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Manual do Residente de Clínica Médica

Programa de Residência em Clínica Médica


Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

2020
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
1

Supervisão do Programa de Residência Médica

Profº Drº Milton de Arruda Martins

Professor Titular da Disciplina de


Clínica Geral e Propedêutica da
FMUSP

Profª Drª Maria do Patrocínio Profº Drº Chin An Lin


Tenório Nunes
Vice Supervisor do
Supervisora do Programa Programa

Médicos Preceptores da Residência

Fabíola Vieira Duarte Baptista


Felipe Carvalho Barros Sousa
Glauco Marinho Plens
Joanne Alves Moreira
Marília Ribeiro de Azevedo Aguiar
Raif Restivo Simão

Médicos Preceptores da Graduação

Mauro Henrique Nascimento Ramalho Filho


Thiago Quadrante Freitas
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
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No HCFMUSP, médicos preceptores são médicos recém egressos selecionados pela Supervisão
do PRM para auxiliar na formação de estudantes e residentes

Atribuições da Supervisão do Programa de Residência Médica (PRM)

A Disciplina de Clínica Geral e Propedêutica, do Departamento de Clínica Médica da FMUSP, é


responsável, integralmente, pela formação dos médicos residentes de Clínica Médica (Medicina Interna), ao
longo dos dois anos básicos e do ano adicional (R3).
Responsabiliza-se, conjuntamente com os respectivos Supervisores, pelos residentes de Neurologia
durante o primeiro ano de formação.
Pontualmente, também assume parte do treinamento dos residentes de Medicina Física e
Reabilitação, Acupuntura, Medicina do Esporte, Medicina Legal, Medicina do Trabalho e Genética, contando
com o apoio formal e presente dos seus Supervisores e Médicos Preceptores.
Recebe ainda médicos de outras instituições nacionais ou internacionais para aperfeiçoamento.

Objetivos do PRM

Gerais  

Reconhecer e valorizar a abordagem médica integral, com conhecimento abrangente na saúde do


adulto.
Aprimorar a capacidade técnico-assistencial nos níveis de atenção à saúde de competência do
Médico Internista (secundário e terciário), nos setores de ambulatório, enfermaria, emergência e cuidados
intensivos, por meio da assistência direta ao paciente, sob supervisão de preceptores e médicos assistentes.

Cognitivos

Aprofundar conceitos de prevenção, manutenção, e


reabilitação da saúde, baseado nas melhores evidências científicas.
Desenvolver o raciocínio crítico quanto a riscos, benefícios e
custos pessoais (emocionais) e financeiros de exames e tratamentos
nos diversos níveis de atendimento.
Habilitar no manuseio das técnicas terapêuticas
medicamentosas e não medicamentosas, com análise crítica destas.
Aprimorar habilidades para realização de procedimentos
invasivos da competência do Médico Internista.
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Desenvolver e aprimorar função didática junto aos internos, por meio de discussão de casos,
preparação de visitas e reuniões, revisões de temas teóricos de interesse e relacionados aos casos.

 
Psicomotores
Reconhecer e aprimorar as funções social, ética, técnica e científica do médico, e o trabalho em
equipe de saúde e entre pares.
Treinamento em atendimento, orientação e condução de pacientes em domicílio, ambulatoriais, em
enfermarias, unidades de emergência e de terapia intensiva.

Elaborar prontuários médicos nos diferentes níveis de


complexidade e locais de atendimento.

Realizar adequadamente procedimentos eletivos, de


urgência e emergência da competência de um Médico
Internista.

Organização e apresentação de casos e temas em visitas,


reuniões, seminários.

Participar e coordenar reuniões transdisciplinares com


profissionais de saúde.

Orientação de internos na realização de anamnese, exame


clínico, postura ética e procedimentos.

 
Afetivos
Aprimorar-se humanística, social, ética e profissionalmente.
Respeitar a autonomia, contextos social e cultural de cada pessoa sob seus cuidados.
Desenvolver capacidade de lidar com ansiedade, dúvidas, medos e pudores dos pacientes sob seus
cuidados, nas diversas situações do treinamento.
Reconhecer, aceitar e trabalhar com os sentimentos dos pacientes e familiares nos diferentes
contextos de exposição do treinamento médico.
Reconhecer os mecanismos psicológicos envolvidos nos diversos quadros e situações clínicas;
relacionamentos inter profissionais e pessoais.
Perceber a função da relação médico-paciente no processo terapêutico e desenvolvê-la para
potencializar os demais recursos de tratamento. Auxiliar internos a desenvolver a relação médico-paciente,
lidar com seus conflitos naturais à graduação, destacando os componentes éticos – profissionais e afetivos.
Expor e discutir com os pacientes, familiares e internos aspectos diagnósticos e terapêuticos de cada
caso, respeitando a participação constante (autonomia dos envolvidos) nas decisões sobre a condução dos
casos.
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Respeitar a liderança, limites e saberes de outros profissionais de saúde, na assistência e no ensino.
Reconhecer as próprias dificuldades e de colegas, buscando apoio quando necessário.
Ser capaz de se auto-avaliar e refletir sobre sua prática profissional para aprimorar-se ao longo do
seu processo de formação.
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Conteúdos e estratégias

O aprendizado durante a residência será essencialmente prático. Cada estágio, poderá desenvolver
seminários, reuniões e aulas.
Durante todo o PRM o residente será incentivado a adotar postura ativa no processo de ensino e
aprendizagem.
O programa teórico ao longo do PRM pode ser sintetizado nos tópicos abaixo:
● Aulas semanais do PRM
● Aulas mensais do Departamento de Clínica Médica
● Discussões de artigos científicos e suas metodologias em estágios específicos
● Curso longitudinal de Medicina Baseada em Evidências (Videoaulas)
● Discussões clínicas baseadas em evidências
● Artigos sugeridos em cada estágio
● Seminários e aulas de cada estágio
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Grupos

Primeiro ano (R1): 


Os residentes serão divididos em 12 grupos de trabalho por meio de randomização estratificada de
acordo com as características obtidas dos residentes.
Os grupos possuirão 5 residentes de Medicina Interna e 1 residente de Neurologia.

Segundo ano (R2):


Os 12 grupos formados no R1 permanecerão com 5 residentes de Medicina Interna, salvo disposição
em contrário da Supervisão, mediante argumentação e acordo com a representação de médicos residentes.

Plantões e carga horária

Os plantões terão ​duração máxima de 12 (doze) horas​. Após o plantão noturno, há descanso
mínimo, obrigatório de​ ​6 horas​ (“pós plantão”), conforme Resolução da CNRM nº 1, de 16 de junho de 2011:
Art. 1º: Estabelecer o descanso obrigatório para o residente que tenha cumprido plantão noturno.
§1 º: O plantão noturno a que se refere o caput terá duração de, no mínimo, 12 (doze) horas.
§2 º: O descanso obrigatório terá seu início imediatamente após o cumprimento do plantão noturno.
Art. 2º: O descanso obrigatório será de, invariavelmente, ​de 6 (seis) horas consecutivas​, por plantão
noturno.
Art. 3º: Não será permitido o acúmulo de horas de descanso para serem gozadas ​a posteriori.​
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Avisos importantes

De acordo com a ética, para início do descanso as funções do residente deverão ser finalizadas e o
responsável imediato do estágio deverá estar ciente e de acordo com sua liberação.

Evite conflitos de horários entre atividades obrigatórias e períodos pós-plantão. Por exemplo, se o
seu ambulatório é toda terça-feira de tarde, evite plantões noturnos na segunda-feira. Não é permitida falta
ao ambulatório sob alegação de pós-plantão.

