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CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM

O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CONTEXTO HOSPITALAR

2022
O PAPEL DO ENFERMEIRO NO CONTEXTO HOSPITALAR

Artigo apresentado como requisito obrigatório


para a conclusão do curso, orientado pelo tutor à
distância do curso de Bacharelado em
Enfermagem.
Orientador:

2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 5

2 OBJETIVOS............................................................................................................. 7

2.1 OBJETIVO GERAL................................................................................................7

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..................................................................................7

3 REVISÃO LITERÁRIA..............................................................................................8

3.1 CUIDAR EM ENFERMAGEM................................................................................8

3.2 TRABALHO EM EQUIPE NA ENFERMAGEM....................................................11

3.3 O QUE É SER ENFERMEIRO.............................................................................14

3.4 A HUMANIZAÇÃO E SUA HISTÓRIA NA ÁREA DA SAÚDE.............................20

3.5 HUMANIZAÇÃO E O AMBIENTE HOSPITALAR................................................23

4 METODOLOGIA.....................................................................................................26

5 RESULTADOS.......................................................................................................28

6 DISCUSSÃO.......................................................................................................... 30

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................33

8 REFERÊNCIAS......................................................................................................35
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RESUMO

O presente trabalho trata do atendimento da enfermagem diante da humanização no


ambiente hospitalar, que se faz necessário para que apresente seus valores, identifique
suas necessidades e entenda as dificuldades encontradas para a realização do atendimento
enquanto profissional. Através de revisão bibliográfica surgiu o foco da importância da
humanização dos profissionais de enfermagem no ambiente hospitalar como melhoria na
qualidade da assistência, apresentando os valores que levam a enfermagem ao
atendimento humanizado no ambiente hospitalar, identificando as necessidades do cliente
internamente e externamente como também entender as dificuldades encontradas para a
realização do atendimento quanto profissional. A humanização é uma expressão de difícil
conceituação, tendo em vista seu caráter subjetivo, complexo e multidimensional. Inserida
no contexto da saúde, a humanização, muito mais que qualidade clínica dos profissionais,
exige qualidade de comportamento. Sendo que humanizar é acolher esta necessidade de
resgate e articulação de aspectos indissociáveis: o sentimento e o conhecimento. Mais do
que isso, humanizar é adotar uma prática na qual, o profissional que cuida da saúde do
próximo, encontre a possibilidade de assumir uma posição ética de respeito ao outro, de
acolhimento do desconhecido, imprevisível, incontrolável, diferente e singular, reconhecendo
os seus limites. Para que consiga humanizar o ambiente hospitalar e o atendimento de
enfermagem é preciso que a equipe seja conscientizada e preparada para fazer a diferença
no cuidado, passando a entender o cliente de forma humana. O enfermeiro é responsável
por orientar, sanar dúvidas pertinentes ao procedimento, trazendo uma maior tranquilidade e
segurança, não esquecendo de que ele também necessita de um ambiente adequado para
o seu trabalho. A enfermagem é fortemente caracterizada pelo trabalho em equipe e
assume, na modernidade, um papel voltado para o cuidado, centrado na racionalização das
ações do cuidar.

Palavras-Chave: papel do enfermeiro; serviços; cuidar; humanização.


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1 INTRODUÇÃO

Através deste trabalho demonstrou que o atendimento humanizado eficaz e


que às atividades executadas pela enfermagem deve-se ter em mente a promoção
do bem-estar do próximo e o estabelecimento de uma interação terapêutica,
preservando um lugar onde os clientes se sintam de alguma forma valorizada,
respeitando suas características históricas de cuidado, e as causas da frustração e
insatisfação que ficam canalizadas para as condições de sua realização. Sabe-se
que o ambiente de trabalho hospitalar, particularmente na enfermagem, possui
características singulares formadas por interesses institucionais próprios. Na área da
saúde, a preocupação com a qualidade existe desde o início do atendimento. Ainda
hoje, em ambientes hospitalares, busca-se um atendimento de qualidade e capaz de
sobreviver aos processos organizacionais mais complexos, muitas vezes
incoerentes e que acabam por afetar a efetividade do cuidado prestado, pois
apresentam dificuldades, até porque exigem uma mudança de atitude dos
profissionais em todos os níveis. Mesmo com todas essas dificuldades, os
profissionais enfermeiros buscam aprimorar sua prática de enfermagem de
qualidade e precisam planejar a implantação e implementação da gestão da
qualidade no gerenciamento do cuidado prestado nas unidades de saúde, pois por
meio do desenvolvimento de seu processo de trabalho há oportunidades de
interação diretamente com os clientes e aproximar de suas referências para
entender seus desejos e expectativas, e com base nessas informações, a
assistência que a equipe do programa fornecerá para atender às expectativas do
cliente planejar a assistência que será prestada pela equipe a fim de atender as
expectativas dos clientes.
Diante do exposto quais os fatores que podem influenciar negativamente para
uma assistência de enfermagem ineficaz?
Aventa-se a hipótese de que a humanização no atendimento e nas relações
interpessoais da equipe, estabelece mudanças na afinidade profissional, buscando
torná-los mais saudáveis, respeitosos, e principalmente investindo na formação
humana da equipe para que passem a prescrever cuidados mais humanizados e
com base ética. A relevância da pesquisa se verifica, visto que, muitos são os
estudos que afirmam que, hoje, existem diversas formas de medir e avaliar a
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qualidade do serviço, tanto em componentes organizacionais relacionados à


estrutura, aos processos e sabe-se que quanto maior a qualidade da assistência
mais segura ela se torna. No entanto, não foi encontrado na literatura justificativas
que definem qual o modelo mais seguro a se seguir, que ofereça qualidade e seja
capaz de reduzir os riscos e minimizar os eventos adversos relacionados a
assistência. Pretende-se com esse estudo demostrar qual o modelo assistencial
ideal a ser executado quando o foco é a segurança do paciente. Não basta ao
hospital dispor de estrutura moderna, equipamentos apropriados às suas atividades
médicas e uma administração criativa, se tudo isto não estiver voltado para a
satisfação das necessidades dos usuários e dos funcionários que os atendem, antes
de se pensar em paredes, móveis e equipamentos, tem de se priorizar a valorização
das relações humanas, pois dela surgirá à estrutura humanizada. No trabalho em
saúde, nem sempre há bom entendimento entre os trabalhadores da equipe de
enfermagem, havendo constantes situações de conflitos, cabendo ao enfermeiro
gerenciar e agir na mediação, e resolução do problema. Cada indivíduo possui
valores e crenças distintos, a possibilidade de divergência de opiniões e conduta
origina conflitos dentro de uma equipe.
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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

- Refletir sobre a humanização na interação paciente e enfermeiro nos


hospitais.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Compreender a percepção dos pacientes acerca dos cuidados de


enfermagem, providos em uma unidade hospitalar.
Identificar os obstáculos e possíveis problemas na assistência
prestada;
Estabelecer estratégias para melhorias no atendimento e satisfação da
clientela que todos os dias é atendida nos serviços de saúde;
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3 REVISÃO LITERÁRIA

