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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB

BRUNA RIVELLI DE CARVALHO ALMEIDA

GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS HOSPITALARES NAS


ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DE SAÚDE

JEQUIÉ
2022
BRUNA RIVELLI DE CARVALHO ALMEIDA

GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS HOSPITALARES NAS


ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DE SAÚDE

Trabalho de Conclusão de Curso


para o curso de Pós-graduação de
Gestão em Saúde pela Universidade
Estadual do Sudoeste da Bahia

ORIENTADOR:

JEQUIÉ
2022
INTRODUÇÃO

As Organizações Sociais da Saúde (OSS) começaram a surgir no Brasil na esteira das


possibilidades abertas para a gestão pública após a Reforma do Estado desencadeada nos anos
1994/1995. Portanto, emergem como nova modalidade voltada à função social de gestão e
provisão de serviços de saúde, vinculadas ao modelo das parcerias público-privadas (Morais,
2018).
A OSS é uma entidade sem fins lucrativos que, após qualificada em processo público,
habilita-se a fazer um contrato de gestão com o Estado para gerenciar uma unidade de saúde. A
entidade fica responsável por abastecer a unidade, dar manutenção e fornecer mão de obra para
a execução das atividades. Para isso, o contrato de gestão prevê um repasse mensal à entidade,
que fica responsável por atingir todos os resultados previstos no próprio contrato e cumprir
metas quantitativas e qualitativas (Secretaria de saúde de Brasília, 2017).
No Brasil, as OSS foram idealizadas pelo Governo Federal, por meio do Ministério da
Administração Federal e Reforma do Estado com a proposta de atuar em serviços públicos
considerados não exclusivos e de caráter competitivo, como saúde, educação, cultura e pesquisa
científica visando à modernização da Administração Pública através do enxugamento da
máquina estatal (Morais; Lima, 2017). A introdução das OSS na condição de gestores dos
serviços de saúde, no âmbito do SUS, inaugura um novo modelo de gestão, o qual está
intrinsecamente relacionado a necessidade de melhoria da eficiência do sistema público de
saúde (Marques, 2016). Essa parceria permite que se apliquem princípios consagrados de
administração privada tornando o Estado mais leve e mais ágil. Embora ainda sujeitos aos
princípios da publicidade, da impessoalidade e da moralidade administrativa, os processos de
contratação são mais rápidos e eficazes (Pilotto, 2017).
Dentre as possibilidades de analisar e mensurar a performance da gestão de uma OSS é
imprescindível acompanhar de perto a gestão e logística dos materiais e medicamentos da
unidade a ser estudada. O objetivo básico da administração de medicamentos e materiais
consiste em colocar os recursos necessários ao processo produtivo com qualidade, em
quantidades adequadas, no tempo correto e com o menor custo (Martins, 2017).
Em um hospital, os gastos com materiais representam aproximadamente de 15 a 25%
das despesas correntes. Em um ambulatório, a estimativa varia de acordo com a forma de
prestação do serviço. A dispensação de medicamentos é um dos itens que afetam de forma
fundamental os gastos da unidade. Ainda assim, pode-se dizer que os materiais comprometem
entre 2% e 5% do total de despesas correntes de uma unidade ambulatorial. O sistema de
materiais de um hospital registra de 3.000 a 6.000 itens de consumo adquiridos com certa
frequência; um ambulatório, entre 200 e 500 itens. Esses números mostram que a complexidade
de um sistema não está restrita à quantidade de variáveis ou ao seu custo – é necessário
considerar também a complexidade da cadeia logística (FIOCRUZ, 2020).
Os medicamentos e materiais são insumos estratégicos de suporte às ações de saúde,
cuja falta pode significar interrupções constantes no tratamento, o que afeta a qualidade de vida
dos usuários e a credibilidade dos serviços farmacêuticos e do sistema de saúde como um todo.
Uma boa logística deve considerar primeiro o que comprar (seleção); quando e quanto comprar
(programação); e como comprar. Esse trabalho tem como objetivo analisar a logística dos
medicamentos e materiais hospitalares e a gestão de custos no processo de aquisição para as
Organizações Sociais de Saúde (Ministério da Saúde, 2006).

