GESTÃO

HOSPITALAR
Atualizado 01.2021

Professor
_____________________________

_____/____/_____ Início

Previsão de término
____/_____/____

“Aprender sobre gestão

hospitalar trará a você
uma amplitude de
pensamentos e
entendimentos sobre
como se articula a saúde
desde o ponto de vista
gerencial a financeiro. Ao
técnico de enfermagem
é necessário também
noção sobre como os
gestores conduzirão seu
serviço dentro do
preconiza seu conselho
profissional e legislações
trabalhistas!

Elaboração
Prof Enfª Juliana Targino
Fontes

Formatação, Edição e
Revisão
Prof Enfª Juliana Targino

Direção
Enfª Mônica de Moraes
 Administração Hospitalar
Administração Hospitalar Data ___/___/____
O conhecimento da Administração
Hospitalar para o Técnico de
Enfermagem
Administração hospitalar, apesar do
nome, não se limita aos hospitais. Qualquer
instituição ou estabelecimento atuante em saúde
pode e deve contar com profissionais dedicados à
gestão de seus departamentos e unidades.
Em administração hospitalar, você
entenderá quais os atributos necessários para
ofertar serviço de saúde de qualidade aliando o
sucesso da sua equipe, aos custos dos serviços
prestados e êxito clínico de seus clientes.
Você vai descobrir que a tecnologia
contribui de modo decisivo para isto, inclusive
elevando a produtividade sem afetar a qualidade
dos serviços. Mas, literalmente, o é administração
hospitalar?
Como técnico de enfermagem, serei um
administrador?
Vamos por partes!
O coordenador do Serviço de
Enfermagem é o Enfermeiro
conforme a lei do exercício
profissional:
Art. 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de
Enfermagem, cabendo-lhe:
I - privativamente:
a) direção do órgão de Enfermagem integrante da
estrutura básica da instituição de saúde, pública ou
privada, e chefia de serviço e de unidade de
Enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de Enfermagem
e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas
prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução
e avaliação dos serviços de assistência de Enfermagem;
No Art. 10 diz - O Técnico de Enfermagem
exerce as atividades auxiliares, de nível médio
técnico, atribuídas à equipe de Enfermagem,
cabendo-lhe:
3º Ciclo
1
I - Assistir ao Enfermeiro:
..... II - executar atividades de assistência de
Enfermagem, excetuadas as privativas do
Enfermeiro e as referidas no Art. 9º ....
Sendo assim, ao técnico de enfermagem
não compete a chefia de serviços de saúde no que
tange a assistência de enfermagem, no entanto...
A Coordenação ou administração do
serviço em geral pode ser assumida por qualquer
outro profissional como, por exemplo, o Técnico
de Enfermagem desde que, este não decida sobre
matéria de Enfermagem.
Na formação do técnico de enfermagem, é
necessário a compreensão dos sistemas de saúde,
pois, como componente da equipe
multidisciplinar precisa desempenhar seu papel
adjuvante com compreensão do que acontece ao
seu redor em termos administrativos, e sendo ele
um instrumento deste processo, cuidar para que
seus direitos profissionais sejam preservados e
valorizados dentro no que tange suas atribuições
e o que necessita sua chefia.
A administração hospitalar o conjunto de
práticas empregadas na gestão de sistemas de
saúde. Ela engloba, recursos humanos, materiais
e processos, buscando qualidade no atendimento
e eficiência1.
Também chamada de gestão hospitalar, a
administração contribui para o bom
funcionamento de todos os setores em
organizações públicas ou privadas que atuem na
área da saúde1.
Os profissionais que respondem pelo
gerenciamento dos sistemas de saúde costumam
combinar anos de experiência assistenciais ao
aprendizado avançado sobre gestão1.
A administração hospitalar funciona a
partir de uma estrutura semelhante a qualquer
outra organização. Isso envolve equipe
multidisciplinar, divisão em setores, funções e
responsabilidades, além do atendimento ao
cliente neste caso, ao paciente1.
 A natureza do serviço prestado também Jules Henri Fayol criador da Teoria 2
tem grande peso nas decisões da administração Administrativa conceitua:
hospitalar, pois a saúde não pode ser oferecida tão
somente com o objetivo de obter lucro financeiro1. “Todos têm necessidade, em maior ou menor grau, de
É preciso observar, ainda, uma série de leis noções administrativas. Na família, nos negócios do
que amparam pacientes em situação vulnerável, Estado, a necessidade de capacidade administrativa
como idosos e gestantes. Um dos maiores desafios está em relação com a importância da empresa; para os
do administrador hospitalar está no aumento da indivíduos, essa necessidade é tanto maior quanto
eficiência do serviço, sem perder o foco na mais elevada é a posição que ocupam.”
assistência ao paciente. Isso porque hospitais,
Segundo sua perspectiva, cabe aos
clínicas e outras unidades de saúde costumam
administradores e líderes avaliar quais conceitos
demandar grandes investimentos em pessoal
terão um papel central e quais serão adotados em
qualificado, tecnologia e materiais específicos.
menor escala em sua organização.
Políticas públicas em saúde, questões
1. Divisão do trabalho
operacionais dentro de instituições de saúde,
logística e epidemiologia são alguns dos temas
que precisam ser dominados pelo administrador
hospitalar1.
Nesse cenário, os benefícios da
administração hospitalar são evidentes. Os
ganhos vão desde equipes motivadas e com
autonomia, até agilidade em processos
administrativos e no atendimento aos pacientes.
Essa celeridade impacta na qualidade de
vida de maneira positiva, diminuindo o tempo de
Fayol constatou isso antes mesmo da
espera para exames, consultas e atendimento
ascensão da cultura empreendedora e fez questão
emergencial. Um atendimento de qualidade é
de registrar a divisão do trabalho como um
outro ganho essencial para os pacientes, que
princípio essencial para administrar com
levarão uma vida com mais saúde1.
qualidade.
Quando os profissionais estão bem
2. Autoridade e responsabilidade
orientados, também é possível encaminhar os
pacientes para diferentes esferas de atendimento,
reduzindo a pressão sobre a equipe do pronto-
socorro1.
O princípio da gestão em Saúde praticado
há algumas décadas era intuitiva, do ponto de
vista técnico. Esse modelo de gestão hospitalar era
caracterizado ainda pelo corporativismo por parte
de médicos e administrados por organizações
familiares. Essa característica é falha em vários
pontos. Gera um atraso coletivo, pois como não O gestor detém o poder e a obrigação de
existem elementos técnicos de gestão, não dar ordens, porém, deve buscar o equilíbrio entre
acontecem avaliação sistemática e estratégica5. autoridade e responsabilidade.
3. Disciplina
Fruto de obediência e respeito, a disciplina
é necessária para manter a organização e a
hierarquia premissas da administração
tradicional de empresas.
4. Unidade de comando
Na visão de Fayol, cada funcionário deve
responder a somente um chefe, a fim de evitar
confusões e conflitos internos. Dependendo da
cultura da organização, esse princípio continua
válido para manter a clareza na hierarquia e na
avaliação dos colaboradores.
5. Unidade de direção
Esse princípio afirma que as tarefas e
realizações com um mesmo propósito devem ser
encabeçadas por uma única pessoa. Assim, um
departamento ou processo com múltiplas ações
terão somente um diretor, coordenador ou
encarregado por sua condução.
6. Subordinação dos interesses individuais aos
interesses gerais
Para garantir a saúde da empresa, os
interesses dessa organização se tornam mais
importantes que os de um funcionário ou de um
grupo.
7. Remuneração do pessoal
O conceito de remuneração defendido
pelo teórico não se restringe aos salários, mas
engloba gratificações, possibilidades de
participação nos lucros e prêmios por
produtividade, entre outros.
8. Centralização
Descreve a concentração da autoridade
conforme a posição dentro da hierarquia da
empresa. Apesar de ser bastante criticada, essa
ideia tem como objetivo manter uma organização
e qualidade do trabalho realizado, deixando
atividades complexas com os profissionais mais
capacitados.
9. Hierarquia
Pode ser definida como uma estrutura que
vai do chefe de maior autoridade até os
empregados em cargos modestos. A hierarquia
serve para manter a integridade das ordens
repassadas e a unidade de comando.
10. Ordem
A ideia é manter tudo em ordem,
designando os recursos certos para os processos
certos. O gerenciamento correto dos recursos
coloca as pessoas e os materiais no lugar onde
devem estar e são necessários, reduzindo perdas
e otimizando o tempo gasto com cada tarefa.
11. Equidade
Com base em regras claras e dignas, todos
devem ter acesso a uma remuneração adequada,
ambiente de trabalho saudável e seguro e a um
tratamento cortês. Priorizar a equidade
contempla, ainda, o conhecimento sobre os
funcionários, que dará condições para que os
gestores ofereçam tarefas e oportunidades
desejadas.
12. Estabilidade do pessoal
Este princípio afirma que todo empregado
necessita de tempo para aprender, firmar os
conhecimentos e executar suas atividades com
qualidade. A estabilidade pede que o
administrador não desloque, com frequência, os
colaboradores, sob o risco de que sua função
nunca seja bem desempenhada.
13. Iniciativa
Aqui, iniciativa é entendida como a
liberdade para propor e executar um plano ou
projeto, que precisa estar disponível para todos os
empregados.
14. Espírito de equipe
É o elemento que dá coesão, unidade e
força para uma organização. Uma vez que
enxerguem o propósito e relevância de suas
atividades, os funcionários estarão mais
receptivos à formação e ao sentimento de
pertencer a um time.
Embora tenham sido criados há mais de
um século, os princípios e teorias de Henri Fayol
servem para nortear as ações de qualquer gestor
ou empreendedor na atualidade. O autor criou
um modelo simples de abordagem para os tipos
de decisões sob a responsabilidade de um
administrador: o POCCC. A sigla reúne cinco
pilares para administrar:
1) Previsão,
2) Organização,
3) Comando,
4) Coordenação e
5) Controle, que podem ser sintetizados na sigla
POCC.
1. PREVISÃO – O ato de calcular o futuro e
preparar as ações para que as metas sejam
atingidas.
2. ORGANIZAÇÃO – É o ato de dotar uma
empresa de tudo quanto for útil ao seu
funcionamento (matérias-primas, utensílios,
capital e pessoal). Subdivide a organização em
organização material e social, tratando apenas do
segundo.
3. COMANDO – Conceitua a arte de comandar
como o conjunto de certas qualidades pessoais e
sobre o conhecimento dos princípios gerais de
administração.
4- COORDENAÇÃO – Coordenar como o ato de
estabelecer a harmonia entre todos os atos de uma
empresa de maneira a facilitar o seu
funcionamento e o seu sucesso.
5- CONTROLE – Consiste em verificar se tudo
corre de acordo com o programa adotado, as
ordens dadas e os princípios admitidos.
Práticas em administração hospitalar
para diminuição de custos e melhoria
do desempenho assistencial.
Automatização de atividades rotineiras
Automatizar significa usar programas e
máquinas na execução das rotinas da unidade de
saúde, dispensando a intervenção humana1.
A automatização vem se popularizando
em diversos setores, já que implica em uma 4
economia financeira e no tempo dedicado a
tarefas repetitivas. Além disso, esse processo
diminui os erros no preenchimento de arquivos,
agendamento, entre outros. Recepção,
enfermaria, setor de diagnóstico por imagem,
emergência e centro cirúrgico são áreas que
podem se beneficiar da automação, através de
sistemas como prontuários eletrônicos1.
Controle de estoque e desperdícios
Se pensarmos em um hospital, há grande
quantidade de setores, cada qual com suas
necessidades. Por isso, os insumos vão desde
material de escritório até itens específicos, como
aqueles usados em cirurgias1.
Gestão financeira e controle das despesas
Imagine que um determinado aparelho
precise de reparos todo mês. Provavelmente, a
manutenção preventiva não está sendo suficiente.
Esse é apenas um exemplo que ajuda a ilustrar
melhor o cenário1.
A ideia principal é ter uma visão ampla
dos processos, gastos e lucros do negócio, para
possibilitar as correções necessárias.
A telemedicina é uma especialidade que
usa tecnologias da informação e da comunicação
(TIC) na emissão de laudos à distância e segunda
opinião médica. Com a telemedicina, é possível
reduzir custos na contratação de especialistas
presentes durante todo o horário de
funcionamento da unidade de saúde1.
Técnicos em enfermagem ou radiologia
podem ser treinados e realizar exames nas áreas
de cardiologia, radiologia, pneumologia e
neurologia, por meio de dispositivos digitais1.
Para o Técnico de enfermagem
compreender esses processos é necessário para
agregar da forma correta aos fluxos da empresa,
os processos de saúde mesmo mantendo seu foco
o paciente muitas vezes visando lucro financeiro
com exceção do SUS.
O HOSPITAL
História, Estrutura e
Classificação
Contexto Histórico
Hospital ou Nosocômio é um local
destinado ao atendimento de doentes para
proporcionar o diagnóstico, que pode ser de
vários tipos (laboratorial, clínico, cinesiológico-
funcional) e o tratamento necessário2.
Segundo a OMS, o hospital é a parte
integrante de um sistema coordenado de saúde,
cuja função é dispensar à comunidade
assistência média, preventiva e curativa,
incluindo serviços extensivos à família em seu
domicílio e ainda um centro de formação dos
que trabalham no campo da saúde e para as
pesquisas biossociais2.
Na Grécia antiga (1200 – 400 a.C.) havia
atendimento individual com o uso de ervas,
repouso, purgantes e banhos térmicos. Faziam
também rituais religiosos nos templos ou nas
chamadas “clínicas”. Os lugares tinham boa
ventilação, iluminação e alguns cuidados que
evitavam a contaminação. O grego Hipócrates
introduziu os princípios de racionalidade médica
e ética, que até hoje são referências2.
Por volta do ano 700 d.C., foi criado o
primeiro hospital no mundo muçulmano. Servia
para tratar pacientes com hanseníase e isolá-los do
resto da população2.
Por volta de 1400, o hospital medieval
começou a se separar em duas instituições: o
hospital para o cuidado dos pacientes e a
instituição de caridade, geralmente associada à
recolha de órfãos, abrigos ou casas para os pobres. 5
Cem anos depois, durante as transformações das
cidades e de suas instituições de bem-estar, surgiu
uma nova arquitetura do hospital, que o
distanciou das instituições medievais2.
Foi em 1498 que D. Manuel I decretou em
Lisboa a criação da primeira Santa Casa de
Misericórdia em Portugal. O modelo serviu de
modelo para sua colônia, o Brasil2.
Em 1700, os leprosários medievais foram
se transformando em hospitais gerais2.

Leprosário medieval

Já mais
perto, no século
XIX, os hospitais
passaram a
fornecer cuidados
Hospital da Grécia Antiga de emergência pré-
hospitalar para
No Império Romano (27 a.C. – 476 d.C.), durante recuperar o maior
o período de expansão do território, havia uma número possível
instituição romana destinada ao tratamento e à de combatentes.
recuperação das tropas. Na época, Jesus Cristo foi Foi aí que nasceu o
tido como um curandeiro, o que aumentou a transporte por
concepção religiosa e espiritual da Medicina. O ambulância e o
Cristianismo instaurou um ponto de vista mais termo “triagem”.
humano, imbuindo o ser humano de novas Vieram também as
obrigações, como o ideal de socorrer os doentes revoluções de
com ajuda financeira2. assepsia, higiene e anestesia, estimuladas pelos
avanços tecnológicos. Neste contexto surgiram os
hospitais modernos2.
O conceito “Qualidade” ganhou destaque
primordial nas organizações de saúde, tanto que
as mesmas buscam certificados contínuos de
acreditação em instituições nacionais ou
internacionais, procurando com isto destacar-se
no já competitivo mercado hospitalar e de
medicina diagnóstica3.
O paciente também começou a ser visto
como um cliente, embora este termo ainda carrega
uma certa rejeição por parte de alguns
profissionais da saúde, mas saiba que enxergar o
paciente como um cliente não é menosprezá-lo,
muito pelo contrário, é reconhecer que o mesmo
tem um valor, pois paga ao plano que você
atende, paga pela consulta ou até mesmo paga os
impostos para ser atendido na saúde pública3.
Trata-se portanto, de um consumidor, só
que um tipo especialíssimo de consumidor,
aquele que vem em busca de restabelecer ou ao
menos amenizar a situação do seu bem mais
precioso, sua saúde3.
E como qualquer outro cliente, o paciente
também está apto a avaliar e questionar os
serviços que estão sendo prestados a ele,
ressaltando ainda que uma instituição de saúde
também é avaliada pelos familiares e amigos dos
mesmos3.
CONFIGURAÇÃO DO
AMBIENTE HOSPITALAR4
A essa altura do curso você já se prepara
para uma experiencia mais intensa com estágio
hospitalar, para muitos, o hospital é apenas um
local de atendimento aos doentes, porém esse
conceito de hospital é muito mais amplo na
6
prática, onde as atribuições de um hospital vão
muito além de um objetivo apenas curativo.
Segundo o MS (Ministério da Saúde) o
hospital é um sistema de assistência integrada à
saúde, planejada dentro de uma graduação
hierárquica, obedecendo a critérios progressivos e
de zoneamento, visando dar cobertura médico-
assistencial à população, em correlação as suas
necessidades e disponibilidades socioeconômicas
e culturais.
O hospital, é uma organização complexa e,
além das funções de acolhimento de pacientes
para prestação de cuidados simples, é um local de
trabalho profissionalizado.
A enfermagem é parte ativa no processo
de mudança e de promoção de melhorias da
instituição hospitalar, por quê é a referência
durante todo o período de internação do paciente,
está interligada com as demais áreas hospitalares,
sendo o ponto central para o direcionamento de
todas as atividades realizadas instituição para o
atendimento ao paciente nas 24h do dia2.