3.1 CUIDAR EM ENFERMAGEM

O surgimento da primeira escola de enfermagem, criada por Florence,


expressando também as atividades de conforto, limpezas de feridas, higienização,
todas essas formas de tratamentos e cuidados foram iniciadas por Nightingale. O
cuidado compõe-se a linguagem da enfermagem.
Segundo Waldow (2010, p.14), o cuidado do ser humano, está encaixado em
valores, pois, independentemente do foco, dão prioridade ao amor, respeito,
dedicação, liberdade e paz, cada um desses aspectos citados acima está dentro dos
seres humanos, o cuidado e a humanização são essenciais no processo de
desenvolvimento do ser, como também para os profissionais da saúde.
“O cuidado humano e o cuidar são vistos como o ideal moral da enfermagem.
Cuidado consiste de esforços transpessoais de ser humano para ser humano no
sentido de proteger, promover e preservar a humanidade, ajudando pessoas a
encontrarem significado na doença, sofrimento e dor, bem como na existência ”
(p.25).
Segundo Waldow (2010, p. 65), o cuidado é a essência da enfermagem, a
forma do cuidar, veio surgindo através de Florence, que com a sua forma de
tratamento e amor ao próximo, tornou-se enfermeira, e mesmo diante de tantos
obstáculos enfrentados no decorrer da sua trajetória, conseguiu diminuir a
mortalidade de 42% para 2%, e devido a todo esse desempenho abriu sua escola de
enfermagem em (1980) (p.68).
O cuidar foi, por um período, uma característica da enfermagem e, hoje,
tenta-se resgatá-lo, tanto no seu conhecimento como em sua arte.
Os objetivos do cuidar dependem bastante da situação e do momento, o
cuidar não envolve apenas a forma de cuidado, mas também a forma de confortar,
aliviar, ajudar e isto se deve colocar em pratica em todas as situações. O cuidado
mesmo no silêncio é interativo e promove crescimento. [...] O cuidado auxilia no
processo de cura, acelerando-o e tornando-o menos traumático (p.105).
A capacidade do ser humano de cuidar envolver o autoconhecimento da
cuidadora, pois necessitam de energias para cuidar, tanto de si mesmo, como
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também podem atuar de forma para mobilizar as energias para o paciente e seus
familiares
“A motivação inclui o desejo de cuidar, os valores, o comportamento e a ética
da cuidadora. Está bastante relacionada a experiência, pode ser influenciada pelo
meio ambiente da organização, pela valorização e pelo apoio dado á enfermagem,
pela valorização do cuidado e pela remuneração, etc.”
O processo de cuidar é interativo entre o cuidado e a cuidadora, pois é
predominante entre o cuidado e a forma de ser cuidado, pois esta vivenciando uma
forma única, devido ser essencial e não pode ser descartado.
Para Waldow (2010, p.129), o processo de cuidar é o ethos fundamental do
ser humano, pois envolve bastante a ação humana, chegando a incluir bondade,
beleza, amor, ajuda, compreensão e diferentes formas de cuidados. “A arte e a
estética têm sido resgatadas na enfermagem, principalmente como consequência do
desenvolvimento dos estudos sobre o cuidado” (p.131).
O cuidado moldou o ser humano, empenhando dedicação, devoção, amor,
ternura, sentimento e coração, com isso veio surgindo as responsabilidades e
preocupações com os seres humanos.
De acordo com Waldow (2010, p.148), o cuidado é único e necessário e que
tem consistência entre as culturas, crenças e valores, pois essa consistência é
necessária tanto para o profissional, quanto para a equipe de saúde.
“Os procedimentos de enfermagem, em geral, são realizados pelos auxiliares
e técnicos de enfermagem que comunicam a enfermeira o estado dos pacientes sob
sua responsabilidade, ao final do plantão, ou quando necessário, em virtude de
alguma anormalidade ” (p.144).
O ensino da enfermagem busca capacitar os profissionais de cuidado de
saúde ao ser humano, paciente. É uma questão de poder a impossibilidade de
enfermeiras atuarem de uma forma direta, e realizam as tarefas mais complexas.
Segundo Waldow (2010, p.172), o cuidado humano é um processo que
envolve crescimento, todas as pessoas devem ser capazes de crescer e ter força de
vontade para que esse crescimento tenha um bom desempenho, possuindo esforços
para alcançar seu objetivo. “A experiência do cuidado, no seu sentido amplo, ocorre
através do exercício de seus elementos pelos profissionais ” (p.164).
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O cuidado de saúde tem o intuito de melhorar as condições de alimentação,


habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, emprego, lazer, liberdade e
acesso a serviços de saúde. E, assim, permiti que a população leve uma vida social
economicamente produtiva, como parte do desenvolvimento, no espírito da justiça
social.
A doença não pode ser compreendida por meio das medições
fisiopatológicas, pois quem estabelece o estado da doença e o sofrimento, a dor,
prazer, enfim os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece
(CANGUILHEM; CAPONI apud BRÊTAS e GAMBA, 2006).
A doença ocorre quando o organismo encontra o seu estado de saúde
afetado por algum distúrbio das funções de um órgão, da psique ou do organismo
que apresenta sintomas e pode ser causada por fatores externos, como outros
organismos, ou por disfunções ou má funções internas, onde não consegue realizar
suas atividades normalmente sem que se sinta prejudicado.
O processo saúde-doença está diretamente atrelado à forma como o ser
humano, no decorrer de sua existência, foi se apropriando da natureza para
transformá-la, buscando o atendimento as suas necessidades, fica claro que tal
processo representa o conjunto de relações e variáveis que produz e condiciona o
estado de saúde e doença de uma população, que se modifica diversos momentos
históricos e do desenvolvimento científico da humanidade. Portanto, não é um
conceito abstrato. Define-se no contexto histórico de determinada sociedade e num
dado momento de seu desenvolvimento, devendo ser conquistada pela população
em suas lutas cotidianas sendo que o conceito de saúde varia segundo a época em
que vivemos, assim como os interesses dos diversos grupos sociais. (GUALDA,
BERGAMASCO, 2004, p. 23).
Enfim, o contexto apresenta e reconhece o dever de um tratamento que visa
resgatar a saúde física, psicológica e mental da pessoa enferma proporcionando
conforto, apoio emocional, carinho e segurança.