O número de horas semanais de trabalho ​não poderá ultrapassar 60 horas semanais​. Solicitamos
que irregularidades sejam informadas imediatamente à Supervisão do PRM para as devidas averiguações e
providências.

Cada grupo de residentes ficará responsável por dividir os plantões no local onde estiver
estagiando conforme as regras acima estabelecidas.
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Características gerais dos estágios - R1

No primeiro ano de residência, os estágios serão realizados em diferentes ambientes (ambulatório,


enfermaria, unidades de emergência e cuidados intensivos), abrangendo diferentes níveis de complexidade.

ESTÁGIO DURAÇÃO LOCAL RESUMO DAS ATIVIDADES

Seguimento ambulatorial longitudinal na


Ambulatório de Clínica
1 ano PAMB atenção terciária de pacientes com doenças
Médica Geral (ACMG)
crônicas.

Atendimento ambulatorial sob imersão, por 2


Prédio dos
Ambulatório Geral e meses consecutivos, com foco na investigação,
2 meses ambulatórios
Didático (AGD) compensação, prevenção e promoção da saúde
(PAMB)
e gestão supervisionada de agenda.

Cuidados compartilhados clínico cirúrgicos em


Enfermaria de
1 mês Instituto Central paciente internado na enfermaria de
Hospitalistas
hospitalistas.

Enfermaria do HU 1 mês HU da USP Enfermaria geral de hospital secundário.

Emergências PS do Instituto Atendimento de emergências neurológicas em


Neurológicas 1 mês Central hospital terciário. Experiência em unidade de
AVC.

Pronto Socorro do Atendimento em PS especializado em


1 mês INCOR
Instituto do Coração emergências cardiovasculares.

Pronto Socorro Médico PS do Instituto


1 mês Pronto atendimento em PS de hospital terciário.
(PSM) Central

Unidade de Cuidados PS do Instituto Atendimento de pacientes críticos após etapa


1 mês
Intensivos do PSM (UCI) Central inicial de estabilização na sala de emergência.

Unidade de Terapia Unidade de cuidados intensivos voltada para


Intensiva do PSM 1 mês Instituto Central atendimento de pacientes críticos provenientes
(UTI-PSM) do PS.

Estágios hospitalares em diferentes


1 mês em cada
Eletivos 1 e 2 Instituto Central subespecialidades clínicas. Escolhidos pelo
um
próprio residente.
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ACMG – Ambulatório de Clínica Médica Geral


Desenvolvido para R1
Local​:
AGD/ACMG - 4º andar do Prédio dos ambulatórios (PAMB)
Coordenação Didática:
Supervisão do PRM e Preceptoria de Clínica Médica
Coordenação administrativa do ambulatório​:
Dr. Chin An Lin

Objetivo pedagógico:
Desenvolvimento de competências necessárias ao acompanhamento longitudinal de pacientes
ambulatoriais na atenção terciária.

Organização:
Durante um turno de uma tarde pré-determinada na semana, o residente deve comparecer ao
ambulatório para realizar seus atendimentos.
A janela de atendimento do residente pode ser entre 13 e 15 horas ou entre 15 e 17 horas.
Não é permitida nenhuma troca entre os dias de atendimento dos residentes. A distribuição de
residentes ao longo da semana é aleatória. Nenhum fator será considerado para trocas. A Supervisão
utilizará as regras em vigor em caso de descumprimento.
Não ocorre ACMG durante os estágios de Enfermaria do HU, PS Incor, UCI e férias.

Método de avaliação:

Conceito global de acordo com o desempenho apresentado durante as discussões dos casos
atendidos.
Os preceptores e assistentes programarão ​feedbacks ​que serão oportunamente agendados. O
médico residente ​deverá ​comparecer para oferecer e receber ​feebdback​.

Atividades assistenciais:
Pacientes já possuem acompanhamento prévio no ambulatório ou iniciarão o acompanhamento
depois de encaminhados.
Nesse primeiro ano de residência, são organizadas agendas com menor número de atendimentos
para devida adequação ao grau de competência dos residentes em curso.

Atividades didáticas:
Todos os casos atendidos deverão ser discutidos para que se definam as condutas de investigação e
terapêutica e compreensão do desenvolvimento de habilidades do residente.
Na última semana do mês, é convidado um Médico Assistente, Professor ou Preceptor para que se
discuta em grupo um tema relevante como forma de padronização de condutas ambulatoriais. Os residentes
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deverão preparar os tópicos listados pela preceptoria, que lhes serão devidamente apresentados. Nesse
encontro, estimula-se o levantamento de dúvidas de cunho prático para o seguimento do paciente.
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AGD – Ambulatório Geral e Didático


Local​:
AGD/ACMG - 4º andar do Prédio dos ambulatórios (PAMB)
Coordenação Didática:
Supervisão do PRM e Preceptoria de Clínica Médica
Coordenação administrativa do ambulatório​:
Dr. Chin An Lin

Objetivo pedagógico:
Imersão na prática de assistência ambulatorial com ênfase na investigação e compensação das
condições clínicas de maior prevalência em adultos, associando práticas de prevenção e promoção à saúde,
bem como organizando o cuidado do paciente na atenção secundária e terciária.

Método de avaliação:
- Conceito global de acordo com o desempenho apresentado durante as discussões dos casos atendidos.
- Prova escrita baseada em casos clínicos
- Prova prática no modelo ​Objective Structured Clinical Examination​ (OSCE)
- Feedback estruturado ao longo do estágio
- Avaliação formativa no modelo​ Clinical Evaluation Exercise​ (CEX)

Atividades assistenciais:
Pacientes são oriundos do Pronto Socorro do HCFMUSP, da rede de saúde do município ou das
outras especialidades médicas do HCFMUSP (interconsulta). O AGD tem o objetivo de ser um ambulatório
breve, no qual o paciente deve ser investigado e compensado dentro de 6 meses.
Após esses passos, o paciente deve ser direcionado adequadamente a um atendimento longitudinal
na atenção primária, secundária ou terciária.
Dentro do estágio, existem ainda 2 turnos nos quais os residentes realizam atendimentos fora do
AGD com o intuito de se aprimorar as competências profissionais. Os ambulatórios contemplados são: o
ambulatório de DPOC e o ambulatório de Asma, ambos da Disciplina de Pneumologia.
Todos os casos atendidos serão discutidos para que se definam as condutas de investigação e
terapêutica e possibilitar a avaliação de desempenho do médico residente.

Atividades didáticas​:
Discussão de Medicina Baseada em Evidência: reunião quinzenal com apresentação de artigo original
preparada pelo residente para discussão de tópicos básicos de metodologia científica com preceptores.
Discussão de casos: semanalmente, os residentes organizam a apresentação de um caso clínico a ser
discutido com o resto do grupo. Essa discussão é elaborada em conjunto com os Preceptores e visa o
desenvolvimento de conhecimentos, assim como o aprimoramento sobre como montar apresentações e
conduzir discussões.
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Aulas de Prevenção e Promoção à Saúde (CPS): ministradas pelo Dr. Mário Ferreira Júnior,
coordenador do Centro de Promoção de Saúde do AGD e pelo enfermeiro Dr. Alfredo Pina.

Programa geral de aulas: 2 vezes por semana, os residentes terão aulas sobre diversos temas com
Médicos Assistentes, Professores e Preceptores da Clínica Médica e de diversas especialidades do HCFMUSP.
Introdução à educação médica: o residente acompanhará pontualmente o atendimento do interno
de 5° ano de medicina, utilizando a ferramenta CEx e fornecendo feedback estruturado.
Oficinas médicas: oficinas para treinamento de competências específicas são desenvolvidas, como:
comunicação de más notícias, insulinização do paciente com diabetes, exame osteoarticular e interpretação
de prova de função pulmonar.

