Forte Fator Humano
Foco na estrutura Prospetiva
Visão Comum
Produzir bons e eficientes serviços Inspiração
Estratégia Organizacional
 Gestão é um processo que foca no sistema de manutenção de modo a produzir
bons e eficientes serviços
- Foco nas pessoas
- Torna as pessoas capazes de um desempenho conjunto
- Transforma os seus pontos fortes em eficazes e as suas fraquezas em
irrelevantes
- Promove a integração de pessoas num empreendimento comum, com
metas comuns/valores partilhados
- Inclui assim, a liderança

 Liderança é um forte fator humano que consiste num pensamento estratégico


que conduz a uma prospetiva, ou seja, uma visão comum com inspiração, para
encontrar uma estratégia organizacional.

 Governança é um termo muito utilizado na literatura inglesa e sinónimo de


gestão. A governança clínica distingue a gestão na área clínica. Também é
utilizada para a ação do governo.
- Governança: É o sistema da organização que dirige, controla e
monitoriza as funções e interações com os seus colaboradores.
- Governança Clínica (Gestão Clínica): É um sistema em que as
organizações são responsáveis por continuamente monitorizarem e
melhorarem a qualidade dos seus serviços e salvaguardarem altos níveis
de cuidados centrados nos clientes e serviços. Esta inclui,
nomeadamente, os conceitos de protocolos, de gestão do risco, de

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formação, de reflexão e desenvolvimento, de relação de confiança entre


público e profissionais e uso da informação.
- Nos sistemas de saúde têm como funções:

Governança Governança clínica


Finanças Foco no Cliente
Processos não clínicos Serviços de Qualidade
(catering, manutenção) Sistemas e processos para medir a
eficiência e a efetividade clínica
Tomada de decisão e Auditoria Clínica
acompanhamento da ação Acompanhamento da prática clínica
Lidar com os riscos de Utilizador, cuidador e público
forma eficaz e proativa envolvidos na tomada de decisão clínica

 Gestão em Enfermagem consiste na coordenação e integração de recursos a


partir do planeamento, da organização, da direção e do controlo da provisão dos
serviços de enfermagem providenciando pessoal para atingir os objetivos e
metas organizacionais e cuidar de assuntos regulamentos, da segurança do
cliente e da implementação contínua da qualidade.

 Níveis da Gestão
- Macro (Estratégico/Topo): Políticas de Saúde. No hospital consiste no Conselho
de Administração, no Diretor Clínico e no Enfermeiro Diretor
- Meso (Tático/Intermédia): Gestão das Organizações de Saúde. No hospital
consiste nos Gestores de Departamento, nos Enfermeiros Adjuntos e nos
Supervisores.
- Micro (Operacional): Gestão Clínica. No hospital consiste nos Diretores de
Serviço, nos Enfermeiros Gestores e nos Chefes de Equipa.

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 Teorias de Gestão

Abordagem Clássica
Teoria da Administração Científica - Taylor
Teoria da Organização Administrativa - Fayol
Teoria da Burocracia- Weber
Abordagem Comportamental
Teoria das Relações Humanas - Mayo
Abordagem Integrativa
Teoria dos Sistemas Abertos
Teoria da Contigência
Abordagem política das organizações
Abordagem Contemporânea
Organização em aprendizagem
Technology-driven workplace

 Abordagem clássica
- Teoria da Administração Científica – Taylor
¬ Basear os resultados nos incentivos de compensação ao
desempenho; planear os postos de trabalho ou tarefas com base
em métodos de trabalho eficiente; selecionar os trabalhadores em
função das suas competências e adequação ao posto de trabalho;
dar formação aos trabalhadores tendo em vista melhorar as suas
competências e dar o seu melhor; dar formação aos gestores e
supervisores que possibilite melhorar o seu desempenho

- Teoria da Organização Administrativa - Fayol


¬ 14 princípios gerais da gestão:

1 – Divisão do trabalho: permitindo a especialização e maior experiência;

2 – Autoridade: o direito de dar ordens e de se fazer obedecer;

3 – Disciplina: prevendo incentivos, mas também penalidades;

4 – Unidade de comando: cada trabalhador deve receber ordens apenas de uma pessoa;

5 – Unidade de direção: empresa orientada por apenas uma direção;

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6 – Subordinação do interesse individual ao coletivo: o interesse da organização como


um todo tem preferências aos interesses das pessoas;

7 – Remuneração: deve ser justa;

8 – Centralização: o grau de centralização da gestão dependerá das condições da


organização em causa;