São objetivos do hospital

• RESTAURAR A SAÚDE/ CURATIVA – Por

meio de medidas curativas, que no Brasil
continuam sendo sua função primordial.
• PREVENTIVA- Prevenir doenças dentro do
próprio ambiente hospitalar através da
otimização do cuidado e estender este cuidado
 para a vida do paciente através de medidas Quanto à administração ou entidade
comportamentais ou farmacológica com evitem mantenedora
doenças, a educação em saúde também está
PÚBLICO: Administrado por entidade
nesse processo.
governamental municipal, estadual ou federal;
• EDUCATIVA- Por meio de medidas de
Cite na sua cidade um exemplo de hospital
educação em saúde, a equipe de enfermagem
público:________________________________
tem um importante papel neste quesito.
• PESQUISA- Promover a pesquisa servindo de PARTICULAR: pertencente à pessoa jurídica de
campo para pesquisa cientifica relacionado a direito privado. 7
saúde com o objetivo de modificar o curso da Cite na sua cidade um exemplo de hospital
doença e obter melhores tratamentos. particular:______________________________

• REABILITAÇÃO- Proporcionando
condições necessárias para que seja possível
retornar ao seu meio e às suas atividades.
Vários motivos fazem com que todo
hospital em qualquer território deva ser
classificado. Tendo como base a literatura de
Cherubin & Santos (1997) e de Gonçalves (1983)3,
citamos apenas algumas das muitas classificações
sob aspectos distintos aplicáveis às instituições de
saúde, sendo elas:
Quanto à finalidade ou tipo
assistência
GERAL: Assiste pacientes de várias
especialidades, tanto clínicas quanto cirúrgicas,
podendo ser limitados a grupos etários (como os
infantis ou geriátricos) ou grupos da comunidade
(militar), ou ainda apresentar uma finalidade
específica (hospital de ensino);
Cite na sua cidade qual um exemplo de hospital
geral? _________________________________
as
Quanto ao porte, a instituição pode ser
PEQUENO: Tem capacidade menor ou igual a 50
leitos;
MÉDIO: possui de 51 a 150 leitos;
GRANDE: oferece de 151 até 500 leitos; e
PORTE ESPECIAL OU EXTRA: dispõe de
quantidade superior a 500 leitos.
de
Quanto ao objetivo financeiro, pode ser
classificado como:
NÃO LUCRATIVO: seus gestores não recebem
remuneração ou benefícios, não visa ao lucro, mas
se houver, reverte-o em projetos, manutenção e
desenvolvimento; no caso de extinção, seu
patrimônio é doado à outra instituição de mesmo
objetivo social;

ESPECIALIZADA: Assiste predominantemente

pacientes com alguma patologia (doença)
específica, entre eles estão os psiquiátricos, câncer,
HIV, saúde da mulher, da criança etc.
Cite na sua cidade qual um exemplo de assistência
especializada?
______________________________________
FILANTRÓPICO: entidade particular e não • Comunicações
lucrativa, que destina uma percentagem de seus • Tesouraria
rendimentos para assistência gratuita a pacientes • Secção de compras
sem recursos ou cobertura de saúde; • Transportes
• Vigilância

Cuidados Profissionais de saúde

• Médicos
• Equipe de Enfermagem 8
• Nutricionista
• Psicólogos
• Fisioterapeutas

E administrativos
• Coordenadores
• Gestores
BENEFICENTE: associação particular e não • Cozinheiras
lucrativa voltada à assistência de grupos • Auditores Etc.
específicos e se mantém de contribuições de
associados e de usuários; ou Lucrativo: particular, Quanto à disposição (estrutura física),
objetiva lucro, compensa o emprego de seu capital pode ser:
com distribuição de dividendos. MONOBLOCO: oferece serviços concentrados
em uma única edificação;
Quanto ao corpo clínico: MULTIBLOCO: serviços distribuídos em
CORPO CLÍNICO ABERTO: tendo ou não edificações de médio ou grande porte,
médicos efetivos, permite a outros efetuarem interligados ou não;
internações e assistência aos seus pacientes; PAVILHONAR: dividem os serviços em prédios
isolados de pequeno porte, interligados ou não;
CORPO CLÍNICO FECHADO: possui corpo HORIZONTAL: estrutura predominantemente
clínico permanente, permitindo apenas disposta na horizontal;
eventualmente (mediante permissão especial) o VERTICAL: apresenta estrutura principalmente
exercício de profissionais externos. na dimensão vertical.

SERVIÇOS OFERTADOS PELOS HOSPITAIS Quanto à competência (nível dos serviços

médicos), variando conforme o nível de
Os serviços ofertados vão depender do capacitação de seus recursos humanos e a
porte do hospital que pode ser de pequeno, médio sofisticação tecnológica de seus equipamentos,
ou grande porte. Essa classificação é feita em cima sendo os três primeiros níveis:
do número de leitos e da complexidade dos
serviços. PRIMÁRIO: profilaxia (práticas preventivas) e
Mas em todos os hospitais há serviços que são clínica básica;
básicos e todos devem se prover SECUNDÁRIO: clínica
deles:
• Laboratório
“Todos os setores do básica, não possui
avançados recursos
• Farmácia Hospital, mesmo aqueles que tecnológicos;
• Raios -X
• Banco de Sangue
não tem nenhum contato direto TERCIÁRIO: apresenta
desenvolvido nível
com o paciente, tem suas tecnológico.
E os serviços
Institucionais
atividades centradas em um
• Contabilidade único objetivo: O paciente”.
Quanto à capacidade e localização,
podem ser identificados os tipos:
OS (POSTO DE SAÚDE): unidade simplificada
de até 60 m2 de área construída, cobrindo regiões
geralmente agrícolas e população inferior a dois
mil habitantes, oferece supervisão médica
periódica e presta assistência médica-sanitária,
primária e preventiva;
CS (CENTRO DE SAÚDE): com 100 m2 de área
construída, atende população entre dois mil e dez
mil habitantes com assistência médica
permanente, preventiva e ambulatorial; pode ter
leitos para emergência até a remoção do paciente
para outra unidade de saúde;
UM (UNIDADE MISTA) OU UNIDADE
INTEGRADA DE SAÚDE: estabelecido em
locais de população entre dez mil e vinte mil
habitantes, presta assistência médica permanente,
preventiva e ambulatorial, ainda deve apoiar
postos e centros de saúde; caracteriza-se pela
introdução de leitos para internação de urgência
médico-pediátrica ou obstetrícia; sua área deve
ser suficiente para 20 leitos. Além de conter salas
para laboratórios e odontologia;
HOSPITAL RURAL: unidade mista com
ambulatório mais desenvolvido e área de
acomodação para 50 (cinquenta) leitos para
internação em casos de clínica médica, cirúrgica,
ginecológica, obstetrícia e pediátrica;
HOSPITAL REGIONAL OU DISTRITAL:
destinado a polos de aproximadamente cem mil
habitantes, assiste pacientes médico-
cirurgicamente e mais especializadamente;
apresenta capacidade física para dispor entre 100
e 200 duzentos leitos para internação de caráter
geral; remete os casos mais complexos a um
hospital de base;
HOSPITAL DE BASE: presta assistência médico-
cirúrgica e deve ser capaz de realizar
procedimentos mais especializados, servindo de
apoio para hospitais regionais e como centro
coordenador/integrador dos serviços médico-
hospitalares de determinada área; deve dispor
fisicamente de área para cerca de 300 a 350 leitos;
9
HOSPITAL DE ENSINO: presta os mesmos tipos
de assistência do hospital de base, mas serve
igualmente às universidades como centro de
formação profissional e de pesquisa, deve ter
normalmente capacidade para oferecer entre 400
e 500 leitos.
A essa altura, como último, mas como uma
tendência, merece constar uma classificação
"relativamente mais recente" que se faz em relação
à forma ou período de internação, onde podem
ser listados de forma simples, os tipos:
HOSPITAL DE INTERNAÇÃO INTEGRAL:
também conhecido como hospital de base, este é o
modelo tradicional de internação mais conhecido;
o indivíduo dá a entrada no hospital, onde fica
internado, ou seja, realiza todos seus
procedimentos e recuperação sem sair do interior
da instituição até ser liberado (receber a alta) pelo
médico responsável, após essa liberação o
paciente está autorizada a realizar sua saída;
HOSPITAL DE INTERNAÇÃO PARCIAL:
denominado de hospital-dia (HD), está sendo
amplamente utilizado devido a sua facilidade de
acesso e de saída; muitos, inclusive, oferecem a
mesma qualidade e diversidade de operações
como um hospital com internações ditas
convencionais, somente difere pela sua assistência
essencialmente diurna.
HOSPITAL DE LONGA PERMANÊNCIA:
entidade na qual a média de permanência excede
60 dias; particularmente se refere a hospitais
psiquiátricos e de características semelhantes.
Devido à diversidade de sua atuação têm sido
classificados como muitos tipos. Schene, Lieshout
& Mastboom (1988) os classificam de acordo com
quatro finalidades distintas:
(1) alternativa ao tratamento psiquiátrico;
(2) continuação da internação realizada da
maneira integral;
(3) manutenção do procedimento ambulatorial; e
(4) reabilitação e apoio a pacientes com patologias
crônicas.
O HOSPITALAR: Uma estrutura
geograficamente complexa.
As naturais demandas sociais geradas na
intimidade da sociedade moderna incluem o
hospital no rol das instituições fundamentais da
comunidade, assim também como as escolas, as
organizações políticas e as instituições religiosas.
Sua importância pode bem ser avaliada
pelo grau de relações que o hospital mantém com
os indivíduos em particular e com a coletividade
em geral, resultante do papel essencial da
instituição hospitalar em momentos
fundamentais da vida das pessoas, no
nascimento, na doença e na morte.
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO
AMBIENTE HOSPITALAR
Um ambiente físico significa uma área, um
espaço. Nele encontram-se objetos, materiais e
pessoas. Um ambiente físico hospitalar é
composto pela área, espaço, onde se localizam as
pessoas, objetos e materiais hospitalares. No
intuito de abordar o ambiente físico hospitalar
torna-se interessante falar do cenário escolhido
para esta abordagem que é a unidade de
internação.
De acordo com a RDC 50 (Brasil, 2002, p.
26), a unidade de internação pertence a uma das
atribuições dos estabelecimentos assistenciais de
saúde (EAS) que é o atendimento em regime de
internação, e este cenário hospitalar deve
desenvolver as seguintes atividades relacionadas
à clientes adultos:
(a) proporcionar condições de internar
pacientes, em ambientes individuais ou
coletivos, conforme faixa etária, patologia, sexo
e intensividade de cuidados; 10
(b) executar e registrar a assistência médica
diária;
(c) executar e registrar a assistência de
enfermagem, administrando as diferentes
intervenções sobre o paciente;
(d) prestar assistência nutricional e distribuir
alimentação a pacientes (em locais específicos ou
no leito) e a acompanhantes (quando for o caso);
(e) prestar assistência psicológica e social e
(f) realizar atividades de terapia ocupacional.
Mozachi et al. (2005) definem a unidade de
internação como uma área reservada para a
internação do cliente, sendo este adulto ou
criança, em ambientes coletivos (enfermaria) ou
individuais (apartamentos), de acordo com a faixa
etária, patologia, sexo e tipo de cuidado que será
prestado a este cliente. Eles acrescentam que esta
unidade “(...) é o espaço físico onde o paciente
permanecerá a maior parte do tempo
durante seu período de
internação.
[Ela é] composta
basicamente de
cama, mesa de
cabeceira, cadeira,
mesa de refeições e
escadinha”
(MOZACHI et al.,
2005, p. 5).
É importante que qualquer ambiente
hospitalar tenha uma qualidade nos seus espaços,
isto se torna fundamental para proporcionar
conforto às pessoas do ambiente. Portanto,
“Qualquer das unidades deve ter espaços adequados,
com bom estado de conservação da estrutura física, pois
influenciam sobre o estado emocional e o humor das
pessoas. Decoração atraente, cores agradáveis de
paredes e tetos, iluminação adequada, ambiente arejado,
calmo e silencioso, para proporcionar maior aconchego
às pessoas, especialmente quando doentes (MOZACHI
et al., 2005, p. 5)”.
 Segundo a RDC 50 (Brasil, 2002, p. 92), os
sistemas de controle ambiental
Estabelecimentos Assistenciais de Saúde
abrangem duas dimensões:
(...) a endógena, que considera o edifício em sua
finalidade de criar condições desejáveis de salubridade
através do distanciamento das pessoas das variáveis
ambientais externas, e a exógena, que observa os
impactos causados pelas construções no meio ambiente
externo, alterando, de forma positiva ou negativa, suas
condições climáticas naturais.
Nightingale (1859, p. 57), em seus
escritos Notas sobre hospitais,
orientou quanto à importância das
construções hospitalares e a sua
influência na recuperação do
doente. Ela destacou os quatro
defeitos que uma construção
poderia apresentar para retardar a restauração da
saúde do paciente. São eles: “aglomeração de um
grande número de doentes sob o mesmo teto,
carência de espaço, deficiência de ventilação e
deficiência de luz”. Estes eram considerados os
mais graves “defeitos” de uma construção
hospitalar.
Estas dimensões são amparadas
atualmente por normas técnicas de higiene e
segurança do trabalho e instrumentos legais, tais
como os Códigos de Obras e Posturas. Norteando
esta investigação adotou-se os ensinamentos de
Nightingale (1989) e Souza (1972) que
enfatizaram, cada qual com sua obra, a
importância de um ambiente para o paciente e as
características do ambiente físico que podem
influenciar na sua recuperação. Atualmente,
vários autores falam destas influências
mencionando o quanto é essencial ter uma
qualidade do ambiente hospitalar, para beneficiar
os clientes, familiares acompanhantes e
funcionários. Neste sentido, serão apresentadas
algumas destas características e sua adequação no
ambiente físico.
PLANEJAMENTO DO AMBIENTE HOSPITALAR
nos
11
A RDC 50 (Brasil, 2002) determina que os
projetos de instituições de saúde devem atender suas
disposições, bem como outras legislações de níveis
federal, estadual e municipal;
Considerando-se sempre a suas versões mais
atuais. Sendo assim a unidade de internação de
clientes adultos deve ter o seguinte planejamento:
- para cada 30 leitos deve existir um posto de
enfermagem, com o dimensionamento de 6,0m2 e
área para prescrição médica de 2,0 m2;
- uma sala de serviço de 5,7 m2 para cada posto de
enfermagem;
- quando não existir enfermaria que não tenha
subdivisão física dos leitos, a unidade deverá ter
uma sala de exames e curativos de 7,5 m2;
- a cada 30 leitos ou fração deve existir no mínimo
um quarto para situações que requeiram
isolamento com as seguintes dimensões: 10,0 m2
para quarto de um leito, 7,0 m2 por leito para
quarto de dois leitos, 6,0m2 por leito quando a
enfermaria for de 3 a 6 leitos.
O número máximo de leitos por
enfermaria é 6 e a distância entre os leitos
paralelos é de 1m, à distância entre os leitos e as
paredes: cabeceira – inexistente, pé de leito – 1,2m
e lateral – 0,5m. Salvo setores específicos como
UTIs que requerem maquinário a mais
consequentemente mais espaço entre leitos que
obedecendo a critérios de espaço específicos as
próprias resoluções.
Os ambientes de apoio preconizados pela
resolução são: sala de utilidades, sanitários para
público e funcionário (masculino e feminino),
rouparia, depósito de material de limpeza,
banheiro para paciente (cada quarto ou
enfermaria deve ter acesso direto a um banheiro,
podendo este servir a duas enfermarias, no
máximo), área para guarda de macas e cadeiras de
rodas, sala administrativa, sala de estar para
pacientes, acompanhantes e visitantes, depósito
de equipamentos e materiais, copa de
distribuição.
Na internação de idosos em hospitais
públicos deve estar previsto espaço para poltrona
do acompanhante ao lado do leito. Nesse caso, as
metragens quadradas permanecem as mesmas
citadas nos parâmetros acima. Também é
enfatizado nesta resolução a obrigatoriedade da
existência de UTI/CTI em hospitais terciários e em
hospitais secundários com capacidade 100 leitos,
bem como nos hospitais especializados que
atendam pacientes graves ou de risco.
A resolução RDC 50 também deixa claro
que, nenhuma janela de ambiente de uso
prolongado poderá apresentar afastamentos
menores do que 3,0m em relação à empenas de
qualquer edificação, quando for ambiente no qual
a permanência de uma mesma pessoa ocorra por
um período contínuo de mais de quatro horas.
Nos demais ambientes, esses afastamentos não
poderão ser menores do que 1,5 m, exceto
banheiros, sanitários, vestiários e depósito de
material de limpeza, que poderão ser ventilados
através de poços de ventilação ou similares.
Mozachi et al.
(2005) ainda destacam
que as enfermaria e os
apartamentos devem
possuir um lavatório na
área de ocupação dos
leitos. A porta do
banheiro deverá abrir
para fora ou permitir a
retirada da folha, caso
necessário.
Em relação à
iluminação, tomadas e
sinalização de
enfermagem, a RDC 50
(Brasil, 2002) recomenda: Quanto aos quartos ou à