3.2 TRABALHO EM EQUIPE NA ENFERMAGEM


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A enfermagem tem como seu objetivo primordial promover uma assistência


baseada em estudos científicos, segurança, humanização e qualidade. Buscando
como objetivo à reabilitação, orientação, inserção do ser humano na sociedade e
nas suas atividades de vida diárias. Para que esse processo ocorra, o trabalho e a
cooperação entre as equipes de profissionais de enfermagem devem ser cumpridas
de acordo com o que está previsto nas leis e diretrizes que regem o exercício da
profissão (PEREIRA et al, 2017).
As constantes mudanças na área de atendimento à saúde, junto a
implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, mostram a
necessidade de se investir em discussões e debates para se criar um ambiente
favorável para o trabalho, e uma dessas metas seria abranger como são as relações
de trabalho entre os profissionais de enfermagem, a importância do trabalho em
equipe e o impacto dessas relações sobre a qualidade na assistência prestada
(CASANOVA, BATISTA e MORENO, 2015).
O trabalho em equipe bem realizado, tendo como princípio o respeito, a
coletividade e a comunicação, acabam assim facilitando a resolução de problemas
do cotidiano da profissão, obtendo como resultado uma melhor qualidade prestada
na assistência, uma vez que, uma assistência de qualidade realizada por um bom
trabalho em equipe diminuirá os possíveis riscos de danos ao cliente (LOPES et al,
2016).
Todos os seres humanos acreditam em valores e crenças diferentes uns aos
outros, tendo como resultado as diferenças entre opiniões, condutas e pensamento,
originando no ambiente de trabalho situações como; desentendimentos, conflitos e
divergência de opiniões atrapalhando todo processo de assistência prestada. Sendo
esse um grande desafio para ser solucionado entre os gerentes e líderes de
enfermagem (FILHO e SANTO, 2018).
Após a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) uma nova política de saúde
entra em vigor e com isso torna-se necessário; rever, debater, discutir vários
conceitos e novas mudanças nos serviços de saúde, e um dos temas dessas novas
discussões envolve a atenção ao trabalho em equipe, pois, é evidente que o
comprometimento de todas as equipes profissionais do Sistema Único de Saúde
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nesse contexto possa colaborar e interagir entre si para que se tenha qualidade no
serviço prestado de saúde à população (PEDUZZI et al, 2016).
Conflitos entre os profissionais de enfermagem podem acontecer a todo
instante, sendo que, dentre os principais fatores, está o trabalho em equipe, e
sabendo-se disso, será que os nossos futuros profissionais saberão a importância
do trabalho em equipe a reconhecer falhas e atuar como líder no gerenciamento de
conflitos e criar estratégias para um ambiente de trabalho ideal.
Assim fica evidente o quanto se deve investir no profissional desde a sua
formação acadêmica, até mesmo no seu local e ambiente de trabalho com
metodologias de ensinos inovadoras, a fim de despertar no profissional de
enfermagem que não consegue alcançar um determinado objetivo isoladamente e
que para alcançá-lo muitas das vezes é necessário o trabalho em equipe (PEDUZZI
et al, 2016).
O trabalho em equipe é uma ferramenta do processo de trabalho em saúde e
requer de todos os membros a composição de um conjunto de instrumentos de
construir e consolidar espaços de troca entre os profissionais estimulando os
vínculos.
A enfermagem é um trabalho humano que tem finalidade de cuidar, o trabalho
em equipe na área de enfermagem é fundamental sem equipe não há trabalho.
Durante a formação acadêmica, o enfermeiro aprende que o trabalho em saúde
eficaz deve ser focado na equipe, pois o mesmo é um dos instrumentos básicos da
enfermagem, apesar de cada ser humano ter suas opiniões, costumes, culturas e
diferenças, cada um deve se interagir com cada membro da equipe criando um local
harmonioso para que aconteça o trabalho em equipe. Quando acontece o trabalho
em equipe na área da saúde isso contribui grandemente para os profissionais
quanto para a assistência prestada aos pacientes (LACCORT &OLIVEIRA 2017).
Nessa perspectiva, esse processo é complexo, pois relaciona o
autoconhecimento, empatia, autoestima, cordialidade, ética e principalmente a
comunicação. Considerando essa interação entre pessoas diferentes em um meio
competitivo, faz-se necessário conhecer e entender o comportamento humano
dentro das organizações e compreender a importância da socialização dentro do
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trabalho, visto que o grande desafio para o ser humano é conciliar a ternura, a
cordialidade e o cuidado à sua ocupação (PEREIRA et al, 2019).
Na figura 1 mostra uma situação que dois profissionais que estavam de
plantão são interrogados pela enfermeira do setor pelo esquecimento da medicação
do paciente, pois queria saber o responsável pelo esquecimento, o personagem da
esquerda tirando de si a responsabilidade acusou o colega da direita pelo fato do
paciente ser de cuidado dele, deixando seu colega numa situação embaraçosa
perante a enfermeira causando descrédito na equipe.

Figura 1 - Não aponte culpados.

Fonte: Laccort et al. (2017)

Na figura 2 mostra como a equipe assume a responsabilidade pelo


esquecimento da medicação do paciente. Numa equipe não se apontam culpados,
todos sãoresponsáveis e navega-se no mesmo barco.
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Figura 2 - A responsabilidade é de todos

Fonte: Laccort et al. (2017)

As relações interpessoais têm um lugar significativo nos processos


psicossociais e tratam da forma como as pessoas estabelecem afinidades umas
com as outras. Toda relação interpessoal partilha certas propriedades que formam
sua estrutura e qualidades afetivas, quando estas se situam em âmbito profissional,
adquirem implicações e características específicas, com fins terapêuticos,
denominadas relação terapêutica ou relação de ajuda (PEREIRA et al, 2019).
Os seres humanos, geralmente, não conseguem alcançar suas metas, seus
objetivos sem a cooperação de outro ser humano, já que este é interdependente
com outros na realização de seus objetivos. Essa relação dá origem à formação de
sistemas multipressões, em que duas ou mais pessoas são, mutuamente,
dependentes e precisam encontrar meios de relacionar seus comportamentos com
os dos outros, a fim de realizar seus objetivos.

3.3 O QUE É SER ENFERMEIRO

Enfermeiro é o profissional que coordena a equipe, chefia a unidade, elabora


planos de atividade, escala de plantões, supervisiona atividades, revisa medicações
controladas, visita o paciente, promove: prevenção, proteção, reabilitação e
recuperação da saúde, visando ajudá-lo de forma humanizada e solidária.
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Na concepção de Geovanini, (2010) ser enfermeiro é ter conhecimento,


dedicar-se, auxiliar, curar, restabelecer a saúde, melhorar o sofrimento, acompanhar
o paciente, ser solidário, passar o conhecimento, estar ao dispor do paciente, ser
humano, exercer a profissão, ser ético e entre outros.
Para Uchoa, et al.; (2010) ser enfermeiro é estar presente no ambiente
imediato do paciente e no controle dos diversos processos do cuidado, demonstrar a
sensibilidade e conscientização de seu trabalho, de acordo com sua trajetória
histórica, durante a qual adquiriu experiências, técnicas, conhecimentos e teorias
inter-relacionadas, tendo sempre o ser humano como objeto de estudos, atenção,
cuidados e assistência às suas necessidades básicas.
Dentro de seu âmbito de trabalho o enfermeiro deve estar apto a desenvolver
ações tanto em nível individual quanto coletivo. O profissional enfermeiro deve
assegurar que sua prática seja realizada de forma íntegra e contínua com as demais
instâncias do sistema de saúde, sendo capaz de pensar criticamente, analisar os
problemas da sociedade e procurar soluções. Deve realizar seus serviços dentro dos
mais altos padrões de qualidade e princípios da ética tendo em conta que a
responsabilidade sobre a saúde não se encerra com o ato técnico, mas sim com o
bem-estar físico, mental e social do paciente.
As atividades de enfermagem, antigamente, eram exercidas por pessoas que
não tinham o devido preparo técnico. Por meio do surgimento da sistematização do
ensino e da prática do cuidar surgiram as primeiras profissionalizações de
Enfermagem, no Brasil.
O enfermeiro é um profissional indispensável a vários serviços que prestem
atenção da saúde das pessoas, famílias e comunidades. O mercado de trabalho
está em crescimento e a cada dia surgem novas oportunidades de vagas em
decorrência do amplo espaço de atuação do enfermeiro e que hoje atua em áreas
diversas como na assistência, o ensino e pesquisa. Na assistência pode atuar na
área hospitalar ou no âmbito da saúde coletiva prestando e gerenciando o cuidado à
pessoa, família e comunidade.
Na concepção de Carraro (2009, p. 28) o enfermeiro é um ser humano com
todas as suas peculiaridades, portador de uma formação universitária que lhe
concede o título de profissional diante da lei e da ética. Possui direito e deveres e
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está comprometido com o desenvolvimento da enfermagem. Relaciona-se com