JUSTIFICATIVA

Considerando a amplitude de possibilidades de abarcar o tema gestão em saúde, optou-


se por aferir a gestão no que concerne à compra de medicamentos e materiais hospitalares nas
OSS, dada a sua importância relativa, seja enquanto política de saúde, seja ao seu impacto no
gasto total do SUS.
A gestão dos estoques é um desafio que consiste em decidir estratégias de pedidos e
manutenção que traga os retornos esperados pela empresa. O gerenciamento do estoque ajuda
na redução dos valores monetários envolvidos, de forma a mantê-los mais reduzidos possíveis,
mas dentro dos níveis de segurança e dos volumes para o atendimento da demanda dos clientes.
Conforme contexto apresentado, o problema de pesquisa é: como o processo de administração
de estoques pode ser utilizado como ferramenta estratégica para contenção de custos e auxílio
do controle eficaz do estoque em uma organização social de saúde? Dessa forma, o objetivo
deste artigo é demonstrar como o processo de administração de estoques pode ser utilizado
como ferramenta estratégica e apresentar ferramentas de controle visando à contenção de custos
nas organizações, bem como auxiliar no controle eficiente do estoque.

OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
 Analisar as estratégias de gestão dos medicamentos e materiais hospitalares nas
Organizações Sociais de Saúde
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Avaliar a cadeia logística dos medicamentos e materiais hospitalares
 Discutir as estratégias de gestão dos recursos financeiros e gestão dos estoques
 Conhecer quais as modalidades de compras dentro das OSS

METODOLOGIA

Trata-se de um estudo dedutivo e exploratório, onde será feita uma revisão de literatura.
As bases de dados utilizadas foram: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Descritores em
Ciências da Saúde (DECS) e Google acadêmico.

CRONOGRAMA

Etapa Data
Escolha do tema 01/06
Entrega do tema e resumo 16/08
Revisão de literatura 20/08
Justificativa, objetivos, problematização, metodologia 20/08
Entrega do pré-projeto 26/08
Coleta de dados e análise dos dados 01/09
Elaboração da síntese e conclusão da análise dos resultados 30/09
Entrega do trabalho final

REFERÊNCIAS

MORAIS, H. M. M.; ALBUQUERQUE, M. S. V.; OLIVEIRA, R. S.; CAZUZU, A. K. I.;


SILVA, N. A. F. Organizações Sociais da Saúde: uma expressão fenomênica da privatização
da saúde no Brasil. Cad. Saúde Pública, 34 (1), 2018.

SOARES, G. B.; BORGES, F. T.; SANTOS, R. R.; GARBIN, C. A. S.; MOIMAZ, S. A. S.;
SIQUEIRA, E. G. Organizações Sociais de Saúde (OSS): Privatização da Gestão de Serviços
de Saúde ou Solução Gerencial para o SUS? Revista eletrônica Gestão e Saúde, Brasília,
Vol.07, N°. 02, p 828-50, Ano 2016

MORAIS, L. I. B.; LIMA, A. R. A. Publicações nacionais sobre gestão por organizações sociais
nas unidades de saúde. X Congresso CONSAD de Gestão Pública, Brasília, p.01-11, jul. 2017.

MARQUES, R. M. Fundamentos em Economia da Saúde. Brasília: Curso de Especialização


em Economia da Saúde, 2016. 73 p.

PILOTTO, B. S.; JUNQUEIRA, V. Organizações Sociais do setor de saúde no estado de São


Paulo: avanços e limites do controle externo. Serv. Soc. Soc., São Paulo, n. 130, p. 547-563,
2017.

MARTINS, B. C. C. Análise dos preços praticados por uma Organização Social de Saúde na
compra de medicamentos para abastecimento de Unidades de Pronto Atendimento.
Universidade Federal de Goiás, 2017.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.


Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Aquisição de
medicamentos para assistência farmacêutica no SUS: orientações básicas / Ministério da Saúde,
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência
Farmacêutica e Insumos Estratégicos. – Brasília, 2006.

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