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Manual do Residente de Clínica Médica

Programa de Residência em Clínica Médica (Ano Adicional)


Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo

2018
Manual do Residente de Clínica Médica - R3
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Supervisão do Programa de Residência Médica

Profº Drº Milton de Arruda Martins

Professor Titular da Disciplina de


Clínica Geral e Propedêutica da
FMUSP

Profª Drª Maria do Profº Drº Chin An Lin


Patrocínio Tenório Nunes
Vice Supervisor do
Supervisora do Programa Programa

Médicos Preceptores da Residência


Fernando Salvetti Valente
Guilherme de Abreu Pereira
Hassan Rahhal
Thaís Lopes Bastos
Vitor Maia Teles Ruffini

Médicos Preceptores da Graduação


Cícero Nardini Querido
Diego Campos Gonzalez
Evelyn Pereira da Silva Feitoza

No HCFMUSP, médicos preceptores são médicos recém egressos selecionados pela


Supervisão do PRM para auxiliar na formação de estudantes e residentes
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Atribuições da Supervisão do
Programa de Residência Médica (PRM)

A Disciplina de Clínica Geral e Propedêutica, do Departamento de Clínica Médica da


FMUSP, é responsável, integralmente, pela formação dos médicos residentes de Clínica Médica
(Medicina Interna), ao longo dos dois anos básicos e do ano adicional (R3).
Responsabiliza-se, conjuntamente com os respectivos Supervisores, pelos residentes de
Neurologia e Patologia Clínica durante o primeiro ano de formação.
Pontualmente, também assume parte do treinamento dos residentes de Medicina Física e
Reabilitação, Dermatologia, Acupuntura, Medicina do Esporte, Medicina Legal, Medicina do
Trabalho e Genética.
Recebe ainda médicos de outras instituições nacionais ou internacionais para
aperfeiçoamento.

Objetivos do PRM

Gerais

Reconhecer e valorizar a abordagem médica integral.


Aprimorar a capacidade técnico-assistencial nos níveis de
atenção à saúde de competência do Médico Internista
(secundário e terciário), nos setores de ambulatório, enfermaria,
emergência e cuidados intensivos, por meio da assistência direta
ao paciente, sob supervisão de preceptores e médicos
assistentes.

Cognitivos

Aprofundar conceitos de prevenção, manutenção, e


reabilitação da saúde, baseado nas melhores evidências
científicas.
Desenvolver o raciocínio crítico, a partir de discussões
baseadas em evidências científicas, quanto a riscos, benefícios e
custos financeiros de exames e tratamentos nos diversos níveis de atendimento.
Habilitar no manuseio das técnicas terapêuticas medicamentosas e não medicamentosas,
com análise crítica das mesmas.
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Habilitar no cuidado integral do paciente crítico internado, em atendimento compartilhado
com outras especialidades médicas, assim como equipe multiprofissional.
Desenvolver e aprimorar função didática junto aos internos e residentes do primeiro ano,
por meio de curso longitudinal de educação médica e por discussão de casos, preparação de
visitas e reuniões, revisões de temas teóricos de interesse e relacionados aos casos.

Psicomotores
Reconhecer e aprimorar a função social, ética, técnica e científica do médico, e o trabalho
em equipe de saúde e entre pares.
Treinamento em atendimento, orientação e condução de pacientes em ambulatório e em
enfermarias.

Elaborar prontuários médicos nos diferentes níveis


de complexidade e locais de atendimento.

Realizar adequadamente procedimentos eletivos,


de urgência e emergência da competência de um
Médico Internista.

Organização e apresentação de casos e temas em


visitas, reuniões, seminários.

Participar e coordenar reuniões multidisciplinares


com profissionais de saúde não médicos.

Orientação de internos na realização de anamnese,


exame clínico, postura ética e procedimentos.