outros seres humanos, trabalha em equipe, compartilha conhecimento, observa
princípios bioéticos, e mobiliza o meio ambiente, proporcionando ao ser humano e a
sua família condições favoráveis à sua saúde.
A prática do enfermeiro tem sido a de chefiar unidades, elaborar plano de
atividades e escala de plantões, prever material e pessoal, supervisionar atividades,
revisar as medicações controladas, visitar os pacientes, além de outras atividades. a
profissão enfermagem tem como objetivo cuidar do ser humano de forma humana e
solidária, dedicando-se a recuperação do paciente fisicamente, mentalmente e
socialmente, para que ele se torne apto a realizar as atividades corriqueiras do dia-
dia.
Ser enfermeiro é ser humano com todas as suas dimensões, potencialidades
e restrições, alegrias e frustrações; é ser aberto para a vida, variando e valorizando
o saber ser, estar, aprender, informar, prático ou teórico e científico. O profissional
enfermeiro tem por responsabilidade de promoção, prevenção e na recuperação da
saúde dos indivíduos, dentro de sua comunidade e deve estar preparado para atuar
em todas as áreas de especialidade de acordo com o COFEN e o COREN.
Moreira et.al.;(2015) menciona que o trabalho do enfermeiro ao longo dos
tempos tem se constituído em objeto de questionamento e reflexões por parte dos
profissionais e estudiosos da área e suas ações estão relacionadas à área da saúde.
Os profissionais enfermeiros possuem habilidades e conhecimentos, para a
realização das atividades com base na teoria e prática, para oferecer ao ser humano
otimismo, confiança e segurança, fazendo assim a valorização da vida com saúde.
O conceito de Enfermagem está relacionado à doação, amor, dom, carinho,
com o paciente”. Segundo os relatos dos entrevistados a escolha pelo Curso de
Enfermagem veio pela paixão por esta profissão, por poder ajudar as pessoas
enfermas de forma humana, com amor, dedicação e propiciando melhores
condições de vida.
A enfermagem nos últimos tempos tem crescido muito no seu campo de
aprendizagem científica e tecnológica levando assim à necessidade da qualificação
do profissional no desenvolvimento e conhecimento de qualidade. É por esse motivo
que se utilizam as teorias de enfermagem como base para que esses profissionais
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tenham conceitos próprios e habilidades tornando-se independente do modelo


médico.
De acordo com Ribeiro (2012) são atribuições do técnico em enfermagem
dentro da humanização do ambiente hospitalar, fatores como:
Participar do planejamento da assistência de enfermagem para os pacientes
sob sua responsabilidade;
Colaborar com o enfermeiro da unidade no processo de orientação e
supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar;
Preparar diariamente o material necessário à execução das atividades de
enfermagem;
Fazer a “Admissão do paciente”;
Executar as prescrições médicas e o “Plano de Cuidados de Enfermagem”;
(prescrição de enfermagem) relativos ao seu cargo Checar as prescrições médicas e
o plano de cuidados de enfermagem conforme normatizado no Manual do Processo
de Enfermagem;
Realizar anotações de cuidados e anotações de enfermagem relativas ao
cliente/família. Observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas, no nível de sua
qualificação;
Preencher o “Balanço Hídrico” no seu turno.
Receber e passar plantão junto com a equipe e horário estabelecido,
devidamente uniformizado, conforme definido pela unidade;
Propor ações de educação em saúde para o cliente e família;
Participar de estudos de caso;
Fazer cálculos de diluições;
Realizar os cuidados de enfermagem aos clientes/família, exceto as privativas
do enfermeiro, segundo normas estabelecidas no Manual de Procedimentos e
Protocolos;
Realizar junto com a enfermeira assistencial os cuidados de enfermagem aos
clientes graves;
Prestar cuidados de higiene e conforto do cliente e zelar por sua segurança;
Instituir acesso venoso periférico;
Ministrar medicamentos, quimioterápicos e hemoderivados;
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Fazer curativos;
Controlar e anotar a temperatura da geladeira de armazenamento de
medicamentos da unidade;
Aplicar oxigenioterapia, nebulização, enteroclisma, enema, compressas frias e
quentes (bolsa de gelo, calor úmido ou seco);
Realizar exames de sensibilidade e proceder à leitura (glicemia capilar,
glicosúria);
Verificar peso, estatura, perímetro cefálico, perímetro torácico e sinais vitais
(FC, FR, T, PA, dor);
Supervisionar e/ou auxiliar na alimentação do cliente;
Prestar cuidados de enfermagem no pré e pós-operatório;
Aspirar cânula oro-traqueal e de traqueostomia;
Instalar cateter de O2;
Desenvolver cuidados para prevenção de úlceras de decúbito (aplicar
massagem de conforto, mudar decúbito no leito, proteger proeminências ósseas e
outros prescritos pela enfermeira);
Oferecer comadre e papagaio e higienizar o material antes de colocar no
expurgo;
Auxiliar equipe técnica em procedimentos específicos;
Auxiliar em procedimentos de reanimação cardiorrespiratória;
Preparar cliente para exames;
Zelar pela limpeza e colaborar para a organização da unidade, posto de
enfermagem, enfermarias e demais locais de trabalho;
Organizar medicamentos e materiais de uso de cliente e do posto de
enfermagem;
Contribuir com o secretário da unidade para providenciar materiais médico-
hospitalares de consumo, medicamentos e materiais esterilizados e verificar
recebimento;
Fiscalizar validade de materiais e medicamentos;
Conferir quantidade de psicotrópicos;
Providenciar limpeza concorrente e terminal;
Colaborar para manter a rouparia organizada;
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Realizar limpeza concorrente de equipamentos de uso do cliente;