enfermaria da unidade de internação geral, a
adoção de quatro tipos de iluminação
apresentadas a seguir:
o Iluminação geral em posição que não
incomode o paciente deitado;
o Iluminação de cabeceira de leito na parede
(arandela) para leitura;
12
o Iluminação de exame no leito com lâmpada
fluorescente, que também pode ser obtida
através de aparelho à tomada junto ao leito;
o Iluminação de vigília na parede (a 50 cm do
piso).
Quanto à enfermaria na unidade de
internação geral, a adoção de uma tomada para
equipamento biomédico por leito, além de acesso
à tomada para aparelho transportável de raios X,
com uma distância máxima de 15m de cada leito.
Um sistema de sinalização luminosa imediata
entre o paciente interno e o funcionário
assistencial (médico e enfermeira). O sistema
interliga cada leito, sanitário e banheiro, quarto
e/ou enfermaria das diversas unidades e
ambientes da unidade de internação geral em que
está presente o paciente interno, com o respectivo
posto de enfermagem, que lhe dá cobertura
assistencial.
Para Souza (1972) a aparência da
enfermaria era algo fundamental q ue a equipe de
enfermagem nunca deveria esquecer. Tudo
deveria ser feito para manter um ambiente de
conforto e agradável. Nightingale (1989) completa
dizendo que, a enfermeira deveria estar sempre
limpa e manter o doente limpo. Destacava ainda
que uma das maiores preocupações da
Enfermagem deveria ser a limpeza do ambiente e
paciente.
Abordando a limpeza do ambiente,
Nightingale (1989, p. 101) recomendava a
utilização de pano úmido para a retirada de
poeira que ela chamava de a “praga dos que
adoram o ar puro”. Enfatizava que “sem limpeza,
o arejamento não produz nenhum efeito; sem
arejamento, não se pode fazer uma limpeza
completa” .
Nightingale (1989, p. 52) em seu discurso
destacava que o barulho nocivo ao doente era
aquele desnecessário e que dá origem a uma
expectativa em sua mente. Ela deixou claro que
era fundamental que a equipe de enfermagem se
preocupasse com os ruídos que pudessem
incomodar o cliente, principalmente, se
atrapalhasse o seu sono. Nightingale (1989) falava
que, o despertar repentino do doente em seu sono
por qualquer ruído “(...) determinará nele,
invariavelmente um estado de excitação maior e
ocasionará danos muito maiores e mais sérios do
que qualquer outro barulho, ainda que muito
grande”. Ela também relacionou outros tipos de
ruídos desnecessários, tais como: ruídos de
conversas fora da enfermaria sobre o próprio
cliente, sussurros no quarto, barulhos causados
por sapatos, roupas e chocalhar de chaves, entre
outros.
Souza (1972) destaca que há dois tipos de
barulho: o externo que provem de fora do hospital
e o interno, que é mais fácil de se controlar.
Para que este controle aconteça, ela cita
algumas estratégias que podem ser adotadas: As
rodas dos carrinhos usados nas enfermarias
devem estar sempre bem lubrificadas (carro de
curativos, de medicamentos, macas, etc.); as
manivelas das camas de fowler devem estar bem
lubrificadas, quando o sistema for manual; o
trabalho deve ser realizado sem ruído e deve-se
falar baixo; os doentes em convalescença devem
ser orientados quanto ao uso de rádios e maneiras
de conversar com os demais doentes, e outros 13
aspectos.
A NBR 10152/1987, da ABNT, recomenda
uma intensidade entre 35 a 45 dB(A), como níveis
aceitáveis para diferentes ambientes hospitalares.
As maiores fontes de ruídos dentro de um
ambiente hospitalar originam-se de alguns
aparelhos, tais como ar condicionado, ventilador
pulmonar, bombas infusoras e outros. Holsbach,
Conto e Godoy (2001) ainda acrescentam a
manipulação de alguns objetos (cadeiras, batidas
de portas) e conversas altas entre os funcionários
como outras fontes de ruído.
Assim como é fundamental manter um
quarto arejado e aquecido, Nightingale (1989)
também destacou que a iluminação era essencial à
saúde e recuperação do doente.
Ela mencionava que os responsáveis pelas
construções hospitalares deixavam de levar em
consideração a diferença na construção entre uma
enfermaria e um dormitório. Um quarto de uma
pessoa com saúde seria visto apenas como um
local de descanso, não importando a vista que
teria da sua cama pois, grande maioria das vezes,
este quarto era utilizado apenas para dormir à
noite. Entretanto, um quarto para receber um
enfermo deveria ser pensado para que sua
recuperação dispusesse de uma visão agradável a
partir de sua janela, ou pelo menos, que facilitasse
o acesso à luz solar.
Nightingale (1989) referia-se à luz solar
como algo que regeneraria o corpo e a mente
destacando a claridade como algo que atrairia os
doentes acamados por longo tempo. Por isso, eles
se mantinham virados para o lado da janela. Ela
mencionou que sempre que possível, que a
claridade deve ser moderada com auxílio de
cortinas.
A iluminação pode ser natural (solar) ou
artificial (lâmpadas). Corbella e Yannas (2003, p.
55) dizem que a iluminação natural traz benefícios
para a saúde, porque “(...) dá a sensação
psicológica do tempo tanto cronológico, quanto
climático”. A luz artificial, que deve ser vista
sempre como uma complementação, necessária
somente à noite e nos dias nublados. Para o
Ministério da Saúde (Brasil, 2008, p. 8), “(...) a
iluminação natural deve ser garantida a todos os
ambientes que assim o, permitirem, pois, toda
pessoa tem direito à noção de tempo – dia e noite,
chuva ou sol. Isto pode influenciar no seu estado
de saúde”.
Além do conforto luminoso,
preocupação também deve voltar-se para o
conforto visual que depende da claridade
presente no campo visual. O incômodo causado
pela claridade é algo que deve ser lembrado,
principalmente em momentos de repouso do
cliente. E Nascimento et al. (2006) ainda lembram
que, levando em consideração a singularidade do
indivíduo. A iluminação artificial pode ser
trabalhada em sua disposição, para garantir
privacidade aos clientes com focos individuais
nas enfermarias, o que irá facilitar as atividades
dos clientes e funcionários (BRASIL, 2008).
Sobre as corres do ambiente hospitalar
Nightingale (1989) ressaltava a importância da cor
como instrumento de recuperação, ou seja, o
esplendor das cores. Em sua época, já enfatizava o
efeito que a cor causaria não somente na mente,
mas também no organismo dos
pacientes/doentes: “apesar do pouco que sabemos
sobre como somos afetados pelas (...) cores (...), de
14
uma coisa temos conhecimento: esses fatores
exercem um real efeito sobre o físico” (p. 68).
Souza (1972, p. 101) cita algumas cores e
seus significados para os pacientes: “amarela,
vermelha – estimulantes; cinza-azulada, verde –
sedativas, rosa – alegre”. Martins (2004, p. 65 e 66)
mostra a aplicação de alguns exemplos na
utilização das cores no ambiente hospitalar: as
pessoas com problemas respiratórios ficam mais à
vontade em ambientes azuis, pois esta cor dá uma
sensação de maior volume de ar; para os
cirurgiões a cor verde proporciona um maior
conforto visual, pela “(...) complementaridade da
cor do sangue visualizada durante muito tempo”;
neste caso, a monocromia provocaria um grande
esforço da retina provocando um cansaço visual.
Os tetos brancos deveriam ser evitados,
principalmente nos locais onde circulam macas,
pois criam a sensação de vazio, de afastamento.
Nos hospitais as cores também são
a utilizadas para sinalização: vermelho – aviso de
perigo, amarelo - aviso de transporte, verde -
equipamentos de socorro, azul - sinalização,
avisos e orientação. As cores também são usadas
para identificação de tipos de resíduos sólidos:
azul para papel, amarelo para metal, verde para
vidro, vermelho para plástico (CUNHA, 2004).
 Já que estamos falando de cores...
QUEM NUNCA SE
MOBILIÁRIO E OBJETOS
PERGUNTOU O
MOTIVO DO USO DE
CORES ESPECÍFICAS
NO HOSPITAL?
Existem coisas que aprendemos e nos
acostumamos a conviver, sem entender muito sua
história. Então reproduzimos essa prática e algum dia
nos questionamos, porquê das cores das roupas dos 15
profissionais da área de saúde são brancos?
E no centro cirúrgico, todos sempre usam azul ou
verde, por quê? Você já aprendeu que constituem a
O branco nas roupas dos médicos surgiu no unidade do paciente, todo mobiliário que é
final do século XIX, quando se provou que muitas necessário ser utilizado por ele durante a
doenças vinham da falta de assepsia nos hospitais, internação, como: a cama, o colchão, os
e a roupa branca e limpa virou norma. travesseiros, as roupas de cama, a mesa de
E sobre o verde/azul? Embora poucas pessoas cabeceira e uma cadeira. Todos deveriam ter uma
tenham pensado nisso, existe uma razão importante atenção especial da enfermeira, pois estes
para essa regra. mobiliários fazem parte do ambiente em que o
As cores azul e verde são opostas ao vermelho paciente passar a maior parte do tempo.
(a cor do sangue) na “roda das cores” e por isso são A cama é o lugar onde o paciente faz quase
adequadas para melhorar a visão dos médicos todas as suas atividades. Ao especificar como a
durante o procedimento. Observe a figura abaixo. cama hospitalar deve ser Souza (1972, p. 36)
Olhe fixamente por 10 segundos para o centro deste estabelece alguns padrões, tais como: (...) cama de
coração vermelho e, em seguida, olhe para uma preferência metálica, ou de ferro esmaltado, 1
superfície branca. metro de largura para 2,20 de comprimento; a
Aposto que você viu uma sombra de altura do chão até o enxergão varia entre 70 e 80
um coração azul-esverdeado. Pois é, cm; o enxergão metálico deve ser firme para evitar
se as roupas e paredes da sala de um desnível que prejudique a posição do
cirurgia fossem brancas a visão dos paciente; deve ter rodas para facilitar a
médicos ficaria muito prejudicada movimentação.
em relação ao vermelho do sangue As camas deverão estar afastadas das
que eles olham fixamente durante a cirurgia. A ilusão paredes para possibilitar a movimentação em
de ótica criaria vários “fantasmas” e isso distrairia os torno delas. A enfermeira deverá movimentar-se
profissionais. Foi aí que surgiu a ideia de usar roupas com facilidade nos dois lados da cama. A
azuis ou verdes na sala de cirurgia. Os “fantasmas” localização da cama deve ser em local claro do
azuis-esverdeados se fundem à cor do tecido e se quarto, sem cortinas a sua volta. O colchão
tornam neutros. É como se essa cor atualizasse o deveria ser de um material que facilitasse a
cérebro dos médicos para a cor vermelha. Isso causa lavagem.
um conforto na visão dos profissionais e aumenta sua
concentração.
Os truques do cérebro vão além. De acordo
com especialistas, o nosso cérebro interpreta uma cor
em relação outra e, olhando por muito tempo para
variações entre vermelho e rosa, o sinal dessas cores
no cérebro fica desbotado e o cirurgião pode correr o
risco de perder a sensibilidade aos tons de vermelho.
Assim, olhar para cores frias como verde e azul de vez
em quando atualiza o cérebro e nos faz ficar mais
sensíveis ao vermelho.
Interessante, né?
Disponível em: http://blog.editoracontexto.com.br/por-que-os-medicos-usam-roupa-verde-ou-azul-na-sala-de-cirurgia/
 A mesa de
cabeceira deve ser
metálica e com rodas e
com compartimentos para
guardar alguns materiais
individuais do paciente,
como: bacia com luva de banho;
saboneteira, comadre, papel higiênico e saco de
papel com pano de limpeza (SOUZA, 1972). Cada 16
paciente deveria ter uma mesa de cabeceira ao
lado da cama ou uma mesinha sobre a cama
(NIGHTINGALE, 1989).
Nightingale (1989) descrevia ainda alguns
cuidados a serem adotados com a cama e a roupa
de cama dos pacientes, principalmente daqueles
restritos ao leito. O cuidado com as roupas de
cama envolvia a troca diária justificada pela Ministério da Saúde (Brasil, 2008)
saturação das emanações do paciente, o que trazia utilização da arte como um elemento que
desconforto ao entrar em contato novamente com contribui para melhorar a qualidade do ambiente.
o seu corpo. Até os lençóis, pelo próprio uso, A arte é vista “(...) como meio de inter-relação e
devem ser ventilados. Ela também indicava como expressão das sensações humanas” (p. 9).
um cuidado essencial, o aquecimento da roupa
“usada” caso ela fosse reutilizada pelo paciente.
Este aquecimento promoveria um arejamento na
ÁREAS E SETORES
roupa, em climas frios.
A organização hospitalar é constituída de
Atualmente, os cuidados com a roupa de
unidades que funcionam de forma integrada, com
cama do cliente hospitalizado ainda permanecem
objetivos gerais semelhantes. O hospital deve ter
rigorosos. A atenção é dobrada quando se trata de
um quadro de pessoal especializado, agrupado
um cliente restrito ao leito e este tipo de cliente
por funções similares, formando serviços e setores
pode ser encontrado em uma unidade de
que continuarão a organização do hospital.
internação, dependendo de cuidados com maior
Todo hospital necessita de um estatuto
grau de complexidade. Silva et al. (2006b)
que defina suas finalidades, objetivos, estruturas
enfatizam que a roupa do cliente hospitalizado,
e competência. Deve possuir estrutura interna
dependendo de cuidados intensivos, deve estar
com suas funções. Em toda a instituição deve
limpa, cheirosa, seca e lisa, para proporcionar
haver um elemento encarregado de traçar suas
conforto.
normas administrativas, pode ser um indivíduo
Há pouco mais de uma década, a hotelaria
ou um grupo que planeja e dita a política que a
hospitalar não fazia parte do cenário dos hospitais
empresa irá seguir. Por isso o hospital tem um
brasileiros. Desde os anos 90, as instituições de
Diretor geral que a cada e faz cumprir as normas
saúde têm percebido que precisam corresponder
estabelecidas por esse grupo ou esse único
não só às necessidades patológicas de quem é
indivíduo, através de uma equipe (chefias) que
atendido, como também às expectativas de sua
compartilha essas normas com os demais
família e funcionários do hospital sobre conforto,
profissionais do hospital. Para facilitar essa
etc. A partir daí, começou-se a vincular aos
administração compartilhada de chefias o
serviços de hotelaria, fazendo surgir a hotelaria
hospital organizado em três grandes divisões: a
hospitalar5. Que conheceremos um pouco mais
médica, técnica e administrativa.
nas próximas páginas.
Nightingale (1989) destacava também a
DIVISÃO MÉDICA6: composta pelos serviços
importância da forma como instrumento de
médicos, serviços cirúrgicos, serviços médicos
recuperação: das peças de arte, da variedade de
auxiliares.
objetos. Nos dias de hoje, já é preconizado pelo
DIVISÃO TÉCNICA6: composto pelo serviço de Serviço de lavanderia: responsável por
enfermagem, serviço de nutrição, serviço social, todo o processamento da roupa no hospital.
serviços médicos, serviço de arquivo médico e Possui também o setor de costura e reparos.
estatístico, serviço de odontologia, serviço de Serviço de atividades gerais: Pode agrupar
farmácia, serviço de psicologia. as atividades de transporte, limpeza, vigilância,
O serviço de enfermagem, responsável portaria, parques e jardins do hospital, telefones,
pela assistência de enfermagem, é chefiado por horta, estacionamento, velório e biotério*, quando
um enfermeiro e constitui-se das unidades: centro houver.
obstétrico, centro cirúrgico, ambulatório, berçário, *Biotério: Local onde são criados e conservados 17
internação e emergência. animais vivos destinados a experiências
O serviço de nutrição é responsável pelo biológicas.
preparo das dietas e deve ser chefiado por um
SETORES DE SUAS COMPOSIÇÕES
nutricionista.
O serviço social encarrega-se de estudar e FÍSICAS
solucionar problemas socioeconômicos de forma
A composição setorial de um hospital, será
ampla. É chefiado por assistente social.
relativa ao tipo de proposta assistencial, por
O serviço de arquivo médico e de
exemplo, uma maternidade ou hospital da
estatística é responsável pelo prontuário do
mulher, dificilmente possuirá, por exemplo, um
paciente. Nesse prontuário são registradas todas
setor específico de hemodinâmica, ou uma UTI
as informações sobre o paciente e seu tratamento.
cardiológica, já um hospital que tenha como
Possui os setores de registro geral,
proposta prestar assistência especializada em
estatística e arquivo médico. Atualmente suas
oncologia, não fará partos, consequentemente não
atividades estão sendo informatizadas.
possuirá um centro obstétrico, neste
O serviço de odontologia é responsável
entendimento refletimos que exatamente como
pelo tratamento odontológico no hospital.
citado inicialmente, que a composição dos setores
O serviço de farmácia deve ser chefiado
de um hospital será relativo a sua demanda
pelo farmacêutico.
assistencial.
O serviço de psicologia é responsável pela
assistência psicológica. É chefiado por um
psicólogo.

