Você está na página 1de 15

Alcina da Isabel Eusébio Ranguitone

Observação das Células da Mucosa Bucal no Microscópio


Tipagem Sanguínea

(Licenciatura Em Ensino de Biologia)

Universidade Rovuma
Lichinga
2022
Alcina da Isabel Eusébio Ranguitone

Observação das Células da Mucosa Bucal no Microscópio


Tipagem Sanguínea

Relatório de Experiencias referente a cadeira de


Zoologia Geral, a ser entregue no Departamento
de Ciência, Engenharia e Matemática para fins
avaliativos sob orientação da Msc. Filomena
Sitoe.

Universidade Rovuma
Lichinga
2022
Índice

Conteúdos Pág.

I. Resumo...................................................................................................................................iii

1. Introdução...............................................................................................................................4

1.1. Objectivos............................................................................................................................4

1.2. Geral:....................................................................................................................................4

1.3. Específicos:..........................................................................................................................4

1.4. Metodologia.........................................................................................................................4

PRÁTICA I: Observação de Células da Mucosa Bucal no Microscópio...................................5

2.1. Materiais Utilizados.............................................................................................................5

2.2. Procedimentos......................................................................................................................5

2.3. Resultados............................................................................................................................5

2.4. Discussão.............................................................................................................................6

Prática II: Tipagem Sanguíneo....................................................................................................7

3.1. Matérias Usados:..................................................................................................................7

3.2. Procedimentos......................................................................................................................7

3.3. Observação dos Resultados..................................................................................................8

3.4. Discussão dos resultados......................................................................................................8

4. Conclusão..............................................................................................................................10

5. Referências Bibliográficas....................................................................................................11

7. APÊNDICES.........................................................................................................................12
iii

I. Resumo

A observação de células da mucosa bucal usou-se o microscópio óptico composto


onde foi possível observar com mais nitidez a célula da mucosa bucal com o aumento de 40X.
A utilização do corante foi de fundamental importância, pois assim, tornou a visualização
mais nítida limitando o citoplasma do núcleo. A tipagem sanguíneo consiste na determinação
dos grupos sanguíneos, que se caracterizam ou ausência de determinados antigénios na
membrana eritrocitaria. A presença de aglutinogénio A, presença de aglutinogénio B,
presença de aglutinogénio A e B e ausência de aglutinogénios, respectivamente, é o que
caracteriza cada um deles. A observação em microscópio óptico nos fez identificar a natureza
Eucariótica da célula e alguns de seus componentes visíveis, como o núcleo condensado no
nucléolo, a membrana plasmática que envolve a célula, citoplasma e outras formas que não
puderam ser totalmente identificadas por não se tratar do método correto de identificação
(Gonçalves, 2008 & Silva, 2010).

Palavra – chave: Mucosa bucal, Grupo Sanguíneo, Célula, Aglutinogénio.


4

1. Introdução
O presente relatório, faz uma abordagem das aulas práticas realizadas no Laboratório,
porém, a observação de células é muito fundamental, tendo em conta que a célula é uma
unidade muito fundamental para os seres vivos.
A observação das células da mucosa bucal no microscópio óptico em lâminas
preparadas no Laboratório é uma prática simples, mas que permite conhecer com maior
clareza a organização celular básica: membrana, citoplasma e núcleo.
Conhecer os grupos sanguíneos ABO e o factor Rh torna-se cada vez mais necessário
na vida quotidiana. Os principais grupos sanguíneos do homem podem ser classificados de
acordo com os sistemas ABO e Rh. No sistema ABO, existem 4 grupos sanguíneos
determinados geneticamente (A, B, AB e O), dependendo da presença ou ausência de
determinados aglutinogénios (antígenos) nas hemácias. A presença de aglutinogénio A,
presença de aglutinogénio B, presença de aglutinogénio A e B e ausência de aglutinogénios,
respectivamente, é o que caracteriza cada um deles.

1.1. Objectivos

1.2. Geral:

 Observar células a partir do microscópio óptico.

1.3. Específicos:

 Determinar experimentalmente o grupo sanguíneo ABO e o factor Rh humanos;


 Observar células da mucosa bucal;
 Observar a motilidade dos espermatozóides e sua estrutura anatómica.