Participar na prevenção e controle das doenças notificadas pela vigilância
epidemiológica;
Participar do controle de infecção hospitalar conforme recomendações do
SCIH;
Trabalhar com biossegurança conforme normas estabelecidas pelo SCIH e no
Manual de Procedimentos e Protocolos;
Comunicar à enfermeira possíveis efeitos adversos dos medicamentos,
colaborando para a notificação à Gerência de Risco Sanitário e Farmacovigilância;
Prever e prover os materiais para atendimento de uma parada
cardiorrespiratória e manter o carrinho de emergência organizado;
Participar e colaborar com atividades de integração ensino-serviço;
Participar da divisão e distribuição dos componentes da equipe de
enfermagem nas atividades previstas na escala de tarefas da unidade;
Em plantões de 12 horas, responsabilizar-se pela distribuição dos horários de
descanso junto à equipe de acordo com as necessidades da unidade e em
conformidade com as normatizações existentes, zelando para que não este interfira
na segurança e qualidade da assistência. Responsabilizar-se por comunicar com
antecedência à Chefia de Serviço as necessidades de não cumprimento da escala
de trabalho, conforme normatizações do serviço;
Participar de reuniões do grupo assistencial convocadas pelo serviço;
Manter-se atualizado dentro de sua área de atuação;
Participar de cursos e treinamentos agendados para o setor;
Cumprir e fazer cumprir o Regimento e normas da instituição e as específicas
do setor;
Cumprir e fazer cumprir o Código de ética em enfermagem e a Lei do
Exercício Profissional.
O trabalho de enfermagem é preservado pelas suas características históricas
de cuidado, e as causas da frustração e insatisfação ficam canalizadas para as
condições de sua realização. Essa idealização, além de ser uma construção
histórica, e uma forma de controle, pode servir também como estratégia defensiva,
assim os profissionais de enfermagem preservam um lugar onde se sintam úteis e
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de alguma forma valorizadas. O prazer no trabalho, nesse caso, está na execução


de algo valorizado e reconhecido socialmente (ELIAS e NAVARRO, 2006).

3.4 A HUMANIZAÇÃO E SUA HISTÓRIA NA ÁREA DA SAÚDE

Entende-se que a Humanização se fundamenta no respeito e valorização da


pessoa humana, e constitui um processo que visa à transformação da cultura
institucional, por meio da construção coletiva de compromissos éticos e de métodos
para as ações de atenção à Saúde e de gestão dos serviços. Esse conceito amplo
abriga as diversas visões da humanização supracitadas como abordagens
complementares, que permitem a realização dos propósitos para os quais aponta
sua definição. A humanização reconhece o campo das subjetividades como
instância fundamental para a melhor compreensão dos problemas e para a busca de
soluções compartilhadas. Participação, autonomia, responsabilidade e atitude
solidária são valores que caracterizam esse modo de fazer saúde que resulta ao
final, em mais qualidade na atenção e melhores condições de trabalho. Sua
essência é a aliança da competência técnica e tecnológica com a competência ética
e relacional.
Em tempos remotos, a humanização já era algo muito almejado pelos
homens, sendo que atualmente, devido à evolução da humanidade, as grandes
modificações em todos os campos e níveis, a mesma é desejada e discutida de
forma mais intensa. Devido essa grande transformação, a sociedade enfrenta sérias
dificuldades com o tecnicismo o qual condiciona a civilização, provocando uma
necessidade generalizada de condições mais humanas. Pois quanto mais técnico se
torna o homem, menos humano ele se sente. Daí surgir à necessidade de um novo
humanismo que favoreça ao homem moderno o encontro de si mesmo, assumindo
os seus valores (Para que a Política Nacional de Humanização (PNH) seja
implementada com sucesso, é preciso seguir uma estratégia composta por eixos,
tais como: financiamento da humanização, instituições do SUS com programas
estaduais e municipais, educação, qualificação profissional permanente, divulgação
na mídia para uma ampla rede de saúde. Discussão, Expansão dos cuidados de
saúde, gestão de políticas para apoiar pesquisas relacionadas à humanidade, que
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juntas permitem que a sociedade colha os benefícios da ajuda humanitária


(MORAES; WUNSCH, 2013).
Silveira et al.;(2009) afirma que a humanização na área da saúde entrou em
discussão no “Movimento da Reforma Sanitária”, ocorrido nos anos 70 e 80 do
século XX, quando se iniciaram os questionamentos acerca do modelo assistencial
vigente na saúde, centrado no médico, no biologiquíssimo e nas práticas curativas.
Esse modelo era oneroso e muito especializado, focava a doença e não a promoção
da saúde e configurava-se como desumano na forma de assistir, tanto pelo uso
exagerado de tecnologias como pelo relacionamento que se estabelecia entre os
profissionais de saúde e os usuários do sistema.
Segundo Marino Junior (2003) em sua biografia sobre o médico canadense
Willian Osler (1849-1919), que lançou as bases da medicina e da metodologia
modernas do trabalho médico, esclareceu que Osler introduziu o humanismo no que
chama de “artes médicas”. Osler possuía uma vasta cultura humanística, médica e
filosófica, lecionou nas mais conceituadas universidades americanas e inglesas, foi
professor de gerações de médicos e enfermeiras. O filantropo americano John D.
Rockefeller inspirou-se no trabalho do médico humanista para destinar milhões de
sua fortuna em hospitais, saneamento e escolas de medicina através da Rockefeller
Foundation. A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo também foi
fruto da referida fundação. Para Osler, o profissional deve valorizar tanto os seus
conhecimentos da doença quanto da pessoa, recomendando a medicina de beira de
leito.
Silveira et al.;(2009), continua afirmando que nos anos 70, a saúde no Brasil
era assegurada apenas aos trabalhadores com carteira assinada, pagadores da
Previdência Social, enquanto o restante da população tinha que dispor de seus
próprios recursos para obter serviços médicos. Porém, isso mudou a partir do
Movimento da Reforma Sanitária. Surge o projeto do Sistema Único de Saúde (SUS)
que visa resolver os graves problemas enfrentados pelo setor público, como a falta
de atendimento para toda a população. O SUS ainda é um projeto inacabado,
distorcido ao longo do tempo com a massificação dos atendimentos, porém é o
germe de uma política de humanização da saúde no Brasil (SILVEIRA et al.;2009).
22