9 – Cadeia de comando: numa organização a linha de autoridade (frequentemente


representada pelas linhas que unem os retângulos de um organograma) é representada
por ordem de escalões da gestão de topo até aos níveis mais baixos da hierarquia;

10 – Ordem: os materiais e pessoas devem estar nos lugares certos, nas horas certas;

11 – Equidade: os funcionários devem ser tratados numa base de justa igualdade;

12 – Estabilidade de emprego: reter os funcionários produtivos e evitar uma taxa


elevada de rotação de pessoal porque quebra a eficiência da empresa;

13 – Iniciativa: encorajar as iniciativas dos trabalhadores;

14 – Espírito de equipa: contribui para a unidade da organização. Era incentivada a


comunicação verbal e informal em vez da escrita e formal.

- Teoria da Burocracia- Weber


¬ Na sua perspetiva a organização assume-se como um sistema
fechado, com regras fixas e imutáveis face a um meio externo
que se considera previsível. Segundo Weber existiam três formas
de autoridade:
1 – Autoridade tradicional: baseada em tradições e costumes e na
passagem de hábitos culturais. A legitimidade da autoridade é
assegurada pelas tradições religiosas, crenças e costumes sociais.
2 – Autoridade carismática: baseada em características físicas
e/ou de personalidade do líder em questão. Os seguidores
evidenciam os seus feitos, a sua história e qualidades pessoais.
No entanto tem como desvantagem ser passageira, uma vez que
assegura o reconhecimento por parte do grupo mas não deixa
sucessores certos.

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3 – Autoridade racional-legal: é garantida por regras e normas


oriundas de um regulamento que é reconhecido e aceite pelo
grupo. A autoridade está no cargo e não na pessoa que o exerce.
Esta apresentaria os seguintes princípios:
 Divisão: de funções e tarefas para se alcançar os objetivos
 Hierarquia: direitos e deveres de cada cargo.
 Contratação de funcionários
 Equiparação salarial
 Progressão na carreira
 Separação total entre função e as características pessoais
da pessoa que a exerce
 Regras e normas: que ditam direitos e deveres

 Abordagem Comportamental
- Teoria das Relações Humanas- Mayo
¬ Introdução de questões de liderança e motivação dos
colaboradores, enquanto aspetos na otimização da produtividade
organizacional. Mayo compreendeu que aspetos como a coesão
do grupo e a relação interpessoal com o superior hierárquico
tinham influência direta no aumento ou diminuição dos níveis de
produtividade. Esta teoria privilegia o relacionamento
interpessoal nas instituições. Indivíduo tem motivações,
objetivos e personalidade própria.

 Abordagem integrativa
- Teoria dos Sistemas Abertos
¬ Este modelo privilegia o conceito de mudança organizacional,
transformando as organizações em sistemas sociais que
reconhecem a transformação como componente à sua
sobrevivência. Um sistema é composto por um conjunto de
unidades/subsistemas interdependentes, que se relacionam, pelo
que o seu estudo deve ser analisado como um conjunto. É um

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sistema aberto e dinâmico, em interação com o ambiente externo.


As organizações são caracterizadas pela equifinalidade: podem
adaptar-se e funcionar de forma diferente para obtenção dos
mesmos resultados.
- Teoria da Contigência
¬ A resolução dos problemas depende da situação em particular e
de como o gestor identifica e avalia essa situação. Não há um
método universal para resolver problemas. Em presença de
ambientes externos diversificados, o melhor modelo de
organização é aquele que consegue uma melhor adaptação.

- Abordagem política das organizações


¬ O poder não decorre exclusivamente da autoridade hierárquica
formal das organizações, mas também das funções e estruturas
que estão diretamente relacionadas com o processo de tomada de
decisão, com a execução de tarefas, com o processamento da
informação, a divisão do trabalho e as interações entre as
organizações e o ambiente externo. Mintzberg identificou 10
diferentes papéis que agrupou em 3 grandes grupos:
 1. Interpessoal
 Figurativo – representa a instituição em
cerimónias e socialmente.
 Líder – interage com os subordinados, motivando-
os e dirigindo-os.
 Relação – estabelece uma rede de contactos,
nomeadamente com o exterior da empresa.

 2. Informacional
 Recetor – recebe informações do interior e do
exterior da empresa.
 Disseminador – transmite aos outros membros
da organização as informações adquiridas.