DIVISÃO ADMINISTRATIVA6: serviço de

pessoal, serviço de contabilidade (financeiro),
serviço de almoxarifado, serviço de manutenção e
reparos, serviços de comunicação e arquivo,
serviço de lavanderia, serviço de atividades
gerais.
Serviço de pessoal: encarregado do
recrutamento, admissão, orientação e
acompanhamento de funcionários.
Em "Hospital Geral" os serviços oferecidos
Serviço de contabilidade: realiza a
variam também os departamentos que esses
contabilidade de custos, imprescindível para o
possuem. Eles podem ter serviços de atendimento
hospital.
à casos graves, tais como departamento de
Serviço de almoxarifado: encarregado
emergência, centro de trauma, unidade de
pelo abastecimento, recebimento, guarda,
queimados, cirurgia de emergência ou
controle e distribuição do material utilizado no
atendimento de urgência. Esses podem ser
hospital.
apoiados por unidades especialistas, tal como
Serviço de manutenção e reparos:
cardiologia, terapia intensiva, neurologia,
encarregado de manter em boas condições o
ginecologia e obstetrícia e oncologia.
prédio, os materiais, aparelhos e equipamento do
hospital.
 Também existem as unidades de suporte,
que auxiliam no tratamento e no diagnóstico
médico. As mais comuns são farmácia, patologia
e radiologia ou bioimagem.
Vamos citar agora alguns destes setores:
CLÍNICA MÉDICA: Conhecida também como
(INTERNAMENTO) ou medicina interna, a
clínica médica é o setor do hospital onde ficam os
pacientes maiores de 12 anos ou a depender do
protocolo hospitalar, em estado semi-crítico e
crítico, hemodinamicamente estáveis e sem a
necessidade de procedimentos cirúrgicos. Neste
local, eles recebem atendimento completo, ou seja,
diagnóstico e tratamento da sua condição de
saúde7.
Qual o papel da enfermagem neste setor?
A enfermagem tem extrema importância
para a clínica médica. Este profissional,
responsável por avaliar continuamente o estado
do paciente, é quem propicia maior bem-estar e
qualidade de vida a ele durante o período de
internação. Assim, o enfermo tem todas as
condições favoráveis para recuperar-se
rapidamente . 7
Você aprofundará muito mais seus
conhecimentos em Clínica Médica, nos próximos
meses do seu curso, na matéria de Clínica Médica.
CLÍNICA CIRÚRGICA: Setor destinado ao
atendimento pré e pós-operatório, ou seja,
recebem os pacientes que irão fazer a cirurgia,
realizando o preparo, e também aos pacientes que
vêm da cirurgia.
Os cuidados de enfermagem ao paciente
cirúrgico variam de acordo com o tipo de cirurgia
e de paciente e para paciente, atendendo suas
necessidades básicas e suas reações psíquicas e
físicas manifestadas durante este período. Neste
capítulo iremos abordar os cuidados gerais
indispensáveis a todos os tipos de cirurgia e os
cuidados específicos voltados para cirurgias de
mão e membro superior e de pé e membro 18
inferior8.
A assistência pré-operatória tem como
objetivo proporcionar uma recuperação pós-
operatória mais rápida, reduzir complicações,
diminuir o custo hospitalar e o período de
hospitalização que se inicia na admissão e termina
momentos antes da cirurgia, devolvendo o
paciente o mais rápido possível ao meio familiar8.
CENTRO CIRÚRGICO: O centro cirúrgico é um
setor restrito da instituição hospitalar, composto
por diversas áreas que buscam prover condições
adequadas para a realização de procedimentos
anestésicos e cirúrgicos. Por conta do acesso
limitado, a área possui particularidades na sua
estrutura física, que devem atender todas as
normas da Anvisa. Ou seja, além dos blocos
cirúrgicos, o ambiente necessita de locais de
apoio, como: Salas para armazenagem de
equipamentos e cilindros; Vestiários com
banheiros; Área administrativa; Copa; Sala de
espera; Espaço de estar e descanso para
funcionários; Depósito para cadeiras de rodas e
macas9.
Além disso, é de grande importância que
o centro cirúrgico seja bem localizado no hospital
e próximo às áreas de internação, pronto-socorro,
centro de terapia intensiva e unidade
coronariana9.
Qual o papel da enfermagem neste setor?
O técnico em enfermagem é adjuvante e
deve junto do enfermeiro, ser responsáveis por
verificar o funcionamento, conservação e
manutenção dos equipamentos que compõem o
centro cirúrgico. Eles também devem encaminhar
as peças cirúrgicas aos laboratórios especializados
e fazer o controle dos materiais esterilizados, entre
outras funções, admitir paciente no CC triando o
paciente e verificando todo o preparo além da
função de circulante de sala ou instrumentador
cirúrgico este último habilitado através de curso
específico. A unidade deve cotar com
regulamento, próprio para orientar e fornecer
dados quanto aos procedimentos utilizados pela
equipe médica e de enfermagem.
Você aprofundará muito mais seus
conhecimentos em Clínica Cirúrgica, nos
próximos meses do seu curso, na matéria de
Clínica Cirúrgica.
CME /ARCENAL: Central de Materiais e
Esterilização (CME) é uma unidade de apoio
técnico a todas as unidades assistenciais, é
responsável pelo processamento dos artigos,
como instrumental, roupas cirúrgicas, etc. Esse
processamento envolve: a limpeza, o preparo do
artigo, o preparo da carga de esterilização, a
esterilização, a guarda e distribuição dos artigos a
todas as unidades consumidoras da instituição.
A Resolução RDC nº 307, de 14 de novembro de
2002 (Brasil, 2002), considera o CME uma unidade
de apoio técnico, que tem como finalidade o
fornecimento de artigos médico-hospitalares
adequadamente processados, proporcionando,
assim, condições para o atendimento direto e a
assistência à saúde dos indivíduos enfermos e
sadios.
Assim entendemos que a equipe de
enfermagem que trabalha nesse setor, presta uma
assistência indireta ao paciente. Esta é tão
importante quanto a assistência direta, que é
realizada pela equipe de enfermagem que atende
ao paciente.
A área física do CME deve permitir não só
o estabelecimento de um fluxo contínuo e
unidirecional do artigo, evitando o cruzamento de
artigos sujos com os limpos e esterilizados, como
também evitar que o trabalhador escalado para a 19
área contaminada transite pelas áreas limpas e
vice-versa (SOBECC, 2000).
Para o estabelecimento de um fluxo
unidirecional, é necessário que haja barreiras
físicas entre as áreas: suja (expurgo), limpa
(preparo de material e preparo da carga de
esterilização) e estéril (retirada de material estéril
da autoclave, guarda e distribuição de material
estéril) vide esquema abaixo. O acesso de pessoas
deve se restringir aos profissionais da área.
CENTRO OBSTÉTRICO: O Centro Obstétrico é
a unidade de atendimento ao parto normal e/ou
cirúrgico de risco habitual e alto risco. É um
ambiente destinado a receber as gestantes e seus
acompanhantes, de forma humanizada
permitindo sempre que possível, a evolução do
trabalho de parto e parto da forma mais
natural/fisiológica e segura possível. O Serviço de
Atenção Obstétrica e Neonatal deve dispor de
infra-estrutura física baseada na proposta
assistencial, atribuições, atividades,
complexidade, porte, grau de risco, com
ambientes e instalações necessários à assistência e
à realização dos procedimentos com segurança e
qualidade. A resolução nº 36, de 3 de junho de
2008 do Ministério da saúde regulamenta a
implantação deste setor nas unidade prestadores
de serviços de saúde.
Qual o papel da enfermagem neste setor?
A assistência à gestante no período gravídico
puerperal é prioritário da equipe de enfermagem.
Cabe ressaltar que além de estar capacitado
tecnicamente, a equipe de enfermagem deve
utilizar o Processo de Enfermagem como
instrumento metodológico, associado com a
utilização de protocolos de boas práticas que
garantam a segurança e a normatização da
realização dos procedimentos nos termos da
legislação profissional.
Dentro do aprendido na Matéria de saúde da
mulher, você já conheceu toda a rotina de parto de
pós-parto, aprenderá também ainda nesta
unidade Neonatologia e cuidados com RN, em
um centro obstétrico, os cuidados de enfermagem
demanda grande parte dos procedimentos para
com o paciente e educação em saúde para esta
gestantes ou parturientes.
ALOJAMENTO CONJUNTO (ALCON): O
alojamento conjunto é o sistema hospitalar no
qual o RN sadio permanece ao lado de sua mãe 24
horas por dia, desde o nascimento até a alta
hospitalar.
A adoção desse sistema proporciona
vantagens para todos os envolvidos. Para a mãe,
favorece a interação com o bebê por permitir-lhe
que cuide de seu filho desde os primeiros
momentos; Para o RN, oferece satisfação de suas
necessidades biológicas e emocionais, pois os
cuidados são realizados de forma mais imediata.
UNIDADE DE LACTÁRIO: Banco de Leite ou
Lactário, é um local dedicado à coleta,
armazenamento, análise físicas, químicas e
esterilização (pasteurização) do leite materno.
Alguns bancos de leite, não recebem coletas
realizadas fora do próprio banco de leite do
hospital, ou seja, coletas realizadas pelas nutrizes,
em suas residências não são aceitas10.
Após o processo de higienização elas
seguem para a sala onde ocorre a ordenha, de
20
forma segura e com o devido equipamento. O
banco de leite, oferece também, uma sala em que
o bebê da doadora, possa ficar, enquanto ela
realiza a doação. Tudo isso para garantir o maior
conforto possível e para que a nutriz se sinta à
vontade e tranquila durante a doação10.
HEMODINÂMICA: O Serviço de
Hemodinâmica se dedica à realização de
diagnósticos e procedimentos terapêuticos
utilizando a técnica do cateterismo. A
investigação de patologias cardíacas em crianças
de qualquer idade é uma das funções do
cateterismo pediátrico, que agora também começa
a investir em tecnologia para realização de
terapêuticas, como CIVs (comunicação entre
ventrículos), estenose pulmonar valval, estenose
aórtica, fechamento de fístulas coronárias, entre
outros. O constante aprimoramento dos
profissionais envolvidos no serviço já possibilitou
soluções inéditas na cirurgia cardíaca.
Qual o papel da enfermagem neste setor?
A principal função, da equipe de enfermagem é
prestar assistência ao indivíduo doente e seus
familiares, em um laboratório de Hemodinâmica,
a enfermagem exerce, além dessas atividades, a
função de prestar assistência ao paciente no pré e
no pós-procedimento, gerenciamento de
materiais. A assistência de enfermagem envolve
desde a recepção do paciente até o seu retorno
para avaliação e alta.
UTIs: UTI significa Unidade de Terapia Intensiva
e é uma área restrita dentro do hospital voltada ao
atendimento de pacientes que necessitam de
maiores cuidados e monitoramento 24 horas por
dia. A UTI oferece suporte avançado à vida, por
isso é dotada de tecnologia, profissionais de
diferentes especialidades e com condições para
atuar imediatamente frente à complicações e
ocorrências indesejadas10.
Em uma UTI, além de pacientes com
quadros graves, também são assistidos aqueles
que passaram por grandes cirurgias e estão sob
risco elevado de complicações e que, por isso,
necessitam de vigilância constante. Assim como
pessoas em fase pós-operatória de cirurgias
menores, mas que, por enfermidades associadas,
como por exemplo diabetes e hipertensão, podem
sofrer algum tipo de complicação10.
Por dispor de mais recursos do que
enfermarias e apartamentos, bem como de
profissionais capacitados em diversas áreas, a UTI
é considerada uma etapa fundamental no
tratamento de casos mais graves ou mais
complexos10.
Qual o papel da enfermagem neste setor?
O técnico em enfermagem especialista em
UTI exerce inúmeras atividades, como cuidados
de enfermagem antes, durante e após os exames
de imagem, métodos gráficos, coleta de material
biológico para análises clínicas, cuidados aos
pacientes pós-transplantados e nos
procedimentos da Terapia Renal Substitutiva.
PRONTO ATENDIMENTO:
O pronto atendimento é a unidade de um
hospital que atende pacientes com problemas de
saúde agudos, ou seja, alterações fora do padrão
de saúde da pessoa que precisam de uma
intervenção imediata. São os casos chamados de
urgência ou emergência.
21
Você sabia que há diferença entre pronto-
socorro e pronto atendimento?
Pronto-socorro: Segundo definição do Ministério
da Saúde, o pronto-socorro é responsável por
prestar assistência à pacientes com ou sem risco
de vida, cujos agravos à saúde necessitam de
atendimento imediato, por isso seu
funcionamento é durante 24h por dia . 11
Pronto atendimento: O pronto atendimento são
unidades não necessariamente integradas a
hospitais e que presta seu serviço a partir de um
horário de serviço determinado. O pronto
atendimento é responsável por casos agudos,
porém, com menor gravidade. Nessa modalidade
podem ser atendidas pessoas com doenças
agudas, manifestados por sinais e sintomas como
febre, diarreia, dor de cabeça, dor de ouvido, dor
de garganta, dores nas costas, entre outras11.
Qual o papel da enfermagem neste setor?
No setor de pronto atendimento a Enfermagem
poderá desenvolver atividades como: controlar os
sinais vitais dos pacientes; transportar pacientes;
auxiliar na recepção dos pacientes, pequenas
cirurgias; suturas e curativos; Auxiliar durante o
processo de reanimação cardiorrespiratória;
Administrar medicamentos. Este profissional
deve mostrar uma assistência ágil e decisiva11.
Sala de parada: subsetor de um PA.
FARMÁCIA: É o conjunto de dependências
destinadas à manipulação de fórmulas magistrais
e oficiais e à recepção, à guarda, ao controle e à
distribuição de drogas, medicamentos, insumos
farmacêuticos e correlatos para o uso do hospital
e seus pacientes.
BANCO DE SANGUE: Procede ao recrutamento
e a seleção de doadores e à colheita, guarda,
controle, distribuição e aplicação de sangue.
O banco de sangue pode ser um serviço anexo ao
hospital ou terceirizado, mas a todo hospital é
necessário ter o suporte de um banco de sangue.
NECROTÉRIO OU MORGUE: destinado a
guarda e conservação do cadáver até a sua
remoção ou à realização de necropsia.
SND/COPA: O Serviço de Nutrição e Dietética
22
é um serviço que realiza assistência nutricional e
educação alimentar a pacientes (coletividade
enferma) e a acompanhantes e funcionários
(coletividade sadia). Seu objetivo principal é
proporcionar, embasado em fundamentos
técnicocientífico, a assistência nutricional
adequada através da elaboração de dietas e
orientações nutricionais para pacientes e da
distribuição de refeições para plantonistas,
pacientes e acompanhantes.
O S.N.D. exerce particular importância na
imagem do hospital, sendo decisivo o seu papel
no restabelecimento da saúde dos pacientes e na
redução do tempo de internação e custos
hospitalares12.
A Equipe multiprofissional13
Quando bem-estruturada, a equipe
multidisciplinar de saúde pode ser usada como
estratégia para tornar o atendimento mais
qualificado, efetivo e seguro para o paciente.
Além disso, é possível promover diferentes ações
que resultem em benefícios clínicos, humanísticos
e econômicos para a instituição.
O que é uma equipe multidisciplinar
na saúde?
É um grupo de profissionais clínicos que
trabalham unidos em prol do diagnóstico,
tratamento e recuperação do paciente. Assim, é
priorizado um consenso nas decisões de cada
intervenção.
A quantidade de profissionais na equipe e
a formação acadêmica de cada um depende da
demanda clínica, dos recursos financeiros e do
número de pacientes. O objetivo é seguir os
protocolos da Saúde Pública e superar os gargalos
mais comuns entre os desafios enfrentados pela
instituição em que trabalham.
O principal critério é o nível de gravidade
da doença, o risco para o paciente e as ferramentas
terapêuticas disponíveis. Desse modo, as
diferentes especialidades se integram em prol de
objetivos em comum: a melhoria da qualidade no
atendimento e a reabilitação do paciente.
Qual a importância da equipe multidisciplinar?
Quando um grupo de profissionais
trabalha conjuntamente, a percepção de
problemas clínicos é maior, visto que cada um
deles avalia o paciente objetiva e subjetivamente.
Isso possibilita diferentes abordagens de questões
específicas e ajuda na escolha das terapias mais
adequadas.
Logo, quando a equipe é formada por
muitos profissionais, maiores serão as chances de
que o paciente tenha seu caso investigado de um
modo mais detalhado e com mais critério nas
decisões. Por consequência, essa forma de
trabalho eleva a qualidade da assistência e
possibilita o alcance de melhores resultados nos
tratamentos.
Vale destacar, porém, que o paciente 23
precisa ser visto sob um contexto biopsicossocial,
já que a interação mente e corpo influencia
bastante os resultados do tratamento. Assim, é de
suma importância uma interação singular e o
envolvimento de todos na adoção de medidas
mais eficazes. O trabalho em equipe pode se
tornar diferenciado ao ponto de olhar para o
paciente como um todo e proporcionar um
atendimento mais humanizado.
A formação de profissionais com
conhecimento técnico contínuo e humanizado é
de grande valia para a gestão da instituição. Isso,
porque, ao tomarem decisões únicas, favorecem a
avaliação dos recursos disponíveis ou optam por
ferramentas inovadoras baseadas na telemedicina
e nos laudos a distância.
Ao analisar as alternativas disponíveis, a
equipe selecionará a terapia de melhor custo-
benefício. Isso é importante, porque reduz o
aporte financeiro com estratégias que nem sempre
trarão resultados satisfatórios ao paciente. Tais
fatores influenciam diretamente a eficiência da
gestão e contribuem, consideravelmente, com o
crescimento almejado por todas as instituições.
Por fim, é possível concluir que a equipe
multidisciplinar é um eficiente recurso para
elevar a eficácia e a qualidade dos serviços
relacionados aos cuidados na saúde.
Como a equipe multidisciplinar é
formada?
Basicamente, a equipe de profissionais
atua em conjunto, mas em suas respectivas áreas
de formação. Esse trabalho integrado evita o
protagonismo de alguns especialistas e reduz o
risco de falhas na avaliação diagnóstica e na
conduta terapêutica.
Destacamos os profissionais que devem
compor uma equipe multidisciplinar de saúde.
Veja quais são e confira suas principais
atribuições!
MÉDICOS
Atuam em diversas frentes e conseguem
prestar assistência em consultórios, clínicas,
ambulatórios e hospitais.
É ele quem avalia o estado de saúde,
realiza exames e decide se o paciente deve ser
internado, encaminhado para um especialista,
transferido de unidade ou mesmo de hospital. Se
o paciente precisa de cuidados imediatos, o
médico prescreve a medicação para que seja
executada pela equipe de enfermagem.
PSICÓLOGOS
São especialistas que dão o suporte
necessário à saúde mental. Eles atuam no
atendimento de crianças, adultos e idosos por
meio de dinâmicas de apoio e de reabilitação da
saúde emocional.
Em relação aos fazeres do psicólogo
hospitalar frente ao adoecimento e à internação,
este atua como um facilitador da comunicação e
da expressão do ser por meio da linguagem. Em
conjunto com a equipe multidisciplinar, a
melhora da comunicação serve de auxílio para a
tomada de decisões e encaminhamentos frente às
dificuldades apresentadas pelos pacientes e sua
família. O psicólogo também pode atuar como um
mediador entre os membros da equipe ou até
mesmo entre a equipe e o paciente, com a
finalidade de reduzir o estresse que é muito
comum neste local.
FISIOTERAPEUTAS
24
Orientam e oferecem exercícios para o
tratamento e reabilitação de variados problemas
de saúde. Entre suas atribuições, esses
profissionais ajudam na recuperação de lesões e
na prevenção de doenças relacionadas aos vícios
de postura ou decorrentes de má-formação ou de
acidentes.
No ambiente hospitalar, o Fisioterapeuta
tem como responsabilidade avaliar, desenvolver e
colocar em prática os procedimentos para
diferentes condições, como o pós-operatório, para
prevenir as possíveis complicações respiratórias,
neurológicas e motoras originadas durante o
processo de internação do paciente no hospital.
FARMACÊUTICOS
Eles podem prestar apoio à equipe
multidisciplinar na elaboração de medicações
específicas e no controle de qualidade dos
produtos oferecidos pela farmácia.
O farmacêutico hospitalar é o profissional
responsável por todo o fluxo do medicamento
dentro da unidade de saúde e pela orientação aos
pacientes internos e ambulatoriais, na busca por
cooperar na eficácia do tratamento e na redução
dos custos.
 NUTRICIONISTAS
A alimentação institucional hospitalar
deve ser terapêutica e adequada nutricional e
culturalmente aos utentes a que se destina. O
Nutricionista, na sua área de saber, desempenha
um papel integrador e de aproximação da
comunidade.
A atividade clínica do Nutricionista
desenvolve-se fazendo a avaliação e prescrição
nutricional em todas as valências médicas do
internamento e consulta externa. A supervisão do
cumprimento da terapêutica nutricional requer
um contacto direto com a equipa médica, de
enfermagem e com os serviços farmacêuticos e de
alimentação, podendo este último merecer a sua
coordenação.
ASSISTENTES SOCIAIS
Esse profissional consegue trabalhar em
várias frentes de ação dentro de uma unidade
hospitalar, posto de saúde ou mesmo nos
ambulatórios. O assistente social atua integrado à
equipe multidisciplinar no amparo de pacientes
em condição de vulnerabilidade social.
Nos hospitais, com frequência surgem
"circunstâncias sociais adversas" que, em opinião
de médicos e enfermeiras, justificam a intervenção
do assistente social. Em cada caso, realizam-se
uma valoração e um diagnóstico sociais baseados
na análise das carências e as necessidades
existentes, para depois passar à definição das
ações que devem ser realizadas.
ENFERMAGEM
25
A enfermagem é uma profissão
regulamenta pela Lei Nº 7.498, de 25 de junho de
1986. A enfermagem é uma ciência cujo objetivo é
a implantação do tratamento de doenças e o
cuidado ao ser humano, individualmente, na
família ou em comunidade de modo integral e
holístico. No Brasil a profissão é exercida por
auxiliares de enfermagem, técnicos de
enfermagem e por enfermeiros, profissionais com
formações e funções distintas dentro de uma
mesma área.
São os profissionais habilitados para
trabalharem em diferentes áreas e funções. São