Horários​:

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

7h-8h Reunião Semanal


do PRM

8h AGD (8:30h) AGD AGD AGD / DPOC* AGD

13h AGD / CPS Discussão caso Asma*

14h Aulas Oficinas/ MBE Aulas

*DPOC e ASMA – escala pré definida ( 2 a 3 residentes por dia)

Plantões​:
Durante o estágio, o residente fará plantões aos finais de semana e feriados no Pronto Socorro
Médico (PSM) do HCFMUSP. O residente deverá se apresentar no plantão e dividir a avaliação de pacientes
internados com os médicos. Caso se faça necessário, o residente deverá auxiliar em atendimentos nos
outros setores do PSM.

1 R1 de plantão no ​PSM​ aos sábados, domingos e feriados das 8 às 20h.


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Enfermaria de Hospitalistas
Local​:
Enfermaria de cuidados compartilhados clínico cirúrgicos - 5º andar do Instituto Central do HCFMUSP
Coordenação Didática:
Supervisão do PRM e Preceptoria de Clínica Médica

Objetivo pedagógico:
Participar do cuidado geral; ​da assistência ao paciente desde a admissão até a alta ​hospitalar​, ​com
foco no paciente e ​na eficiência do serviço​, co-manejo clínico-cirúrgico, segurança do paciente, qualidade
de assistência e custos.
Atuar conforme sistema de referência e contra-referência entre os médicos hospitalistas e
especialistas, tendo a condução do plano diagnóstico e terapêutico sob responsabilidade da equipe de
hospitalistas.
Integrar equipe interprofissional no
atendimento do paciente para definição e
acompanhamento de plano diagnóstico e
terapêutico
Cuidado centrado no paciente: prescrição
segura, solicitação racional de exames
complementares, garantia de transição de
cuidados e aprimoramento científico com base
em evidências
Realizar co-manejo clínico-cirúrgico de
pacientes, estabelecendo e se responsabilizando
pelo plano diagnóstico e terapêutico
interprofissional.
Programar e realizar a transição de
cuidado entre os diferentes cenários: UTI -
enfermaria - ambulatório.
Cuidar do paciente em fim de vida, com aprimoramento de habilidades de comunicação, realização de
reuniões familiares para definição de diretivas antecipada e aperfeiçoamento de habilidades em controle de
sintomas.

Método de avaliação:
- Conceito global de acordo com o desempenho apresentado durante as discussões dos casos
acompanhados
- Feedback individual de meio e final de estágio
- Avaliação teórica ao final do estágio
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​Atividades assistenciais:
​Evolução e prescrição dos pacientes internados, bem como realização de procedimentos pertinentes
ao médico internista.
Discussão diária interprofissional para estabelecimento e acompanhamento do plano de cuidado de
cada paciente.

Atividades didáticas​:
Seminários teóricos com material didático disponibilizado previamente acompanhado de perguntas
orientadoras para a discussão.
Temas centrais: risco cardiovascular, risco pulmonar, complicações perioperatórias e doença arterial
obstrutiva periférica.

Plantões​:
Ausência de plantões noturnos. Presença de 1 residente por grupo para evolução, com 1 dos
residentes permanecendo até o período das 19h para passagem de plantão.
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Enfermaria do Hospital Universitário da USP

Local​:
Enfermaria de Clínica Médica do HU - 5º andar do HU
Responsável​:
Dr. Fernando Campos e Dra. Lorena Laborda

Atividades assistenciais:
O Hospital Universitário é um hospital
secundário e em suas enfermarias e
ambulatórios o residente terá a oportunidade
de atender pacientes com esse nível de
complexidade. O principal objetivo é
aperfeiçoar as técnicas de anamnese, exame
clínico, formulação de hipóteses diagnósticas,
planejamentos da investigação e terapêutico,
além de treinar a relação médico-paciente.
Durante o estágio, os residentes devem
se dividir em duplas ou trios, que serão
supervisionados por duplas de assistentes. Os
R1 também participarão de ambulatórios de
doenças crônicas (como HAS e DM), em
semanas alternadas. Nesse período, os residentes fazem plantões noturnos, todos os dias da semana, na
enfermaria do HU e no PA, conforme escala.

Atividades didáticas​:
Reunião da Enfermaria do HU: discussão de casos preparados pelos residentes.
Reunião anatomoclínica semanal
Oficina de Reunião Familiar - 1 vez/ mês, das 14h às 16h

Horários​:
Os supervisores do estágio montam a escala dos residentes e entram em contato diretamente com os
grupos para informar qual será a escala de cada pessoa.
- Enfermaria: Segunda a Sexta – 7h às 17h
- Reunião da Enfermaria: Segundas –10h 30min
- RAC HU: Terças –8h
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Plantões:
Os plantões serão na Enfermaria e no PA do HU. Durante os plantões, o residente estará sob supervisão do
assistente da UTI na Enfermaria e dos assistentes do PA.

Plantões da Enfermaria​:
1 R1 de segunda à sexta, das 17h às 7h;
Sábados e domingos: 1 R1 de cada um dos três grupos e 1 residente extra devem evoluir os pacientes;
dentre esses R1, um deverá permanecer até 19 horas; outro R1 assumirá o plantão noturno entre 19 e 07
horas. Um assistente estará escalado para discussão dos casos aos finais de semana e feriados.

Plantões do Pronto Socorro​:


1 R1 de segunda à quinta, das 19h às 7h.
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Pronto Socorro do INCOR

Local​:
Pronto Socorro do INCOR
Responsável​:
Prof. Dr. José Nicolau, Dr. Alexandre de Matos Soeiro

Atividades assistenciais​:
Pronto atendimento de emergências
cardiovasculares. Atendimento junto com residentes de
Cardiologia dos pacientes graves na Sala de Emergência.

Atividades didáticas​:
Aulas teóricas são ministradas pelos Preceptores e Médicos Assistentes do INCOR sobre bradicardias
taquiarritmias, dor torácica, interpretação de ecocardiograma e avaliação de pressão venosa central.
Interpretação de traçados eletrocardiográficos para elaboração de laudos sob supervisão dos
assistentes do Serviço de Eletrocardiografia do INCOR.

Horários do PS INCOR​:
Dia útil:
- 1 plantonista porta 7h-19h
- 1 plantonista sala de emergência 12h-20h
- 1 plantonista retaguarda 7h-19h
- 1 Eletrocardiograma 8h-12h (sugestão dia ACMG- 1 dia neuro em dupla)
- 1 ACMG 2h/semana
- 1 plantonista noturno 19h-7h

Final de semana e feriado:


- 1 plantonista porta 7h-19h
- 1 plantonista sala de emergência 7h-19h
- 1 plantonista retaguarda 7h-19h
- 1 plantonista noturno 19h-7h
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Pronto-Socorro Médico (PSM)


Desenvolvido para R1

Local​:
Pronto-Socorro do Instituto Central - 4º andar do ICHC

Responsável​:
Dr. Hassan Rahhal e Dr. Fernando Salvetti Valente

Atividades assistenciais​:
Pronto atendimento de pacientes com queixas agudas, após triagem por um médico assistente.
O R1 ficará responsável pelo atendimento dos pacientes em consultório (“porta”), e deverá discutir
todos casos com os assistentes de plantão. O R1 também deverá auxiliar na evolução de pacientes
internados no PSM, atividade sob responsabilidade primária do R2, de acordo com as necessidades e
definições dinâmicas do setor.
Caso o paciente em atendimento necessite de encaminhamento à sala de emergência, o R1 poderá
acompanhar o atendimento do paciente, sob supervisão do R2 e dos assistentes. Todos os casos a serem
encaminhados às macas ou sala de emergência, devem ser previamente discutidos com os médicos
assistentes e R2 dos respectivos locais.

