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INTRODUÇÃO
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A temática desse projeto contempla o quarto eixo temático da Agenda
Nacional de Prioridades de Pesquisa do Ministério da Saúde
“Desenvolvimento de Tecnologias e Inovação em Saúde” de mapeamento e
desenvolvimento de modelos de gestão de tecnologias em saúde para
estabelecimentos assistenciais de saúde (BRASIL, 2018)
Uma das opções para esse projeto maior é o uso de métodos de consenso.
Estes estão sendo cada vez mais usados em diversas áreas. Na área da
saúde é útil para desenvolver diretrizes clínicas que definem aspectos-chave
da qualidade dos cuidados de saúde e a fim de indicações apropriadas para
intervenções. Dentre essas abordagens, o método Delphi tem sido utilizado
na saúde por ser um método formal de consenso em que a estrutura, o
processo e o resultado são explícitos desde o início. É capaz de identificar os
fatores que afetam as decisões que emergem dos métodos de
desenvolvimento de consenso e avaliar as implicações dos achados para o
desenvolvimento de diretrizes clínicas (MURPHY et al 1998).
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
MÉTODO DA PESQUISA
Método sub projeto tese 1 -
Trata-se de uma pesquisa metodológica, acontecerá em duas fases: 1)
elaboração do protocolo para o cuidado de pacientes em CPR-IC e validação de
conteúdo do instrumento; 2) construção de um ambiente simulado para validação do
protocolo.
Primeira fase do estudo: construção e validação de conteúdo
Na primeira fase do estudo ocorrerá a elaboração do protocolo e após a
construção seguirá para etapa de validação de conteúdo com juízes. O protocolo terá
como objetivo fornecer recomendações clínicas e gerencias para os cuidados com
pessoas em CPR-IC. O instrumento elaborado será destinado a equipe de saúde que
presta atendimento de urgência e emergência, entre eles enfermeiros, médicos, técnico
de enfermagem e condutor socorrista.
O presente protocolo será elaborado seguindo as orientações do Guia para a
Construção de Protocolos Assistenciais do Conselho Regional de Enfermagem
(COREN) de São Paulo (PIMENTA et al., 2015).
O embasamento sugerido pelo referencial metodológico, proposto por
Pimenta et al (2015), irá nortear esta fase da pesquisa. Este guia segue as orientações
da Organização Mundial da Saúde (OMS) e outros órgãos, nacionais e internacionais
que estabeleceram critérios para construção e avaliação de protocolos assistenciais e
de cuidados. Esta primeira etapa será responsável pela concepção do instrumento, que segundo
Pimenta et al (2015) deve ser definido os critérios bases para construção do instrumento.
A coleta de dados para construção do instrumento será mediante duas fontes:
1) revisão da literatura; 2) entrevista com profissionais da assistência. Justifica-se a
segunda fonte de coleta pela escassez de publicações relacionados ao objeto em
estudo.
A revisão integrativa foi eleita como método de pesquisa, pois corresponde a
uma estratégia metodológica ampla que permite a busca, a avaliação crítica a síntese
de evidências relevantes, de maneira sistemática e ordenada. Para nortear a pesquisa
será utilizado a estratégia PICo, sendo P – Population (população/tipo de doente e
condição); I - Intervention (intervenção ou situação de interesse); Co - Context
(contexto), para formular a seguinte pergunta norteadora: Quais são as evidências
científicas sobre CPR-IC e as principais indicações de cuidados? Sendo P: Pessoas em
PCR em CPR-ic, I: principais indicações de cuidados na CPR-IC e C: no ambiente pré
e intra-hospitalar.
Na segunda etapa será realizada um estudo descritivo e exploratório de
abordagem qualitativa. A coleta de dados será realizada com profissionais da
emergência, médicos e enfermeiros, que atuam no pré e intra-hospitalar. O objetivo
será complementar as informações oriundas da revisão da literatura e identificar a
experiência vivenciadas pelos profissionais que possam agregar ao instrumento.
Serão convidados a participar profissionais que atendam os seguintes
critérios de inclusão: ser médico, enfermeiro ou técnico de enfermagem; trabalhar no
setor de emergência pré ou intrahospitalar; ter mais de um ano de experiência.