aptos para prestar suporte diretamente aos
pacientes que necessitam de cuidados básicos ou
especializados, tanto em instituições como em
domicílio.
O dever da enfermagem é prestar
assistência:
1) Ao paciente,
2) A família
3) E a comunidade, utilizando os recursos e as
técnicas adequados.
O enfermeiro comanda a equipe
subordinando atividades aos auxiliares e técnicos
de enfermagem.
O auxiliar e o técnico de enfermagem
necessitam saber que:
1. Na organização estrutural existe um chefe em
cada setor do hospital ou da empresa e que são
supervisionados por ele.
2. Existem normas que definem as atribuições de
cada profissional emanadas de seu conselho e
que as normas hospitalares ou das empresas
definem as atribuições de pessoal e setor.
FUNÇÕES DO ENFERMEIRO
O enfermeiro é o profissional da saúde
responsável pelo atendimento direto ao paciente.
É importante lembrar que o enfermeiro,
assim como também o técnico, não é uma auxiliar
do médico. Seu trabalho é atuar em conjunto com
os demais profissionais da saúde para o bem-estar
do paciente. As funções são integradas, porém
independentes14. Sendo assim o enfermeiro é um
profissional autônomo, como prevê a lei.
O enfermeiro trabalha em hospitais,
clínicas, empresas ou até mesmo fazendo
atendimentos em domicílio. Sua atuação se baseia
na supervisão de técnicos e auxiliares de
Enfermagem, na preparação de instrumentos e na
assistência aos pacientes14.
O profissional graduado em Enfermagem
está preparado para atuar nos diferentes setores
hospitalares, podendo ser responsável pelo
cuidado dos pacientes internados e da rotina
administrativa do seu setor no hospital14.
O enfermeiro está presente em unidades
de pronto-atendimento (UPA), postos de saúde,
maternidades, prontos-socorros, no serviço de
atendimento móvel de urgência (SAMU),
laboratórios, consultórios, centros de internação,
unidades de estratégia da saúde da família,
ambulatórios, no atendimento a eventos e demais
estruturas de saúde para atendimento, no setor
acadêmico, o enfermeiro integrante de programas
de pós-graduação como mestrado e doutorado.
Estará também apto a ministrar aulas para cursos
superiores e técnicos de Enfermagem. Também há
a possibilidade de atuar em atendimentos
particulares, no serviço denominado de homecare
e dedicado a pacientes que necessitam receber
tratamento contínuo em domicílio, com rotinas de
supervisão para manutenção da saúde da
pessoa14.
Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de
enfermagem, cabendo-lhe:
I - privativamente:
a) direção do órgão de enfermagem integrante da
estrutura básica da instituição de saúde, pública e
privada, e chefia de serviço e de unidade de
enfermagem;
b) organização e direção dos serviços de enfermagem e
de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas 26
prestadoras desses serviços;
c) planejamento, organização, coordenação, execução e
avaliação dos serviços da assistência de enfermagem;
d) (VETADO); e) (VETADO); f) (VETADO); g)
(VETADO);
h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre
matéria de enfermagem;
i) consulta de enfermagem;
j) prescrição da assistência de enfermagem;
l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves
com risco de vida;
m) cuidados de enfermagem de maior complexidade
técnica e que exijam conhecimentos de base científica e
capacidade de tomar decisões imediatas;
II - como integrante da equipe de saúde:
a) participação no planejamento, execução e avaliação
da programação de saúde;
b) participação na elaboração, execução e avaliação dos
planos assistenciais de saúde;
c) prescrição de medicamentos estabelecidos em
programas de saúde pública e em rotina aprovada pela
instituição de saúde;
d) participação em projetos de construção ou reforma de
unidades de internação;
e) prevenção e controle sistemático da infecção
hospitalar e de doenças transmissíveis em geral;
f) prevenção e controle sistemático de danos que possam
ser causados à clientela durante a assistência de
enfermagem;
g) assistência de enfermagem à gestante, parturiente e
puérpera;
h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto;
i) execução do parto sem distocia;
j) educação visando à melhoria de saúde da população.
Parágrafo único. As profissionais referidas no inciso II
do art. 6º desta lei incumbe, ainda:
a) assistência à parturiente e ao parto normal;
b) identificação das distocias obstétricas e tomada de
providências até a chegada do médico;
c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de
anestesia local, quando necessária.
FUNÇÕES DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
O técnico de Enfermagem tem um papel
fundamental na operação de uma unidade de
saúde, atuando diretamente no atendimento aos
pacientes, em funções básicas de prevenção e
manutenção da saúde. Trata-se do profissional
que ajuda a equipe de Enfermagem em diversas
atividades, como prestar assistência a pacientes,
atuar no controle e prevenção de doenças,
oferecer apoio ao enfermeiro, ajudar a planejar
atividades da área e controlar o risco de infecção
hospitalar. O técnico de Enfermagem é capacitado
para cuidar de pacientes em casos de média e alta
complexidade. Sob a supervisão do enfermeiro, o
profissional atende pessoas em pré e pós-
operatório, trabalha em centros cirúrgicos,
garante a higiene e segurança do local de trabalho,
entre outras atividades14.
O campo de atuação do técnico de
Enfermagem é amplo. Bem presente em hospitais,
mas, o técnico de Enfermagem pode trabalhar
também em maternidades, clínicas, consultórios
médicos, casas de repouso, ONGs, redes
ambulatoriais, unidades básicas de saúde e
instituições de ressocialização14.
A lei 7.498/86 prevê as atribuições do
técnico de enfermagem:
Art. 12 – O Técnico de Enfermagem exerce
atividade de nível médio, envolvendo orientação e
acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau
auxiliar, e participação no planejamento da assistência
de Enfermagem, cabendo-lhe especialmente:
§ 1º Participar da programação da assistência de
Enfermagem;
§ 2º Executar ações assistenciais de Enfermagem,
exceto as privativas do Enfermeiro, observado o
disposto no Parágrafo único do Art. 11 desta Lei;
§ 3º Participar da orientação e supervisão do trabalho
de Enfermagem em grau auxiliar;
§ 4º Participar da equipe de saúde.
FUNÇÕES DO AUXILIAR DE ENFERMAGEM
27
O auxiliar de Enfermagem está presente
no atendimento básico do paciente que procura
uma unidade de saúde. Ele prepara os pacientes
para consultas e procedimentos, segue orientação
de enfermeiros, realiza alguns exames mais
simples, incentiva e auxilia em práticas de
higiene, colhe materiais e realiza o controle de
estoque do material utilizado.
Semelhante ao técnico de enfermagem o
auxiliar de enfermagem durante muitos anos foi
uma profissão bastante presente no mercado.
Atualmente a profissão de auxiliar de
enfermagem ainda é válida e legalizado pela lei
do exercício profissional, porém bem mais escasso
a presença dessa profissional no mercado do que
há décadas atrás.
Antigamente para o título de auxiliar de
enfermagem vinha ao longo do curso técnico de
enfermagem, sendo assim o auxiliar de
enfermagem seria um curso de menor
durabilidade. Na prática do dia-a-dia, auxiliar e
técnico de enfermagem, fazem tarefas muito
semelhantes, mas, na teoria, a lei do exercício
profissional torna distintos esses dois papéis
quando ressalta que o auxiliar de enfermagem e
realiza tarefas de natureza repetitiva, onde o
raciocínio clínico não é uma obrigação, diferente
do técnico de enfermagem que participa do
planejamento da assistência junto com o
enfermeiro, tendo uma participação a nível
coadjuvante com o raciocínio clínico analítico.
Art. 13 – O Auxiliar de Enfermagem exerce
atividades de nível médio, de natureza repetitiva,
envolvendo serviços auxiliares de Enfermagem sob
supervisão, bem como a participação em nível de
execução simples, em processos de tratamento,
cabendo-lhe especialmente:
§ 1º Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas;
§ 2º Executar ações de tratamento simples;
§ 3º Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente;
§ 4º Participar da equipe de saúde.
Art. 14 – (vetado)
INSTRUMENTOS E CONTROLES UTILIZADOS
PELA ENFERMAGEM
Quando falamos em papelada de
enfermagem, a primeira coisa que pode te vir a
mente é o prontuário. Bastante trabalhado até
aqui, o prontuário, é de fato um dos instrumentos
mais manipulados pela equipe de enfermagem no
que desrespeito a parte burocrática da assistência,
entretanto, o prontuário é um documento
pertinente ao paciente, sobre ele, no entanto, o que
estamos falando aqui, não se limita a apenas os
controles da assistência ao paciente, e sim da
organização do serviço assistencial.
Existem diversos instrumentos, que
sistematizam a controlam a assistência prestada
sendo eles controlados pelo técnico de
enfermagem e/ou enfermeiro assistencial ou
burocrata. São eles os check-lists, livro de
ocorrência, livro de distribuição de tarefas, POPs,
indicadores, além da SAE, que é utilizada através
de taxonomias de diagnósticos de enfermagem,
NIC, NOC, NANDA, CIPE. Falaremos de cada
um desses instrumentos mais detalhadamente,
porém, enquanto técnico de enfermagem você não
tem obrigação de executar muitos desses
instrumentos, mas precisa saber que eles existem
e suas finalidades.
Anotações de enfermagem
Essa provavelmente você conhece bem, a
anotação de enfermagem é toda anotação de
cuidados ou intercorrência ocorridos com o
paciente durante todo o processo de internação, a
anotação de enfermagem é um componente do
prontuário. O prontuário é o instrumento de
armazenamento e registro de tudo o que acontece
com o paciente dentro do ambiente hospitalar.
Nele, serão colecionados não só as anotações de
enfermagem como também de todos os membros
da equipe que você conheceu, além de registro de
exames, e folhas de controles de sinais vitais,
balanço hídrico, entre outros.
Livro de Ocorrência
28
Livro ocorrências de enfermagem é um
caderno ata de anotações destinado a registrar
acontecimentos importantes, não relativos a um
paciente em específico, mas, eventos não comuns
ocorridos durante o plantão com a equipe ou
setor, devem ser registrados para respaldo da
equipe, além de informações mais relevantes de
passagem de plantão. Não é objeto da ocorrência
relatar cuidados específicos a cada paciente, esse
tipo de anotação, é feita no prontuário de cada
paciente como veremos a seguir.
Livro de distribuição de tarefas
e pacientes
As tarefas durante um plantão
independente do horário precisam ser
distribuídas, além do cuidado com os pacientes,
existem serviços de organização e ordem do setor,
como levar ou pegar materiais no expurgo, fazer
a ocorrência, manter o setor organizado com as
coisas no seu devido lugar, receber materiais de
setor, tarefas que variam de local para local, de
equipe para equipe, mas existem e precisam ser
distribuídos por igual. Além da distribuição de
pacientes, tarefa atribuída ao enfermeiro, este,
deve distribuir por igual carga a quantidade e
peso os pacientes do setor.
Ex: Num determinado setor há 3 técnicos de
enfermagem para 10 pacientes, dois técnicos de
enfermagem ficam com 3 paciente e 1 com quatro
pacientes, sendo que, o profissional que ficou com
a maior quantidade ficará com os pacientes mais
leves, ou os não acamados. Cada caso é estudado
afim de distribuir a carga de trabalho por igual.
 Sendo assim, muitos hospitais utilizam essa
espécie de livro ATA, ou qualquer folha de
registro que distribua os pacientes por técnico e
tarefas diárias para eu fique registrado qual
profissional era responsável por determinada
tarefa naquele dia de plantão.
CHECKLISTS
O Checklist é uma lista de
itens que foi previamente
estabelecida para
certificar as condições de
um serviço, materiais,
processo ou qualquer
outra tarefa. Seu intuito é
atestar que todas as
etapas ou itens da lista
foram cumpridas de
acordo com o programado. O Checklist, também
conhecido como Folha de Verificação, está no hall
das famosas e consagradas ferramentas da
qualidade. Na assistência o checklist é utilizado
em diversas situações:
• Cirurgia segura – para realizar checagem de
todos os dados do paciente, assim como do
procedimento a ser realizado.
• Checklist de materiais do Carrinho de parada
• Checklist de Passagem de plantão- para
assegurar que todas as informações relevantes
foram feitas.
• Na SAE, para dar suporte a todos os dados que
precisam ser coletados.
E em muitas, muitas situações desde a
limpeza hospitalar, até a uma admissão,
checagem de materiais e insumos e etc.
Organogramas, fluxogramas,
protocolos operacionais
(POPs) e assistenciais (PAS).
Outros instrumentos que são obrigatórios
a uma rotina hospitalar são organogramas,
fluxogramas, protocolos operacionais ou
protocolos assistenciais.
São tecnologias que fazem parte da
organização do trabalho da enfermagem e se
constituem em um importante instrumento de
gerenciamento em saúde. Na atualidade, valer-se
dessas tecnologias é prerrogativa das instituições
de saúde que prezam pela excelência dos serviços
e buscam garantir a segurança dos profissionais e
usuário. Nesse sentido, a adoção dos protocolos
para o cuidado é pertinente e dá suporte para
organizar e gerenciar o trabalho de enfermagem15.
Esses protocolos servem para padronizar
condutas ou fluxos de atendimentos.
Organogramas e fluxogramas por
exemplo, eles ilustram qual será o fluxo da 29
clientela, quais os passos até chegar a finalização
do atendimento, e embora isso seja do
conhecimento da equipe, mas é necessário que
exista este documento que testifique e torne claro
a qualquer que de interesse esse fluxo.
Os protocolos operacionais ou
assistenciais visam nortear os cuidados de saúde
prestados pela enfermagem. A ausência de
protocolos que padronizem as atividades e os
serviços de saúde dificulta a organização das
práticas de cuidado. Faz com que cada
profissional faça da forma que lhe melhor convir
cada procedimento, cada um com sua teoria, essa
multiliguagem pode causar estranheza ao
paciente e insegurança para os próprios
profissionais15.
Sendo assim, os POPs e PAS, são
instrumentos estudados e elaborados pela equipe
gerente de enfermagem para escolher e tornar
obrigatório que os procedimentos sejam
executados de determinada maneira por todos os
profissionais de enfermagem ou equipe multe,
claro que diante de um respaldo científico e de
acordo com o fluxo do próprio hospital. Quando
um POP ou PAS é criado, muitas vezes a equipe
será chamada para treinamento. Eles são também
ótimos instrumentos para novos funcionários
ficarem cientes da rotina do hospital em que estão
sendo admitidos.
INDICADORES DE QUALIDADE
Indicadores são ferramentas que
permitem a mensuração do desempenho dos
processos adotados em diferentes departamentos.
 Essas ferramentas ajudam na tomada de
decisão e mostram quais ações tiveram impacto
positivo ou negativo na qualidade da assistência,
na resposta terapêutica ou até finanças. E é nesse
contexto que os gestores hospitalares utilizam
indicadores para promover sua gestão estratégica.
Satisfação do usuário, taxa de infecção e
tempo médio de espera são alguns indicadores
que podem ser utilizados em instituições de
saúde. Entre esses indicadores podem estar, por
exemplo:
• Incidência de quedas de pacientes
• Incidência de lesão por pressão
• Incidência de flebite
• Incidência de não conformidade na
administração de medicamentos
• Taxa de infecção hospitalar
• Incidência de obstrução de cateter venoso
central
• Distribuição de técnicos e auxiliares de
enfermagem x leito
• Número de internações;
• Taxa de ocupação de leitos;
• índices epidemiológicos,
• Comorbidades;
• Procedimentos cirúrgicos;
Entre muitos outros....
Esses indicadores são capazes de prover as
informações necessárias para que o gestor a nível
interno ou até mesmo gestores de saúde a nível,
municipal, estadual ou nacional. Assim, é possível
traçar caminhos para estimular a alta e liberar de
leitos para novos atendimentos, para traçar metas
de combate a doenças etc. O preenchimento da
maioria desses indicadores, são de
responsabilidade do enfermeiro.
SAE e suas Taxonomias
(CIPE, NANDA, NIC, NOC)
CONCEITOS BÁSICOS
Se você chegou até aqui, você já
deve ter ouvido falar na SAE, mas será
que ainda lembra bem qual a sua
importância para a enfermagem?
SAE e o processo de enfermagem, é
o método utilizado para
sistematizar a assistência de
enfermagem no Brasil. Dessa forma,
é imprescindível que os profissionais
de enfermagem conheçam e apliquem as normas
regulamentadoras do exercício.
A Resolução Cofen 358/2009 estabelece
que o processo de enfermagem deve ser
realizado de modo deliberado e sistemático em
todos os ambientes públicos ou privados em que
ocorre o cuidado profissional de enfermagem.
Ainda destaca as cinco etapas:
1. Coleta de dados (ou histórico), 30
2. Diagnóstico,
3. Planejamento,
4. Implementação
5. Avaliação.
I. Histórico de enfermagem (HE) ou Coleta de
Dados
É constituído por entrevista e exame físico.
A entrevista investigará a situação de saúde do
cliente ou da comunidade, identificando os
problemas e necessidades de intervenções.
II- Diagnóstico de Enfermagem
Nesta fase, se analisa os dados coletados e
o estado de saúde do indivíduo, através da
identificação e avaliação de problemas de saúde
presentes ou em potencial.
Os diagnósticos serão elaborados de acordo com
os protocolos da instituição, os mais utilizados
são: NANDA e CIPE.
III- Planejamento de Enfermagem
É determinado os resultados esperados, de
maneira específica e identificado as intervenções
necessárias para alcança-los. NIC, CIPE, NOC,
auxiliam através de padronizações a tomada de
decisões em cima de cada diagnóstico.
IV- Implementação de Enfermagem
Trata-se da concretização do plano
assistencial, realização das ações ou intervenções
determinadas na etapa de Planejamento de
Enfermagem.
V- Avaliação de Enfermagem
É a avaliação das mudanças nas respostas do
paciente o no processo saúde-doença, para
determinar se as ações ou intervenções de
enfermagem alcançaram o resultado
esperado;
São utilizados indicadores para
qualificação de avaliação:
Ausente ou Presente; Melhorado
ou Piorado; Mantido ou
Resolvido. Nesta etapa são feitas
evolução e anotação de
enfermagem.
 A grosso modo, a SAE é um instrumento
valiosíssimo que a enfermagem tem, e ela confere
ao trabalho, mais autonomia, é o que organiza o
trabalho profissional quanto ao método, pessoal e
instrumentos, tornando possível a • CIPE – Classificação Internacional para a Prática
operacionalização do PE, além de organizar a
assistência de forma estratégica.
O processo de enfermagem é uma
atividade intelectual, que quando realizada de
maneira adequada, contribui para o 10 para a classe médica16.
fortalecimento da profissão enquanto ciência, pois
passamos do cuidado empírico (realizado pelo
“achismo” ou intuição), para o cuidado baseado
em evidências. Este trabalho intelectual é o que
norteia o raciocínio clínico e a tomada de decisão
diagnóstica, de resultados e de intervenções. A
utilização desta ferramenta possibilita a
documentação dos dados relacionada às etapas
do processo, favorecendo a visibilidade das ações
de enfermagem e, consequentemente, da sua
relevância na sociedade.
Mas a SAE, não executa o processo de
enfermagem sozinha, ela precisa de instrumentos
que norteiam o diagnóstico, são ele as taxonomias.
Vamos simplificar... O diagnóstico médico
é centrado na doença e utiliza a taxonomia da
Classificação Internacional de Doenças – CID 10.
O diagnóstico de enfermagem utiliza das
taxinomias (CIPE). A taxonomia da NANDA-II
oferece uma maneira de classificar e categorizar
áreas que preocupam a enfermagem (isto é, focos
diagnósticos)16.
Existem diversas taxonomias utilizadas na
enfermagem. A revisão da literatura especializada
evidencia que existem na Enfermagem diversos
sistemas de classificação relacionados com
algumas fases do processo de enfermagem:
• Diagnóstico de enfermagem – North American
Nursing Diagnoses Association – NANDA;
• Classificação das Respostas Humanas de
Interesse para a Prática da Enfermagem
Psiquiátrica e de Saúde Mental;
• Problemas de enfermagem – Community
Health System;
• Sistema Comunitário de Saúde de Omaha;
• Intervenções de enfermagem – Nursing
Intervention Classification – NIC;
• Resultados esperados – Nursing Outcomes
Classification – NOC;
de Enfermagem.
É importante você saber que a CIPE é a
única taxonomia reconhecida pela Organização
Mundial de Saúde – OMS, assim como é a CID 31
A Taxonomia da NANDA, iniciada em
1973, é constituída por uma estrutura teórica – os
Padrões de Respostas Humanas – que orienta a
classificação e categorização dos diagnósticos de
enfermagem ou das condições que necessitam
de cuidados de enfermagem16.
A execução do Processo de
Enfermagem é obrigação do técnico ou
do enfermeiro?
O processo de enfermagem é competência
exclusiva do Enfermeiro a realização da consulta
de enfermagem, segundo a Lei n. 7.498/86, que
dispõe sobre o exercício da enfermagem e a
Resolução COFEN nº 514/2016, que compreende
as etapas, 1, 2, 3 e 5 do processo de enfermagem.
Como visto, a 4ª fase, a de
IMPLEMENTAÇÃO DE ENFERMAGEM não foi
citada, pois esta, trata-se da execução das
atividades prescritas na etapa de planejamento e
não é de competência exclusiva do enfermeiro,
mas sim de toda a equipe de enfermagem
(enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem) 6.
Dentre as atribuições dos técnicos e
auxiliares de enfermagem no processo de
enfermagem, especificamente na fase de
IMPLEMENTAÇÃO DE ENFERMAGEM, estão:
• Realizar os cuidados prescritos pelo
enfermeiro;
• Realizar anotações relacionadas às
intervenções/atividades prescritas pelo
enfermeiro sejam elas independentes,
dependentes ou interdependentes, lembrando
que fornecem dados importantes ao enfermeiro e
à equipe multidisciplinar para realizar a
avaliação/ evolução do paciente.
Todo integrante da equipe de enfermagem é
essencial para que consigamos prestar uma
assistência com qualidade, livre de danos,
garantindo a segurança do paciente6.