Plantões​:
Durante os plantões, o residente estará sob supervisão dos assistentes do PSM. Comunicar
oficialmente qualquer problema de supervisão na discussão e acompanhamento dos casos. Lembre-se que a
vida de terceiros e sua honra profissional estão em jogo.
Diurnos: 3 R1 das 8h às 20h
Noturnos: 2 R1 das 20h às 8h.
* O R1 aqui descrito para formação de escala de trabalho inclui o R1 do grupo (Clínica Médica e
Neurologia), o R1 de Medicina de Emergência, o R1 de Moléstias Infecciosas e o R1 da Medicina Física e
Reabilitação (ausente em 2 meses do ano)
** Aos finais de semana e feriados, serão 2 plantonistas diurnos e 2 plantonistas noturnos
*** plantão na sala de emergência para R1s com duração de 6h às quartas-feiras (8-14h e 14-20h)
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Acionamento de assistentes durante os plantões:
Durante os plantões no PSM, os assistentes ficam com um BIP para acionamento. O acionamento pode ser
feito 24 horas por dia e tem o objetivo de facilitar o contato do residente com o médico assistente.
Os locais de acionamento são:
- Sala de emergência
- UCI
- AB
- Regulação
- Saguão
- Outros setores DENTRO da Unidade de Emergência
Para realizar o acionamento, você deve discar:
*34: aguardar a mensagem de voz
136: aguardar a segunda mensagem de voz
01: aguardar a terceira mensagem de voz
Digitar o ramal de onde você está.
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Unidade de Cuidados Intensivos do PSM


Local:

Pronto-Socorro do Instituto Central - 4º andar do ICHC

Responsáveis:

Dr Patrick Aureo Lacerda Pinto e Dra Sabrina Correa da Costa Ribeiro

Atividades assistenciais:

O paciente crítico é inicialmente atendido na sala de emergência do PSM. Após estabilização inicial,
pode ser encaminhado à UCI para ter seguimentos nos seus cuidados. A indicação de internação na UCI é
feita pelo médico assistente responsável pela sala de emergência.

Descrição das atividades do plantão:

De segunda a sexta-feira das 8:00 às 20:00 horas existe um assistente designado para a cobertura da
UCI, que passará a visita 8:00 à beira do leito e discutirá os casos de forma horizontal. Um residente de
segundo ano da Terapia Intensiva também estará presente de segunda a sexta (à exceção de setembro e
janeiro). Os plantonistas da noite passam os casos antes de sair para o repouso pós-plantão.

Às terças-feiras, ocorre a visita multidisciplinar que tem início um pouco mais tarde: 8:30 horas. O
caso é passado brevemente pela enfermeira e o plantonista da noite complementa a passagem. Participam
da visita: enfermagem, fisioterapia, fonoaudiologia, farmácia clínica, odontologia, psicologia.

As prescrições são feitas logo após a visita da manhã pelos plantonistas do dia e devem ser
liberadas preferencialmente até às 11:00 horas e impreterivelmente até às 14:00.

A visita familiar é às 16:00 horas e o médico residente deve informar os familiares sobre diagnóstico,
prognóstico e planejamento terapêutico. Quando há agravamento súbito do quadro de um paciente, é
recomendado realizar aviso de grave. Aciona-se a enfermagem que notifica para que a família compareça,
mesmo fora do horário de visita.

Em pacientes em final de vida o horário de visita é flexibilizado, em acordo com a equipe de


enfermagem.

Os procedimentos indicados (toracocentese, intubação, passagem de acesso central) são realizados


preferivelmente pelo médico residente que está responsável pelo paciente, sob supervisão do médico
assistente.

Durante os plantões noturnos e de final de semana, o residente estará sob supervisão dos assistentes
do PSM. O assistente do PSM pode ser acionado pelo bipe 24 horas. Não hesite em comunicá-los diante da
menor dúvida, após consulta ao médico residente de terapia intensiva.
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Horários​:
Segunda à sexta: 3 R1* das 8h às 20h; e 2 R1* das 20h às 8h

Sábados, domingos e feriados: 2 R1* das 8h às 20h; e 2 R1* das 20h às 8h

No final de semana e feriados geralmente a visita é passada pelo assistente de plantão no PSM e
costuma ocorrer um pouco mais tarde. No final de semana, os plantonistas da noite podem passar o caso
para os plantonistas do dia às 08:00, estando liberados após.

* O R1 aqui descrito para formação de escala de trabalho inclui o R1 do grupo (“panela”) e o R1 de


Medicina de Emergência
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Emergências Neurológicas

Local​:
Pronto-Socorro do Instituto Central - 4º andar do ICHC; Unidade de AVC - 5º andar do ICHC

Responsável​:
Dr. Luiz Roberto Comerlatti, Dr. Marcelo Calderaro (PSN); Dra. Adriana Bastos Conforto (Unidade AVC)

Atividades assistenciais​:
O estágio é estruturado de maneira mista. Predominantemente composto por plantões em Pronto
Socorro de Neurologia do ICHC, complementado por uma semana na unidade de AVC do ICHC.
As atividades no Pronto Socorro serão realizadas junto aos residentes de Neurologia, residentes de
outras especialidades e internos, sob supervisão dos assistentes do PSN. Deverão aprimorar exame clínico
neurológico, manejo do paciente com déficit neurológico agudo, assim como abordagem de crise epiléptica,
alterações de consciência, fraqueza, infecções de SNC, tontura e cefaleia.
Adicionalmente, a experiência na unidade de AVC se dará por uma semana, para avaliação etiológica
e manejo de paciente após acidente vascular encefálico, visando consolidação de conhecimento específico e
aprimoramento de exame clínico neurológico.

Plantões PSN​:
Segunda à sexta: 1 R1* das 7h às 19h; e 2 R1* das 19h às 7h

Sábados, domingos e feriados: 1 R1* das 7h às 19h; e 1 R1* das 19h às 7h

*​ O R1 aqui descrito para formação de escala de trabalho inclui o R1 do grupo (Clínica Médica e
Neurologia)

Horários Unidade de AVC​:


Segunda à sexta, das 7h às 17h

Regras​:
- Necessário que estágio em unidade de AVC seja de uma semana corrida, não sendo permitidas trocas
ou quebras
- São permitidos somente plantões de 12h no PSN
- Não agendar plantões em dia anterior ao ACMG
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- Não agendar plantões em dia de ACMG (atividade obrigatória) - não haverá dispensa do PSN para
saída para ambulatório
- Não agendar plantões durante semana da unidade de AVC
- Não agendar plantões no horário da tutoria

Segue exemplo de escala para estágio de Emergências Neurológicas:


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Unidade de Terapia Intensiva do PSM


Local​:
Unidade de Terapia Intensiva do PSM - 11º andar do ICHC
Responsável​:
Dr. Leandro Taniguchi e Dr. Pedro Mendes

Atividades assistenciais​:
Cuidado de pacientes críticos sob supervisão dos assistentes da UTI.

Atividades didáticas​:
Discussões abrangentes dos casos clínicos abordando as evidências mais atualizadas para auxiliar na
condução dos pacientes.
Aulas ministradas pelos Médicos Assistentes do serviço sobre temas relacionados com terapia
intensiva. As aulas são marcadas diretamente com os Médicos Assistentes.