1.4. Metodologia

Para a realização e concretização deste relatório recorreu-se ao método de observação,


isto é, observação directa das aulas experimentais, e Consultas Bibliográficas para
contextualizar as práticas realizadas no Laboratório.
5

PRÁTICA I: Observação de Células da Mucosa Bucal no Microscópio

2.1. Materiais Utilizados

 Microscópio óptico;  Béquer;


 Pinça;  Pipeta;
 Lâmina;  Cotonete;
 Lamínula;  Material-Amostra da Mucosa Bucal
 Álcool 70%;  Conta-gotas;
 Placa de Petri;  Corante (Azul de metileno).

2.2. Procedimentos

1. Raspou-se levemente com um palito de cotonete a parte interna da bochecha;


2. Fez-se um esfregaço espalhando sobre a lâmina preparada o material raspado da
bochecha;
3. Fixou-se o material mergulhando a lâmina em álcool 70%;
4. Retirou-se a lâmina preparada e retirou-se o excesso do álcool com ajuda da pisseta;
5. Pingou-se com o conta-gotas uma gota de água sobre o esfregaço;
6. Cobriu-se a preparação com uma lamínula;
7. Retirou-se as bolhas de ar com auxílio da pinça;
8. Observou-se no microscópio e fez-se um desenho das células.

2.3. Resultados

No experimento realizado observou-se as células da mucosa bucal; O material


espalhado na lâmina preparada, observou-se com nitidez a célula da mucosa bucal com
aumento de 40x; O corante azul-de-metileno mostrou-se de grande ajuda para destacar as
membranas e o núcleo; Figura 1, visualização das células com as lentes de 40 vezes de
aumento.
6

Figura 1. Células da mucosa bucal.

Fonte: autora (2022).

2.4. Discussão

De acordo com Liu (2012), a mucosa bucal é um revestimento húmido da cavidade


bucal constituída por tecido epitelial pavimentoso estratificado, também denominado epitélio
escamoso e por tecido conjuntivo.

Apoiando-se do autor acima citado, isto é, Liu (2012) o tipo do tecido colectado é o
epitélio de revestimento, ou seja o tecido epitelial. O epitélio é um tecido existente nos
animais, são constituídos por células poliédricas justapostas, entre as quais há pouca
substância extracelular. O epitélio bucal é o tecido que reveste a mucos bucal essencialmente
caracterizado por apresentar células arredondadas ou alongadas que apresentam os bordos
dobrados devido ao facto de não possuírem uma parede celular rígida.

Nas células da bochecha, observou-se apenas o citoplasma e o núcleo. A membrana


citoplasmática está delimitando o citoplasma. As células da bochecha aparecem isoladas e não
unidas como outros tecidos, isto porque, o processo de raspagem com o cotonete rompeu a
associação que existe entre elas.

Na microscopia, como os tecidos são incolores, a coloração é uma técnica importante


que permite evidenciar estruturas celulares pouco perceptíveis. No caso, a utilizada foi o azul-
7

de-metileno, que é um corante básico que tende a fazer ligações electrostáticas (salinas) com
componentes ionizados do tecido.

Figura 2. Estrutura simples da célula mucosa bucal observada.

Fonte: Liu (2012).

Prática II: Tipagem Sanguíneo

3.1. Matérias Usados:

 Lâmina para microscopia;


 Placa de Petri;
 Lancetas estéreis descartáveis;
 Anticorpo anti-A;
 Anticorpo anti-B;
 Anticorpo anti-AB;
 Anticorpo anti-D (anti-Rh);
 Álcool 70%;
 Algodão.

3.2. Procedimentos

1. Separou-se as lâminas;
2. Lavou-se as mãos com sabão;
3. Massageou-se a ponta dos dedos do indicador ou médio e pressionou-se, a fim de reter
o fluxo sanguíneo;
4. Esterilizou-se o dedo com álcool 70%;
5. Com ajuda de uma lanceta estéril, colectou-se uma gota de sangue para cada anticorpo
que foi utilizado, colocando, na lâmina, duas gotinhas para a tipagem de ABO e uma
gotinha para a determinação do factor Rh;
8

6. Utilizando o próprio conta-gotas dos anticorpos comerciais (e tomando o cuidado para


não contaminar estes conta-gotas com o sangue da lâmina), colocou-se uma gota de
anticorpo monoclonal anti-A em uma das gotinhas de sangue, uma gota de anticorpo
monoclonal anti-B na outra gotinha de sangue e uma gota do anticorpo anti-D na
terceira gotinha de sangue;
7. Utilizando a lamina, homogeneizou-se o sangue com o anticorpo adicionado;
8. Após alguns minutos, verificou-se se ocorria aglutinação (formação de grumos de
hemácias).

