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Intervenções psicológicas no

Hospital
Atribuições da(o) psicóloga(o) hospitalar

 Assistência: acolher, orientar e/ou atender de forma individual ou em grupo, junto a


pacientes, familiares e equipe de saúde; elaborar documentos (pareceres, relatórios,
atestados,...); formular e aplicar protocolos.
 Ensino: realizar supervisão e leitura técnica com estagiárias(os); realizar cursos de
formação, capacitação, orientação e supervisão de estágios para acadêmicos e
profissionais.
 Pesquisa: realizar pesquisas e publicações científicas.
Diagnóstico Institucional

 Estrutura estática – é a estrutura física da instituição. Faz parte desse item o número
de andares do prédio hospitalar, o número de clínicas, enfermarias, ambulatórios e
etc.

 Estrutura dinâmica – abrange os processos de funcionamento e as relações


interpessoais. Deve ser feita tomando cada unidade hospitalar separadamente.
Diagnóstico Institucional

 Tipo de hospital - determina o tipo de hospital (público, privado). Pode incluir também o
histórico do hospital, os princípios que norteiam o seu funcionamento.

 Vínculo da instituição com a comunidade - determina a clientela atendida.

 Vínculo dos profissionais com a instituição – podem ser internos, residentes, preceptores
(supervisores), assistentes (coordenadores), responsável pela clínica,...
Diagnóstico Institucional
 Vínculo empregatício dos profissionais de saúde com a instituição – concursos públicos,
nomeação, CLT, etc.

 Interação da equipe médica com os demais profissionais de saúde – uma equipe


multidisciplinar que se reúne regularmente para discussão de casos e que valorize os
aspectos emocionais do paciente aceitará melhor o psicólogo na equipe. A discussão de caso
na equipe multidisciplinar atinge o paciente de forma globalizante, sem fragmentar a
patologia, seja em termos físicos ou emocionais.

 Multidisciplinaridade do setor – determina a atuação de cada profissional e os pontos de


tangenciamento de suas práticas.
Diagnóstico Institucional

 Trajetória hospitalar do paciente – dimensiona o tipo de trabalho a ser desenvolvido. Sendo

que a equipe médica que delineia a trajetória hospitalar que, de forma geral, consiste em

diagnóstico, prognóstico e até mesmo nas expectativas da equipe frente ao paciente.

 Tipos de patologias atendidas no setor – determina os aspectos de abrangência da

intervenção multiprofissional.
Diagnóstico Institucional

 Critérios de hospitalização – poderá auxiliar o psicólogo na estruturação de seu trabalho, na


medida em que viabiliza os determinantes de urgência e gravidade do estado clínico do
paciente.

 Critérios de alta hospitalar – determinam o tempo médio de hospitalização do paciente. A


partir desse aspecto, o psicólogo terá condições de estabelecer uma estratégia de
atendimento que leve em conta o período de hospitalização.

 Critérios de visitas – determinam os períodos que o paciente recebe tanto visita médica
como a dos familiares. Saber os horários em que a família está presente no hospital facilita
o trabalho com ela.
Diagnóstico Institucional
 Vínculo médico-paciente – o trabalho do psicólogo pode ser voltado para o equilíbrio das
atitudes que envolvem esse relacionamento. É através dessa intervenção que os conflitos
existentes na relação médico-paciente podem tornar-se transparentes.

 Vínculo paciente-hospital – a humanização do hospital é um dos principais objetivos a


serem alcançados pelo psicólogo no espaço hospitalar.

 Vínculo paciente-equipe – a equipe deve humanizar as condições do paciente durante o


processo de hospitalização. É papel do psicólogo atuar para que esse relacionamento ocorra
de maneira satisfatória, levar os profissionais a uma constante reflexão sobre as atitudes a
serem adotadas para que o setor funcione em harmonia.
Diagnóstico Institucional

 Vínculo da clínica de especialidade com os demais setores do hospital – é também papel do psicólogo

conscientizar o paciente sobre rotina hospitalar.