Horários​:
Segunda à sexta, das 8h às 17h.

Plantões​:
Durante os plantões, o residente estará sob supervisão dos residentes de terapia intensiva e do
assistente da UTI.
1 R1 de segunda à sexta das 17h às 20h ("cinderela") e 1 R1 das 17h às 7h;
2 R1 aos sábados, domingos e feriados das 8h às 20h e 1 R1 das 20h às 8h.
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
25

Eletivos
Local​: Enfermarias e Ambulatórios das Especialidades - ICHC/PAMB
Responsáveis​: cada eletivo terá um responsável ligado à especialidade
Funcionamento​:
O R1 poderá escolher duas especialidades nas quais fará estágio eletivo com duração de um mês
cada um. Não é permitido repetir um estágio eletivo ao longo da residência.
As opções são: Alergia e Imunologia, Cancerologia Clínica, Endocrinologia, Gastroenterologia,
Geriatria, Hematologia, Nefrologia, Pneumologia, Reumatologia, Métodos Gráficos (Eletrocardiografia).
As Disciplinas citadas apresentam limite no número de residentes que conseguem absorver a cada
mês. Por isso, nem sempre será possível atender às preferências de todos os residentes. Os R2 possuem
prioridade de escolha, desde que se atenham aos limites de tempo determinados para a escolha do estágio.
Pode-se realizar estágio eletivo internacional ou mesmo um estágio não constante na listagem
disponível aos residentes.
Considerando que o residente do segundo ano terá uma escala de plantões a cumprir, ​o R2 poderá
realizar apenas um mês de estágio internacional ou externo ao HC, e não poderá haver simultaneamente
mais de um residente do grupo (“panela”) em estágio internacional ou externo ao HC​.

Para estágios internacionais:


● A intenção deverá ser comunicada à Supervisão do PRM antes da formalização do pedido, de
acordo com as regras em vigor, para que haja o planejamento necessário e para que o
residente possa ser melhor orientado;
● O pedido deve ser formalizado com, no mínimo, seis meses de antecedência, para o devido
processo;
● O próprio residente deverá buscar o estágio do seu interesse;
● O residente deverá arcar com os custos inerentes a passagem, hospedagem, alimentação etc;
● Como o residente tem uma carga de plantões e a responsabilidade com o atendimento
ambulatorial de pacientes ao longo dos eletivos, não será permitida ausência de mais de um
residente por grupo;
● O residente tem uma carga de plantões durante seu estágio eletivo; sendo assim, caso o
R1/R2 tenha interesse em um estágio externo, deve contar com a concordância (por escrito)
dos demais residentes do seu grupo, que deverão cobrir as suas atividades​;
● O residente tem a responsabilidade do seguimento ambulatorial no ACMG; sendo assim,
caso o R1/R2 tenha interesse em um estágio externo, deve solicitar, em tempo hábil, o
bloqueio de sua agenda de ACMG, antecipando o atendimento de eventuais consultas já
agendadas (nunca postergando) e comunicando sua dupla de ACMG (se for um R2) que ele
atue em eventuais intercorrências relacionadas à agenda do residente ausente.
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
26
Para eletivo interno não constante na listagem oficial:
● A intenção deverá ser comunicada à Supervisão do PRM antes da formalização do pedido para
que haja o planejamento necessário e para que o residente possa ser melhor orientado;
● Caberá à Supervisão do PRM autorizar o estágio, o que dependerá da pertinência deste para a
formação de Médico Internista;
● O pedido deve ser formalizado com, no mínimo, 3 meses de antecedência, para o devido
processo;
● O próprio residente deverá buscar o estágio do seu interesse;
● O residente deverá apresentar um cronograma de atividades, incluindo horários de entrada e
saída, o local onde deverá estar em cada turno, as atividades que realizará em cada local do
estágio (exemplo: observar consultas), com ciência e aceitação por escrito do Médico
Assistente e/ou o Professor responsável pelo residente durante o estágio.

Para eletivos nacionais externos ao HCFMUSP:


● A intenção deverá ser comunicada à Supervisão do PRM antes da formalização do pedido para
que haja o planejamento necessário e para que o residente possa ser melhor orientado;
● Caberá à Supervisão do PRM autorizar o estágio, o que dependerá da pertinência deste para a
formação de Médico Internista;
● Um estágio nacional externo ao HCFMUSP deverá oferecer comprovadamente algo que o
próprio complexo HCFMUSP não ofereça;
● O pedido deve ser formalizado com, no mínimo, 3 meses de antecedência, para o devido
processo;
● O próprio residente deverá buscar o estágio do seu interesse;
● O residente deverá apresenta um cronograma de atividades, incluindo horários de entrada e
saída, o local onde deverá estar em cada turno, as atividades que realizará em cada local do
estágio (exemplo: observar consultas), com ciência e aceitação por escrito do Médico
Assistente e/ou o Professor responsável pelo residente durante o estágio;
● O residente tem uma carga de plantões durante seu estágio eletivo; sendo assim, caso o
R1/R2 tenha interesse em um estágio externo, deve contar com a concordância (por escrito)
dos demais residentes do seu grupo, que deverão cobrir as suas atividades​;
● O residente tem a responsabilidade do seguimento ambulatorial no ACMG; sendo assim,
caso o R1/R2 tenha interesse em um estágio externo, deve solicitar, em tempo hábil, o
bloqueio de sua agenda de ACMG, antecipando o atendimento de eventuais consultas já
agendadas (nunca postergando) e comunicando sua dupla de ACMG (se for um R2) que ele
atue em eventuais intercorrências relacionadas à agenda do residente ausente.

O residente que não selecionar o estágio no prazo determinado perderá o direito à seleção, a qual
será realizada pela Preceptoria.

Plantões do R1:
Desde 1960 inúmeras pesquisas vêm sendo elaboradas sobre as normatizações e treinamentos
estruturados, objetivando a melhoria operacional do atendimento a beira do leito e o tempo para iniciar o
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
27
atendimento diante da parada cardíaca, enfatizado como uma ação imperativa para melhoria da qualidade
de sobrevida. Apesar dos avanços técnicos e tecnológicos, fica evidente que a parada cardíaca normalmente
é acompanhada de erros no planejamento da assistência, erros de comunicação durante a passagem de
plantão entre os profissionais e na demora do reconhecimento no agravo do quadro clínico, eventos que
poderiam ser prevenidos e que resultam em atrasos na conduta terapêutica. O Time de Resposta Rápida
(TRR), tem por objetivo atender o paciente em um curto espaço de tempo ou no momento de qualquer sinal
de agravo clínico, e é composto por profissionais que levam ​expertise em cuidados críticos a beira leito onde
for necessário, mostra-se fundamental para a segurança do paciente.
O TRR é reconhecido como um sistema coerente e integrado de ações estratégicas, destinado ao
atendimento dos pacientes portadores de agravos clínicos fora de um ambiente preparado e previamente
capacitado para atender situações de urgência​ (extraído da AMIB).
O residente do eletivo 1 dará plantões noturnos no Time de Resposta Rápida (“código azul”) de
segunda à sexta (19h às 7h) e nos finais de semana (7h às 19h, e 19h às 7h).
O residente do eletivo 2 fará plantões noturnos de hospitalista, auxiliando o R2 na cobertura de
intercorrências das Enfermaria de Clínica Médica do 6º andar do ICHC. Deverá haver um R1 diariamente na
Enfermaria das 19h às 7h.