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 Transmissor – informa para o exterior da


empresa, sobre os planos, políticas, ações e
resultados

 3. Decisional
 Empreendedor – desenvolve iniciativas de
mudança com base na análise das
oportunidades proporcionadas pelo ambiente.
 Solucionador de distúrbios – responsável pelas
ações corretivas quando a organização enfrenta
distúrbios significativos e inesperados.
 Distribuidor de recursos – controla a afetação
das pessoas, dinheiro, equipamento e tempo,
programando e aprovando as decisões
respetivas.
 Negociador – participando nas atividades de
contratação e negociação

 Abordagem contemporânea
- Organização em Aprendizagem (Learning Organization)
¬ Esta teoria pretende que numa organização os seus membros
procurem identificar e resolver problemas. A organização é
proativa em experimentar, melhorar e mudar, permitindo
aprender, crescer e atingir os seus objetivos. A ênfase é colocada
na resolução de problemas, satisfazer um cliente em particular.
Uma organização em aprendizagem caracteriza sistemas capazes
de aprender através do feedback que recebem do meio
envolvente,

- Technology-Driven Workplace

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¬ Esta teoria centra a abordagem da gestão na dependência da


tecnologia. As organizações guiadas por tecnologia são
inovadoras, usam os avanços tecnológicos para uma resposta
mais adequada aos seus clientes, ganhando vantagem
competitiva e envolvimento no mercado.

 Evolução nas Organizações de Saúde


- Contratação de Áreas Indiretas aos Cuidados
- Informatização dos Sistemas de Apoio à Prática Clínica
- Transição de CTFP (Contrato de Trabalho em Funções Públicas) para CIT
(Certificados de Incapacidade Temporária) [com termo ou sem]
- Pool de Trabalhadores
- Cidadãos + Tecnológicos e + Exigentes

 A Gestão de Serviços de Saúde é um processo composto por funções e


atividades sociais e técnicas/objetivos pré-determinados através de recursos
humanos e outros. É uma ação de suporte e coordenação de serviços dentro de
uma organização de Saúde.
- O gestor tem com função o controlo, o planeamento, a organização e a
direção dos Serviços de Saúde.

Presidente do concelho de administração e


enfermeiro-diretor (estratégia)

Chefes de departamento e
enfermeiro-supervisor (tática)

Supervisores e enfermeiros-chefe
(técnica)

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 Responsabilidade Social em Gestão consiste: na responsabilização pelos


impactos da atividade da organização na economia, na sociedade e no ambiente;
na resposta às expectativas e requisitos dos seus stakeholders, dado que
proporciona às organizações uma abordagem de gestão inovadora, competitiva e
internacionalmente reconhecida; em princípios da sustentabilidade, contribuindo
para o desenvolvimento sustentável.

 Ética em Gestão
- Expectativas da sociedade: O que é aceite como função e objetivos da
empresa
- Concorrência leal: não utilização de práticas menos adequadas
- Publicidade: não utilizar publicidade enganosa
- Relações públicas: porta-voz para informar o público
- Responsabilidade social
- Autonomia do consumidor: não limitar a liberdade
- Comportamento da empresa: relacionamento interno e externo~
- Os serviços devem ser claros nos seus propósitos, os clientes devem ser
claros nas suas necessidades e nas suas expectativas, e colaborarem num
objetivo comum, a satisfação pela qualidade.

 Contexto político, económico e organizacional dos cuidados de saúde


 Evolução histórica
- Século XVI:
¬ criação das Misericórdias. Assumiam a responsabilidade na
prestação de cuidados (hospitais, albergarias, serviços de apoio a
órfãos, inválidos, incuráveis).

- Século XIX:
¬ 1837 – Surge a 1ª Lei Orgânica da Saúde
¬ 1889 – Aparecimento dos Serviços de Saúde e Beneficiência
Pública: Dr. Ricardo Jorge reorganiza os Serviços de Saúde, mas

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apenas em 1901 surge a sua regulamentação que inicia aplicação


em 1903

- Século XX:
¬ 1911 - Estruturação da Direção-Geral da Saúde. Aparecimento dos
primeiros hospitais regionais e sub-regionais, geridos pelas
Misericórdias, em que o Estado tem apenas um papel complementar.

¬ 1946 - Através da Lei no 2011 de 2 de Abril, fixa-se a organização legal


dos serviços prestadores de cuidados de saúde existentes (Hospitais das
Misericórdias, Estatais, Serviços médicos – Sociais, Serviços de Saúde
Pública e Serviços privados).

¬ 1958 - Surge o Ministério da Saúde, mas apenas 18% da população


estava coberta pelo Sistema de Saúde.

