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Introdução

Como enfermeiro, muitos familiares e amigos o abordam, fazendo perguntas e


pedindo opiniões. 

Antes de iniciarmos, pense na situação ao lado.

Em um determinado dia, um amigo muito próximo lhe diz que está com um problema

de saúde e precisará ser hospitalizado para se submeter a um procedimento. 

Após explicar os motivos que o levaram a precisar dessa intervenção, seu amigo

pede recomendação de um "bom" hospital.

 Antes de responder ao seu amigo, pense em quais são os critérios que o


fazem considerar um hospital como “bom”. Quais requisitos um hospital
precisa ter para que o procedimento ocorra de maneira segura?

Importante!

Nesta unidade, concluiremos que essa resposta é muito complexa, pois envolve
inúmeros fatores, por exemplo: a maneira como o serviço é gerido, se os
equipamentos e materiais são novos e estão em perfeito funcionamento, além de
muitos outros detalhes.
Que tal conhecer um pouco sobre gestão 
de hospitais? Preparado?"
Siga para o tópico seguinte: Gestão de hospitais!

Tópico 2 - 
Gestão de hospitais
Gestão de hospitais
Introdução

Por ter impacto direto no estado de saúde do indivíduo, as atividades desenvolvidas

em um hospital caracterizam-se primordialmente pela intensa relação entre

profissional e cliente.
Os hospitais são serviços de assistência direta ao paciente e concentram a maior

parte das atividades relacionadas aos cuidados de saúde oferecidos à população.

Importante!

Com base nesta relação, o cliente determinará se a instituição é "boa" ou não, ou


seja, suas impressões estarão diretamente relacionadas ao seu grau de satisfação
com o serviço.
Já parou para pensar como é realizar a gestão de hospitais?

São muitos os desafios! 

[Selecione os números abaixo e descubra alguns deles.] 

Desta forma, é essencial que você consulte a Resolução da Diretoria Colegiada


(RDC) nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 e o Sistema de Apoio à Elaboração de
Projetos de Investimento em Saúde (SOMASUS). 

Estes dois documentos são imprescindíveis para os gestores responsáveis por uma
unidade assistencial ou por um serviço e devem ser consultados sempre que houver
dúvidas. 

Recomendamos que acessem esses documentos e tenham contato com as


informações disponíveis. Seria uma ótima oportunidade de entender a dinâmica de
construção de funcionamentos dos diferentes serviços de saúde.
[Selecione as abas abaixo e conheça mais desses dois documentos!]
RDCSOMASUS
A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, dispõe
sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e
avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

Nesta RDC, você poderá consultar informações sobre as construções novas, as


áreas a serem ampliadas e as reformas de estabelecimentos assistenciais de saúde.
Diante de tantas especificidades e complexidades, confira o conteúdo deste tópico!
Não é possível discutir gestão de hospitais sem considerar as peculiaridades das
unidades que compõem um hospital. 
O que estudaremos aqui?
Selecione este botão e confira o que vamos estudar neste tópico!
Pronto-socorro
Pronto-socorro é a unidade caracterizada pelo atendimento de situações de urgência

e emergência.

Na maioria das vezes, a unidade de pronto-socorro (PS) é parte de um hospital, mas

podem existir unidades de prontos-socorros isoladas (não vinculadas a hospitais).

Estas apresentam maior limitação em atendimentos que demandam suporte, como

intervenção cirúrgica e terapia intensiva (nesses casos, o paciente deve ser

transferido para outro serviço).

Apesar da unidade de pronto-socorro poder ter outras nomenclaturas (unidade

de pronto atendimento, unidade de urgência e emergência etc.), existe uma

característica comum a todas elas: este serviço deve funcionar de maneira

ininterrupta, ou seja, 24 horas por dia, todos os dias do ano.

De acordo com a Portaria nº 354, de 10 de março de 2014, que publica a proposta


de projeto de resolução "Boas Práticas para Organização e Funcionamento de
Serviços de Urgência e Emergência", emergência é definida como a "constatação
médica de condições de agravo à saúde que impliquem sofrimento intenso ou risco
iminente de morte, exigindo, portanto, tratamento médico imediato". Já urgência é a
"ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial à vida, cujo
paciente necessita de assistência médica imediata".
E no caso de serviço público?
Nos casos de serviços públicos, o pronto-socorro deve estar integrado a outros
serviços de saúde oferecidos, por exemplo:
 serviço de atendimento pré-hospitalar;
 fluxo de atendimento das urgências;
 retaguarda;
 rede de encaminhamento e referência, para casos em que não haja
condições técnicas para atendimento.
E se não Se esta integração não ocorrer, corre-se o risco de ter um serviço
com uma demanda excessiva de situações simples que poderiam ser
acompanhadas ambulatorialmente. Esses casos podem interferir na
identificação e no tratamento de casos urgentes, piorando a qualidade e
resolutividade das situações que realmente demandam atendimento de
urgência e emergência.

Pare e reflita: e como acontece no Brasil?


No Brasil, a atenção pré-hospitalar é suprida pelo serviço de atendimento

médico de urgência (Samu), como parte da rede de atenção às urgências e

emergências do SUS. 

O Samu foi instituído em 2011 e normatizado pela Portaria MS/GM nº

1.010, de 21 de maio de 2012. 