Mas, é importante saber....
Não existe hierarquia
(entre profissões)
no Brasil
Ainda existem setores da sociedade que insistem
em manifestar preconceitos e estabelecer
submissões que NÃO EXISTEM.
Matéria: https://www.coren-df.gov.br/site/nao-existe-hierarquia-entre-
profissoes/#:~:text=Não%20existem%20dúvidas%20sobre%20a,fases%20
de%20tratamento%20da%20doença.
Não existem dúvidas sobre a importância
da Enfermagem no combate a pandemia do
coronavírus. Sem a nossa atuação, não existiria
saúde pública. A sociedade reconhece isso
diariamente. Entretanto, ainda existem setores da
sociedade que insistem em manifestar
preconceitos e estabelecer hierarquias que não
existem na prática dos serviços de saúde.
Em publicação infeliz, o Tribunal de Justiça
do Estado do Paraná, ao tentar prestar
homenagem aos profissionais de saúde, afirma
que “são os médicos, coadjuvados por
enfermeiros e demais profissionais da área da
saúde”. Esse tipo de narrativa alicerça erros
históricos e contribui para a desvalorização da
nossa classe que, mais do que nunca, merece
reconhecimento pelos relevantes serviços que
presta à sociedade. Sendo assim, a colocação do
TJPR merece nosso repúdio.
Importante registrar que, segundo a
legislação que regulamenta a Enfermagem, não
existe hierarquia entre profissões e enfermeiros
não estão submetidos a nenhuma outra categoria
profissional. Nossa categoria atua com
independência, autonomia e não aceita
depreciações.
Evidentemente, os médicos são
importantes, assim como são importantes as
equipes de limpeza, de atendimento e de
segurança dos hospitais. Cada categoria possui
competências e atribuições diferentes e todas
merecem respeito. Essa é a verdade.
ORGANOGRAMA HIERÁRQUICO
DA ENFERMAGEM
32
No serviço de enfermagem é grande o
número de pessoas, a complexibilidade e
diversidade de atividades, a divisão do trabalho,
o estabelecimento de relações entre cada um, na
busca de se coordenar esforços para o alcance do
objetivo comum proposto, ou seja, a prestação do
cuidado de enfermagem.
Para que estas atividades sejam
conduzidas, orientadas e coordenadas, tornam-se
necessário que se defina a estrutura
organizacional do serviço de enfermagem, e assim
começamos a compreender a importância da
organização em enfermagem.
O Gerente de Enfermagem é o profissional
responsável por gerenciar todas as áreas de
enfermagem do hospital.
Você já aprendeu que de acordo com o
Decreto nº 94.406, de 08 de junho de 1987, que
Regulamenta a Lei n° 7.498/86. Determina que o
gerenciamento na equipe de enfermagem é uma
atividade conferida privativa ao enfermeiro.
Exercendo atividades como, à direção dos órgãos
de enfermagem da instituição de saúde pública e
privada e à chefia de serviço e de unidade de
enfermagem, a organização e a direção dos
serviços de enfermagem e de suas atividades
técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras
desses serviços, o planejamento, a organização, a
coordenação, a execução e a avaliação dos
serviços de assistência de enfermagem.
Além de, elaboração de escalas de
trabalho, protocolos operacionais padrão,
treinamento da equipe, assim como o
monitoramento e a devolutiva sobre a qualidade
da assistência.
Mas, vamos organizar as ideias....
No quadro azul ao lado, você aprendeu
que não existe hierarquia (entre profissões), ou
seja, não há subordinação da enfermagem a
nenhuma outra classe profissional, por ser a
enfermagem uma profissão autônoma e
independente que trabalha como um componente
da equipe multidisciplinar, mas de forma
interdependente.
Mas a hierarquia, onde existe?
Dentro da própria enfermagem, onde o
técnico de enfermagem responde ao enfermeiro
do seu setor de forma imediata, e o enfermeiro
responde ao líder enfermeiro do setor, que
reponde ao seu coordenador ou gerente de
enfermagem, sendo assim, a linha hierárquica se
dá de forma vertical, dentro da própria
enfermagem.
Coordenador
ou Gerente de
Enfermagem
Enfermeiro Líder de
Setor (componte que
pode estar presente ou
não, a variar do tipo de
gestão)
Enfermeiro do turno
(enf. do plantão)
Técnico de Enfermagem / Auxiliar de
Enfermagem
Segundo a COREN-SC, o enfermeiro
gerente de enfermagem é responsável pela equipe
de enfermagem que é composta pelo Enfermeiro,
Técnico e Auxiliar de Enfermagem. Entretanto, no
mundo do trabalho, as instituições de saúde
possuem sistemas de hierarquia diferentes, no
qual cada instituição determina seu processo de
trabalho interno, bem como, seu organograma
institucional, o qual deve ser respeitado por todos
os envolvidos no processo de trabalho da mesma.
Ou seja, dentro de um hospital, existem
mais hierarquias, que vão variar conforme a
necessidade de gestão, não havendo assim um
modelo único de pirâmide. Mas é importante
lembrar, que o enfermeiro gerente será o primeiro
a responder por TODA a equipe de enfermagem
aos seus superiores, o qual independe da
profissão que possuam, mas sim, do cargo que
ocupam na hierarquia hospitalar.
DIREÇÃO DO HOSPITAL
(podem ser uma, duas ou mais chefias)
COORDENADOR OU GERENTE DE
ENFERMAGEM
33
ENFERMEIRO LIDER DO SETOR
ENFERMEIRO DO TURNO
(enf. do plantão)
TÉCNICO DE ENFERMAGEM /
AUXILIAR DE ENFERMAGEM
Sendo assim esta hierarquia não deve ser
quebrada, vamos exemplificar;
- Quando um Técnico de enfermagem, tem algum
problema cotidiano no setor, a quem ele deve
recorrer?
Se você respondeu, ao enfermeiro do setor
que está no seu turno de trabalho, acertou.
- Mas se o enfermeiro do setor não conseguir
resolver o problema ou achar que deve ser
discutido ou ser ciência dos seus superiores, com
quem ele deve tratar a questão?
Isso mesmo! com enfermeiro líder do setor
ou até mesmo com enfermeiro líder e
coordenador de enfermagem.
Da mesma forma acontece o inverso
quando é necessário gerenciar a equipe.
Isso não significa dizer que o primeiro
degrau da pirâmide não terá acesso ou relação
com o topo, mas sim, que essa relação não é
usufruto livre para qualquer assunto pertinente a
dinâmica da equipe, pois a pirâmide existe para
que haja um fluxo de resolutividade mais suave
para todos os líderes e subordinados.
Para finalizar, é importante lembrar que
independentemente de onde esteja o componente
da pirâmide, cada peça é única e importante para
a composição da forma, como um corpo, que sem
as pernas, não adianta que o cérebro mande o
comando de movimento, o copo, não se deslocará
para lugar algum.
 CONSELHO E ENTIDADES DE
CLASSE
A essa altura do seu curso, sem dúvidas
você já no mínimo ouviu falar em; COFEN;
COREN; ABEN E SINDICATOS. Mas, será que
você sabe as competências de cada um deles,
principalmente sua importância e quando você
pode recorrer a cada um deles?
Porém, infelizmente muitos profissionais
até atuantes, ainda hoje não conheça as autarquias
ao ponto de cobrar e/ou reconhecer com
conhecimento de causa a obrigação de cada um
deles.
---
-----------------
O Conselho Federal de Enfermagem e os
seus respectivos Conselhos Regionais (CORENs)
foram criados em 12 de julho de 1973, por meio da
Lei 5.905. Juntos, formam o Sistema
COFEN/Conselhos Regionais.
Filiado ao Conselho Internacional de
Enfermeiros em Genebra. O COFEN é
responsável por normatizar e fiscalizar o exercício
da profissão de enfermeiros, técnicos e auxiliares
de enfermagem. Dessa forma zelando pela
qualidade dos serviços prestados e pelo
cumprimento da Lei do Exercício Profissional da
Enfermagem.
A Política de Fiscalização no Cofen tem
como prioridade ser Educativa, Preventiva e
Punitiva, centrada em preceitos Éticos,
Disciplinares e Legais.
A FISCALIZAÇÃO está ligada à ideia de
EDUCAÇÃO, de liberdade, democracia e
cidadania. A fiscalização educadora não pode
preparar nada para a democracia a não ser que
esta também seja democrática. Seria contraditório
fiscalizar de forma educadora em instituições de
caráter autoritário.
Principais funções do Cofen 34
Normatizar e expedir instruções para
uniformidade de procedimentos e bom
funcionamento dos Conselhos Regionais.
• Apreciar em grau de recurso as decisões dos
CORENs.
• Aprovar anualmente as contas e a proposta
orçamentária da autarquia, remetendo-as aos
órgãos competentes.
• Promover estudos e campanhas para
aperfeiçoamento profissional.
Fonte: http://biblioteca.cofen.gov.br
O Conselho Regional de Enfermagem
(Coren), é uma entidade autônoma de interesse
público, na esfera da fiscalização do exercício
profissional. O objetivo primordial do Conselho é
zelar pela qualidade dos serviços da Enfermagem,
pelo respeito ao Código de Ética e cumprimento
da Lei do Exercício Profissional.
SOBRE OS CONSELHOS
O Conselho é dirigido pelos próprios
inscritos, que por meio de eleições diretas
exercem mandato por três anos. É admitida uma
reeleição somente.
O Coren conta com um Departamento de
Fiscalização, entretanto, além dos fiscais
contratados. Cada inscrito deve ser um auxiliar de
fiscalização, com o propósito de denunciar
irregularidades e auxiliando na melhoria da
qualidade da assistência em saúde prestada à
população.
Dessa forma, além de fiscalizar e punir,
quando necessário, o Coren também trabalha na
qualificação, treinamento, orientação e prevenção
de casos que implicam em punição. Muito mais
que simplesmente fiscalizar e punir condutas
inapropriadas, o Conselho Regional de
Enfermagem acredita na orientação e no
esclarecimento do profissional. É objetivo do
Coren exercer a importante função de órgão
apurador não apenas dos fatos que geraram a
conduta imprópria (iatrogenias) e ainda averiguar
as causas e origens dos mesmos. Atos ilícitos ou
desvios de conduta serão, acima de tudo,
analisados por meio da estratégia de sempre
prevenir, evitar ou minimizar seus riscos e efeitos
danosos. E a recorrência dos mesmos.
Competências dos CORENs
De acordo com o Art. 15, da Lei Nº
5.905/73, que dispões sobre a criação dos
Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem,
compete aos CORENs:
• Deliberar sobre inscrição no Conselho e seu
cancelamento.
• Disciplinar e fiscalizar o exercício
profissional, observadas as diretrizes gerais
do Conselho Federal.
• Fazer executar as instruções e provimentos do
Conselho Federal.
• Manter o registro dos profissionais com
exercício na respectiva jurisdição.
• Conhecer e decidir os assuntos atinentes à ética
profissional, impondo as penalidades cabíveis.
• Elaborar a sua proposta orçamentária anual e o
projeto de seu regimento interno e submetê-los
à aprovação do Conselho Federal.
• Expedir a carteira profissional indispensável ao
exercício da profissão, a qual terá fé pública em
todo o território nacional e servirá de
documento de identidade.
• Zelar pelo bom conceito da profissão e dos que
a exerçam.
• Publicar relatórios anuais de seus trabalhos e
relação dos profissionais registrados.
• Propor ao Conselho Federal medidas visando à
melhoria do exercício profissional.
• Fixar o valor da anuidade.
• Apresentar sua prestação de contas ao
Conselho Federal, até o dia 28 de fevereiro de
cada ano.
• Eleger sua diretoria e seus delegados eleitores
ao Conselho Federal.
• Exercer as demais atribuições que lhes forem
conferidas por esta Lei ou pelo Conselho
Federal.
Fonte: http://biblioteca.cofen.gov.br/qual-funcao-
coren/
A ABEN é uma entidade de direito 35
privado,sem fins lucrativos,de caráter
científico,com sede nacional em Brasília e sua
regionais distribuídas no território nacional.
A principal função da ABEn é representar
o coletivo da enfermagem nos fóruns onde não
podemos estar individualmente, promovendo o
crescimento social, político e científico da
profissão. Tudo que a ABEn pode fazer por seus
associados depende do trabalho, união e
organização das categorias da Enfermagem.
Cumprindo a função de representar a
enfermagem, a ABEn participa da promoção de
atividades culturais e científicas
Para cumprir sua missão, a ABEn precisa
contar com a filiação dos enfermeiros, técnicos de
enfermagem, auxiliares de enfermagem,
estudantes de graduação e de Cursos técnicos
profissionalizantes.
SINDICATOS
Sindicatos de enfermagem – o sindicato é
uma associação que reúne pessoas de um mesmo
segmento econômico ou trabalhista, neste caso o
grupo de trabalhadores de enfermagem. Tem
como objetivo a defesa dos interesses econômicos,
profissionais, sociais e políticos dos seus
associados e são também dedicados aos estudos
da área onde atuam e realizam atividades
(palestras, reuniões, cursos) voltadas para o
aperfeiçoamento profissional de seu pessoal. São
responsáveis ainda pela organização de greves e
manifestações voltadas para a melhoria salarial e LUTAS DA CATEGORIA
das condições de trabalho da categoria.
Lembramos ainda, que a associação dos
profissionais de enfermagem a ABEn e ao
Sindicato não se faz obrigatória e sim opcional.
Faz-se obrigatória somente a matrícula e inserção
nos órgãos fiscalizadores e reguladores da
profissão, COFEN/COREN.
36
ENTÃO, PORQUE SE SINDICALIZAR?