 Vínculo da clínica de especialidade com os setores não pertencentes ao hospital – o paciente deverá ser

esclarecido de todas as etapas de seu tratamento inclusive nos setores fora do hospital, quando for

necessário exames e tratamentos complementares.

 Expectativas e perspectivas de desenvolvimento do serviço de psicologia no hospital – o conhecimento das

expectativas e perspectivas determina parâmetros ao serviço, possibilitando o desenvolvimento do serviço

de psicologia no hospital.
Diagnóstico Institucional

O serviço de psicologia no hospital atuará em quatro níveis principais:

 Atuação junto ao paciente – contém aspectos das possíveis implicações emocionais de


determinadas patologias. Os aspectos específicos da sintomatologia devem ser considerados
em sua totalidade.

 Atuação junto à família – a família receberá condições e sustentáculos emocionais para que
o paciente encontre alívio no sofrimento provocado pelo afastamento do núcleo familiar.
Paciente-família é binômio indivisível e por isso, as intervenções do psicólogo deve abordar
as implicações emocionais que um processo de hospitalização provoca no núcleo familiar.
Diagnóstico Institucional

O serviço de psicologia no hospital atuará em quatro níveis principais:

 Atuação junto à equipe de saúde – discussões de caso, discussão de atitudes, grupos de


estudos e controle burocrático.

 Atuação em situações específicas – o psicólogo poderá atuar na internação, pré, Peri e pós-
operatório, exames complementares, alta hospitalar e retornos complementares. O psicólogo
deve considerar a rotina hospitalar numa totalidade para buscar os pontos de sua
abrangência.
Atividade 1
Criar um hospital fictício considerando os elementos do diagnóstico institucional

1. Nome do Hospital;
2. Histórico do Hospital;
3. Descrever o ambiente físico (nº de ambulatórios, leitos, nº de andares, departamentos,..);
4. Tipo de hospital (público, privado); princípios que norteiam o seu funcionamento;
5. Clientela atendida;
6. Vínculo dos profissionais com a instituição;
7. Vínculo empregatício dos profissionais de saúde;
8. Tipos de patologias atendidas no setor;
9. Critérios de hospitalização;
10. Critérios de alta hospitalar;
11. Critérios de visitas
12. Estruturação do serviço de Psicologia.
Locais de atuação da(o) psicóloga(o)
hospitalar
 Internação: demanda espontânea, por solicitação da equipe multiprofissional ou
consultoria

 Ambulatório: encaminhamento pela equipe multiprofissional; por solicitação


da(o) paciente internada(o) demanda espontânea

 Urgência/Emergência: solicitação da equipe multiprofissional ou solicitação da(o)


paciente;

 UTI adulto, pediátrica e neonatal: normalmente a(o) psicóloga(o) permanece a


disposição da(o) paciente e seus familiares; equipe de saúde.
Atribuições da(o) psicóloga(o) hospitalar

 Internação

- Consultoria: designa atendimento por solicitação de outro profissional da área de


saúde. Tais atendimentos referem-se a visitas esporádicas de acordo com necessidades
específicas. As intervenções buscam esclarecer com quem as solicita quais os motivos do
encaminhamento. A devolução do psicólogo varia de acordo com a relação que existe entre
ele e o profissional que o solicitou. Sendo confirmada a necessidade de atendimento
psicológico, o tratamento somente é realizado se o paciente consentir.
Atribuições da(o) psicóloga(o) hospitalar

 Internação

- Serviço de Psicologia consolidado: passam diariamente nos quartos e


enfermarias para conversar com os pacientes. A partir deste procedimento, identificam
os casos que necessitam de atendimento psicológico. A presença constante do
psicólogo resulta em maior interação com a equipe e maior proximidade com os
pacientes.
Atribuições da(o) psicóloga(o) hospitalar

 Ambulatório: os atendimentos são individuais e agendados em diferentes


intervalos (semanal, quinzenal ou mensal) de acordo com as necessidades de cada
caso.

