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Tipos de Tombamento: Conceituação

Professora Teresa Cristina Oliveira

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Classificação dos tipos

2
O tombamento consiste em uma intervenção branda do Estado na propriedade privada com o fim de preservar bens
móveis, imóveis, corpóreos ou incorpóreos que detenham relevante valor histórico, científico, tecnológico, artístico,
cultural, arquitetônico e ambiental para a população, conforme dispõe exemplificativamente o artigo 216 Constituição
Federal e em seus incisos.

O proprietário do bem tombado deverá preservar e manter as características do mesmo, entretanto, não é vedada sua
alienação, desde que o Poder Público seja devidamente notificado e exerça seu direito de preferência na compra do
bem. Entretanto, as possíveis obras realizadas para a conservação do bem deverão ser previamente aprovadas pelo
órgão que efetuou o tombamento. A aprovação está vinculada ao nível de conservação do bem.
3
Conceito

O conceito de tombamento é diverso. Segundo


Fernando Sales, citado por Telles (1977, pág. 35):
“Tombar é inventariar bens de raiz com todas as
demarcações. É preservar, é defender algo de
interesse público”. O capítulo II, do Decreto-Lei nº 25,
estabelece a “maneira de tombar”, de inscrever o bem
cultural nos quatro livros de tombo do IPHAN:

1. Livro Tombo Histórico;

2. Livro do Tombo das Belas Artes,

3. Livro do Tombo das Artes Aplicadas

4. Livro Tombo Arqueológico, Etnológico e


Paisagístico.

4
Origem

A origem do termo “tombamento” é bem


distinta. Em 1373, o Rei de Portugal, D.
Fernando I, cria um arquivo em uma das
torres da muralha de Lisboa, situada no local
em que, posteriormente, D. Manuel fundou
os Paços Reais da Ribeira.
A torre passou a ser chamada de Torro do
Tombo, derivado do português arcaico, onde
tombo significava ao inventário de quaisquer
documentos.
Daí a origem dos cartórios possuírem um
“Livro Tombo”, e também a inscrição de um
bem no Livro Tombo do IPHAN se
denominar tombamento.

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Significado
O tombamento é um ato administrativo realizado
pelo Poder Público com o objetivo de preservar,
por intermédio da aplicação de Leis específicas,
bens de valor histórico, cultural, arquitetônico,
ambiental e de valor afetivo para a sociedade.

A característica principal do tombamento é a


intervenção do Estado na propriedade.

O vocábulo tombamento é de origem portuguesa.


Conforme o dicionário Aurélio) 2009, significa o
ato ou efeito de tombar, tendo esta última palavra
como sinônimos os vocábulos anotar, inventariar
e registrar.

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Definições por diversos autores
Segundo José Cretella Júnior, tombamento: “É restrição parcial ao
direito de propriedade, realizada pelo Estado com a finalidade de
conservar objetos móveis e imóveis, considerados de interesse
histórico, artístico, arqueológico, etnográfico ou bibliográfico
relevante. Restrição parcial do direito de propriedade localiza-se no
início de uma escala de limitações em que a desapropriação ocupa o
ponto extremo”

Para Maria Sylvia Zanella di Pietro, o tombamento “define-se como o


procedimento administrativos pelo qual o poder público procura
proteger o Patrimônio Cultural brasileiro, pretendendo preservar a
memória nacional.

Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, o tombamento “é uma


intervenção administrativa na propriedade destinada visa a proteger o
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, além de elidir, ou seja,
restringir, de forma parcial, os poderes inerentes ao seu titular, uma
vez que poderá usar e gozar do bem, mas não alterá-lo, para não
desfigurar o valor que se quer nele resguardar, além de ficar
constituído no dever de mantê-lo em boa conservação.

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Constituição Federal
“Art. 216 – Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens
de natureza material e imaterial, tomados
individualmente ou em conjunto, portadores de referência à
identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos
formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

I – as formas de expressão
;
II – os modos de criar, fazer e viver;

III – as criações científicas, artísticas e tecnológicas


;
IV – as obras, objetos, documentos, edificações e demais
espaços destinados às manifestações artístico – culturais
;
V – os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,
paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico,
ecológico e científico.
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Criação do IPHAN

Com a intenção de proteger os bens que possuam os valores


antes mencionados, foi criado em 1937, o IPHAN – Instituto
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – através do
Decreto – Lei nº 25, que organizou a proteção do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional.

Esta lei trata do tombamento especificamente no capítulo II.