A coleta de dados acontecerá por meio de entrevista individual com auxílio
de um roteiro semiestruturado construído pela pesquisadora. Mediante autorização do
participante as entrevistas serão gravadas e posteriormente serão transcritas. Será
coletado até atingir a saturação da amostra, quando o pesquisador encontrar a lógica
interna do objeto, em suas conexões e interconexões, nas falas das participantes
(MINAYO, 2017).
Inicialmente os profissionais serão convidados a participar da pesquisa,
através da carta convite, em caso de aceitação serão esclarecidos os objetivos da
pesquisa, bem como seus benefícios e riscos. Será solicitada a assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido.
O roteiro de entrevista será estruturado em duas partes: 1) caracterização do
profissional (sexo, escolaridade, categoria, tempo de experiência no serviço, nível de
atuação-pré ou intra); 2) perguntas relacionadas ao objeto de pesquisa (você conhece
o evento CPR-IC? Você já vivenciou o evento? Se sim, como aconteceu? Qual
conduta da equipe? Você sente a necessidade de existir diretrizes para apoio ao
evento? Você gostaria de aprender ou saber sobre o evento? Se sim, você poderia
descrever sobre quais pontos essas diretrizes deveriam contemplar.
As entrevistas serão transcritas integralmente no programa Microsoft Word
2013® e para auxílio na análise do corpus das entrevistas será utilizado software
ALCESTE (Anályse Lexicale por Contexte d’ um Esemble de Segments de Texte). As
análises de conteúdo textuais podem ser realizadas de forma manual com base nos
significados (semântica) e/ou eletrônica com base na estrutura gramatical (léxico)
(NASCIMENTO; MENANDRO, 2006).
A terceira etapa consistirá na elaboração do protocolo em si. Seguindo os
critérios estabelecidos por Primenta et al (2015) nesta etapa serão abordados os
elementos relacionado a construção do fluxograma, estabelecido o indicador de
resultados, realizado a validação por especialistas e a revisão do protocolo. O item
que se refere ao plano de implementação não será contemplado, pois não condiz com
o obetivo desse estudo.
Os fluxogramas são capazes de representar os processos de forma clara e
sucinta, apresentando uma visao geral do processo, utiliza uma simbologia simples
com padronização da comunicação, define de forma clara os limites de atuação, das
ações a serem executadas e dos responsáveis, além de ser bastante útil no treinamento
de novos profissionais (PIMENTA et al., 2015). A primeira parte so protocolo será
constituida por uma breve apresentação contemplada pela introdução, os objetivos e
os critérios utilizados para a busca de evidências. Em seguida serão apresentados
quadros, contendo as recomendações e as evidências, acompanhados do fluxograma
para ação.
Como o protocolo será direcionado para equipe de saúde que atende no pré e
intra-hospitalar, estará descrito as ações para o suporte básico e o suporte avançado,
considerando que a formação do serviço é pré hospitalar.
Após sua elaboração, o protocolo será submetido a uma avaliação de
qualidade por juízes especialistas na área, utilizando-se de um instrumento para
avaliação de diretrizes clínicas (Appraisal of Guidelines Research & Evaluation -
AGREE II) (APÊNDICE D). Esta etapa será descrita a seguir no item 4.3.
Para validação de conteúdo serão incluídos especialistas da saúde com
experiência na área de interesse urgência e emergência, atendimento pré-hospitalar e
intrahospitalar e emergência cardiológicas. Quando se trata de validação do conteúdo
de instrumentos, a literatura não entrou em consenso ainda quanto ao número de
juízes necessários. De acordo com o AGREE II (2009), é recomendado que cada
diretriz seja julgada por pelo menos dois, e preferencialmente quatro avaliadores. É
recomendável optar-se por uma quantidade ímpar de juízes a fim de evitar empate de
opiniões.
Considerando a necessidade de estabelecer parâmetros para a seleção, para
os especialistas de conteúdo será utilizado o sistema de classificação seguindo os
critérios de Guimarães et al. (2010) com adaptações, sendo exigida pontuação mínima
de cinco pontos, conforme apresentado no quadro 1.
FONTE: Simulation Desing Scale validado para português por Almeida et al. (2015).