Plantões do R2:
O R2 fará plantões noturnos no PSM com a responsabilidade de evoluir os pacientes admitidos
(“macas”).
O residente do eletivo 1 fará plantões nos dias ímpares e o residente do eletivo 2 fará plantões nos
dias pares. Eventuais divisões de feriados deverão ser organizadas entre os residentes.
Todos os dias da semana - Entrada 20 horas, saída 8 horas
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
28

Características gerais dos estágios - R2

No segundo ano de residência, os estágios serão voltados ao aprimoramento e aprofundamento dos


conhecimentos adquiridos no R1, nas diferentes modalidades de atendimento (ambulatório,
enfermaria, unidades de emergência, cuidados intensivos e atendimento domiciliar).

Estágio Duração Local RESUMO DAS ATIVIDADES

Prédio dos Seguimento ambulatorial longitudinal na


Ambulatório de Clínica
1 ano ambulatórios atenção terciária de pacientes com doenças
Médica Geral (ACMG)
(PAMB) crônicas.
Avaliação pré-operatória de pacientes
Perioperatório e NADI
1 mês PAMB ambulatoriais e internados. Atendimento
(Atenção Domiciliar)
domiciliar de pacientes da região.
Instituto do Pacientes oncológicos em cuidados
Câncer do paliativos internados em enfermaria.
ICESP e NADI 1 mês
Estado de São Atendimento domiciliar de pacientes da
Paulo (ICESP) região.
Enfermaria do Sexto Enfermaria geral em hospital terciário.
2 meses ICHC
Andar (ECMG) Inclui supervisão de internos do quinto ano.

Enfermaria e ambulatórios do Departamento


Infectologia 1 mês ICHC
de Moléstias Infecciosas e Parasitárias

Atendimento de pacientes em
PS do HU 1 mês HU da USP
pronto-socorro de hospital secundário.

PS do Instituto Atendimento de pacientes em


PSM 1 mês
Central pronto-socorro de hospital terciário.

Cuidado de pacientes críticos em unidade de


UTI da Pneumologia 1 mês ICHC terapia intensiva coordenada pela Disciplina
de Pneumologia.

Cuidado de pacientes críticos em unidade de


UTI da Clínica Médica 1 mês ICHC
terapia intensiva de retaguarda do hospital.

1 mês em Estágios hospitalares em diferentes


Eletivos ICHC
cada um especialidades clínicas
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
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ACMG – Ambulatório de Clínica Médica Geral


Local​: AGD/ACMG - 4º andar do Prédio dos ambulatórios (PAMB)
Coordenação Didática:
Supervisão do PRM e Preceptoria de Clínica Médica
Coordenação administrativa do ambulatório​:
Dr. Chin An Lin

Objetivo pedagógico:
Aprimoramento das competências necessárias ao acompanhamento longitudinal de pacientes
ambulatoriais na atenção terciária.

Organização:
Durante uma tarde pré-determinada na semana, o residente deve comparecer ao ambulatório para
realizar seus atendimentos.
Durante os estágios de PS do HU, eventual eletivo externo, e férias, o residente não comparecerá ao
ambulatório.
Não é permitida nenhuma troca entre os dias de atendimento dos residentes. A distribuição de
residentes ao longo da semana é aleatória. Nenhum fator será considerado para trocas. A supervisão
utilizará as regras em vigor em caso de descumprimento.

Método de avaliação:
Conceito global de acordo com o desempenho apresentado durante as discussões dos casos
atendidos.
Os preceptores e assistentes programarão feedbacks que serão oportunamente agendados. O
médico residente deve comparecer para oferecer e receber feedback.

Atividades assistenciais:
Os residentes darão continuidade ao acompanhamento dos pacientes que atendiam no R1. Além
disso, iniciarão o acompanhamento dos pacientes encaminhados do Ambulatório Geral Didático ou de
internações na Enfermaria do Sexto Andar (ECMG).

Atividades didáticas:
Na última semana do mês, é convidado um Médico Assistente, Professor ou Preceptor para que se
discuta em grupo um tema relevante como forma de padronização de condutas ambulatoriais. Os
residentes deverão preparar os tópicos listados pela preceptoria, que lhes serão devidamente
apresentados. Nesse encontro, estimula-se o levantamento de dúvidas de cunho prático para o seguimento
do paciente.
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
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Perioperatório
Local​: Ambulatório de Avaliação Perioperatória - 4º andar do PAMB
Responsável​: Dr. Júlio César de Oliveira
Objetivos:
Avaliação e individualização dos riscos cardíacos, pulmonares, uso de medicamentos controle
glicêmico, profilaxia de tromboembolismo venoso, complicações infecciosas e não-infecciosas no período
perioperatório, preferencialmente reduzindo ou minimizando complicações previsíveis; calculando
potenciais riscos ​versus benefícios, cientificando equipe cirúrgica, pacientes e famílias; avaliar risco de
complicações gerais (ASA e outros classificações e pontuações de risco, fragilidade, dependência) e por
sistemas (cardíaco, pulmonar, renal, hepático, tromboembolismo venoso, endocrinológico, delirium) na
avaliação de cirurgias não cardíacas; avaliar risco-benefício da indicação cirúrgica.
Ser capaz ao final do estágio de: Manejar as comorbidades clínicas que possam interferir nos
cuidados perioperatórios (hipertensão arterial, doença arterial coronariana, Insuficiência cardíaca,
diabetes, tabagismo, dislipidemia e outros); introduzir estratégias protetoras, com base em evidências
científicas sólidas, para evitar complicações clínicas; monitorizar e identificar de complicações
pós-operatórias comuns e seu tratamento inicial, como atelectasia, tromboembolismo venoso, síndromes
coronarianas agudas, disfunção renal aguda, dor, infecções.
Atividades assistenciais​:
Avaliação ambulatorial e de pacientes internados de risco pré-operatório, encaminhados de outras
especialidades do ICHC. Complementarmente, far-se-ão interconsultas clínicas de pacientes internados no
complexo.

Atividades didáticas:
Discussão individualizada de cada caso.
Aulas sobre 3 temas: risco cardíaco, risco pulmonar e risco de tromboembolismo venoso.
Discussões semanais de artigos. Temas de pré-operatório, com foco na análise crítica das evidências.
Caso clínico para estudo autodirigido (semanal, via Google Classroom).

Horários:
Manhãs: 8 às 12h - 5 residentes
Tardes: 13 às 17h - 4 residentes
Sexta-feira à tarde não ocorrem atividades no ambulatório de Perioperatório.
Finais de semana: um R2 fará plantão das 8 às 20 horas no PSM, com o intuito principal de evoluir os
pacientes admitidos naquele local.
Observação: ao iniciar o plantão, em comum acordo com os médicos assistentes, o R2 de CM
deverá avaliar a necessidade e condições de apoio aos médicos R1 da porta para auxiliar no cuidado dos
pacientes internados no PSM (vulgo macas), bem como auxiliará, na medida do possível, na supervisão
dos casos atendidos na porta do PSM, pelos médicos R1.
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
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ICESP - Cuidados Paliativos do Instituto do


Câncer
Local​: Equipe de Cuidados Paliativos - 19º andar do ICESP
Responsável​: Dr. Toshio Chiba

Objetivos:
Necessidade da formação de um contingente de médicos e
profissionais de saúde com desenvoltura sobre o assunto, por ser
obrigação de todo médico ofertar cuidados paliativos baseados em
evidências científicas, respeitados o Código de Ética e a legislação
em vigor; conhecer e aplicar os princípios dos cuidados paliativos,
respeitar os princípios de ética e confidencialidade de sigilo,
priorizando a comunicação direta com o paciente sempre que
possível; conhecer e aplicar os conceitos de cuidados paliativos em
pacientes em ambiente hospitalar; conhecer as escalas prognósticas;
capacitar-se em comunicação adequada (escuta ativa, olhar e
postura).