Afetivos
Aprimorar-se humanística, social, ética e profissionalmente.
Respeitar a autonomia, contexto social e cultural de cada pessoa sob seus cuidados.
Desenvolver capacidade de lidar com ansiedade, dúvidas, medos e pudores dos pacientes
sob seus cuidados, nas diversas situações do treinamento.
Reconhecer, aceitar e trabalhar com os sentimentos dos pacientes e familiares nos
diferentes contextos de exposição do treinamento médico.
Reconhecer os mecanismos psicológicos envolvidos nos diversos quadros e situações
clínicas; relacionamentos interprofissionais e pessoais.
Perceber a função da relação médico-paciente no processo terapêutico e desenvolvê-la
para potencializar os demais recursos de tratamento. Auxiliar internos a desenvolver a relação
médico-paciente, lidar com seus conflitos naturais à graduação, destacando os componentes
éticos – profissionais e afetivos.
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Expor e discutir com os pacientes, familiares, internos e residentes do primeiro ano
aspectos diagnósticos e terapêuticos de cada caso, respeitando a participação constante
(autonomia dos envolvidos) nas decisões sobre a condução dos casos.
Respeitar limites e saberes de outros profissionais de saúde, na assistência e no ensino.
Reconhecer as próprias dificuldades e de colegas, buscando apoio quando necessário.
Ser capaz de se auto-avaliar e refletir sobre sua prática profissional para aprimorar-se ao
longo do seu processo de formação.
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Conteúdos e estratégias

O aprendizado durante a residência será essencialmente prático. Entretanto, em cada


estágio, poderá haver seminários, reuniões e aulas.
Durante todo o PRM o residente será incentivado a adotar postura ativa no processo de
ensino e aprendizagem.
O programa teórico ao longo do PRM pode ser sintetizado nos tópicos abaixo:
● Aulas semanais do PRM
● Aulas mensais do Departamento de Clínica Médica
● Discussões semanais de artigos científicos e suas metodologias
● Curso de medicina baseada em evidências
● Discussões clínicas baseadas em evidências
● Artigos sugeridos em cada estágio
● Seminários e aulas de cada estágio
● Curso de educação médica
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Plantões e Cobertura de final de semana

Plantões como hospitalista


Ao longo de ​todo o ano adicional​, os residentes deverão dividir-se para cobertura de
plantões noturnos na Enfermaria de Hospitalistas, de segunda- feira a domingo, das 19h às 07h.

Evoluções de enfermaria
Durante o estágio de enfermaria de clínica médica, deverão se dividir com os R2 para as
evoluções de pacientes ​do seu grupo​ aos finais de semana e feriados.

OSCEs
Dentro dos diferenciais dos residentes do ano adicional de clínica médica, encontra-se o
envolvimento com atividades de avaliação e ensino de médicos em formação.
Entre os métodos de avaliação utilizados encontra-se o OSCE (​Objective Structured Clinical
Examination​), que é um modelo de prova prática baseada em simulação de atendimento.
Dessa forma, ao início do programa receberão as datas de avaliações de alunos e
residentes e deverão se dividir de maneira que haja pelo menos 3 residentes em cada evento.

Avisos importantes - Plantões

Os plantões terão ​duração máxima de 12 (doze) horas​. Após o plantão noturno, há


descanso ​de​ ​6 horas​ (“pós plantão”), conforme Resolução da CNRM nº 1, de 16 de junho de 2011.

De acordo com a ética, para início do descanso, devem ser finalizadas as funções médicas e
o superior do local onde o residente está estagiando deve ser comunicado da saída do residente
antes dele deixar o local.

Evite conflitos de horários entre atividades obrigatórias e períodos de pós plantão. Por
exemplo, se o seu ambulatório é toda terça-feira de tarde, evite plantões noturnos na
segunda-feira.
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O número de horas semanais de trabalho (somando-se plantões, ambulatório e
enfermaria) ​não poderá ultrapassar 60 horas semanais​. Solicitamos que irregularidades sejam
informadas à supervisão do PRM para as devidas averiguações e providências.
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Características gerais dos estágios - R3

ESTÁGIO DURAÇÃO LOCAL RESUMO DAS ATIVIDADES

Ambulatório de Seguimento ambulatorial longitudinal


Clínica Médica Geral 1 ano PAMB na atenção terciária de pacientes com
(ACMG) doenças crônicas.