¬ 1963 - É publicado o Estatuto da Saúde e Assistência, em que o Estado


intervém com mais incidência na Saúde Pública, embora com um papel
ainda diminuto

¬ 1968 - Emerge o Estatuto Hospitalar: tem como objetivo disciplinar o


funcionamento dos Hospitais Oficiais e das Misericórdias

¬ 1968 – regulamentadas carreiras de Saúde nos Hospitais (médico,


enfermeiro, administração e farmácia)

¬ 1971 – Reforma de 1971 por Gonçalves Ferreira (Centros de Saúde


direcionados para atividades curativas; Regulamentação das carreiras
médica, de enfermagem e de técnicos)

¬ 1973 – entrou em vigor um sistema de pagamento por doente tratado,


pelo Estado aos Hospitais. Estes estavam sob a direção de Misericórdias,

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com exceção de alguns Hospitais centrais nos grandes centros urbanos.


Não havia a figura de médico de família

¬ 1974 - Financiamento da saúde: 41% da responsabilidade do Estado e


59% da responsabilidade da Previdência. Os Hospitais das Misericórdias
são geridos por comissões nomeadas e respondem ao Secretário de
Estado.

¬ 1976 - Surge a Constituição da República Portuguesa: Lei fundamental


do país formada por um conjunto de normas e princípios superiores e
invioláveis

 1 – Todos têm o direito à proteção da saúde e o dever de a


defender e promover
 2 - O direito da proteção à saúde é realizado:
 a) Através de um serviço nacional de saúde universal e
geral e, tendo em conta as condições económicas e
sociais dos cidadãos, tendencialmente gratuito;
 b) Pela criação de condições económicas, sociais,
culturais e ambientais que garantam, designadamente,
a proteção da infância, da juventude e da velhice, e
pela melhoria sistemática das condições de vida e de
trabalho, bem como pela promoção da cultura física e
desportiva, escolar e popular, e ainda pelo
desenvolvimento da educação sanitária do povo e de
práticas de vida saudável
 3 – Para assegurar o direito à proteção da saúde, incumbe
prioritariamente ao estado:
 a) Garantir o acesso de todos os cidadãos,
independentemente da sua condição económica, aos
cuidados da medicina preventiva, curativa e de
reabilitação;
 b) Garantir uma racional e eficiente cobertura de todo o
país em recursos humanos e em unidades de saúde;

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 c) Orientar a sua ação para a socialização dos custos


médicos e medicamentosos

¬ 1978 - Despacho ministerial, conhecido como “Despacho Arnaut” abre o acesso


a todos os cidadãos aos cuidados de saúde, independentemente da sua
capacidade contributiva. Garantia da universalidade, generalidade e gratuidade
dos cuidados de saúde.

¬ 1979 - Criação do Serviço Nacional de Saúde (Lei n.o 56/79), no Ministério dos
Assuntos Sociais, como instrumento para assegurar o direito à proteção da
saúde. O acesso é garantido a todos os cidadãos, independentemente da sua
condição económica e social, bem como aos estrangeiros, em regime de
reciprocidade, apátridas e refugiados políticos.

¬ 1990 - Lei de Bases de Saúde: Dita que a administração das unidades de saúde
deveria obedecer a “regras de gestão empresarial”. Permitiu uma melhor
integração entre os cuidados primários, secundários e terciários
 Base 1 - Direito à proteção da saúde
 1 - O direito à proteção da saúde é o direito de todas as
pessoas gozarem do melhor estado de saúde
 2 -O direito à proteção da saúde constitui uma
responsabilidade conjunta das pessoas, da sociedade e
do Estado e compreende o acesso, ao longo da vida, à
promoção, prevenção, tratamento e reabilitação da
saúde, a cuidados continuados e a cuidados paliativos

¬ 1993-1995 - Introdução do conceito de gestão privada nos Hospitais Públicos.


Surgimento do Programa de Recuperação das Listas de Espera (PERLE);
Introdução das taxas moderadoras; Desenvolvimento de um sistema de
informação baseado nos Grupos de Diagnóstico Homogéneo (GDHs) para a
gestão hospitalar.