Atividades assistenciais​:
O estágio é voltado para atendimento de pacientes oncológicos, em seguimento pela equipe de
Cuidados Paliativos da Instituição. São realizados atendimentos de pacientes internados em enfermaria e
de pacientes atendidos no ambulatório, sempre sob supervisão da equipe transdisciplinar de saúde.

Atividades didáticas:
Workshops de comunicação, seminários semanais e treinamentos com ​role play.

Horários​:
Enfermaria: Segunda à Sexta – 7h às 12h (5 R2)
Ambulatório: Terça e Quinta – 13h às 17h (3 R2 às 3ª​s​ e 2 R2 às 5ª​s​)
Interconsulta: Segunda à Sexta – 13 às 17h (2 R2 às 4ª​s​ e 1 R2 2ª, 5ª e 6ª)
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
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NADI - Núcleo de Assistência Domiciliar


Multidisciplinar
Local:​ NADI - 4o andar da Interligação entre ICHC e PAMB

Responsável:​ Dr. Fabio C Leonel, Dra. Keila Higa e Dra. Angélica Yamaguchi

Objetivos:
Introduzir o médico residente, na assistência transdisciplinar, na modalidade de atenção “substitutiva
ou complementar”: dando continuidade ao cuidado prestado em outro ponto da Rede de Atenção à Saúde,
como um dispositivo para a produção de desinstitucionalização; ações de promoção, prevenção,
tratamento e reabilitação em saúde: cuidado dos pacientes no domicílio, não focando somente na
assistência, mas também em aspectos de prevenção, promoção e reabilitação, utilizando, para isso,
estratégias para a educação em saúde e tendo como uma das finalidades o aumento no grau de autonomia
do paciente, de seu cuidador e familiares; continuidade do cuidado: a atenção domiciliar possibilita que
não existam rupturas no cuidado prestado ao paciente ao potencializar a construção de “pontes” entre os
pontos de atenção e a pessoa, em seu próprio domicílio; potencial de transversalidade da atenção ao
colocar o usuário e suas necessidades no centro, devendo estar integrada à rede de atenção à saúde; fluxos
e protocolos com o conjunto dos pontos de atenção da rede de cuidados.

Atividades assistenciais:

Estágio concomitante aos estágios de Perioperatório e do ICESP, voltado para o desenvolvimento de


competências em assistência domiciliar.
Cada residente terá um dia fixo de atendimento, com pacientes fixos ao longo do estágio. Os
residentes deverão participar da discussão multidisciplinar dos casos do dia antes de saírem para a visita
domiciliar. A escala do NADI deve ser compatível com a dos estágios e do ACMG.

Atividades didáticas:

Aulas teóricas ministradas pelos assistentes do NADI, em horários a serem combinados. Discussão e
acompanhamento dos casos, com avaliação do tipo 360°.

Horários:

Segunda à Sexta – 13h às 17h


Cada R2 deverá ter um dia fixo da semana compatível com seu ACMG e com as atividades dos
Estágios de Perioperatório e de Cuidados Paliativos.
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
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Enfermaria de Clínica Médica do 6º andar


Local​: Enfermaria de Clínica Médica - 6º andar do ICHC
Responsável​: Dr. Arnaldo Lichtenstein

Objetivos:
Estágio intensivo de treinamento em serviço, para a prática da conduta médica diante de pacientes
de alta complexidade, sendo responsável (juntamente com os internos) pelos procedimentos de admissão
do paciente, exame diário do paciente e registro por escrito de sua evolução, pela solicitação de exames
complementares, pela supervisão da prescrição diária no horário institucional pré definido, supervisão e
acompanhamento dos procedimentos propedêuticos e terapêuticos, bem como elaboração dos termos de
responsabilidade; estudo detalhado do caso e apresentação de suas observações nas discussões;
elaboração do relatório de alta e demais procedimentos.

Organização:
Os residentes devem se dividir em 2 duplas e 2 trios. As pessoas de cada dupla/trio não podem todas
fazer ACMG no mesmo dia.
Duplas e trios devem ser enviados ao e-mail da preceptoria antes do estágio.

Atividades assistenciais​:
A Enfermaria do 6º andar possui leitos de internação eletiva para investigação e leitos de retaguarda
de PS, totalizando cerca de 50 leitos divididos em quatro grupos: Azul, Amarelo, Verde e Vermelho. Cada
grupo conta com um ou mais assistentes responsáveis pelas visitas de discussão e acompanhamento dos
casos. Os residentes se dividirão entre os grupos, nos quais permanecerão durante os 2 meses do estágio.
Cabe ao residente supervisionar os internos do 5º ano na prescrição e evolução dos pacientes, assim
como orientá-los e auxiliá-los na passagem dos casos nas visitas, na aquisição e sedimentação das
principais síndromes clínicas, independente da complexidade dos casos sob seus cuidados.

Atividades didáticas:
Reunião Geral da Clínica – realizada às quintas-feiras, 10:30h, no Berilo Langer. São discutidos casos
com dúvidas diagnósticas e/ou terapêuticas. As apresentações devem ser elaboradas e realizadas pelo
residente responsável pelo leito. A presença é obrigatória.
Reunião Multidisciplinar: realizada semanalmente, na própria enfermaria. Dois casos são
apresentados pelos residentes responsáveis e debatidos em equipe multiprofissional.
Plantões​:
Os plantões noturnos na Enfermaria serão divididos entre os R2 do estágio. Os R3 não serão incluídos
nos plantões noturnos, mas eles deverão ser incluídos na evolução dos pacientes durante os finais de
semana.
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
34
O R2 de plantão contará com a colaboração de 1 R1 (dos Eletivos) e 1 interno do 5º ano. Durante os
plantões, o residente estará sob supervisão à distância dos assistentes da enfermaria do 6º andar e
presencial do plantonista da Unidade Intensiva.
Nos finais de semana, deverá ir um residente de cada grupo para evoluir os pacientes do seu
respectivo grupo. O residente poderá ir embora quando tiver discutido o caso com o Médico Assistente
(designado a passar visita naquele dia) e terminado as pendências. Um dos residentes deverá ficar até às 17
horas, quando passará o plantão àquele que permanecerá no período noturno.

Horários​:
Enfermaria: Segunda à sexta – 7h às 17h
Reunião geral da Clínica: Quartas – 8h às 10h
Reunião Multidisciplinar: Quintas – 11h às 12h.
Finais de semana e feriados (período diurno): 1 residente de cada grupo (R2 ou R3) chegará às 7
horas e sairá após discutir os casos e resolver as pendências; 1 residente permanecerá até às 19 horas.
Plantão noturno: 1 R2 na Enfermaria diariamente, das 19h às 7h
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
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Pronto Socorro do HU
Local​: Pronto-atendimento do Hospital Universitário da USP

Responsável​: Dr. Fernando Campos e Dra Lorena

Atividades assistenciais​:
O Hospital Universitário é um hospital geral de nível secundário de atendimento. No
pronto–atendimento, o residente terá a oportunidade de atender pacientes desse grau de complexidade. Os
residentes atenderão os pacientes na retaguarda, na sala de emergência e nos consultórios, se necessário.

Durante o plantão o residente deverá orientar os internos no atendimento aos pacientes na


retaguarda e consultórios, solicitando a supervisão dos assistentes, quando necessária.