Prédio dos
Ambulatório Geral e Discussão de casos ambulatoriais com
2 meses ambulatóri
Didático (AGD) residentes do primeiro ano
os (PAMB)
Enfermaria geral em hospital terciário.
Enfermaria do Sexto
2 meses ICHC Inclui supervisão de internos do quinto
Andar (ECMG)
ano.
Enfermaria que cuidará de pacientes
Enfermaria de advindos do pronto-socorro, em sua
2 meses ICHC
Hospitalistas maioria caracterizados por co-manejo
clínico-cirúrgico

Avaliação pré-operatória de pacientes


Perioperatório 1 mês PAMB
ambulatoriais e internados.

Acompanhar diversos setores que


Gestão em Saúde 1 mês ICHC
envolvem gestão em saúde.

Seguimento de cuidados paliativos de


pacientes predominantemente
Paliativos HC 1 mês ICHC
não-oncológicos. Interconsulta e
ambulatório.

Seguimento de cuidados paliativos de


Paliativos ICESP 1 mês ICESP pacientes oncológicos. Interconsulta e
ambulatório.

Estágio hospitalar em diferentes


Eletivo 1 mês ICHC subespecialidades clínicas. Escolhido
pelo próprio residente.
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ACMG - Ambulatório de Clínica Médica


Geral
Local​: AGD - 4º andar do PAMB;
Responsável:​ Supervisão do PRM e preceptores da Clínica Médica

Objetivos pedagógicos:
Desenvolvimento de competência em assistência ambulatorial com foco no cuidado longitudinal
de pacientes com múltiplas comorbidades clínicas. Espera-se que o residente:
Aprimore sua capacidade de gestão do cuidado, já que muitos pacientes acompanham
concomitantemente em outras especialidades; estreite a relação médico-paciente com os
pacientes sob seus cuidados; desenvolva habilidades de comunicação e empatia.
Compreenda o contexto sócio-econômico cultural dos pacientes, identificando barreiras que
comprometam a adesão ao tratamento e estabelecendo facilitações para empoderamento do
indivíduo no processo saúde-doença.
Aplique a medicina baseada em evidência, com critérios éticos e de custo-benefício,
individualizando as estratégias de cuidado à singularidade de cada paciente. Reconhecer e atuar
como membro de uma equipe interdisciplinar para melhorar a qualidade do cuidado.

Atividades assistenciais:
Ambulatório desenvolvido por cada residente uma vez por semana, em dia fixo da semana, para
primeiro atendimento e seguimento de casos, sob orientação de assistentes também fixos por dia
da semana.
O R3 participará deste ambulatório durante todo o ano, sendo dispensado apenas nos estágios
de férias. Os assistentes ficam à disposição para discussão de casos, dúvidas e apoio ao médico
residente.
A autorização de pacientes "extras" é de ​exclusividade dos responsáveis pelo ACMG.

Método de avaliação:
- Conceito global segundo escala atitudinal levando em consideração análise subjetiva de acordo
com o desempenho apresentado durante as discussões dos casos atendidos.

- Feedback de meio e final de estágio


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AGD – Ambulatório Geral e Didático


Local​: AGD - 4º andar do PAMB

Coordenação Didática:​ Supervisão do PRM e Preceptoria de Clínica Médica

Coordenação administrativa do ambulatório​: Prof. Dr. Chin An Lin

Objetivo pedagógico:

Desenvolver a habilidade de discussão de casos clínicos, tomadas de decisão e


aprimoramento de habilidade de ensino com residentes e internos.

Método de avaliação:

Conceito global segundo escala atitudinal, levando em consideração análise subjetiva de


acordo com o desempenho apresentado durante as discussões dos casos atendidos.

Atividades acadêmicas:

Discussão do atendimento de pacientes da Clínica Geral, encaminhados do PS, rede básica


de Saúde ou interconsultas, feito por internos e residentes do primeiro ano de Clínica Médica,
visando contemplar as principais queixas existentes em um ambulatório geral e de promoção da
saúde.