Posteriormente, a Constituição Federal consolidou a
importância do tombamento, elencado no artigo 216, §
1º.Entre esse dois períodos, foi criado também a Lei nº 3.924,
em 1961, que dispõe sobre os Monumentos Arqueológicos e
Pré-Históricos.

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Tipos

O processo de tombamento, quanto ao procedimento,


pode ser de ofício, quando incide apenas sobre bens
públicos, e para isto, o órgão competente notifica a
entidade pública a qual pertence o bem que será
tombado;
compulsório, quando incide sobre bens particulares, e
nesta modalidade, mesmo que o proprietário fique
insatisfeito com a notificação, o poder público não deixa
de tombar o bem; e por fim pode ser voluntária, quando
o proprietário do bem pede para que o poder público
realize o tombamento ou quando o proprietário aceita a
notificação.

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Eficácia de um bem

Quanto à eficácia, o tombamento pode ser provisório ou definitivo. No


provisório, enquanto estiverem sendo feitos os pareceres e outra
medidas cabíveis, assegurará a preservação do bem até que o
tombamento vire definitivo, que se dá quando todo o processo está
concluído e bem tombado inscrito no Livro de Tombo.
A forma como o estado reage diante de um proprietário quando o bem
foi tombado é outro aspecto importante a se considerar no processo de
tombamento.
Fazendo uma interpretação da Constituição Federal, no art. 37, § 6º
(Responsabilidade Civil do Estado), deduz-se que, em se verificando o
tombamento de um bem particular, com reais prejuízos para o
proprietário, este deverá ver recomposto seu patrimônio, através de
uma compensação patrimonial.
Desse modo, o IPHAN, amparado pela legislação nacional, permite o ao
particular, que o tombamento, venha acompanhado de uma
indenização. Ou inserção de Tributos fiscais tipo IPTU

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Indenização

Esta indenização difere da que é devida nos caso de


desapropriação. Na desapropriação, a finalidade é tirar o
bem do domínio privado, passá-lo ao domínio público,
extinguindo dessa forma o direito de propriedade do
particular em prol do interesse público.

No tombamento, tem-se a possibilidade de indenização


quando o Poder Público, através de ato lícito e legítimo,
lesiona direito de um particular de forma indireta e não
como finalidade específica, como na desapropriação.

Caso o tombamento não acarrete dano ao proprietário do


bem, onde o mesmo permaneça como exercício do pleno
direito de propriedade, sem que haja prejuízo de seus
domínios, não é cabível indenização, visto a inexistência
de dano específico ao particular.

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Esferas

O objeto do tombamento pode ter por objeto bens móveis


e imóveis, desde que tenham interesse cultural ou
ambiental para a preservação da memória e outros
referenciais coletivos, tanto a nível municipal, como a
Federal IPHAN
nível estadual, federal ou mundial. A nível federal, o
tombamento é realizado pela União, através do IPHAN A
Estadual INEPAC
nível estadual, no Rio de Janeiro, como exemplo, é
realizado pelo INEPAC (Instituto Estadual do patrimônio
Municipal IRPH
Cultural).Na esfera municipal, é realizado IRPH (Instituto
Rio Patrimônio da. Este processo de tombamento pode
Mundial Unesco
ocorre também a nível mundial, através da UNESCO,
órgão das Nações Unidas para a preservação do
Patrimônio Cultural Mundial.

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Objetivo

O objetivo principal do tombamento é a


proibição da destruição e da
descaracterização desse bem, não havendo
qualquer impedimento para que o
proprietário de um bem tombado venha a
vender alugar ou passar através de
herança, para outrem, desde que o bem
continue preservado.

No caso de venda, o proprietário deve


primeiramente notificar a instituição que
efetuou o tombamento, pois essa terá
prioridade na compra.

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Inventário

A preservação do Patrimônio Cultural pode se


dar também através de inventário, onde se
registra as principais características de bens
culturais ou ambientais.

O entorno do imóvel tombado também deverá


ser delimitado, a fim de preservar o ambiente
onde está inserido o imóvel, impedindo assim,
que novos elementos reduzam sua visibilidade
ou ameacem sua integridade.

Este limite é estabelecido pelo órgão que efetuou


o tombamento.

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Processo: tramites legais

A abertura do processo de tombamento pode ser solicitada


por qualquer pessoa, sela ela física ou jurídica, proprietário
ou não, por uma organização não-governamental, por
representante de órgão público ou privado ou por iniciativa
dos órgãos responsáveis pelo tombamento, ressaltando que
é importante constar no pedido de tombamento, a
localização do imóvel ou as dimensões e características do
bem, e também uma justificativa do motivo de tombamento.