Plantões​:
Durante os plantões, o residente estará sob supervisão dos assistentes do PA-HU. Haverá folga
pós–plantão. Os plantões serão no pronto atendimento, sendo:
2 R2 diariamente das 7h às 19h;
1 R2 diariamente das 19h às 7h.
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
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Pronto Socorro HCFMUSP (PSM)


Desenvolvido para o R2
Local:
Pronto-Socorro do Instituto Central - 4º andar do ICHC
Responsável:

Dr. Rodrigo Brandão Neto

Atividades assistenciais:

Pronto-socorro referenciado, de nível terciário de atendimento, com pacientes desse grau de


complexidade. O R2 ficará responsável pelo atendimento dos pacientes em observação e na sala de
emergência, sob supervisão dos assistentes do PSM. Ao final do plantão, o residente deverá acompanhar a
passagem de casos, passando todos os seus casos para os residentes que assumirão o plantão.

Às 14 horas os casos internados em macas/observação (Ala AA) serão revistos pelo assistente de
plantão e os residentes responsáveis por estes casos poderão ser realocados pelo médico assistente para
auxiliar na sala de emergência (prioritariamente) ou para o atendimento na porta, a depender da demanda
do plantão.

Plantões:

Durante os plantões, o residente estará sob supervisão dos assistentes do PSM. O assistente do PSM
poderá ser acionado pelo bipe 24 horas.

Todos os dias da semana, entre 8 e 20 horas - dois R2: 1 R2 responsável pela sala de emergência e 1
R2 responsável pela evolução dos pacientes admitidos (essas tarefas serão divididas com os residentes do
PRM de Emergências)

Todos os dias da semana, entre 20 e 08 horas - um R2 responsável pela sala de emergência (essas
tarefas serão divididas com um residente do PRM de Emergências); haverá um R2 advindo do estágio eletivo
responsável pela evolução dos pacientes admitidos (“macas”)

Sábados e domingos, entre 8 e 20 horas: haverá dois R1 advindos do AGD que auxiliarão na evolução
dos pacientes admitidos.

O modelo de escala abaixo é para auxiliar na construção de uma escala própria de cada grupo. Ela
pode ser útil como modelo tanto para o estágio do PSM como do PS-HU. A divisão por letras segue os dias de
ACMG de cada residente:

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo


1 2 3
DIA 1 B E E
DIA 2 C A A
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
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NOITE D D D
ACMG E

4 5 6 7 8 9 10
DIA 1 E C D C C B B
DIA 2 C E E E B C C
NOITE D A B A A A E
ACMG A B C D E

11 12 13 14 15 16 17
DIA 1 C E E E E D D
DIA 2 B A A C C B B
NOITE D D B A A A E
ACMG A B C D E

18 19 20 21 22 23 24
DIA 1 D D A A A A A
DIA 2 B A D C D E E
NOITE C E E B B C C
ACMG A B C D E

25 26 27 28 29 30 31
DIA 1 D A A B B C C
DIA 2 E D B A D D D
NOITE C E E C C B B
ACMG A B C D E

Acionamento de assistentes durante os plantões:


Durante os plantões no PSM, os assistentes ficam com um BIP para acionamento. O acionamento
pode ser feito 24 horas por dia e tem o objetivo de facilitar o contato do residente com o médico assistente.
Os locais de acionamento são:
- Sala de emergência
- UCI
- AB
- Regulação
- Saguão
- Outros setores DENTRO da Unidade de Emergência

Para realizar o acionamento, você deve discar:


*34: aguardar a mensagem de voz
136: aguardar a segunda mensagem de voz
01: aguardar a terceira mensagem de voz
Digitar o seu ramal
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
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UTI - Pneumologia
Local:​ UTI da Pneumologia - InCor - 8º andar do bloco II
Responsável:​ Prof. Dr. Carlos Roberto R. de Carvalho
Atividades assistenciais e didáticas:
Estágio voltado para treinamento em cuidados intensivos, aprofundando conceitos de mecânica
ventilatória. Serão discutidos em seminários e aulas temas sobre ventilação mecânica, monitorização
hemodinâmica e os tópicos mais relevantes no cuidado de pacientes críticos.
No estágio, o R2 estará diretamente subordinado ao R4 de Pneumologia e ao Preceptor da
Pneumologia. As dúvidas de condutas serão, obrigatoriamente, discutidas com o R4, que julgará a
necessidade de revê-las ou não com o assistente de plantão.

Plantões:
5 R2 de Segunda à Sexta, das 7h às 17h; 1 R2 de Segunda à Sexta das 17h às 7h;
1 R2 aos Sábados, Domingos e feriados das 7h às 19h e 1 R2 das 19h às 7h*
* Nestes dias, um residente adicional comparecerá à UTI para auxiliar na evolução diurna dos 10
pacientes internados na unidade.
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
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UTI - Clínica Médica


Local:​ UTI da Clínica Médica - 11º andar do ICHC
Responsável:​ Dr. Marcelo Park
Atividades assistenciais:
Atendimento de pacientes graves com necessidade de cuidados intensivos, sob supervisão dos
assistentes da UTI. Os residentes terão a oportunidade de conduzir pacientes com alto grau de
complexidade, com base nas melhores evidências científicas vigentes.

Atividades didáticas:
Aulas e discussões clínicas sobre atualizações em terapia intensiva, realizadas pelos assistentes da
UTI.

Plantões:
Durante os plantões, o residente estará sob supervisão dos assistentes da UTI.
5 R2 de Segunda à Sexta, das 7h às 17h;
1 R2 aos Sábados e Domingos, das 7h às 19h e 1 R2 das 19h às 7h.
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
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Infectologia
Local: Departamento de Moléstias Infecciosas - 4º andar do ICHC; Serviço de Extensão ao atendimento de
pacientes com HIV/AIDS.
Responsável:​ Dr. Marcelo Litvoc
Objetivos:
Desenvolver competência para identificar e iniciar tratamento, orientação e cuidados de pacientes
com as doenças infecciosas mais prevalentes.
Suspeitar, reconhecer e encaminhar pessoas com malária, infecção pelo HIV, leishmaniose.
Realizar uso racional de antibióticos.
Vacinação em adultos.
Diagnosticar infecções sexualmente transmissíveis, osteomielite, infecções nosocomiais (associadas
ao uso de cateteres e outros tipos de dispositivos, diarreia por Clostridium difficile), infecções em
imunossuprimidos, tuberculose, micoses sistêmicas, hepatites infecciosas.

Atividades assistenciais:
O estágio é dividido em duas quinzenas. Uma delas é predominantemente composta por atividades
na enfermaria e a outra por ambulatórios.*

ENFERMARIA Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

Manhã Enfermaria Enfermaria 7h às 8h - MBE Enfermaria Enfermaria


Enfermaria

Tarde Enfermaria SEAP Tuberculose SEAP Enfermaria

AMBULATÓRIO Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

Manhã PA Micoses 7h às 8h - MBE PA PA


PA/Acidentes
com material
biológico

Tarde PA PA/Interconsulta Tuberculose PA PA


*Escalas de atividades assistenciais sujeitas a mudanças

Atividades didáticas:
Reunião do Departamento de Moléstias Infecciosas às quintas-feiras 7h
Seminários a combinar com o responsável pelo estágio
Reuniões de MBE organizada pela preceptoria de clínica médica às quarta-feira, das 7h as 8h.
Manual do Residente de Clínica Médica - R1 e R2
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Horários:
Enfermaria: 7h às 19h. Exceções: dia do ACMG e quarta-feira à tarde (ambulatório de tuberculose).
Ambulatórios: 8h às 12h e 13h às 18h

Plantões:
Durante o estágio, não haverá plantões.

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