Participar das oficinas e aulas práticas, de acordo com sua escala, junto com os demais
residentes do estágio.
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Avaliação Perioperatória/Interconsulta
Local​: Ambulatório de Avaliação Perioperatória - 4º andar do PAMB

Responsável​: Dr. Júlio César de Oliveira

Objetivo pedagógico​:
Realizar avaliação pré-operatória ambulatorial e de pacientes internados, encaminhados
de outras especialidades do ICHC.
Realizar atendimento de interconsultas clínicas de pacientes internados em outras
especialidades no complexo.

Atividades didáticas:
Aulas sobre 3 temas: risco cardíaco, risco pulmonar e risco de tromboembolismo venoso.
Discussões de artigos às quartas-feiras ao meio-dia. Temas de pré-operatório, com foco na
análise crítica da evidência.
Às tardes, o residente atenderá apenas um dia no ambulatório de pré-operatório e
discutirá no AGD duas tardes por semana.
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Enfermaria de Clínica Médica


do 6º andar
Local​: Enfermaria de Clínica Médica - 6º andar do ICHC
Responsável​: Dr. Arnaldo Lichtenstein

Objetivos pedagógicos:
Realizar o atendimento de pacientes de alta complexidade, incluindo procedimentos
pertinentes ao médico internista, evolução e prescrição dos pacientes.
Supervisionar e ensinar os internos durante a realização dos procedimentos propedêuticos
e terapêuticos, bem como elaboração dos termos de responsabilidade, estudo detalhado do
caso, apresentação nas discussões e elaboração do relatório de alta.

Atividades assistenciais​:
A Enfermaria do 6º andar possui leitos de internação eletiva para investigação e leitos de
retaguarda de PS, num total de 50 leitos divididos em quatro grupos: Azul, Amarelo, Verde e
Vermelho, cada um com um ou mais assistentes responsáveis, que se alternam nas visitas. Os
residentes se dividirão entre os grupos, nos quais permanecerão durante os 2 meses do estágio.
Cabe ao residente supervisionar os internos do 5º ano na evolução dos pacientes, assim com
auxiliá-los na passagem dos casos nas visitas.

Atividades didáticas:
Reunião Geral da Clínica – realizada semanalmente no Anfiteatro do 8º andar do PAMB, são
discutidos casos com dúvidas diagnósticas e/ou terapêuticas elaborados por internos e residentes
e apresentados pelo R2 ou R3 responsável pelo leito. Presença OBRIGATÓRIA.

Reunião Multidisciplina​r: realizada semanalmente na enfermaria, são apresentados e debatidos


em equipe multiprofissional com a presença das equipes envolvidas no cuidado do paciente com a
participação do médico residente na discussão com supervisão pela preceptoria.

Horários​:
Enfermaria: Segunda à sexta – 7h às 19h
Reunião geral da Clínica: Quartas – 8h às 10h
Reunião Multidisciplinar: Quintas – 11h às 12h.
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Gestão em Saúde
Local​: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
Responsáveis​: Dra Beatriz Perondi, Profa Dra Eloísa Bonfá, Supervisão do PRM

Objetivo pedagógico​:
A competência em gestão (de estudos, tempo, financiamento, insumos, incorporação de
tecnologias e outros) é atributo que, cada vez mais, se exige dos profissionais da saúde.
Implica no conhecimento da política interna e externa de atenção à saúde; na aquisição de
habilidades em maximizar os benefícios a serem obtidos com os recursos disponíveis e no
desenvolvimento da atitude de assegurar o acesso da população a tecnologias efetivas e seguras,
em condições, ou em busca de equidade, centrado em princípios éticos.
Competências a serem desenvolvidas ao longo do estágio:

Conhecimento Habilidades Atitudes

Conhecer o Sistema de saúde e a Compreender o processo de gestão e


função dos diversos serviços que o regulação realizados pelos médicos na Ético
compõem. instituição de saúde Respeitoso
Atencioso
Zeloso
Recursos de saúde do sistema em que Reconhecer os recursos de saúde existente Pontual
se insere Verificar a efetividade dos recursos de Compreensivo
saúde Cuidadoso
Responsável
Racionalização do uso de serviços de Racionalizar o uso dos recursos
saúde, como: disponíveis dentro de um sistema de saúde
- Custos do cuidado como serviços de para avaliar o custo das intervenções
atenção a saúde (consultas, realizadas, ou a serem implementadas, sua
internamentos…), testes diagnósticos, factibilidade e efetividade, aprendendo a
procedimentos, terapias e consultas gerenciar intervenções de saúde de forma
ambulatoriais ou hospitalares racional em um ambiente de alta demanda
- Conceitos de eficácia, eficiência, e recursos limitados.
efetividade e sua relação com os Minimizar cuidados fúteis, que não tenham
custos do cuidado. evidência de benefício ao paciente e
oneram o sistema de saúde.
Incorporar novas tecnicas que aprimorem a
atenção a saúde, com base nas melhores
evidências disponíveis, ampliando o
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benefício e reduzindo custos envolvidos no


processo de atenção à saúde.
Padronizar e protocolar às decisões clínicas
dentro de um sistema de saúde com base
em princípios de uso racional de recursos.

Importância da gestão dos diferentes Identificar a ação dos envolvidos nos


membros da equipe de saúde processos de atenção à da saúde, incluindo
colaboradores, fornecedores, financiadores
e consumidores dos serviços, além do
impacto nos custos e acesso aos cuidados
de saúde.

Gestão do cuidado Gerenciar a equipe assistencial no cuidado


aos pacientes, garantido o adequado
funcionamento dos serviços de saúde.
Colaborar no gerenciamento das equipes
não assistenciais no suporte aos serviços de
saúde prestados na instituição.

Entender os processos assistenciais Garantir o funcionamento adequado dos


que circundam o cuidado do paciente, serviços prestados.
principalmente os fluxos de Garantir a segurança do paciente e da
funcionamento de uma instituição de equipe na cadeia de cuidados.
saúde. Compreender o funcionamento das
principais comissões hospitalares,
ampliando o conhecimento de prontuários,
revisão de óbitos, ética, ética em pesquisa,
bioética, farmácia clínica

Transição de cuidado entre os Coordenar a transição de cuidado no


diferentes níveis de atenção no sistema de saúde: cuidados ambulatoriais,
sistema de saúde, como: cuidados subagudos, agudos, reabilitação e
ambulatoriais, subagudos, agudos, promoção da saúde, prevenção de agravos.
reabilitação, promoção da saúde e Gerenciar a interação entre os diferentes
prevenção de agravos níveis de atenção ao paciente,
considerando os múltiplos provedores de
tal ação.

Atividades:
Acompanhar e gerir a regulação de vagas e transferências intra e extra-hospitalares
(urgência/emergência e UTI).
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Conferir diariamente a fila de pedidos de UTI (primeira atividade da manhã) e, ao longo do
dia, decidir em conjunto com o Intensivista sobre as admissões.
Acompanhamento da Equipe de Gestão nas Reuniões de discussão de Projetos e Fluxos
Acompanhamento da Gestão de Leitos e/ou da Regulação Médica.

​Trabalho de Final de Estágio:


Ao Longo do estágio, observar os fluxos e processos e entregar, ao final, uma sugestão de
melhoria, com justificativas baseadas no aprendizado durante o período na gestão.

Horários​:
Segunda à sexta: 7:30h às 17h

Paliativos HC
Local​: Prédio da administração, 6º andar
Responsáveis​: Dr. Ricardo Tavares, Dr. Douglas Crispim

Objetivo Pedagógico:
Respeitar os princípios de ética e confidencialidade de sigilo, priorizando a comunicação
direta com o paciente sempre que possível.
Aprofundar os princípios da Bioética.
Conhecer e aplicar os conceitos de cuidados paliativos em pacientes com doenças crônicas,
internados e em seguimento ambulatorial.
Aprimorar a prática interprofissional compartilhada na tomada de decisão e manejo de
pacientes em cuidado paliativo.
Amparar pacientes, acompanhantes e familiares durante cuidados paliativos.
Conhecer e aplicar as decisões ético-legais no final de vida, incluindo diretivas antecipadas
de vontade.
Aprofundar habilidades de comunicação.

Atividades:
Atendimento ambulatorial e de interconsulta de pacientes clínicos em cuidados paliativos,
sob a supervisão da equipe de assistentes.