3.3. Observação dos Resultados

Das duas (2) amostras da experiência realizada no Laboratório, observou-se que não
houve aglutinação com soro anti-A nem com soro anti-B, No entanto, após 2 minutos ocorreu
aglutinação (formação de grumos de hemácias) com o soro anti-D Figura 3.

Figura 3. Tipo sanguíneo O positivo (O+).

Fonte: autora (2022).

3.4. Discussão dos resultados

De acordo com Gonçalves (2008) é através da presença ou ausência de aglutinação,


determina-se a tipagem sanguínea ABO segundo a descrição abaixo:

Tipo sanguíneo: A positivo, aglutinação ocorre no soro anti-A, o que indica que a
pessoa pertence ao grupo A. Ocorre aglutinação com soro anti-D, o que indica a presença do
factor Rh nas hemácias dessa pessoa.
9

Tipo sanguíneo: A negativo, ocorre aglutinação com soro anti-A, o que nos indica
que pessoa pertence ao grupo A. Não ocorre aglutinação com soro anti-D, o que nos indica
ausência do factor Rh nas hemácias dessa pessoa.
Tipo sanguíneo: B positivo, aglutinação ocorre no soro anti-B, o que nos indica que a
pessoa pertence ao grupo B. Ocorre aglutinação com soro anti-D, o que nos indica a presença
do factor Rh nas hemácias dessa pessoa.
Tipo sanguíneo: O positivo, não há aglutinação com soro anti-A nem com soro anti-
B, o que nos indica que a pessoa pertence ao grupo O. No entanto, ocorre aglutinação com o
soro anti-D, o que nos indica a presença do factor Rh nas hemácias dessa pessoa.
Tipo sanguíneo: O negativo, não ocorre aglutinação com soro anti-A nem com soro
anti-B, o que nos indica que a pessoa pertence ao grupo O. Também não ocorreu aglutinação
com o soro anti-D, o que nos indica a ausência do factor Rh nas hemácias dessa pessoa. A
ausência de aglutinogénios dos sistemas ABO e Rh faz da pessoa O negativo doadora
universal.
Tipo sanguíneo: AB positivo, ocorre aglutinação com soro anti-A e com soro anti-B,
o que nos indica que a pessoa pertence ao grupo AB. Também ocorre aglutinação com o soro
anti-D, o que nos indica a presença do factor Rh nas hemácias dessa pessoa. A ausência de
aglutininas dos sistemas ABO e Rh faz da pessoa AB positivo a receptora universal.

A partir do experimento realizado, o individuo pertence ao grupo sanguíneo O


positivo, visto que houve aglutinação com soro anti-D o que nos indica também a presença do
factor Rh nas hemácias dessa pessoa. Não houve aglutinação com soro anti-A nem com soro
anti-B, o que evidencia que a pessoa pertence ao grupo O positivo (O+).
10

4. Conclusão

Chegado ao término do relatório conclui-se que ao raspar a parte interna da bochecha,


colectou-se o tecido epitelial e observou-se as células do tecido epitelial.

O material que encontrou-se espalhado na lâmina preparada, conseguiu-se observar


com nitidez a célula da mucosa bucal com aumento de 40X. O corante azul de metileno
mostrou-se de grande ajuda para destacar as membranas e o núcleo.

Quanto a tipagem sanguínea, o individuo apresentou grupo sanguíneo O positivo, visto


que houve aglutinação com soro anti-D o que indica a presença do factor Rh nas hemácias da
pessoa. Ausência de aglutinação no soro anti-A e anti-B evidenciando que a pessoa pertence
ao grupo O+.
11

5. Referências Bibliográficas

Arruda et al., (2011). Fundamentos da Biologia Celular. (Alberts) 3ª Edição.pdf.

Silva, J. M. (2010). Biologia e Saúde Humanas. Editora Moderna, São Paulo, 1981.

Ferriani B. V. (2004). Ciência Biológica no Quotidiano. 1ª Edição.pdf.

Azevedo; R. B. Histologia da Cavidade Oral. (s/d).

Gonçalves B. N. (2008). Práticas de biologia celular. Londrina: UEL, p.163.

Liu, R. A. (2012). Microbiologia. 3ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 586 p.


12

APÊNDICES
13

Apêndice 1. Tipagem sanguínea

Fonte: autora (2022).

Fonte: autora (2022).


14

Apêndice 2. Observação de células da mucosa bucal

Fonte: autor (2022).

Apêndice 3. Durante a realização das aulas praticas

Fonte: autora (2022).

Você também pode gostar