Finalizada a etapa de testagem, o pesquisador e a equipe de apoio
operacional do ambiente simulado irá realizar a última etapa de feedback. Serão
convidados, também a participar, os alunos que participaram da etapa de testagem,
como estratégia para fortalecer os pontos positivos e destacar aqueles que necessitam
de correções. Serão analisados os fatores avaliados pela Simulation Desing Scale.
Após passar por todas as fases proposta por Mazzo et al. (2017), o ambiente
estará construído e validado, pronto para validar o protocolo de cuidados para
paciente em CPR-IC. Serão convidados a participar desta fase os profissionais do
serviço. Será montado duas equipes, sendo uma de suporte básico e outra de suporte
avançado. O protocolo será aplicado no ambiente simulado pelas duas equipes e
posteriormente avaliado pelo grupo técnico operacional e os profissionais do serviço
que participaram da simulação.
Este subprojeto será submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP) da Universidade Estadual do Ceará via Plataforma Brasil, onde será avaliada a
relevância do desenvolvimento do estudo e conformidade com os aspectos éticos e
legais cabíveis. Corrobora com a Resolução Nº 466/2012 do Conselho Nacional de
Saúde (CNS) que trata do respeito à dignidade humana e proteção aos participantes
das pesquisas científicas, refletindo o comprometimento com a ética, inerente ao
desenvolvimento científico e tecnológico (BRASIL, 2012b).
Serão considerados os pressupostos da bioética, com a utilização do Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE aos participantes, firmando o
compromisso de manutenção dos princípios de não maleficência, beneficência, justiça
e autonomia, garantindo ao voluntariado a liberdade de participação ou desistência
(BRASIL, 2012b).
Esta pesquisa poderá trazer riscos mínimos relacionados ao constrangimento
em responder a algum item dos instrumentos da pesquisa e como benefício, poderá
contribuir para avaliação de um protocolo que posteriormente poderá ser agregado aos
serviços de saúde de urgência e emergência e que irá subsidiar as condutas das
equipes de saúde frente a um evento de CPR-IC, além de contribuir para o progresso
da ciência.
Método sub projeto tese 2 -
Tipo e período do estudo
Trata-se de um estudo metodológico(14) que será desenvolvido no período
de 2022 e 2023, perfazendo 24 meses, o qual realizará a construção de uma
ferramenta educacional digital, do tipo jogo de realidade virtual. Classifica-se a
natureza desta pesquisa como aplicada, por se tratar de uma pesquisa que vai além do
que apenas entender a natureza dos fenômenos, mas gerar conhecimentos para
aplicação prática e desenvolver um produto para solucionar problemas específicos e
reais(15).
A realidade virtual é uma tecnologia inovadora na educação que possui
interface capaz de enganar os sentidos de uma pessoa, tornando o ambiente criado o
mais realista possível por meio de um software de computador, que distorce ou imita
a realidade com estímulos visuais e auditivos mediante uso de lentes 3D(16).
1. Pré-
produção
(Definição da equipe
técnica e do jogo)
4. Pós-
produção 2. Produção
(Elaboração do
(Kit de jogo)
fechamento)
3. Teste
(Prototipagem e
avaliação)
Aspectos Éticos
A pesquisa envolve a participação de seres humanos, portanto, seguirá das
resoluções nº466/12 e 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) (28,29),
respeitando-se os princípios éticos da autonomia, beneficência, não maleficência,
justiça e equidade. Será submetida para apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa
(CEP), via plataforma Brasil (conduta ética). A pesquisa terá início somente após
aprovação da revisão científica e ética pelo CEP e anuência da universidade (lócus da
pesquisa). Após sua conclusão, será enviado ao CEP o relatório final com os
resultados.
Os participantes terão o consentimento informado, com a oportunidade de
obter todos esclarecimentos sobre a proposta da pesquisa, objetivos, sua
participação voluntária e sem remuneração, benefícios, riscos mínimos, direitos de
uso de imagem consedidos ao pesquisador apenas para aprofundamento das
análises, pesquisador responsável, duração do estudo, números de participantes e
responsabilidade do participante por meio do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (TCLE) datado em linguagem acessível. Após sua compreensão, será
coletada sua assinatura autorizando a coleta de dados, ficando uma cópia sob a
guarda do pesquisador e a outra com o participante. Os participantes serão
convidados via e-mail, de forma individual ou na forma de lista oculta, não havendo
utilização de listas que permitam a identificação dos participantes e nem a
visualização dos seus dados de contato (e-mail, telefone, etc) por terceiros.