A enfermagem é uma profissão

Um sindicato atuante, com um
representante sério, é a força de uma categoria,
poucos são os profissionais que sabem usufruir
dos serviços do seu sindicato.
A entidade sindical é um fiscal dos direitos
do trabalhador, pois, em contato com o
trabalhador toma conhecimento das infrações que
vão desde desrespeito às leis mais básicas até
queixas de assédio moral a trabalho escravo, e faz
a denúncia às autoridades fiscalizadoras e ao
Ministério Público. Neste sentido, o sindicato se
coloca como intermediador das relações do
trabalho, assumindo um papel que o trabalhador
sozinho não poderia exercer por medo de perder
o emprego. Então, o sindicato fiscaliza e toma as
medidas necessárias, trabalhando em sigilo
absoluto, evitando assim a exposição de um
trabalhador.
Ao homologar as rescisões de contrato de
trabalho, pode procurar o sindicato, que verifica
se o trabalhador está recebendo tudo que lhe é de
direito e caso não esteja, fornece assessoria
jurídica gratuita para que ele não seja lesado ao
sair de um emprego. Os sindicatos de
trabalhadores contribuem não só para a melhoria
da vida de seus representados, mas também para
evitar a morosidade das demandas judiciais na
resolução dos conflitos, agindo como mediador
das relações trabalhistas.
regulamentada desde 1986. São mais de 34 anos
em que as condições de trabalho dos profissionais
nem sempre são adequadas ao que rege até
mesmo a constituição brasileira.
Nos primórdios da história da
enfermagem, a profissão outrora exercida como
caridade, ganhou estereótipos de pouco valor
financeiro pelo serviço e muito valor simbólico e
sentimental aliado a caridade e o amor pelo qual
as profissionais em sua maioria mulheres
exerciam a profissão.
A história da enfermagem pra todos os
profissionais é motivo de orgulho, mas, esse
estereótipo, até hoje tem sido uma luta pelo qual
a categoria trabalha para deixar no passado.
O salário mínimo é uma garantia geral
para todo e qualquer trabalhador, enquanto o piso
salarial varia de acordo com a categoria
profissional (digamos que é o “salário-mínimo”
de cada profissão específica).
A constituição federativa do Brasil, prevê
que no Art. 7º, inciso V um “piso salarial
proporcional à extensão e à complexidade do
trabalho”. Da simples leitura deste inciso,
percebe-se a valorização do trabalho que exija
maior complexidade e maior tempo de dedicação
do trabalhador.
No entanto, a enfermagem é uma
profissão em 2021 ainda NÃO TEM UM PISO
SALARIAL, isso faz com que o a prática salarial
ofertada a categoria seja precária na maioria das
unidades federativas.
Outro motivo de luta para a categoria é a
jornada de trabalho. As longas jornadas de
trabalho estão associadas a um aumento
exponencial nos erros e acidentes de trabalho,
representando um risco à saúde pública, além do
desgaste profissional.
O Portal de Conteúdo do PGE – Instituto
de Pós-Graduação em Enfermagem publicou
reportagem sobre depressão e suicídio entre
enfermeiros. São agravamentos a esses
profissionais o fato de a enfermagem não possuir
um plano de carreira, por exemplo. Somados a
isso, esses profissionais têm de conviver com a
dor; sofrimento; doenças; turnos ininterruptos;
sábados, domingos e feriados trabalhando; más
condições de trabalho; e muita responsabilidade e
pouca valorização. Isso tem levado à insatisfação,
ao adoecimento e ao aumento da evasão
profissional.
A jornada de 30 horas não é privilégio. A
luta pela regulamentação em, no máximo, 30
horas semanais e seis horas diárias, no contexto da
Lei do Exercício Profissional, fortalece a
enfermagem como profissão e convida a
sociedade a reconhecer que se trata de um
trabalho que precisa de condições especiais para
uma prática segura. Essa segurança beneficia não
só o profissional, mas principalmente a população
assistida pelo serviço de enfermagem contra as
iatrogenias.
A mais de 20 anos tramitam no congresso
projetos de leis que tentam estabelecer o piso e a 37
jornada de trabalho. E necessário união e
organização da categoria, para que melhorias
para a profissão sejam alcançadas, além de
representantes da enfermagem na política para
que lei a favor da categoria sejam aprovadas.
Já que estamos falando sobre salários e
carga horária, vamos conhecer agora um pouco
do regime de trabalho da enfermagem, as escalas
de trabalho e honorários da categoria.
ESCALAS E
DIMENSIONAMENTO DE
PESSOAL DE ENFERMAGEM
A distribuição de Pessoal de enfermagem
é uma atividade complexa que requer de quem a
elabora preparo técnico, conhecimento das
necessidades da clientela, dinâmica da unidade,
leis trabalhistas e da equipe de enfermagem17.
Uma boa escala de pessoal é a garantia de
uma assistência de enfermagem de qualidade sem
ônus para o paciente e para a equipe17.
Quando falamos em escala e distribuição
de pessoal, falamos de dois fatores distintos,
porém correlacionados um ao outro.
O dimensionamento de pessoal, que é o
conjunto de normas que vai definir quanto de
pessoal de enfermagem é necessário para aquela
tarefa, e por fim as escalas, onde essa quantidade
de pessoal vai ser distribuída e organizada no
tempo semanal/mensal, de assistência.
 A resolução do COFEN Nº 543/2017
estabelece toda a série de critérios para
normatizar o dimensionamento de pessoal de
enfermagem, prevê constantes e cálculos de
dimensionamento, de acordo com a
complexidade de cada setor assistencial.
Antes aprender um pouco mais sobre as
escalas de trabalho, vamos entender um
pouquinho a respeito desse dimensionamento.
No Art. 3º a resolução 543/2017 considera.
III – Para efeito de cálculo devem ser
consideradas: o SCP-(sistema de classificação de
pacientes) e a proporção profissional/paciente nos
diferentes turnos de trabalho respeitando os
percentuais descritos na letra “a” do item II:
1) cuidado mínimo: 1 profissional de enfermagem
para 6 pacientes;
2) cuidado intermediário: 1 profissional de
enfermagem para 4 pacientes;
3) cuidado de alta dependência: 1 profissional de
enfermagem para 2,4;
4) cuidado semi-intensivo: 1 profissional de
enfermagem para 2,4;
5) cuidado intensivo: 1 profissional de enfermagem
para 1,33.
§ 1º A distribuição de profissionais por categoria
referido no inciso II, deverá seguir o grupo de pacientes
que apresentar a maior carga de trabalho.
§ 2º Cabe ao enfermeiro o registro diário da
classificação dos pacientes segundo o SCP, para
subsidiar a composição do quadro de enfermagem para
as unidades de internação.
E considera no inciso 2 diz...
II – A distribuição percentual do total de profissionais
de enfermagem, deve observar:
a) O SCP e as seguintes proporções mínimas:
1) Para cuidado mínimo e intermediário: 33% são
enfermeiros (mínimo de seis) e os demais auxiliares
e/ou técnicos de enfermagem;
2) Para cuidado de alta dependência: 36% são
enfermeiros e os demais técnicos e/ou auxiliares de
enfermagem;
3) Para cuidado semi-intensivo: 42% são enfermeiros
e os demais técnicos de enfermagem;
4) Para cuidado intensivo: 52% são enfermeiros e os 38
demais técnicos de enfermagem.
Mas a final, esses são dados importantes,
mas o que é feito deles?
Esses valores, na realidade são constantes,
cujo qual através delas serão equacionados o
dimensionamento adequado, utilizando de
fórmulas que consideram:
• Os dias da semana em que serão prestadas a
assistência de enfermagem (por exemplo, se de
domingo a domingo - 7dias)
• A jornada de trabalho pelo qual esses
profissionais foram contratados
• Uma constante chamada (IST)-índice de
segurança Técnica.
Este cálculo é conhecido como Constante de
Marinho (KM).
Mas calma! Claro que isso não será
atribuição do técnico de enfermagem calcular.
Mas é necessário que o técnico de enfermagem
saiba que a enfermagem possui instrumento que
regulam a assistência de enfermagem no que
tange o quantitativo de pessoal.
Para que a qualidade da assistência de
enfermagem não fique prejudicada por uma
sobrecarga desproporcional de pacientes para
profissionais.
É necessário que os líderes de enfermagem
trabalhem por um dimensionamento de pessoal
correto e justo pelo que rege as resoluções de
enfermagem e seja executado pelos gestores de
saúde.
Uma de ciência da quantidade de pessoal
correto, líderes de enfermagem elaboram as
escalas de pessoal.
 A CLT determina que a jornada de nessa versão o funcionário passa a ter um
trabalho máxima é de 8 horas diárias e 44 horas domingo de folga por mês.
semanais. No entanto, existe a possibilidade de Ainda de acordo com a Constituição
compensação e de turnos de revezamento, ou seja, Federal, no seu artigo 7º, a duração máxima de
de a atividade ser organizada em escalas. trabalho não pode ultrapassar oito horas diárias e
Hospitais e instituições prestadoras de quarenta e quatro horas semanais, facultada a
saúde muitas vezes trabalham 24 horas por dia, compensação de horários e a redução da jornada.
sete dias por semana. E, para isso, o número de Para trabalhadores que mantêm a escala
profissionais para atender a demanda é elevado. de 5X1, a duração diária de trabalho é de 7 horas 39
Hospitais têm uma média alta de e 20 minutos.
colaboradores, considerando estabelecimentos
com porte médio a grande. Ou seja, são muitos Escala de 5X2
profissionais envolvidos e todos eles precisam No caso da escala 5X2, a cada 5 dias
cumprir suas escalas de trabalho para que trabalhados são necessários dois dias de folga,
nenhuma área fique desatendida18. sejam eles consecutivos ou intermitentes. Isso
Quem elabora? equivale a dizer que a jornada de 44 horas
Enfermeira chefe ou um funcionário sob semanais passa a ser dividida em cinco dias da
supervisão! semana, sendo trabalhados 8 horas e 48 minutos
O contrato de trabalho pode ser dar de em diários.
específica quantidade de horas trabalhadas.
• 30h,
• 36h,
• 40h,
• 44h,
• 12x36h e
• 12x60h,
• Não podendo exceder 44h semanais. As folgas
serão de acordo com as horas trabalhadas e
feriados anuais.
Atualmente, a lei determina que os
colaboradores de uma empresa só podem
cumprir até 44 horas semanais de trabalho, Escala 4X2
principalmente, em companhia de serviço
Na escala 4X2, o funcionário trabalha por
ininterrupto. Por isso, surgiram diferentes tipos
4 dias consecutivos, em turnos de 11 horas e tem
de escala de trabalho, que dividem essa
2 dias de folga. Assim, em um mês com 30 dias,
quantidade de horas de maneiras diferentes. Veja
esse colaborador exerce sua função durante 20
as mais comuns a seguir:
dias e folga em 10 deles. Desse modo, o
funcionário terá trabalhado um total de 220 horas
A escala de trabalho 5X1
por mês e deve ser remunerado com 30 horas
Significa que a cada 5 dias trabalhados o extras.
funcionário tem um de folga. Vale destacar que
Escala de 6X1
A jornada de trabalho 6X1, define
basicamente que serão seis dias trabalhados para
um de descanso. Nesse tipo de escala, variações
de cumprimento da jornada até são permitidas,
desde que seguidos acordos sindicais e/ou
coletivos. Ainda, para colaboradores que
trabalham nos finais de semana, existe a
obrigatoriedade de a empresa em conceder um
domingo de folga a cada, no máximo, sete
semanas.
Vale destacar que, conforme a Súmula 146
do TST, jornadas de trabalho mantidas em
domingos e feriados, não compensadas, devem
ser pagas em dobro, sem prejuízo da remuneração
relativa ao repouso semanal.
Escala de 12X36
Assim como os outros tipos de escalas de
trabalho, a jornada de 12X36 é definida como
aquela em que o funcionário trabalha 12 horas e
tem 36 de descanso. Em geral, esse tipo de modelo
é aplicado em atividades que mantêm uma
jornada especial, que não pode ser interrompida
em um determinado tempo.
Escala de 18X36
A escala de trabalho de 18X36 significa
que o trabalhador mantém uma jornada de 18
horas trabalhadas e folga 36 horas. Por exemplo,
se o funcionário trabalhou em uma terça-feira das
8:00 às 20:00, o próximo dia de trabalho será em
uma quinta-feira, também das 8:00 às 20:00.
40
Escala de 24X48
A cada 24 horas trabalhadas, o funcionário
tem direito a 48 horas de descanso.
Como funciona o intervalo de cada um
dos tipos de escala de trabalho?
Os períodos de intervalo não podem, de
forma alguma, ser negligenciados quando o
assunto é os tipos de escala de trabalho. É
imprescindível que os trabalhadores tenham um
tempo para almoço ou descanso durante a sua
jornada.
Empresas que não cumprem esses
quesitos conforme a legislação, correm o risco de
sofrer as punições estabelecidas pelas leis
trabalhistas: além das multas, podem ter que
pagar o valor referente a essa multa em dobro
para o trabalhador.
A reforma trabalhista determina os
seguintes intervalos:
-15 minutos para jornadas de 6 horas diárias;
-Mínimo de 60 minutos e máximo de 2 horas
para jornadas maiores que 6 horas diárias;
-Para todos os tipos de escala, o colaborador tem
direito de no mínimo 24 horas consecutivas para
descanso semanal remunerado.
Tipos de Escala de Equipe

• Mensal – é a distribuição ao
longo dos dias do mês.
• Diária – objetiva dividir as
atividades diárias da equipe.
• Férias – é a distribuição anual das
férias da equipe.

Escala Mensal 41

A escala mensal contempla os

três turnos de trabalho: manhã, tarde e
noite, e é onde são registrados as folgas,
férias e licenças dos funcionários.
A Assistência de Enfermagem
deverá ser garantida nas 24 horas, por
isto o planejamento das folgas e férias,
deverá garantir número suficiente de
técnicos, auxiliares e enfermeiros.

Pontos a serem considerados

– Jornada de 8 horas diárias (44
horas semanais) 2 horas excedentes
(extra).
– Um dia (24 horas) de descanso
semanal, exceto quando já previsto.
– Contemplar feriados civis e
religiosos para os funcionários
– O trabalho noturno refere-se ao
período de 22h às 5h.
– Para as jornadas que excedam
6h terá descanso de 1h a 2h, para
repouso e alimentação (não contadas na
jornada)
– Usar códigos: M, T, N (PARA OS
• Humanização da escala TURNOS).
– O ideal é que o acesso a escala seja – Ressaltar a escala de domingos e feriados.
facultativo a todos. – Evitar o acúmulo de folgas, para não haver
– O funcionário deverá ter alocado, dentro prejuízos posteriores.
do possível, suas preferências de folga e férias – Atentar para o rodízio dos dias de folga
– A alocação em plantões deverá ser nos finais de semana e para os diaristas não
avaliada em equipe. ultrapassar mais que 7 dias sem folga.
– O rodízio de folgas é importante para não – Observar o retorno do funcionário de
haver favorecimentos. férias.
– A escala deverá ser disponibilizada com – Dar continuidade na escala de mês a mês,
antecedência para que todos consigam fazer suas com base no último dia.
atividades externas. – Verificar o número e o equilíbrio da
distribuição de pessoal.
O que precisa conter?
– Nome completo de cada funcionário e o
cargo que ocupa, seguido do número do conselho.
 Escala Diária
• É elaborada pelo enfermeiro responsável pelo
plantão ou turno como visto na página 28.
• É baseada na complexidade e características do
setor e tem por objetivo a distribuição de
atividades entre os funcionários de acordo com
classe de trabalho
• A escala poderá ter um impresso próprio, ou
livro ata.
• Poderá ser feita para 1 dia, 1 semana e até um
mês
• O enfermeiro deverá discutir em equipe a
melhor forma de execução e elaboração da escala.
Escala de Férias
• Deverá ser elaborada de forma racional
visando o bom andamento do serviço.
•Deverá obedecer a algumas regras:
– Inicia-se o direito após 12 meses
trabalhados
• O empregado poderá trabalhar 1/3, recebendo
por isto.
• Quando ultrapassar o período de gozo das
férias, o empregador pagará dobrado a
remuneração.
• Os membros da mesma família gozarão férias
juntos, caso queiram.
• O responsável pela elaboração da escala deverá
dar a opção e escolha ao funcionário e conhecer a
dinâmica da instituição de forma a não trazer
prejuízo para a escala de pessoal.
• Previsão deve ser anual;
• Deve ser equitativa, levando-se em conta o
período aquisitivo e a necessidade da instituição;
• Nos meses mais solicitados (janeiro, fevereiro,
julho e dezembro) deve ser feito rodízio entre os
funcionários;
• Na medida do possível, atender as preferências;
• Não esquecer das licenças - gestante e saúde
(por período prolongado).
HONORÁRIOS DE
ENFERMAGEM
42
Você sabe o que são Honorários?
A palavra, honorário, deriva do latim e
significa honra, prêmio, um presente dado a
alguém em decorrência de uma atitude honrosa.
Hoje, honorário é a remuneração recebida
pelo profissional liberal por um serviço prestado.
Ou seja, os honorários nada mais são que os
valores cobrados pelo trabalho desenvolvido por
alguém, que o faz de forma independente, sem
vínculo empregatício.
O tipo de honorários mais
conhecido pelas pessoas em
geral são os honorários
advocatícios. Mas, você sabia,
que a enfermagem também tem
seus honorários?
Se não, é urgente que você
precise saber, todo profissional é
digno de remuneração pelo seu
serviço, mesmo que não haja vínculo
empregatício.
Cada estado, através do seu COREN
regulamenta uma tabela de honorários de
enfermagem, onde cada procedimento, como por
exemplo: Preparo de leito ocupado, curativo,
colocação e/ou retirada de colchão d' água ou ar ,
banho no leito, banho de aspersão, banho de RN,
higiene oral, entre outros, cada um deles, tem seu
valor e ser cobrado quando o regime é por
prestação de serviço. Diferenciando os níveis de
competência técnica:
I- Enfermeiro
II. Técnico de Enfermagem
III. Auxiliar de enfermagem
Vamos conhecer os honorários relativos a
assistência.
 1. Atendimento às necessidades de higiene e conforto Competência Valor
1.1. Preparo de leito ocupado Enf./Técnico ou Auxil. R$ 7,63
1.2. Preparo de leito desocupado Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
1.3 Colocação e/ou retirada de colchão d' água ou ar Enf./Técnico ou Auxil. R$ 7,63
1.4 Banho no leito Enf./Técnico ou Auxil. R$ 12,94
1.5 Banho de aspersão Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,31
1.6 Banho de RN Enf./Técnico ou Auxil. R$ 25,88
1.7 Higiene oral com ou sem prótese Enf./Técnico ou Auxil. R$ 7,63
1.8 Tricotomia facial / axilar / abdominal torácica e de MMSS e MMII Enf./Técnico ou Auxil. R$ 7,63
43
1.9 Higiene do couro cabeludo Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
1.10 Tricotomia do couro cabeludo Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
1.11 Higiene íntima Enf./Técnico ou Auxil. R$ 7,63
1.12 Tricotomia perineal / nádega e ânus Enf./Técnico ou Auxil. R$ 25,88
1.13 Preparo da pele para cirurgias Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
1.14 Cuidados com as mãos e unhas Enf./Técnico ou Auxil. R$ 7,63
1.15 Cuidados com os pés e unhas Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
1.16 Cuidados com escabiose Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
1.17 Cuidados com pediculose Enf./Técnico ou Auxil. R$ 12,94
1.18 Cuidados na prevenção de escaras de decúbito (pele / articulação) Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
1.19 Cuidados integrais de higiene e conforto a pacientes acamados Enf./Técnico ou Auxil. R$ 41,19
parcialmente dependentes
1.20 Cuidados integrais de higiene e conforto a pacientes acamados Enf./Técnico ou Auxil. R$ 77,55
totalmente dependentes
2. Atendimento às necessidades de oxigenação
2.1 Verificação da respiração / pulsos e pressão sanguínea Enf./Técnico ou Auxil. R$ 25,96
2.2 Verificação da pressão sanguínea Enf./Técnico ou Auxil. R$ 15,50
2.3 Aspiração do trato respiratório com observação das características das Enf./Técnico ou Auxil. R$ 30,98
secreções e ausculta
2.4 Drenagem postural sem percussão e ausculta Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
2.5 Instalação de cuidados gerais com sistema de liberação de oxigênio Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
(cateter nasal / máscara / aparelho de fluxo elevado)
2.6 Cuidado com a traqueostomia Enf./Técnico ou Auxil. R$ 15,50
2.7 Cuidados gerais e montagens de respirador artificial Enf./Técnico ou Auxil. R$ 30,98
2.8 Cuidado com a nebulização Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
3. Atendimento às necessidades nutricionais e hídricas
3.1 Alimentação oral de pacientes parcialmente dependentes Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
3.2 Alimentação oral de pacientes totalmente dependentes Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
3.3 Alimentação por gastronomia / mamadeira e sonda nasojejunal Enf./Técnico ou Auxil. R$ 20,34
3.4 Inserção e remoção de sonda nasogástrica para alimentação Enfermeiro R$ 20,34
3.5 Inserção e remoção de sonda nasojejunal ou nasoentérica para Enfermeiro R$ 30,98
alimentação
3.6 Aspiração nasogástrica Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
3.7 Instalação, controle e cuidados gerais com nutrição parental Enf./Técnico ou Auxil. R$ 20,34
3.8 Controle de ingestas Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
4. Atendimento às necessidades de eliminação
4.1 Inserção e remoção de sonda nasogástrica para drenagem Enf./Técnico ou Auxil. R$ 25,88
4.2 Lavado gástrico Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
4.3 Inserção de sonda vesical de alívio ou demora Enf./Técnico ou Auxil. R$ 25,88
4.4 Inserção de sonda retal Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
4.5 Instalação e troca de dispositivos urinários externos Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
4.6 Irrigação de sonda vertical e bexiga (sistema aberto / fechado) Enf./Técnico ou Auxil. R$ 25,88
4.7 4.7. Instilação vesical Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
4..8 4.8. Enteróclise (lavagem intestinal) VR e outros Enf./Técnico ou Auxil. R$ 15,50
4.9 4.9. Outros enemas (de retenção/carminativos/de fluxo/com Enf./Técnico ou Auxil. R$ 15,50
medicação)
4.10 4.10. Remoção manual de fezes (fecaloma) Enfermeiro R$ 24,64
4.11 4.11. Troca de colostomia e jejunostomia Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
4.12 4.12. Utilização de medidas não invasivas para estimular a eliminação Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
de urina e fecal
4.13 4.13. Controle de excretas Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
4.14 4.14. Cuidados gerais com conjuntos de drenagem/sistema de um ou Enf./Técnico R$ 5,79
três frascos (manutenção e troca)
5. Atendimento às necessidades de regulação 44