- Conveniados: atendimento focal e a duração pode acontecer por tempo


indeterminado. O objetivo é poder traçar planos de tratamento psicológico sem
que o mesmo tenha que ser interrompido em função da alta hospitalar.
Atribuições da(o) psicóloga(o) hospitalar

 Ambulatório:

- Serviços públicos: atendimento focal e duração de no máximo 3 meses.


Ofertado a pacientes do SUS que pode variar de um hospital para outro, atendendo
pessoas que estavam em atendimento e receberam alta hospitalar; funcionárias (os),
pacientes encaminhados por escolas e postos de saúde, e/ou livre demanda.
Atribuições da(o) psicóloga(o) hospitalar

 Urgência/ Emergência:
- É caracterizada como urgência psicológica quando há uma situação de crise na
saúde de uma pessoa, de forma imprevisível e aguda.
- Casos de urgência: sofrimento psíquico intenso sem risco iminente de morte,
salvo raras exceções de tentativas de suicídio que deve ser encaminhada
imediatamente para consulta psiquiátrica ou desintoxicação hospitalar.
- Objetivo: favorecer o enfrentamento e a readaptação a situações críticas geradas
pela doença e internação, ofertando atendimento a paciente e seus familiares.
Atribuições da(o) psicóloga(o) hospitalar

 UTI adulta, pediátrica e neonatal:

- Avaliar aspectos clínicos, questões psicológicas e sociais da(o) paciente;

- Avaliar, orientar e atender familiares, bem como criar estratégias no sentido de


adaptar ao ambiente hospitalar e de melhorar o enfrentamento do sofrimento com
relação ao processo de adoecimento e morte (em alguns casos);
Atribuições da(o) psicóloga(o) hospitalar

 UTI adulta, pediátrica e neonatal:

- Acompanhar visitas multiprofissionais; contribuir com a equipe de saúde em


questões que perpassam o ambiente da UTI ligados a finitude e às expectativas
impostas por familiares e tomadas de decisões conflitantes relacionadas ao paciente.

- Auxiliar os focos de “estresse” e sinalizar aos profissionais e familiares quando


suas defesas encontram-se acentuadas; possibilitar e mediar junto ao paciente,
familiares e equipe de saúde formas de expressão e comunicação.
Documentos utilizados
pela(o) psicóloga hospitalar

 Anamnese.
 Declaração;
 Relatório;
 Parecer;
 Atestado;
Documentos utilizados
pela(o) psicóloga hospitalar
DECLARAÇÃO
Finalidade Estrutura

• registro do nome e sobrenome do solicitante;


Visa a informar a ocorrência de fatos ou
• finalidade do documento; registro de
situações objetivas relacionadas ao informações em relação ao atendimento;
• registro do local e data de expedição da
atendimento psicológico: declarar o
declaração;
comparecimento do atendida(o); informações • registro do nome completo da(o)
psicóloga(o), inscrição do CRP, e/ou
diversas sobre o enquadre do atendimento
carimbo com as mesmas informações.
(tempo de acompanhamento, dias ou horários). • Assinatura da(o) psicóloga(o) acima da
identificação da psicóloga(o) ou do carimbo.
Não deve ser feito o registro de sintomas,
situações ou estados psicológicos.
Documentos utilizados
pela(o) psicóloga hospitalar
ATESTADO PSICOLÓGICO

Finalidade Estrutura

• registro do nome e sobrenome do solicitante;