A pesquisa terá coleta de dados conforme protocolo de pesquisa aprovado
pelo CEP, sem quaisquer desvios ou alteração. Caso necessário, o CEP será
informado para novo parecer, assim como, os participantes do estudo. Haverá,
sempre que necessário, auditoria interna entre os investigadores diretos e o
principal, responsável pela pesquisa, para supervisão do protocolo e prevenção de
desvios.
Serão mantidos o sigilo e a privacidade dos dados e vídeos coletados dos
participantes. Em momento nenhum da pesquisa, nem mesmo na produção dos
resultados, os dados serão correlacionados ao participante, serão utilizados recursos
de tarjas e distorção de face para evitar identificação do participante. A quebra de
sigilo, ainda, que involuntária e não intencional, é um risco reconhecido pela
pesquisadora e informado ao participante no TCLE. Após coleta concluída, os dados
coletados dos instrumentos serão digitados em banco de dados de um dispositivo
eletrônico local, não havendo qualquer registro em ambiente compartilhado ou
"nuvem". Os dados serão privativos da pesquisa e não serão divulgados nem para a
instituição lócus da pesquisa. Esta receberá apenas o relatório final do estudo.
Ainda, poderá haver riscos mínimos relacionados a algum constrangimento ou
desconforto/cansaço para os participante ao responderem as perguntas dos
instrumentos ou durante o uso da ferramenta educativa no cenário simulado, os
quais serão esclarecidos no TCLE e minimizados, fornecendo possibilidades como:
flexibilidade no tempo para responder e entregar os instrumentos, briefing e
debriefing para os participantes do cenário simulado e, também, disponibilidade de
e-mail, telefone da pesquisadora e assistência imediata para eventuais dúvidas ou
relato de desconfortos relacionados à participação na pesquisa.
Ressalta-se que os riscos mínimos esperados não superam os seus benefícios
para a comunidade acadêmica e científica, participantes e profissionais que atuam
na assistência à parada cardiorrespiratória. Tratando-se dos benefícios, elenca-se
produção de conhecimento científico e desenvolvimento de habilidades de gestão
do cuidado clínico no suporte avançado na PCR, tanto na graduação, pós-graduação,
como nos serviços de saúde. Ademais, o participante tem o direito de desistir de sua
participação no estudo em qualquer momento da pesquisa, sem ônus relacionado. O
pesquisador apenas fará o registro da recusa ou desistência e por quais motivos
aconteceu.
O protocolo de pesquisa será revisado pelo investigador antes e durante a
execução, que emitirá e assinará parecer favorável da avaliação dos riscos-
benefícios, tendo como prioridade o bem-estar do participante. Haverá, também, o
monitoramento da segurança do estudo, poderá ser encerrado pelo investigador
responsável em qualquer etapa mesmo em andamento, caso, sob julgamento crítico,
o experimento evolua com risco-benefício desfavorável e possa resultar em danos
irreparáveis aos participantes, os quais, se houverem, serão documentados com a
emissão de relatórios detalhados para a equipe de pesquisa e para o CEP (23).
Todas as documentações da pesquisa, incluindo os instrumentos aplicados, os
termos de consentimento, a triagem da equipe de investigação, parecer de comitê
de ética e demais informações serão documentadas, datadas e assinadas para
posterior análise e emissão de relatórios de progresso, de segurança e finais e, ainda,
ficarão arquivadas em local de segurança definido pelo investigador por um período
de dois anos ou mais se necessário(23).
Método sub projeto tese 3
Assim, essa terceira e última rodada terá como objetivo aprimorar escrita dos
itens e refiná-los para oferecer melhor compreensão do que se espera dos serviços de
CP. Nessa etapa não serão mais incluídos ou excluídos itens. Cada membro do painel
Delphi receberá o questionário com os itens e classificações resumidos pelos
pesquisadores na rodada anterior e poderão revisar seus julgamentos ou ainda
especificar as razões para permanecer fora do consenso.
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DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIAS DE GESTÃO DO CUIDADO
PARA INOVAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DA ATENÇÃO A SAÚDE E
EDUCAÇÃO