5.1 Térmica
5.1.1 Verificação de temperatura (axilar/oral/retal/vaginal) Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
5.1.2 Aplicação de calor seco e calor úmido Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
5.1.3 Aplicação de frio seco e frio úmido Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
5.2 Hormonal
5.2.1 Controle de sinais e sintomas de hipo hiperglicemia Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
5.2.2 Realização de teste de glicosúria Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
5.2.3 Realização de glicemia (teste) Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
5.3 Neurológica
5.3.1 Controle do nível de consciência (Escala de Glagow) Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
5.3.2 Controle de pupilas Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
5.3.3 Cuidados básicos em situação de convulsão Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
5.4 Hidreletrolítica
5.4.1 Balanço hídrico (controle de ingestas excretas) Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
5.4.2 Diálise peritoneal Enfermeiro R$ 51,53 (SeS)
5.4.3 Hemodiálise Enfermeiro R$ 51,53 (SeS)
5.4.4 Controle / Cuidade / orientação com CAPD Enfermeiro R$ 51,53 (SeS)
5.4.5 Verificação de dados antropométricos (altura/ peso/ perímetro cefálico Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,09
abdominal / torácico)
5.4.6 Controle e cuidados com derivação ventricular externa Enfermeiro R$ 15,50
6. Atendimento às necessidades cutâneo-mucosas
6.1 6.1. No pós-operatório a pacientes conscientes I II III Enf./Técnico ou Auxil. R$ 4,75
6.2 6.2. No pós-operatório a pacientes semiconscientes I II III Enf./Técnico ou Auxil. R$ 7,63
6.3 6.3. No pós-operatório a pacientes inconscientes I II III Enf./Técnico ou Auxil. R$ 9,48
6.4 6.4. Curativo limpo I II III Enf./Técnico ou Auxil. R$ 25,88
6.5 6.5. Curativo infectado I II III Enf./Técnico ou Auxil. R$ 40,45
6.6 6.6. Curativo e troca de bolsas em estomas I II III Enf./Técnico ou Auxil. R$ 30,98
6.7 6.7. Curativo e troca de cânula de traqueostomia I II III Enf./Técnico ou Auxil. R$ 30,98
6.8 6.8. Curativo em lesões sem solução de continuidade I II III Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
6.9 6.9. Cuidados com escaras de decúbito I II III Enf./Técnico ou Auxil. R$ 25,88
6.10 6.10. Aplicação de bandagens nas suas diversas aplicações I II III Enf./Técnico ou Auxil. R$ 15,50
6.11 6.11. Retiradas de pontos I II III Enf./Técnico ou Auxil. R$ 32,36
7. Atendimento às necessidades terapêuticas
7.1 Aplicação de material radioativo Enfermeiro R$ 102,97
7.2 Banho de leito ou aspersão / medicamento Enf./Técnico ou Auxil. R$ 12,94
7.3 Banho de assento Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
7.4 Embrocação vaginal Enf./Técnico ou Auxil. R$ 15,50
7.5 Coleta de material para exames laboratoriais
7.5.1 Sangue Enf./Técnico ou Auxil. R$ 18,26
7.5.2 Urina Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,17
7.5.3 Fezes Enf./Técnico ou Auxil. R$ 15,50
7.5.4 Secreções Enf./Técnico ou Auxil. R$ 18,26
7.6 Coleta de sangue arterial Enfermeiro R$ 25,88
7.7 Coleta de urina para urocultura Enf./Técnico R$ 15,50
7.8 Coleta de fezes para coprocultura Enf./Técnico ou Auxil. R$ 15,50
7.9 Instalação de PVC Enf./Técnico ou Auxil. R$ 30,98
7.10 Controle do PVC Enf./Técnico R$ 32,36 /h
7.11 Instalação de PAM Enfermeiro R$ 30,98
7.12 Controle de PAM Enfermeiro R$ 32,36 /h
7.13 Instalação de fluidoterapia Enfermeiro R$ 13,67
7.14 Instalação e cuidados com fluidoterapia Enfermeiro R$ 4,83
7.15 Instalação de quimioterápicos Enf./Técnico ou Auxil. R$ 24,56
7.16 Controle e cuidados com quimioterápicos Enfermeiro R$ 14,23
45
7.17 Cuidados gerais com hemoderivados Enfermeiro R$ 28,44
7.18 Punção venosa com dispositivo simples Enf./Técnico R$ 14,23
7.19 Punção venosa com dispositivo composto com mandril Enf./Técnico ou Auxil. R$ 18,83
7.20 Medicação tópica Enf./Técnico ou Auxil. R$ 8,10
7.21 Medicação endovenosa Enf./Técnico ou Auxil. R$ 15,08
7.22 Medicação IM-intradérmica e SC Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,68
7.23 Medicação sublingual, ocular, nasal e oral Enf./Técnico ou Auxil. R$ 5,31
7.24 Medicação retal e por sonda Enf./Técnico ou Auxil. R$ 13,43
7.25 Medicação vaginal Enf./Técnico ou Auxil. R$ 13,43
8. Atendimento às necessidades de locomoção/mobilidade/exercício
8.1 8.1. Acompanhamento na deambulação / passeio Enf./Técnico ou Auxil. R$ 46,47 /h
8.2 8.2. Acompanhamento de pacientes na realização de exames Enf./Técnico ou Auxil. R$ 23,58
8.3 8.3. Acompanhamento de pacientes na transferência de instituições Enf./Técnico ou Auxil. R$ 23,58
8.4 8.4. Auxílio na deambulação Enf./Técnico ou Auxil. R$ 6,92
8.5 8.5. Movimentação ativa (auxílio) Enf./Técnico ou Auxil. R$ 23,58
8.6 8.6. Movimentação passiva Enf./Técnico ou Auxil. R$ 46,48
8.7 8.7. Mudança de decúbito Enf./Técnico ou Auxil. R$ 10,68
8.8 8.8. Posicionamento para exames Enf./Técnico ou Auxil. R$ 4,75
8.9 8.9. Assentar em cadeira / poltrona / ou beira do leito Enf./Técnico ou Auxil. R$ 4,75
8.10 8.10. Transporte em cadeira de roda Enf./Técnico ou Auxil. R$ 23,58
8.11 8.11. Transporte em maca Enf./Técnico ou Auxil. R$ 37,68
9. Atendimento às necessidades de segurança física
9.1 Cuidados com pacientes sedados Enf./Técnico ou Auxil. R$ 9,36 /h
9.2 Realização e cuidados com a restrição de movimentos ( /h ) Enf./Técnico ou Auxil. R$ 4,72
10. Cuidados com o corpo após a morte
10.1 Realização de higiene, Tamponamento e vestuário Enf./Técnico ou Auxil. R$ 142,37
11. Vigilância e acompanhamento
11.1 No domicílio Enfermeiro R$ 35,59 /h
Técnico R$ 18,83 /h
Auxiliar R$ 11,81 /h
11.2 No ambiente hospitalar Enfermeiro R$ 47,02 /h
Técnico R$ 32,36 /h
Auxiliar R$ 23,58 /h
11.3 Em transporte no perímetro urbano Enfermeiro R$ 53,16 /h
Técnico R$ 35,59 /h
Auxiliar R$ 29,60 /h
11.4 Em viagens Enfermeiro R$ 70,95 /h
Técnico R$ 47,02 /h
Auxiliar R$ 35,59 /h
11.5 Em eventos Enfermeiro R$ 47,02 /h
Técnico R$ 32,36 /h
Auxiliar R$ 23,58 /h
12. Processo de Enfermagem
12.1 Consulta de enfermagem (enfermeiro)
12.2 Prescrição de enfermagem (enfermeiro)
 Evolução de enfermagem incluindo alterações da prescrição quando (enfermeiro)
necessário
13. Primeiros Socorros (contato para socorrista em operação veraneio) (enfermeiro)
14. Visita Domiciliar Enfermeiro R$ 94,08 /h
Técnico R$ 70,95 /h
Auxiliar R$ 47,02 /h

A execução dos procedimentos da Assistência de Enfermagem inclui:

• preparo do paciente, do material e do ambientem
46
• orientação quanto aos procedimentos e suas aplicações;
• observação e controle do paciente até o término do procedimento;
• registro quanto à execução, reações e condutas adotadas.
Os valores indicados para a prestação de Serviços de Enfermagem não incluem o custo do
material necessário.
Essa é uma prática muito comum nas

CUSTOS HOSPITALARES / operadoras de planos de saúde19. Trata-se de um

NOÇÕES DE AUDITORIA E
DISPENSAÇÃO DE MAT/MED)
Atualmente a Enfermagem atua em
diversas áreas da saúde. Dentre elas, uma área
pouco conhecida mas muito cobiçada é a área de
auditoria de contas hospitalares ou auditoria de
contas médicas que atua após a auditoria
concorrente, que visa medir a qualidade dos
serviços prestados19.
O que é auditoria de contas hospitalares
A auditoria de contas hospitalares ou
auditoria de contas médicas é um processo de
conferência da conta hospitalar para identificar se
todos os itens estão de acordo com o atendimento
realizado em serviços de saúde19.
Sendo um tipo de auditoria em saúde, é
uma atividade em que se a conta enviada pelo
prestador para pagamento está de acordo com o
atendimento realizado ao paciente e em contrato
estabelecido entre as organizações de saúde.
• Diárias:
• OPMEs:
tipo de auditoria operacional comumente
realizada pela fonte pagadora, como planos de
saúde em prestadoras de serviço como hospitais,
clínicas e demais empresas de saúde.
Esta área do hospital é responsável pela
junção de todos os insumos consumidos durante
o atendimento prestado. Assim, os itens da conta
são medicamentos, materiais, procedimentos,
SADT, honorários médicos, exames, entre outros
custos ocasionados por atendimentos médicos ao
paciente19.
Após o fechamento da conta pelo hospital,
esta é enviada para a operadora de saúde, onde os
auditores de conta farão sua análise. Dentre as
principais atividades realizadas pelos auditores
inclui desde a verificação dos itens da conta até a
avaliação de sua pertinência levando em
consideração o prontuário do paciente. E em
alguns casos, a checagem das instalações de saúde
também são necessárias.
Ao final da sua avaliação, o auditor
aprova ou não o pagamento da conta médica pela
fonte pagadora.
Quando o auditor julga que um item da
conta é desnecessário ou indevido, o pagamento
daquele item não é aprovado, recebendo o nome
de glosa hospitalar19.
Assim, a glosa hospitalar ou glosa médica
é o não pagamento de todo item da conta
hospitalar que o auditor julga não pertinente,
desnecessário ou que não foi acordado
previamente em contrato19.
Vários fatores são analisados pela auditoria
no prontuário do paciente:
• Medicamentos de alto custo:
• Exames:
• Honorários Médicos
Orientações para evitar glosas
• O registro deve ser claro, objetivo, preciso, com
letra legível e sem rasuras;
• Após o registro deve constar a identificação do
autor com nome, COREN-AL e carimbo. O
carimbo deve ser colocado ao final das anotações,
a fim de não prejudicar a sua leitura;
• O registro deve constar em impresso
devidamente identificado com dados do cliente e
complementado com data e hora;
• O registro deve conter subsídios para permitir
a continuidade do planejamento dos cuidados de
enfermagem nas diferentes fases e para o
planejamento assistencial da equipe
multiprofissional;
• Todas as inalações com OXIGÊNIO E
VENTILAÇÃO MECÂNICA, HOOD ou CIPAP,
devem ser prescritas pelo médico;
• Observar a quantidade de OXIGÊNIO, VM,
HOOD ou CIPAP, dia e hora do início e dia e hora
do término, pois são pagos por hora de uso;
• Verificar os aparelhos que foram usados, por
exemplo: monitor cardíaco, oxímetro de pulso e
outros, eles devem conter hora e dia de início e
término;
• Todas as medicações devem ser checadas pela
enfermagem com o horário de realização, com
assinatura legível;
• Medicações não checadas serão consideradas
sem efeito.
Tecnologias em gestão
hospitalares Acreditação20
Você sabe o que é acreditação
hospitalar?
Ela se trata de um
procedimento de avaliação do nível
47
de qualidade de uma instituição de
saúde. Esta metodologia é uma espécie
de certificação, assim como a ISO 9001-normas
técnicas que estabelecem um modelo de gestão,
mas específica para o campo da medicina.
Utilizando um
método criado por
iniciativa das instituições
brasileiras, a acreditação
hospitalar, segundo a Organização Nacional de
Acreditação (ONA), tem como base três
princípios fundamentais:
• É voluntária, feito por escolha da organização
de saúde;
• É periódica, com avaliação das organizações
para certificação e durante o período de
validade do certificado;
• É reservada, ou seja, as informações coletadas
em cada organização de saúde no processo de
avaliação não são divulgadas.
Estes recursos buscam melhorar o
gerenciamento da instituição e garantir uma
assistência de qualidade, com segurança e
eficiência. Por precisar cumprir várias exigências
para ser “acreditada”, ao conquistar esse selo,
consequentemente a entidade torna-se mais
reconhecida no setor da saúde.
Objetivos da acreditação hospitalar
Agora que você já entendeu o que é
acreditação, saiba que seu objetivo central é
proporcionar uma gestão mais organizada, com
procedimentos estratégicos e competentes. Além
disso, foca em:
Melhorar a administração
Todo o processo de
acreditação estimula a
organização de saúde a
manter-se atualizada e,
como consequência, mais
preparada para alcançar resultados satisfatórios. • Enquadrar-se na definição de organização
Segundo o manual da ONA (Organização prestadora de serviços de saúde;
Nacional de Acreditação), é necessário organizar • Estar legalmente constituída há pelo menos um
uma metodologia didática com os funcionários de ano;
todos os cargos da instituição. Dessa forma, as • Possuir alvará de funcionamento;
metas e objetivos que a entidade deseja alcançar • Apresentar licença sanitária;
tornam-se mais claros para que facilmente • Dispor de todas as licenças pertinentes à
natureza da atividade.
consigam a certificação.
Ao cumprir os requisitos, a instituição
48
Aprimorar procedimentos torna-se apta a participar da avaliação, mas, caso
O sistema de acreditação também auxilia a não consiga a certificação ela poderá tentar
desenvolver uma logística das informações novamente depois de um ano.
geradas ao longo dos processos internos da Dentro do processo de acreditação existem
unidade. Assim, posteriormente, há uma análise três níveis de avaliação. São eles:
crítica do que foi documentado, com todas as
evidências de melhorias geradas por meio da Nível 1: acreditado
acreditação. Neste primeiro
Entre os principais programas, destacam-se: estágio, o foco é na segurança
• Organização Nacional de Acreditação (ONA); do paciente, sendo
• Joint Commission International; imprescindível que a
• Acreditação Nacional Integrada para estrutura física esteja
Organizações de Saúde (NIAHO); adequada para a execução
• Healthcare Information and Management das tarefas.
Systems Society (HIMSS); Também deverá ser
• Accreditation Canada. garantida a manutenção dos
processos mediante a política interna da
Modelos de acreditação instituição, além de contar com funcionários
habilitados para as funções que exercem.

Nível 2: acreditado pleno

Analisa-se
minuciosamente, neste nível,
se o processo de assistência
médica garante um bom
desempenho por meio do
Independente do tipo da acreditação, ela foco na gestão integrada. Este
não avaliará um serviço ou departamento isolado, ponto engloba treinamento,
mas a instituição inteira, já que o objetivo é auditoria interna e estratégias
comprovar que as estruturas e os processos do para tomada de decisão.
hospital são interligados e que juntos interferem
diretamente nos resultados. Nível 3: acreditado com excelência
Vale lembrar que, apesar de haver Inclui a avaliação do
maneiras diferentes de conseguir a acreditação entendimento do uso das
hospitalar, a principal emissora do Brasil é a informações obtidas nos dois
ONA, buscada por 37,3% das instituições do país. primeiros níveis. É exigência
Confira demais modelos abaixo! dessa categoria que haja
provas do uso da tecnologia
Organização Nacional de Acreditação (ONA) da informação em prol da
Para ser elegível neste processo, é segurança do paciente.
necessário que a instituição cumpra alguns pré-
requisitos, como por exemplo:
 Vantagens e desafios resultantes
da acreditação hospitalar

Existem diversas vantagens provenientes 49

da acreditação, sendo uma das principais a
melhoria da gestão e da assistência ao paciente.
Pela acreditação hospitalar, a instituição
consegue realizar um diagnóstico claro a respeito
do desempenho de seus processos. Isso inclui
atividades administrativas e cuidado com o
usuário.
A certificação também melhora a
reputação e a confiança nas instituições, fazendo
com que seja possível identificar as áreas que
ainda precisam de melhorias. É importante
ressaltar que os desafios ligados à implantação e
manutenção da acreditação são facilmente
solucionados com um bom treinamento da
equipe.

Razões para buscá-la

Os motivos para participar de um

processo de acreditação vão muito além de obter
um certificado. Seja como elemento estratégico ou
para estimular iniciativas de melhoria de
qualidade nos serviços de saúde, os resultados são
extremamente satisfatórios, como:
• Garantia de segurança aos pacientes e
profissionais;
• Maior eficiência no atendimento;
• Desenvolvimento e aprimoramento do RH;
• Aperfeiçoamento da utilização de recursos.
Buscar melhorias e soluções é
indispensável para uma instituição, que deve, mais
que almejar uma certificação, priorizar também o
bem-estar dos pacientes.
 Referências
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7690&hsa_kw=auditoria%20hospitalar&hsa_net=adwords&hsa_tgt=kwd-
323666545134&hsa_grp=117661224615&hsa_src=g&hsa_ver=3&hsa_cam=12231630935&h
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dicina.
21.