Oliveira (2007), em um artigo científico modalidade estudo de caso,


abordando a questão da humanização da assistência, entende que a palavra
humanização passou a ser utilizada para nomear diversas iniciativas e possui
diferentes sentidos, porém na saúde adotou o significado de um processo de
transformação da cultura institucional que reconhece e valoriza os aspectos
subjetivos, históricos e socioculturais de usuários e profissionais, assim como
funcionamentos institucionais importantes para a compreensão dos problemas e
elaboração de ações que promovam boas condições de trabalho e qualidade de
atendimento.
Surge, então, o conceito de humanização nos serviços hospitalares como
forma de reação ao número significativo de usuários dos serviços que apresentava
queixas referentes aos maus tratos nos hospitais, falta de atendimento,
desorganização, longas filas de espera, demora no atendimento além de violência
institucional por parte dos trabalhadores (MEDEIROS, 2011).
Bolela e Jericó (2006) relatam que, “o mecanicismo e robotização das ações
da equipe de enfermagem, que por serem rotineiras e, muitas vezes rígidas e
inflexíveis, tornam o cuidado ao paciente impessoal, impositivo e fragmentado”,
dificultando a prática de um cuidado humanizado, e constituem-se nos principais
obstáculos à implementação da política de humanização em saúde garantindo-lhe
um atendimento de elevada qualidade.
As propostas de humanização em saúde suscitam repensar o processo de
formação dos profissionais, pois tal processo ainda está centrado no aprendizado
técnico, racional e individualizado, com tentativas de crítica, criatividade e
sensibilidade (SOUZA e MOREIRA, 2008).
Na integração da equipe são fundamentais a valorização e o respeito entre os
profissionais, ocorrendo assim um reflexo positivo na relação entre os mesmos.
Quando esta integração acontece, o cliente/paciente sente-se mais confiante,
seguro e mais tranquilo no que se refere a cuidados prestados por toda equipe,
ocorrendo assim uma diminuição da ansiedade e proporcionando um ambiente
hospitalar mais esperançoso.
Segundo Brasil (2013), os problemas e dificuldades em diversos serviços de
saúde são analisados e traduzidos em métodos, princípios e diretrizes a partir da
23

experiência exitosa de humanização do SUS que fundamenta as Diretrizes da


Política Nacional de Humanização. Valorização dos diferentes sujeitos envolvidos no
processo e promoção da autonomia e protagonismo desses sujeitos; aumento do
grau de responsabilidade compartilhada; estabelecimento de vínculos de
solidariedade e participação coletiva no processo de gestão; identificação de
necessidades sociais; modelos de atenção e gestão para mudança dos processos
de trabalho, ênfase Foco

3.5 HUMANIZAÇÃO E O AMBIENTE HOSPITALAR

A humanização do ambiente hospitalar não se concretiza, se estiver centrada


unicamente em fatores motivacionais externos ou somente no usuário. Um programa
de humanização necessita ser assumido como um processo de construção
participativa que requer respeito e valorização do ser humano que cuida.
De acordo com Bettinelli et al. (2004) o ser humano se movimenta nos
espaços organizacionais, construindo oportunidades de relações e vivenciando o
cuidado na ordem do seu potencial para demarcação e utilização desse
espaço/direito, ou seja, de dependência e interdependência.
O cuidar humanizado está inteiramente ligado com o profissional que o
executa: seu estado psicológico, físico e mental; com suas experiências anteriores, o
cansaço físico pode ser um fator desfavorável a pratica do cuidado humanizado. O
número de profissionais deve ser equivalente ao número preconizado pelo Conselho
Regional de Enfermagem para que o cuidado seja adequado, de forma que o
profissional tenha condições de ouvir o cliente/paciente, dando atenção às suas
reivindicações em relação às coisas simples do seu dia-a-dia (COREN, 2002).
Segundo Afio; et al.;(2014), o número inadequado de profissionais de
enfermagem gera na equipe sobrecarga que na, maioria das vezes, já está instalada,
manterem duplas e até triplas jornadas de trabalho. Estes trabalhadores são tratados
de forma desumana, as instituições não têm políticas que favoreçam a estes
trabalhadores já que, na maioria das vezes, suas reivindicações não são ouvidas e
nem levadas em consideração. Há falta de espaços que promovam alegria, lazer e
repouso, que proporcionem mais tranquilidade na hora de seu descanso assegurado
24

por leis trabalhistas neste ambiente hostil, onde só se tem o posto de enfermagem
como ponto de referência dentro da estrutura hospitalar. As organizações hospitalares
não têm interesse de manter esses espaços, já que este tipo de benefício gera custos
adicionais.
O hospital, por se tratar de um local onde os funcionários permanecem e
dedicam a cada dia grande parte do seu tempo, passa a ser considerado por muitos,
como a sua segunda casa/família. Logo, quanto mais aconchegantes e acolhedores
os múltiplos ambientes coletivos se constituírem, tanto mais próximas poderão ser as
relações afetivas e humanas (FILHO; SANTO,2018).
Dessa forma, para que se consiga humanizar o ambiente hospitalar e o
atendimento de enfermagem é preciso que a equipe seja conscientizada e preparada
para fazer a diferença no cuidado, passando a entender o cliente de forma humana. O
enfermeiro é responsável por orientar, sanar dúvidas pertinentes ao procedimento,
trazendo uma maior tranquilidade e segurança, não esquecendo de que ele também
necessita de um ambiente adequado para o seu trabalho (COREN, 2002).
Filho; Santo (2018) afirma que a instituição hospitalar se constitui em um
ambiente onde o ser humano trabalhador libera suas potencialidades e compartilha
uma meta coletiva. Nesta, as pessoas dão algo de si mesmas e esperam algo em
troca. A maneira pela qual esse espaço é moldado e estruturado influencia
significativamente a qualidade de vida e a satisfação dos trabalhadores. Influencia o
próprio comportamento e os objetivos pessoais de cada profissional e esse modo de
ser do profissional pode afetar diretamente o modo de prestar assistência ao paciente.
A humanização emerge como necessidade no contexto da civilização técnica.
As situações desumanizantes presentes nas instituições fazem parte do contexto mais
amplo da civilização moderna e, ao longo dos anos, mostram a importância da
humanização, confrontando-a com o desenvolvimento tecnológico na sociedade atual.
Considera-se que o desenvolvimento tecnológico vem dificultando as relações
humanas, tornando-as frias, objetivas, individualistas e calculistas.
O Ministério da Saúde afirma que o programa nacional de humanização
hospitalar foi criado em 2000 após a identificação do número significativo de queixas
dos usuários referentes aos maus tratos nos hospitais. Com base nisso, tomou-se a
iniciativa de convidar profissionais da área de saúde mental para elaborar uma
25

proposta de trabalho voltada à humanização dos serviços hospitalares públicos de


saúde. Tais profissionais então constituíram um Comitê técnico que elaborou um
Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (BRASIL, 2010).

4 METODOLOGIA
26

Definiu-se o problema, a partir da prática profissional e tema proposto. Em


seguida fez-se uma busca na literatura especializada por meio de uma revisão
bibliográfica com o objetivo de coletar as principais evidências científicas sobre a
temática. Realizou-se um levantamento bibliográfico para obtenção de artigos
científicos, livros e sites com acervos relacionados com o assunto, com o objetivo de
analisar as evidências científicas disponíveis na literatura a respeito das facilidades
e dificuldades encontradas por profissionais de enfermagem para realização do
trabalho em equipe. Este método de pesquisa teve como finalidade reunir o
conhecimento científico já produzido sobre o tema investigado e permitir buscar,
avaliar e sintetizar estas evidências para sua incorporação na prática. Para os
critérios de inclusão dos artigos foram incluídos aqueles que abordaram a temática
com as palavras chaves; trabalho em equipe, enfermagem, cartilha. Sendo os
critérios de exclusão, os artigos que não abordaram o que fora proposto como tema.
A metodologia desenvolvida neste trabalho foi realizada por meio de revisão
bibliográfica descritiva através de consultas literárias. Este foco surgiu a partir da
importância da humanização dos profissionais de enfermagem no ambiente

hospitalar como melhoria na qualidade da assistência. A revisão de literatura resulta


no conhecimento adquirido através dos documentos revisados sobre a temática,
tendo então um aprofundamento maior da pesquisa a ser formulada. Permite um
mapeamento de quem já escreveu e o que já foi escrito sobre o tema da pesquisa.
Como critério de inclusão, foram pesquisadas as publicações utilizando-se
dos seguintes descritores: Humanização, Ambiente Hospitalar e Atendimento
Humanizado. Foram excluídos artigos on-line não disponíveis na íntegra.
Este estudo trata-se de uma revisão da literatura, o estudo dos dados ocorreu
metodologicamente por meio da análise de conteúdo. Este compreende num
conjunto de técnicas de análise de comunicação realizada através de procedimentos
sistematizados e objetivos de descrição do conteúdo das mensagens de uma leitura
mais atenta, identificando as semelhanças, os elementos e ideias agrupadas em
temas significativos para o objetivo da pesquisa.