• finalidade do documento;
Certifica uma determinada situação ou estado
• registro da informação pelo sintoma,
psicológico, por solicitação informando por situação ou estado psicológico que justifica
o atendimento, afastamento ou falta –
escrito a informação aos fins expressos por
podendo registrar sob indicativo do CID;
este e justificar faltas e/ou impedimentos, • registro do local e data de expedição do
atestado;
afastamento e/ou dispensa da(o) solicitante
• assinatura da(o) psicóloga(o) acima da
decorrentes do estado psicológico. identificação da psicóloga(o) ou do carimbo.
Documentos utilizados pela Psicologia Hospitalar

Declaração Atestado

• Justificar faltas ao trabalho e ou impedimentos


• Comparecimento do atendimento e/ou do paciente;
acompanhamento; • Avaliar se está apto ou não para atividades
• Informações sobre condições de atendimento específicas;
(tempo de acompanhamento ou horários). • Solicitar afastamento e/ou dispensa do paciente
de tais atividades.
• Contem sintomas ou CID.
Documentos utilizados
pela(o) psicóloga hospitalar
RELATÓRIO PSICOLÓGICO
Finalidade Estrutura Descrição
Cabeçalho • Autor/relator – quem elabora;
Apresentar resultados colhidos e • Interessado – quem solicita;
analisados a partir de avaliação • Assunto/finalidade – qual razão/ finalidade
Introdução ou • Fatos motivadores do pedido;
psicológica acerca de situações ou Histórico • Procedimentos e instrumentos utilizados na coleta de dados.
estados psicológicos, devendo vir em
forma descritiva e/ou interpretativa. Descrição ou • Exposição descritiva de forma objetiva e fiel ao dados colhidos e das
Desenvolvimento situações vividas. Respeitar os princípios éticos, como as questões de
Destina-se a encaminhamentos, sigilo das informações. Somente relatar o que for necessário para o
esclarecimento do encaminhamento.
intervenção, diagnóstico, prognóstico,
parecer, orientação, solicitação de Conclusão • Dar ênfase às evidências encontradas nas análises dos dados que
acompanhamento psicológico,... subsidiaram o resultado a que o psicólogo chegou, sustentando assim a
finalidade proposta. O relatório deve ser encerrado com indicação do
local, data de emissão e assinatura do psicólogo.
Documentos utilizados
pela(o) psicóloga hospitalar
PARECER PSICOLÓGICO

Finalidade Estrutura Descrição


Cabeçalho • Nome do perito e sua titulação,
• Nome do autor da solicitação e sua titulação.
Apresentar resposta esclarecedora,
no campo do conhecimento Exposição dos • Transcrição do objetivo da consulta e os quesitos ou à
motivos apresentação da dúvidas levantadas pelo solicitante.
psicológico, através de uma
avaliação técnica especializada, de Discussão • Análise minuciosa da “questão-problema” explanada e
argumentada com base nos fundamentos necessários
uma “questão-problema”, visando existentes.
a dirimir dúvidas que estão
interferindo na decisão. Conclusão • Apresentar seu posicionamento, respondendo à questão
levantada. Ao final do posicionamento ou do parecer.
Informa o local e data em que foi elaborado e assina o
documento.
Documentos utilizados pela Psicologia Hospitalar

Parecer Relatório

• Descrever a problemática bem como os motivos,


razões ou expectativas que produziram o pedido
do documento.
• Esclarecer uma situação problema cujo
• Documento de natureza e valor científico, os
resultado pode ser indicativo ou conclusivo.
termos técnicos devem ser acompanhados de
explicação e/ou conceituação com base
científica.
Documentos utilizados
pela(o) psicóloga hospitalar
ANAMNESE

Finalidade Estrutura
• Dados de identificação
Coleta de dados sobre a vida do paciente
• Queixa
focando na problemática atual. Dados da • Hipótese diagnóstica
• História Pessoal e Familiar
história pessoal que remete a uma
• Evolução
reconstituição global da vida do paciente, como • Conduta/Encaminhamento
um marco referencial em que a problemática
atual se enquadra e ganha significação.
Atividade 2

Identificar os tipos de documentos que serão apresentados:


 Anamnese;
 Parecer;
 Relatório;
 Atestado;
 Declaração.
Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar
 Rapport;
 Acolhimento;
 Entrevista psicológica;
 Avaliação psicológica;
 Atendimento individualizado e em grupo;
 Preparação para exames, procedimentos e cirurgia;
 Suporte para óbito;
 Acompanhamento de visitas;
 Atividades com a equipe de saúde.
Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar
 Atendimento individualizado: psicoterapia com pacientes e familiares;
acompanhamento psicológico (pré e pós cirúrgico, durante a internação e para
procedimentos e exames); entrevista psicológica. Utiliza-se de recursos próprios
da Psicoterapia Breve.

 Atendimento em grupo: psicoterapêutico, psicoeducacional e de apoio.


Exemplos: grupo de apoio ao paciente (dependência química, gestantes, HIV...);
grupo de apoio aos familiares (pacientes em UTIN; crianças em fila de espera;
pacientes psiquiátricos; pacientes doenças crônicas).
Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar
 Rapport

 Escuta ativa: trata-se de escutar o que o paciente quer contar sem interromper, predisposto a
não fazer nenhum juízo de valor

 Receptividade

 Sintonia e Empatia

 Estabelecer confiança

 Coerência entre a linguagem verbal e não verbal.

E Quando o feeling não acontece?


Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar
 Acolhimento
 É muito mais do que receber, ouvir a demanda e fazer o melhor encaminhamento;
 Acolhe a pessoa no exato momento de sua urgência, compreendendo seu sofrimento e ajudando-a a
lidar com seus recursos e limites;
 Permite a pessoa a apropriação, a significação e a reconstrução de sua história e possibilite a
singularização das soluções para a promoção a saúde;
 Configura um compromisso em oferecer a pessoa todos os serviços disponíveis para auxiliá-lo na
solução da sua queixa, porém não significa que a instituição terá recursos para todas as demandas,
mas ofertar possibilidades e encaminhar caso necessário para outros serviços de saúde.
Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar
 Entrevista psicológica

 Conjunto de técnicas de investigação que utiliza conhecimentos psicológicos com o objetivo de


descrever e avaliar aspectos pessoais, estabelecer o diagnóstico e prognóstico do paciente, bem como
as indicações terapêuticas adequadas. No contexto hospitalar o foco da entrevista é nos sintomas do
sujeito e nos fatos mais significativos na sua vida que possam estar relacionados ao seu estado de
saúde procurando sempre basear-se na história de vida em geral, na história clínica e na doença atual.

 Deve se evitar perguntas muito direcionadas e que podem ser respondidas com sim ou não.
Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar
 Avaliação psicológica: metas no ambiente hospitalar
 Biológicas: avaliação de aspectos tais como a natureza, localização, frequência dos sintomas, tipos de
tratamento recebido e suas características e procedimentos.
 Afetivas: avaliação dos sentimentos do paciente com respeito à doença; futuro, limitações e histórico
de variação do humor.
 Cognitivas – conhecimento do paciente sobre o seu quadro e de sua condição de saúde, manutenção
de funções como percepção, memória, nível intelectual, pensamento, orientação.
- Atitudes frente a hospitalização: reações do paciente; expectativas sobre as intervenções; opções de
tratamento; hábitos de risco ou protetores.
Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar

 Preparação para exames, procedimentos e cirurgia

- Objetivo: minimizar a angústia e ansiedade do paciente, favorecendo a expressão dos


sentimentos e auxiliando na compreensão da situação vivenciada, proporcionando um clima
de confiança entre o paciente e equipe de saúde, e facilitando a verbalização das fantasias
advindas do processo cirúrgico.
Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar
 Preparação para exames, procedimentos e cirurgia

 Medos mais recorrentes: anestesia, procedimento cirúrgico, dor e inconsciência

 Preparação psicológica: orientações psicoeducacionais, combinação de medicação


ansiolítica e mecanismos de distração (música, relaxamento e visitas)

