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RIO DE JANEIRO
2023
RESUMO
INTRODUÇÃO
“Inicialmente definido como Prontuário Médico e preenchido exclusivamente por esta classe
profissional,posteriormente foi chamado também de Prontuário Multiprofissional, Interprofissional, do
Paciente, Registro do Paciente, entre outros termos.” (PEREIRA, WAGNER, 2023)
profissionais. Assim como, serve a pesquisas clínicas ou levantamento de dados
para estudos epidemiológicos e a avaliação da qualidade do cuidado prestado.
(SCHÜTZ; OLIVEIRA, 2020).
Metodologia
Análise de Dados
Os artigos extraídos foram lidos e tabulados (Tabela 1) com informações como: Tipo
de publicação, Título da pesquisa, Autoria e Ano, Considerações e Resultados
referentes à pergunta norteadora quanto a utilização e funcionalidade do registro
Psicológico no contexto hospitalar.
Análise de dados
N. de relatos pré-
selecionados (n =9 )
N. de artigos selecionados
integralmente (n =5 )
Figura 1: Processo de seleção e análise dos estudos primários encontrados para a revisão
integrativa segundo a recomendação PRISMA
Tipo de Periódico
Procedê Titulo do Autoria e
publica (vol, n°, pág Considerações/ Temática
ncia artigo Ano
ção ano)
Continua
Tipo de Periódico
Procedê Titulo do Autoria e
publica (vol, n°, pág Considerações/ Temática
ncia artigo Ano
ção ano)
Prontuári
O artigo discorre sobre as transformações
o
Google SCHÜTZ, ocorridas na ferramenta de coleta, denominada
Revisã eletrônic Revista
acadêmi Daiana; prontuário. Dando ênfase no modelo eletrônico do
o o: Uma Universo Psi.
co OLIVEIRA, Paciente, com suas vantagens e desvantagens,
históric visão 1(2): 17-32,
Daiane destacando a ausência de estudos produzidos
a histórica Ago 2021.
(2021)) sobre a utilização do PEP por profissionais da
interdisci
psicologia.
plinar
Levanta reflexões a partir dos desafios de atuação
encontrados ao longo da experiência Acadêmica
Pontos de Residência Hospitalar do Hospital
comuns Universitário da Universidade Federal de Juiz de
e Fora (HU-UFJF) – Minas Gerais, tais quais:
estratégi barreiras éticas, interlocução com demais
as para a categorias profissionais e ausência de
PEREIRA
Relato escrita procedimentos padronizados para avaliação
DE SOUZA, HU Revista,
de do psicológica e registro. . A partir de encontros
L.; [S. l.]. 48:1-7,
experiê psicólogo teórico-práticos, definiram procedimentos de
WAGNER, Fev 2023.
ncia em atendimento :1) anamnese; 2) acompanhamentos
D.(2023)
prontuári psicológicos (evoluções); e uma estrutura de
o único: organização na escrita nos prontuários. Como
Google relato de resultados, observaram um melhor manejo do
acadêmi experiên tempo, enfoque nos aspectos de maior relevância
co cia ao contexto do paciente, melhora da comunicação
multiprofissional e planejamento mais eficaz de
estratégias no cuidado.
2
contexto hospitalar, classificação de risco dos pacientes3; e por conseguinte
diferenças na prática dos registro protocolares dos pacientes.
A partir dos levantamentos executados pelos psicólogos, e levando em consideração
suas diversas referências teóricas ,e particularidades encontradas em cada
instituição hospitalar ,esses autores perceberam a necessidade de estabelecerem
estruturas protocolares para uma atuação coesa dentro das equipes de saúde, entre
elas : itens fundamentais para o modelo de entrevista psicológica, e a avaliação
crítica da equipe de psicologia quanto a quais informações são necessárias para o
compartilhamento multiprofissional e ético. De modo, que é possível observar
similaridades dentro de algumas categorias estabelecidas nas entrevistas
psicológicas, tais quais: “Análise da dimensão psicológica”, “aspectos avaliados”,
“suporte social/ enfrentamento/compreensão do quadro”. Em comum tais estruturas
apresentam: exame do estado mental, conforme as diretrizes do manual diagnóstico
e estatístico de transtornos mentais; aspectos emocionais; vínculos socioafetivos;
realidade psicossocial; estratégias de enfrentamento; postura e compreensão frente
à doença e hospitalização. No que se refere a divergências de itens na avaliação de
aspectos psicológicos/ dimensão psicológica, foi possível observar os seguintes
itens: Falta de informações do paciente quanto aos procedimentos e/ou diagnóstico,
estrutura egóica, traços de personalidade, crenças relacionadas à espiritualidade,
aspectos comportamentais anteriores e durante internação. Além disso, divergiu o
estabelecimento de uma categoria: A dor física, como critério de avaliação de
sofrimento, efetuado por meio de um questionário adequado e padronizado por uma
escala.