No segundo momento, efetuou-se a análise de alguns artigos e autores,


sempre respeitando os direitos autorais, quando foi construído o corpo do trabalho,
27

mediante a leitura dos resumos capturados. Após texto construído gerou discussões
onde obteve-se resultados.

5 RESULTADOS
28

Analisando a Humanização e sua História na Área da Saúde percebeu-se que


na era do positivismo, o hospital era essencialmente uma instituição de assistência
dirigida aos pobres, já que os ricos levavam os recursos médicos para suas casas,
pois a classe inferior poderia ter alguma doença contagiosa, podendo ser perigoso,
além disso, poderia estar louco, ou seja, oferecer um perigo maior, pelos conceitos
na época do século XVII.
Através deste conceito surge em foco à ótica da humanização que se
fundamenta no respeito e valorização da pessoa humana, e constitui um processo
que visa à transformação da cultura institucional, por meio da construção coletiva de
compromissos éticos e de métodos para as ações de atenção à saúde e de gestão
dos serviços. Tendo em vista que em tempos remotos a humanização já era algo
muito almejado pelos homens, sendo que atualmente, devido à evolução da
humanidade, as grandes modificações em todos os campos e níveis, a mesma é
desejada e discutida de forma mais intensa.
Aprofundando no contexto sobre humanização percebe-se que suas ações
englobam diversificadas práticas profissionais que vêm sendo introduzidas no
tratamento de pessoas hospitalizadas, pratica que passam pelo sentimento, é estar
atento às necessidades do outro, respeitá-las, escutá-las, dar-lhes uma resposta.
Quanto ao processo de humanização pode-se afirmar que na visão dos
profissionais de enfermagem, é uma questão a ser refletida, pois enfrentam
situações difíceis em seu ambiente de trabalho, tais como baixas remunerações,
pouca valorização da profissão e descaso frente aos problemas identificados pela
equipe, especialmente, quanto ao distanciamento entre o trabalho prescritivo, o
preestabelecido institucionalmente e aquele realmente executado junto ao cliente,
porem há vários aspectos que venham viabilizar a humanização, só basta incentivar
grupos multidisciplinares de estudo, estabelecer canais de informações, realizar
pesquisa de satisfação e criar ouvidoria.
Ao analisar a Humanização no Ambiente Hospitalar nota-se que ela não se
concretiza se estiver centrada unicamente em fatores motivacionais externos ou
somente no usuário, necessita de um processo de construção participativa que
requer respeito e valorização do ser humano que cuida, pautando em valores e
princípios humanos e éticos, construindo oportunidades de relações e vivenciando o
29

cuidado na ordem do seu potencial para demarcação e utilização desse espaço de


direito.
Nesta analise verificou-se que o número de profissionais deve ser equivalente
ao número preconizado pelo Conselho Regional de Enfermagem para que o cuidado
seja adequado, de forma que o profissional tenha condições de ouvir o cliente.
Porém, a instituição não tem políticas que favoreçam a estes trabalhadores já que,
na maioria das vezes, as reivindicações não são ouvidas e nem levadas em
consideração, obtendo somente o posto de enfermagem como ponto de referência
dentro da estrutura hospitalar, faltando espaços que promovam alegria, lazer e
repouso, proporcionando mais tranquilidade na hora de seu descanso, sentindo em
momento fora deste ambiente hostil.
Com relação às perspectivas sobre a posição em quanto hospital, percebe-se
que deve dispor de uma estrutura moderna, equipamentos apropriados às suas
atividades médicas e uma administração criativa, se tudo isto não estiver voltado
para a satisfação das necessidades dos usuários e dos funcionários que os
atendem, não priorizara a valorização das relações humanizadas.
Sob a ótica das atribuições da enfermagem voltada para humanização do
Ambiente Hospitalar, verificou-se que cabe o enfermeiro deve entender as múltiplas
facetas envolvidas na dinâmica de vida dos clientes, reconhecendo seus direitos e
aspectos humanos, ou seja, um ser que sente, vive, pensa, possui história e
sentimentos, concebendo-o atendimento das necessidades integrais do indivíduo e
necessidades humanas básicas.
Quanto às atividades executadas pela enfermagem deve-se ter em mente
promover o bem-estar do próximo e o estabelecimento de uma interação
terapêutica, preservado um lugar onde os clientes se sintam de alguma forma
valorizada, preservando suas características históricas de cuidado, e as causas da
frustração e insatisfação ficam canalizadas para as condições de sua realização.
30

6 DISCUSSÃO

No trabalho hospitalar, a função do enfermeiro merece atenção, pois, se


presente tanto na enfermagem quanto na administração, deve ser resolvida o quanto
antes, esta profissão está em constante estado de alerta para cumprir suas funções
altamente estressadas diante do ser humano. Exercício ao passar por situações
críticas. A criação de um sistema único de saúde sugere que as leis funcionem da
mesma forma em todo o Brasil, cabendo aos governos federal, estadual e municipal
desenvolver planos para salvaguardar a promoção, proteção e recuperação da
saúde da população brasileira (FILHO; SANTO,2018).
Sabendo que a profissão de enfermagem surgiu do desenvolvimento e
evolução das práticas de saúde no decorrer dos períodos históricos. As práticas de
saúde instintivas foram às primeiras formas de prestação de assistência. Num
primeiro estágio da civilização, estas ações garantiam ao homem a manutenção da
sua sobrevivência, estando na sua origem, associadas ao trabalho de acordo com
Pereira; et al;(2017) indiscutivelmente, com os usuários insatisfeitos do sistema
único de saúde, fica clara a necessidade de políticas públicas para mudar a
situação. A partir de então, foi criado o Programa Nacional de Humanização.
Quando se tem um relacionamento interpessoal frágil e pobre, podem ocorrer
falhas no processo de comunicação que geram barreiras que levam a atritos e
dificuldades entre os profissionais de enfermagem, prejudicando a assistência
oferecida. Quando a informação é quebrada ou modificada pode ocasionar uma
piora na comunicação e prejudicar o trabalho. Como também, é importante respeitar
os membros do sistema, inclusive o chefe, e passar todas as informações para que
tudo dê certo no decorrer do plantão. Respeitando-se a hierarquia, somado ao
desempenho de cada um, se consegue prestar uma assistência com qualidade
(BROCA & FERREIRA, 2015).
Como resultado de muitos esforços para melhorar a saúde pública, em
meados dos anos 2000 foi instituído o Plano Nacional de Humanização da
Enfermagem em Hospitais (PNHAH) para melhorar a assistência nos hospitais de
todo o Brasil e melhorar as condições de trabalho dos profissionais de saúde. O
Plano Nacional de Humanização foi implantado em 2003 para melhorar o
31