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¬ Ciclo Político 1995 – 2002 - Reforma da gestão dos Centros de Saúde e de


Hospitais. Remuneração associada ao desempenho dos profissionais

- Século XXI:
¬ Ciclo Político 2002 – 2005 - Novo regime de gestão do tipo empresarial
(EPE):
-Nova lei de gestão hospitalar;
-Implementação de Hospitais S.A. para EPE.
Preparação de parcerias público-privadas (PPP); Criação da rede de
Cuidados de Saúde Primários (articulação entre cuidados diferenciados e
cuidados continuados); Promoção dos medicamentos genéricos.
¬ Ciclo Político 2005-2009 –
 2005 - surgem os primeiros Hospitais EPE;
 2006 – criada a Rede Nacional de Cuidados Continuados
Integrados a idosos e dependentes (RNCCI);
 2007 – reforma dos CSP com a introdução das unidades de
saúde familiar, com remunerações e incentivos por ato
específico que visa promover os níveis de saúde;
 2008 – Criação dos Agrupamentos de Centros de Saúde
(ACES);
 2009 – enquadramento legal para o funcionamento das unidades
privadas de serviços de saúde

¬ 2010 – Presente:
 2011 - Prescrição eletrónica
 2012 - Novo Portal do Utente – Plataforma de Dados da Saúde
 2013 - Aprovação do novo regime jurídico das convenções e
formas de articulação do SNS com as instituições particulares de
solidariedade social. Hospitais devolvidos às Misericórdias;
 2014 - Fundo para a investigação em saúde considerada
instrumental para a melhoria contínua da qualidade;
Enquadramento de Enfermeiro de Família nas unidades
funcionais dos CSP;

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 2015 - Lei de Bases dos Cuidados Paliativos


 2017 - Publicada a carta de direitos de acesso aos cuidados de
saúde pelos utentes do SNS
 2019 - Comemoração 40 anos de SNS; Aprovada nova Lei de
Bases – Lei n.º95/2019 de 4 de setembro; 2020
 2020 - Primeira inoculação da vacina contra COVID-19

 Evolução do Sistema de Saúde Português


- Reorganização da rede hospitalar
- Reestruturar carreiras médicas e de enfermagem
- Criação dos Centros de Saúde
- Criação das Administrações Regionais de Saúde

- Evolução nos indicadores da mortalidade infantil, mortalidade perinatal e na
esperança média de vida
- Melhoria na cobertura da população

 PROGRAMA XXIII GOVERNO CONSTITUCIONAL (2022-2026)


- Defender o SNS, promover a saúde (“A Saúde começa em casa”): •
¬ Melhoria dos determinantes sociais de saúde, como promoção da saúde e
da qualidade de vida das comunidades;
¬ Intervenção aos fatores de risco na saúde: alimentação saudável,
atividade física, obesidade, tabagismo, entre outros;
¬ Rastreios visuais e auditivos a todas as crianças;
¬ Melhorar o acesso a consultas de promoção da saúde e prevenção da
doença

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 SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE –


- HOJE
¬ O Estado assegura o direito à proteção da saúde através do SNS, que
integra todas as instituições e serviços oficiais prestadores de cuidados de
saúde, dependentes do Ministérios da Saúde.
¬ O Ministério da Saúde (e a Direção Executiva) é o departamento
governamental que tem por missão definir e conduzir a política nacional
de saúde, garantindo uma aplicação e utilização sustentáveis dos recursos
e a avaliação dos seus resultados.

- Especificidades
¬ Assegurar as ações necessárias à formulação, execução,
acompanhamento e avaliação da política nacional de saúde
¬ Exercer, em relação ao Serviço Nacional de Saúde, abreviadamente
designado por SNS, funções de regulamentação, planeamento,
financiamento, orientação, acompanhamento, avaliação, auditoria e
inspeção;
¬ Exercer funções de regulamentação, inspeção e fiscalização
relativamente às atividades e prestações de saúde desenvolvidas pelo
setor privado, integradas ou não no sistema de saúde, incluindo os
profissionais neles envolvidos

- O que integra?
¬ Direta: Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS); Centros
Hospitalares e Hospitais; Unidades Locais de Saúde.
¬ Indireta: INFARMED; INEM; Instituto Português do Sangue e da
Transplantação; ARS (Administrações Regionais de Saúde)

- Entidades de Saúde

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- Prestadores de Cuidados de Saúde


¬ Primários
 ACeS
 Os ACeS são serviços de saúde com autonomia administrativa, constituídos por
várias unidades funcionais, que integram um ou mais centros de saúde. São
serviços desconcentrados da respetiva Administração Regional de Saúde (ARS),
estando sob a sua responsabilidade e têm por missão garantir a prestação de
cuidados de saúde primários à população de determinada área geográfica.
 Os ACeS desenvolvem atividades de promoção da saúde, prevenção da doença,
vigilância epidemiológica em saúde e investigação em saúde.
 Em Portugal Continental existem 55 ACeS.

¬ Hospitalares
¬ Continuados- Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados
(RNCCI)
¬ Paliativos

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