Horários​:
Segunda à sexta: 7h às 18h
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ICESP - Cuidados Paliativos do Instituto do


Câncer
Local​: Equipe de Cuidados Paliativos - 19º andar do ICESP

Responsável​: Dr. Toshio Chiba

Objetivo pedagógico:
Realizar atendimento de interconsulta de pacientes oncológicos.
Conhecer diretrizes de manejo dos principais sinais e sintomas: depressão, dor, dispneia,
insônia, alterações nas eliminações, tosse, hipersecreção, náuseas, vômitos, fadiga, delirium.
Conhecer as escalas prognósticas
Conhecer e aplicar protocolos de sedação e analgesia, quando indicados.
Desenvolver habilidade de comunicação de notícias difíceis, lidar com o cerco do silêncio.

Atividades assistenciais​:
Atendimento de pacientes internados em enfermaria e de pacientes ambulatoriais, sempre
sob supervisão dos assistentes da área.

Atividades didáticas:
Workshops de comunicação e seminários semanais.

Horários​:
Segunda à sexta-feira, das 7h às 12h
Duas tardes por semana, das 13h às 17h
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Enfermaria de Hospitalistas

Local​: Enfermaria de Hospitalistas - 5° andar do ICHC


Responsável​: Dr. Edison Paiva

Objetivo pedagógico:
Coordenar o cuidado geral; coordenar o cuidado ​da assistência ao paciente desde a
admissão até a alta ​hospitalar​, ​com ​foco no paciente e ​na eficiência do serviço​, co-manejo
clínico-cirúrgico, segurança do paciente, qualidade de assistência e custos.
Atuar conforme sistema de referência e contra-referência entre os médicos hospitalistas e
especialistas, tendo a condução do plano diagnóstico terapêutico sob responsabilidade da equipe
de hospitalistas.
Integrar equipe interprofissional no
atendimento do paciente para definição e
acompanhamento de plano diagnóstico e
terapêutico
Cuidado centrado no paciente: prescrição
segura, solicitação racional de exames
complementares, garantia de transição de
cuidados e aprimoramento científico com base
em evidências
Realizar co-manejo clínico-cirúrgico de
pacientes, estabelecendo e se responsabilizando
pelo plano diagnóstico e terapêutico
interprofissional.
Programar e realizar a transição de
cuidado entre os diferentes cenários: UTI -
enfermaria - ambulatório.
Modificar indicadores hospitalares – produção, tempo de permanência, taxa de
mortalidade, taxa de ocupação, índice de infecção, úlceras de pressão, quedas, reinternação não
programada, retorno à cuidados intensivos não programados, qualidade de registro em
prontuários.
Avaliar e propor aprimoramento à rede de cuidado: pronto socorro – enfermaria de
hospitalistas – unidade de cuidados intermediários – unidade de cuidados intensivos –
ambulatório.
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Atividades assistenciais​:
Evolução e prescrição dos pacientes internados, bem como realização de procedimentos
pertinentes ao médico internista.
Discussão diária interprofissional para estabelecimento e acompanhamento do plano de
cuidado de cada paciente
Realização de plantões noturnos, ficando responsável pelas intercorrências dos pacientes.

Outras atividades:
Reunião científica semanal sobre medicina hospitalar baseada em evidências
Reunião semanal para capacitação Interprofissional
Reunião mensal com Supervisão do PRM, Gestão de Leitos e Diretoria Clínica

Horários:
Segunda à sexta-feira: 7h às 17h
Plantões das 19h às 7h
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Eletivos
Local​: Enfermarias e Ambulatórios das Especialidades - ICHC/PAMB
Responsáveis​: cada eletivo terá um responsável ligado à especialidade
Funcionamento​:
As opções são: Alergia e Imunologia, Cancerologia Clínica, Endocrinologia,
Gastroenterologia, Geriatria, Hematologia, Nefrologia, Pneumologia, Reumatologia, Métodos
Gráficos (Eletrocardiografia).
Pode-se realizar estágio eletivo internacional ou mesmo um estágio não constante na
listagem disponível aos residentes, desde que as regras abaixo sejam respeitadas..