Se o pedido obter parecer favorável do Conselho do


Patrimônio Histórico e Artístico, o proprietário será notificado,
tendo um prazo para concordar ou não com o tombamento.

A partir da notificação, o bem já está protegido legalmente,


até que há a homologação com a inscrição do bem no Livro
do Tombo, específico e posterior averbação no Cartório de
Registro de Imóveis da localidade onde se encontra o bem.

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Salvaguarda
A importância da preservação do Patrimônio
Cultural não é importante somente para os órgãos
de preservação, mas também para toda a
sociedade. Preservando os bens culturais, estamos
dessa forma garantindo a possibilidade de que
nossos descendentes desfrutem das belezas que
hoje desfrutamos.

O passado e a memória são evocados para que a


sociedade vote a encontrar suas origens, para que
seja aquilo que seus ancestrais construíram e
deixaram como legado.

Precisamos preservar o patrimônio para que as


gerações futuras possam ter referências da sua
memória e identidade. Conservar o Patrimônio
Cultural é conservar a memória de um povo, e
consequentemente, de seu país.

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O que é tombamento parcial e integral ?

Integral é o tombamento do imóvel de maneira


geral, interna e externamente

Parcial é o tombamento apenas da volumetria,


fachadas e cobertura, ou de alguns elementos
específicos.

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Tombar é o mesmo que desapropriar?

Não. O tombamento não altera a


propriedade de um bem, apenas proíbe
que venha a ser destruído ou
descaracterizado.

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O tombamento é um ato autoritário?

Não. Em primeiro lugar, o


tombamento, como qualquer outra
lei federal, estadual ou municipal,
estabelece limites aos direitos
individuais com o objetivo de
resguardar e garantir direitos e
interesses de conjunto da
sociedade.

Não é autoritário porque sua


aplicação é executada por
representantes da sociedade civil e
de órgãos públicos, com poderes
estabelecidos pela legislação.

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O tombamento é prejudicial ao proprietário do imóvel?

O tombamento se restringe ao
impedimento da demolição,
ampliações e reformas do bem,
descaracterizando-o; entretanto,
agrega importante valor ao mesmo.

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Área preservada

O que é área envoltória, ou entorno de bem


tombado?

É a área de projeção localizada na vizinhança dos


imóveis tombados, que é delimitada com o objetivo
de preservar a sua ambiência e impedir que novos
elementos obstruam ou reduzam sua visibilidade.
Compete ao órgão que efetuou o tombamento
estabelecer os limites e as diretrizes para as
intervenções, nas áreas de entorno de bens
tombados.
Exemplo Santa Tereza

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Importância do tombamento

O tombamento preserva?

Ainda é o melhor instrumento legal para a


preservação definitiva, muito embora, caso o
imóvel não seja mantido adequadamente,
como qualquer outro, pode vir a se degradar
com o tempo.

Na lei de tombamento há dispositivo que


obriga a preservação e conservação do
imóvel tombado garantindo assim a isenção
de IPTU.

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Mudança de Uso

Um imóvel tombado pode mudar de uso?

Sim. O que será considerado é a harmonia entre a


preservação das características do edifício e as adaptações
necessárias ao novo uso. Atualmente, inúmeras edificações
antigas, cuja função original não mais existe, são
readaptadas para uma nova utilização. Exemplo Restaurante
Cais do Oriente

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Até que ponto posso modificar ?

Um imóvel tombado pode ser modificado?

Sim, o imóvel tombado pode ser reformado, inclusive com


mudança de uso, desde que sejam seguidos critérios de
conservação dos elementos protegidos, além da legislação
vigente para as obras e o uso do solo.
É importante lembrar que
qualquer reforma ou intervenção
que se queira executar no imóvel
tombado deve ser aprovada
previamente pelo órgão de
defesa que tombou o imóvel.

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A questão da autenticidade
Carta de Nara

Está intimamente associado ao conceito de


verdade, e no campo patrimonial se refere
às características que tornam um bem um
documento histórico legível, capaz de
transmitir informações confiáveis relativas
aos seus materiais constituintes originais, ao
seu significado social e cultural e à sua
evolução física ao longo do tempo.

A autenticidade pode se referir a vários


elementos do bem, como sua forma,
essência, uso, função, tradições, técnicas,
sistemas de gestão, lugares, linguagem,
formas

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Restauros fora do contexto

27
Restauros fora do contexto

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O que é restauração?

É um conjunto de atividades que visa a restabelecer o


estado original ou próximo deste e anterior aos danos
decorrentes da ação do tempo, ou do próprio homem
em intervenções que descaracterizam um bem imóvel
ou móvel.