 Desafios: ansiedade é um processo individual, o que dificulta o uso de protocolos em


grupo e as intervenções terapêuticas, tais como medicação e distração, são limitadas em
termos de tempo e eficiência.
Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar

 Suporte para óbito

Norteadores do atendimento:

 verificar junto ao paciente e familiares o “mito familiar” sobre finitude e morte;

 conhecer a história do paciente (intercorrências, rede de apoio);

 dar voz ao sofrimento; compreender medos, preocupações e culpas envolvidas no processo


de adoecimento;
Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar
 Suporte para óbito

Norteadores do atendimento:

 proporcionar a despedida do paciente e promover a realização de rituais, caso os familiares


desejarem;

 não incentivar o silêncio e o não dito; garantir a essas famílias um espaço de expressão de
sentimentos, para que o luto possa ser elaborado e cursar favoravelmente, sem deixar
maiores sequelas emocionais;

 envolver a equipe de saúde nesse processo.


Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar
 Acompanhamento de visitas

 A visitação é um importante instrumento que tem a função de apoio ao paciente


hospitalizado.

 Manter a família informada e prepará-la para a visita na UTI, oferecendo informações


adequadas, com palavras simples e condizentes com o nível sociocultural dos familiares. É
importante estimular a colaboração do paciente em seu tratamento, tornando-o consciente
de toda a assistência a ele prestada.
Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar

 Acompanhamento de visitas

 Esse momento desperta nos familiares sentimentos, como medo, tristeza e desespero, os
quais podem ser minimizados com a intervenção da equipe multiprofissional.

 As regras de visitação apesar de serem consideradas relevantes pelos familiares, devem


considerar as circunstâncias individuais e a singularidade dos envolvidos, em alguns casos
privilegiar visitações mais flexíveis.
Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar

 Acompanhamento de visitas

Maiores queixas dos familiares: Maior duração de tempo de visita; que um profissional
permanecesse ao lado do familiar, lhe falando como o paciente passou o dia e dando
orientações de como cuidar dele em casa; que algum profissional comunicasse diariamente
sobre o estado de saúde do paciente, tendo perguntas respondidas com franqueza e; que o
familiar pudesse trazer uma pessoa religiosa no horário de visita.
Formas de intervenção da(o) psicóloga(o)
hospitalar

 Atividades junto a equipe de saúde:

- Elaboração de documentos informativos;

- Reunião de discussão de caso clínico;

- Reunião com equipe;

- Visita multiprofissional;

- Interconsulta.
Atividade 3
Ler e analisar o relato de caso apresentado e a partir do caso preencher:
1. Ficha de anamnese com sugestões de intervenções
Identificação
Encaminhada por:
Queixa
Histórico familiar
Histórico pessoal
Evolução
Hipótese diagnóstico
Encaminhamento(s)/ Encerramento

2. Relatório psicológico
Autor:
Interessado:
Procedimento:
Análise:
Conclusão:
Bibliografia
 Almeida J., Nascimento, W. (2014). Técnicas e práticas psicológicas no atendimento a pacientes
impossibilitados de se comunicarem pela fala. Psicologia Hospitalar, 12(2), 24-44. Recuperado em 11 de
abril de 2018, de
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-74092014000200003&lng=pt&tlng=pt.
 Conselho Federal de Psicologia (2002). Manual de elaboração de documentos decorrentes de avaliações
psicológicas. Resolução nº 017/2002.
 Tonetto, A. M; Gomes, W. B. Prática psicológica em hospitais: demandas e intervenções. PSICO, Porto
Alegre, PUCRS, v. 36 , n. 3, pp. 283-291, set./dez. 2005, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS).
 Trucharte, F. A. R. Knijnik, R. B; Sebastiani, R. W e Angerami, A. C (2010) Psicologia Hospitalar: teoria
e prática. São Paulo: Cengage Learning.

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