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SERVIÇOS
DE SAÚDE
Introdução
A área da saúde é muito ampla, envolve a saúde pública, os planos de
saúde, os hospitais, a indústria farmacêutica, serviços diagnósticos, entre
outros. Nesse contexto, os serviços de saúde necessitam de agências
reguladoras, fontes pagadoras privadas e públicas, assim como múltiplos
fornecedores para prover saúde aos pacientes. Para dar conta dessa
complexidade de ações e funções, as instituições de saúde contam com
muitos profissionais de outras áreas que não necessariamente a da saúde,
como administradores, engenheiros, contadores, especialistas em recursos
humanos, de acordo com a necessidade do serviço, para realizar a gestão.
Assim como os recursos humanos, a edificação de uma instituição
de saúde também é complexa e constantemente mutável, bem como a
logística, os processos e a tecnologia investida nesses serviços. Por isso,
o gestor desses serviços precisa estar extremamente capacitado para
lidar com questões da saúde e de administração. Conhecimento sobre
as áreas produtivas, centros de resultados, planejamento estratégico e
estrutura organizacional são imprescindíveis para desempenhar a função
de gerente de um serviço de saúde.
Neste capítulo, com foco na gestão das unidades abertas, você vai
conhecer as características mais significativas dessas, vendo as formas de
organização do processo assistencial e as ferramentas de planejamento
e gestão para essas unidades.
2 Gestão de unidades abertas
1 Unidades abertas
A instituição hospitalar tem como objetivo promover e recuperar a saúde e
prevenir agravos e doenças por meio de assistência médica, diagnóstica, tera-
pêutica e reabilitatória, incentivando o ensino e a pesquisa, além de exigir um
alto nível tecnológico. Nesse ambiente, o paciente é o personagem principal
para o qual é feita toda a organização do serviço. Por isso, a forma como está
organizada a instituição interfere diretamente nos processos assistenciais,
na experiência do paciente, na satisfação dos profissionais e nos resultados
alcançados (FARIAS, ARAÚJO, 2017).
Dentro da Rede de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (MS), os hos-
pitais ocupam a posição de centro de referência para pacientes cujos problemas
não puderam ser solucionados nos níveis de atenção primária e secundária. São
considerados serviços complexos e possuem equipe técnica e administrativa
composta por profissionais altamente capacitados e selecionados.
Os hospitais apresentam diversos setores que trabalham de forma inter-
dependente, que demandam uma equivalência na qualidade da assistência e
na eficiência ofertada, além de uma cultura organizacional que harmonize
os valores dos colaboradores, dos usuários e da instituição. Todos os setores
ou estruturas de um hospital exigem uma padronização física e assistencial
— mesmo que cada uma delas apresente uma abrangência e complexidade
distinta uma das outras (LORENZETTI et al., 2014).
Com relação à assistência, os hospitais são compostos por unidades de
internação, funcionalmente agrupadas por atividades com o objetivo de as-
sistir às necessidades de saúde do paciente de forma eficiente e segura. Cada
instituição hospitalar contará com número e dimensões de unidades de acordo
com sua demanda e sua finalidade técnica e operacional. Essas unidades
correspondem a grande parte da estrutura e da funcionalidade de um hospital
e são reconhecidas como um ambiente privilegiado de atenção direta, nos
quais se produz o cuidado às pessoas que precisam de internação hospitalar.
Para manter uma assistência adequada, proporcionando segurança aos
pacientes e funcionários, existem unidades de fluxo aberto e unidades
de fluxo fechado ou restrito. Entre estas últimas, podemos citar o centro
cirúrgico, o centro obstétrico, a central de materiais e esterilização (CME)
e as UTIs (neonatal, pediátrica e adulto). Já as unidades abertas são aquelas
destinadas ao atendimento integral de média complexidade ao paciente que se
encontra em estado semicrítico ou estável e com as mais diversas patologias.
Podem ser consideradas unidades abertas as unidades de internação clínica,
Gestão de unidades abertas 3
Todas as instituições hospitalares são classificadas sob distintos aspectos. Veja alguns
deles a seguir.
Quanto ao tipo de assistência:
■ geral: presta assistência de várias especialidades;
■ especializado: presta assistência a pacientes com uma patologia específica.
Quanto à administração:
■ público: administrado por entidade governamental;
■ particular: pertence a uma pessoa jurídica de direito privado.
Quanto ao porte/capacidade:
■ pequeno: até 50 leitos;
■ médio: entre 50 e 150 leitos;
■ grande: entre 151 e 500 leitos;
■ especial: superior a 500 leitos.
Quanto ao objetivo financeiro:
■ sem fins lucrativos;
■ filantrópico: instituição particular, sem fins lucrativos que destina parte de seus
rendimentos para oferta de assistência gratuita;
■ beneficente: instituição particular, sem fins lucrativos que se mantêm com
contribuições;
■ lucrativo: instituição particular que visa lucro.
Quanto ao corpo clínico:
■ aberto: pode ter médicos efetivos, mas não é uma obrigatoriedade para que
se efetue a internação;
■ fechado: mantém um corpo clínico permanente, com eventuais possibilidades
de profissionais externos internarem seus pacientes na instituição.
Quanto à competência técnica:
■ primário: desenvolve práticas preventivas;
■ secundário: desenvolve práticas básicas;
■ terciário: desenvolve práticas avançadas.
4 Gestão de unidades abertas
A área da saúde está em constante busca por qualidade por meio das metodologias de
acreditação em saúde. Dentre as instituições certificadoras da acreditação na área da
saúde, podemos citar a Organização Nacional de Acreditação (ONA), uma instituição
que atende padrões preestabelecidos de qualidade e segurança da atenção.
Trata-se de um método de gestão que busca criar uma cultura de constante melhoria
e excelência de atenção e gestão. Para ingressar em um processo de acreditação, a
instituição precisa assumir a necessidade de realizar mudanças em suas práticas técnicas,
assistenciais e gerenciais. O processo de acreditação incentiva uma transformação
cultural, de infraestrutura e dos processos organizacionais da instituição.
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