De acordo com esta portaria, o Samu tem como principal objetivo chegar à


vítima precocemente após ter ocorrido um agravo à sua saúde, seja de
natureza:

 clínica;
 cirúrgica;
 traumática;

 pediátrica;
 psiquiátrica;
 obstétrica etc.

O serviço acontece sempre por meio de envio de veículos tripulados por


equipe especializada e treinada para atendimento rápido.
E como se dá o planejamento, a organização  e a equipe do
pronto-socorro? 
Fique atento às próximas informações.
Planejamento
Para o planejamento correto de uma unidade de pronto-socorro, devem ser
considerados: 

 o território;
 o perfil da população atendida;
 as especialidades que serão oferecidas;
 o grau de resolutividade; 
 o fácil acesso às unidades de internação; 
 o centro cirúrgico;
 a UTI com uso de elevadores exclusivos, entre outros fatores.
Além de equipe especializada e treinada para os mais diversos tipos de
atendimento, o PS deve ter uma rede de apoio que inclua os seguintes
itens. 
[Selecione os cards e identifique-os!]
Clique para virar
Laboratório de análises clínicas.
Clique para virar
Serviço de diagnóstico por imagem.
Leitos preparados para receber e manter o paciente até que ele seja
transferido para uma unidade de internação.
Centro cirúrgico, entre outros serviços.

E quais são as especialidades médicas no PS?

De acordo com Vecina Neto (2016), uma unidade clássica de PS deve

atender às seguintes especialidades: clínica médica, clínica cirúrgica,

pediatria e ginecologia. 

Em serviços que não têm demanda alta, pode-se contar apenas com um

clínico e um cirurgião de forma integral e presencial e manter as demais

especialidades a distância.

Organização
Deve haver acessos diferentes para pacientes que chegam de ambulância
ou estão em estado grave para aqueles que chegam andando. 
[Selecione as abas abaixo e confira.]
AMBULÂNCIA OU ESTADO GRAVE PACIENTES QUE CHEGAM
ANDANDO
O acesso para os pacientes que chegam ao hospital de ambulância ou encontram-se
em estado grave deve ser exclusivo e mantido sempre livre.
Assim, permite-se a entrada rápida e encaminhamento do paciente à sala de
emergência para suporte básico e avançado de vida.

O protocolo de Manchester é uma ferramenta muito utilizada para


classificação de risco de pacientes que acessam o pronto-socorro andando.
Ele deve ser aplicado pelo enfermeiro. Com base em alguns indicadores
clínicos, o paciente é classificado por cores.

Após a classificação, os pacientes serão atendidos por ordem de prioridade.


Em hospitais privados, antes do atendimento, o setor de registro/recepção
confere se o convênio cobre o atendimento ou se o paciente precisará pagar
por ele. Mas a equipe deve estar atenta para que a impossibilidade de
atendimento por falta de cobertura do convênio não caracterize crime de
omissão prevista por lei.
Equipe

Deve-se ter agilidade para tomada de decisão.

A equipe que atua em um pronto-socorro, além das exigências relacionadas

à formação específica, deve ter uma característica em comum: a agilidade

para tomada de decisão. Isso porque este ambiente exige que os

profissionais tomem decisões com agilidade e competência a todo

momento.

Em uma unidade de pronto-socorro o processo de trabalho é muito intenso, o que exige

que a equipe de enfermagem esteja em quantidade adequada para que os pacientes

sejam atendidos rapidamente, de acordo com as prioridades emergenciais, e com

garantia da segurança.
Para você, quais são as as maiores dificuldades de um enfermeiro atuando
no pronto-socorro? Marque sua resposta e reflita sobre este tema tão
importante!
 Acredito que seja a organização dos pacientes.
 Não estou certo sobre isso. Mas deve ser a utilização de
equipamentos e materiais.
 Ainda não sei.
[Selecione o botão abaixo.]
Pense junto conosco!
[Selecione os sinais de + abaixo e confira.]
ORGANIZAÇÃO DO FLUXO DE ATENDIMENTO
+

GESTÃO DE PESSOAS
+

GESTÃO DE MATERIAIS
+

Agora que você já conheceu as características, o


planejamento, a organização e a equipe do pronto-socorro,
vamos para outra unidade do hospital?
Internação
De acordo com Lorenzetti, Gelbcke e Vandresen (2016), são estimadas 18,5 milhões de

internações hospitalares por ano no Brasil.

A unidade de internação constitui o centro de um hospital e é a partir dela que se constituem

todas as demais estruturas e serviços. 

Apesar de, nos últimos anos, a hospitalização ter dado espaço a alternativas de tratamento que

não incluem a internação, os leitos hospitalares representam uma área importante para o

sistema de saúde e demandam atenção por parte dos gestores. 

Planejamento

 E como planejar leitos na internação?


Para planejar a quantidade de leitos de internação de uma instituição,

devem ser considerados alguns fatores, como:

 taxa de internação/ano;
 média de permanência;
 taxa de ocupação;
 demanda para a especificidade de leitos a serem ofertados
(clínica médica, cirúrgica, obstetrícia etc.) e o modelo
assistencial que será proposto. 

Importante!

Apesar de existirem documentos e consensos que sugerem o


número de leitos para cada 1.000 habitantes, os fatores expostos
anteriormente podem ajudar mais objetivamente na determinação
do número de leitos a ser oferecido por um hospital.

E como acontece esse planejamento em hospitais de pequeno porte?


[Selecione o botão abaixo e confira!]
ocorrer essa integração? Selecione aqui e descubra!

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