“Possui entre seus objetivos a identificação dos casos mais graves, permitindo um atendimento mais
rápido e seguro de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.”
(Brasil,2018)
informações. A exemplo, o levantamento do perfil dos pacientes da unidade, as
demandas apresentadas pelas equipes multiprofissionais, e igualmente as
demandas principais dos pacientes. Turra e tal (2012) elaboraram um modelo
protocolar de Atendimento Psicológico, o: “Protocolo de Atendimento Psicológico em
Saúde Orientado para o Problema”, efetivado a partir dos seguintes levantamentos
informacionais: “articulação institucional, contato com as equipes e escuta dos
usuários internados e acompanhantes.” (p.502), de modo que se prosseguiu para a
semi-estruturação da entrevista para atendimento inicial e evolução.
E, ainda, é válido citar, conforme discorrem os autores Pereira e Wagner (2023) que
para além do caráter informacional de coleta de dados, o prontuário possui
primordialmente o caráter comunicativo, seja dentro da equipe de saúde, seja entre
equipe e paciente. Nesse sentido, é uma ferramenta fundamental para o processo
de socialização e preservação das subjetividades produzidas dentro desses
espaços. (Apud Silva, D'Agostino & Petramale, 2015.)
Ainda sob esse aspecto, RODRIGUES et al (2017) ao relatarem suas experiências
dentro das equipes de Saúde da Família , que igualmente registram informações em
prontuários coletivos, levantam o questionamento sobre a possibilidade e
necessidade de um registro individual dos casos, haja visto os conflitos e
preocupações em detalhar o acompanhamento do usuário e seus familiares, frente
aos cuidados éticos de compartilhamento de informações, de modo que não
prejudique a longitudinalidade do cuidado. Consoante a isso, a teoria dos Filósofos
Deleuze e Guattari que aludem à subjetividade a morfologia Rizomática, enquanto
multiplicidade, sem um marco de início ou fim, dado que é produzida através de
práticas e papéis sociais, dentro das diferentes instituições, a exemplo a familiar.
(SOAERES; LOBO; 2009).O sofrimento que se apresenta à equipe de psicologia
dentro do ambiente hospitalar não será desvencilhada de fatores externos, o que
pode fragilizar a percepção de algumas instruções do sigilo ético dentro da lógica do
cuidado, tal como citam RODRIGUES et al (2017) em situações em que surgem
questões de violência doméstica, violência sexual ,questões jurídicas, que
necessitam perpassar pelo diálogo entre equipe em questionar e ponderar quais
informações são importantes de serem compartilhadas com a equipe
multiprofissional de modo que permita a segurança do paciente e a prática do
cuidado integral e sua longitudinalidade.
Ainda sob esse viés, Rodriguez-Marín (2003 apud MOERSCHBERGER e tal. (2017)
sintetizou seis tarefas básicas do psicólogo hospitalar, entre elas estariam: “função
de interconsulta: atuando como consultor, auxiliando outros profissionais a lidarem
com o paciente; função de enlace: intervindo com outros profissionais por meio do
delineamento e execução de programas”. Sob esses aspectos, e consoante ao
indicado pelos autores deste levantamento bibliográfico, apesar do prontuário
eletrônico não substituir a comunicação e orientação direta com os demais
profissionais, o prontuário eletrônico é um fundamental facilitador no que tange a
comunicação e compartilhamento.
Conclusão
REFERÊNCIAS
Busca ativa para os pacientes internados e atendidos no pronto atendimento e
ambulatório da unidade hospitalar, para a detecção das doenças e agravos de
notificação compulsória. Portal Gov br, 11 mar. 2020. Disponível em :
https://www.gov.br/pt-br/servicos-estaduais/busca-ativa-para-os-pacientes-
internados-e-atendidos-no-pronto-atendimento-e-ambulatorio-da-unidade-hospitalar-
para-a-deteccao-das-doencas-e-agravos-de-notificacao-compulsoria-1.
Acesso em: 01/11/2023.
TURRA, V.; ALMEIDA, F. F.; DOCA, F. N. P.; COSTA JUNIOR, Áderson L. Protocolo
de Atendimento Psicológico em Saúde Orientado para o Problema. Psico, [S. l.], v.
43, n. 4, 2012. Disponível em: <
https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/10625.>
Acesso em: 11 set. 2023.