relacionamento entre gestores, profissionais e usuários, por meio da implementação


dos princípios gerenciais de um sistema único de saúde no cotidiano de trabalho dos
profissionais e gestores (BRASIL, 2010).
O Ministério da Saúde entende por uma Assistência Humanizada o aumento
da responsabilidade na produção da saúde e mudanças na cultura do atendimento,
e mudanças na gestão de trabalho (BRASIL, 2013). Humanizar é dar qualidade à
relação entre o paciente e o profissional de saúde, sendo capaz de olhar além do
mórbido e ver o paciente em momentos de vulnerabilidade física e emocional. Em
um universo cheio de dor, sofrimento e medo do desconhecido, os profissionais
precisam de habilidades humanas e científicas.
Para que a Política Nacional de Humanização (PNH) seja implementada com
sucesso, é preciso seguir uma estratégia composta por eixos, tais como:
financiamento da humanização, instituições do SUS com programas estaduais e
municipais, educação, qualificação profissional permanente, divulgação na mídia
para uma ampla rede de saúde. Expansão dos cuidados de saúde, gestão de
políticas para apoiar pesquisas relacionadas à humanidade, que juntas permitem
que a sociedade colha os benefícios da ajuda humanitária (MORAES; WUNSCH,
2013).
Segundo Brasil (2013), os problemas e dificuldades em diversos serviços de
saúde são analisados e traduzidos em métodos, princípios e diretrizes a partir da
experiência exitosa de humanização do SUS que fundamenta as Diretrizes da
Política Nacional de Humanização. Valorização dos diferentes sujeitos envolvidos no
processo e promoção da autonomia e protagonismo desses sujeitos; aumento do
grau de responsabilidade compartilhada; estabelecimento de vínculos de
solidariedade e participação coletiva no processo de gestão; identificação de
necessidades sociais; modelos de atenção e gestão para mudança dos processos
de trabalho, ênfase Foco nas necessidades dos cidadãos e produção saudável;
compromisso com o meio ambiente e melhoria das condições de trabalho e
atendimento ao cliente.
A humanização é a condição de criar, civilizar e dotar as pessoas. Portanto,
pode-se dizer que a humanização é um processo de constante mudança, um
processo que é influenciado pelo ímpeto e obediência do próprio homem. A
32

humanização possibilita ao ser humano realizar seu potencial criativo, desde que as
condições ambientais e profissionais sejam facilitadoras. Em suma, humanizar
poeticamente é colocar a cabeça e o coração na tarefa a ser desempenhada, é se
entregar aos outros com sinceridade e lealdade, é saber ouvir com ciência e ter
paciência com as palavras e os silêncios. As relações e o contato direto as fazem
crescer, e é nesse momento de comunicação que ocorre a humanização
(LIMA,et.al.; 2011).
A teoria do autocuidado afirma que a enfermagem é a ciência e a arte de
ajudar o ser humano a suprir suas necessidades básicas, trabalhando com outros
profissionais para ensinar o autocuidado, a recuperação, a manutenção e a
promoção da saúde, tornando-os independentes dessa ajuda quando possível.
As questões que envolvem as relações interpessoais na equipe de
enfermagem estão em evidência, hoje, discute-se e modelo para o trabalho em
equipe, o qual apresenta um conjunto de ações com vistas à formação de vínculos
profissionais saudáveis tornando o ambiente de trabalho um local de realizações
individuais e coletivas. Considera-se o indivíduo um ser emocional, dotado de
sentimentos, estes podem gerar interferências no ambiente de trabalho. Ao analisar
a interação, é possível compreender que dentro de cada relacionamento
interpessoal existem trocas de experiências e comportamentos, sendo preciso o
comprometimento de ambas as partes para que essa convivência seja a mais
harmoniosa possível (PEREIRA et al, 2019).
33

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O papel do enfermeiro vai além de apenas cuidar dos sinais e sintomas


físicos apresentados pelos clientes, mas também deve identificar problemas, assistir
os indivíduos e buscar atender às necessidades apresentadas, avaliando a ajuda
prestada e garantindo a eficácia de sua recuperação.
A palavra Humanização nos reflete na valorização e no respeito da pessoa
humana, ainda mais numa sociedade que enfrenta dificuldades, na qual condiciona
a civilização. E ao tratar do ambiente hospitalar, este também necessita de
humanismo que crie a capacidade de oferecer ao enfermo um ambiente digno,
dando ao avanço da técnica um destino humano em que o mesmo não seja olhado
com os olhos frios da técnica como se fosse apenas corpo, pois a técnica só tem
sentido se favorecer o homem.
Trabalhar em equipe não é uma das tarefas mais simples, além dos conflitos
encontrados há muitas diferenças de opinião entre os profissionais. O bom
relacionamento entre os integrantes é indispensável, visto que trocar ideias, aceitar
opiniões diversas e saber lidar com as diferenças é uma missão necessária em todo
contexto da saúde.
Este trabalho buscou-se objetivar a compreensão do atendimento do
profissional em enfermagem diante da humanização no ambiente hospitalar, no qual,
nos trouxeram uma realidade que se reflete nas diversas situações difíceis em seu
ambiente de trabalho, tendo em vista que, a humanização está inteiramente ligada
ao profissional que executa. Devido a isso, para o atendimento ser humanizado o
ambiente do hospital deve ter um número equivalente de profissionais para pratica
do cuidado humanizado.
Salienta-se que o ambiente hospitalar e o atendimento de enfermagem devem
ser preparados para fazer a diferença e entender o cliente de forma humana, com
vistas à orientação do cliente sobre o seu tratamento, informação sobre os
medicamentos e o procedimento, tomar decisões junto ao cliente, tocar o cliente,
34

olhar nos olhos, utilizar uma escuta ativa, dar atenção às expressões não verbais
são ações práticas que fazem com que seja dada mais dignidade ao ser humano.
Conclui-se que o atendimento humanizado hospitalar é um desafio no novo
século para os profissionais de saúde, pois há a preocupação com a complexidade
tecnológica, fragmentação do cuidado em visões isoladas, áreas específicas. Além
do que, há deficiências estruturais do sistema de saúde como um todo. Falta de
filosofias de trabalho e de ensino voltadas à humanização de maneira efetiva e
eficaz.
Para finalizar para obter um atendimento humanizado eficaz nas quais às
atividades executadas pela enfermagem, deve-se ter em mente a promoção do bem-
estar ao próximo e o estabelecimento de uma interação terapêutica, preservado um
lugar onde os clientes se sintam de alguma forma valorizada e suas características
históricas de cuidado.
35

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