Para estágios internacionais:


● A intenção deverá ser comunicada à Supervisão do PRM antes da formalização do pedido,
de acordo com as regras em vigor, para que haja o planejamento necessário e para que o
residente possa ser melhor orientado;
● O pedido deve ser formalizado com, no mínimo, seis meses de antecedência, para o devido
processo;
● O próprio residente deverá buscar o estágio do seu interesse;
● O residente deverá arcar com os custos inerentes à passagem, hospedagem, alimentação
etc;
● O residente do terceiro ano tem uma carga de plantões durante seu estágio eletivo;
sendo assim, caso o R3 tenha interesse em um estágio externo, deve contar com a
concordância (por escrito) dos demais residentes do seu grupo, que deverão cobrir as
suas atividades​; também por essa razão, não será permitida ausência de mais de um
residente por grupo;
● Solicitar, em tempo hábil, o bloqueio de sua agenda de ACMG, antecipando o atendimento
de eventuais consultas já agendadas;
● O residente do segundo ano não cumpre plantões, mas deverá atender durante o ACMG;
por isso, deverá, junto com um Preceptor, reorganizar sua agenda daquele mês
(antecipando os atendimentos agendados, nunca postergando) e solicitar que sua dupla
realize os atendimentos necessários que possam ocorrer nesse período, bloqueando, em
tempo hábil, a marcação de consultas.

Para eletivo interno não constante na listagem oficial:


● A intenção deverá ser comunicada à Supervisão do PRM antes da formalização do pedido
para que haja o planejamento necessário e para que o residente possa ser melhor
orientado;
● Caberá à Supervisão do PRM autorizar o estágio, o que dependerá da pertinência deste
para a formação de Médico Internista;
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● O pedido deve ser formalizado com, no mínimo, 3 meses de antecedência, para o devido
processo;
● O próprio residente deverá buscar o estágio do seu interesse;
● O residente deverá apresenta um cronograma de atividades, incluindo horários de entrada
e saída, o local onde deverá estar em cada turno, as atividades que realizará em cada local
do estágio (exemplo: observar consultas), com ciência e aceitação por escrito do Médico
Assistente e/ou o Professor responsável pelo residente durante o estágio.

Para eletivos nacionais externos ao HCFMUSP:


● A intenção deverá ser comunicada à Supervisão do PRM antes da formalização do pedido
para que haja o planejamento necessário e para que o residente possa ser melhor
orientado;
● Caberá à Supervisão do PRM autorizar o estágio, o que dependerá da pertinência deste
para a formação de Médico Internista;
● Um estágio nacional externo ao HCFMUSP deverá oferecer comprovadamente algo que o
próprio complexo HCFMUSP não ofereça;
● O pedido deve ser formalizado com, no mínimo, 3 meses de antecedência, para o devido
processo;
● O próprio residente deverá buscar o estágio do seu interesse;
● O residente deverá apresenta um cronograma de atividades, incluindo horários de entrada
e saída, o local onde deverá estar em cada turno, as atividades que realizará em cada local
do estágio (exemplo: observar consultas), com ciência e aceitação por escrito do Médico
Assistente e/ou o Professor responsável pelo residente durante o estágio;
● O residente do terceiro ano tem uma carga de plantões durante seu estágio eletivo;
sendo assim, caso o R3 tenha interesse em um estágio externo, deve contar com a
concordância (por escrito) dos demais residentes do seu grupo, que deverão cobrir as
suas atividades​; também por essa razão, não será permitida ausência de mais de um
residente por grupo;
● Solicitar, em tempo hábil, o bloqueio de sua agenda de ACMG, antecipando o atendimento
de eventuais consultas já agendadas;
● O residente do segundo ano não cumpre plantões, mas deverá atender durante o ACMG;
por isso, deverá, junto com um Preceptor, reorganizar sua agenda daquele mês
(antecipando os atendimentos agendados, nunca postergando) e solicitar que sua dupla
realize os atendimentos necessários que possam ocorrer nesse período, bloqueando, em
tempo hábil, a marcação de consultas.

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