A restauração visa garantir a permanência de um


testemunho físico e real de época passada para
gerações futuras. Os processos de restauração são
orientados por posturas consolidadas em cartas
patrimoniais.

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Qual a diferença entre Retrofit e restauração?

A restauração é uma ação onde atuam especialistas de forma


dirigida e integrada, movidos por uma intenção de valorização de
um bem histórico e/ou seu sítio. A restauração promove e
preocupa-se com a valorização dos estilos, da época de uma
dada construção, das técnicas construtivas utilizadas e da
ambiência do patrimônio entre outros importantes itens relativos
ao bem histórico.

Retrofit é baseado na atualização de novas tecnologias;


adequação às normas vigentes e novos usos para tornar os
espaços funcionais para os atuais usuários; modernização
estética e arquitetônica; e aplicação de soluções técnicas para
facilitar a manutenção. Em resumo, a utilização desta técnica
resulta na renovação completa da edificação adequando as
necessidades contemporâneas

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A quem se dirigir caso um bem tombado esteja sendo
descaracterizado ou demolido?

Aos departamentos municipais de fiscalização, ao


Ministério Público, aos departamentos e secretarias
locais de patrimônio histórico e ao CAU que são os
agentes fiscalizadores de ações indevidas sobre o
patrimônio arquitetônico tombado.
A Imprensa cumpre papel importante na divulgação e
conscientização para a proteção do nosso patrimônio
histórico e arquitetônico

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Qualquer profissional pode trabalhar ?

Acompanhamento de obras e projeto


de restauro , como também pericia
técnica em edificações históricas só é
permitido ao profissionais de
arquitetura.
Área de atuação privativa aos
profissionais de arquitetura e
urbanismo do patrimônio histórico
cultural e artístico

Resolução 51 CAU\BR

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Meu imóvel está tombado. O que isso significa?

Significa que esse imóvel apresenta valores culturais,


históricos e/ou ambientais, reconhecidos pela
sociedade, através da decisão de tombamento tomada
pelo conselho.
Essa decisão representa, por um lado, o
reconhecimento desses valores e, por outro, um
instrumento legal que visa proteger esse imóvel de
destruição ou descaracterização, preservando-o, para
que as gerações futuras possam usufruir desses valores
culturais

Significa, também, que, além de respeitar as leis de


zoneamento, de edificação, de segurança, entre outras,
o proprietário ou usuário deverá obedecer as diretrizes
de preservação definidas em cada resolução de
tombamento.

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Meu imóvel está situado em área ou espaço envoltório
de um bem tombado. O que isso significa?

Significa que seu imóvel está localizado em


uma área próxima ou em torno de um bem
tombado. Esta área é delimitada com o
objetivo de proteger sua visibilidade, harmonia
e ambiência. Qualquer alteração que venha a
ser feita, como construções reformas,
demolições, instalação de anúncios,
colocação de mobiliário urbano, dentre outras,
deverá ser previamente aprovada, e o
interessado precisa requerer a anuência dos
órgãos de preservação mediante a
apresentação de pedido ou projeto.

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Caso sejam realizadas obras em um bem protegido,
sem prévia autorização, haverá alguma penalidade?

Sim. Além das penalidades previstas na


legislação edilícia, o responsável pelo imóvel
protegido seja tombado, em processo de
tombamento ou localizado em área envoltória de
proteção do bem tombado poderá sofrer
sanções previstas em lei, bem como as
penalidades previstas em outros instrumentos
legais aplicáveis à preservação do patrimônio
cultural.

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Um bem tombado pode ser alugado ou vendido?

Desde que o bem continue sendo preservado.


No caso de venda, deve ser feita uma
comunicação prévia a instituição que efetuou o
tombamento, para que esta manifeste seu
interesse na compra do mesmo.

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Existem prazos determinados para a deliberação final
de um processo de tombamento?

Não. Por se tratar de uma decisão importante,


muitos estudos devem ser realizados para instrução
do processo e conforme sua complexidade, cada
caso demanda prazos diferenciados.

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Como é possível impedir a destruição de um bem que
interessa preservar?

Atualmente, pela ação do Ministério Público,


qualquer cidadão pode impedir a destruição ou
descaracterização de um bem de interesse
cultural ou natural, solicitando apoio do promotor
público local. Ele está instruído a promover a
preservação com agilidade, acionando os órgãos
responsáveis da União, Estado ou Município.

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O que é necessário para aprovação de um projeto para
execução de obras em imóveis tombados ou localizados
em áreas de entorno?
Os projetos deverão ser encaminhados à apreciação das equipes
técnicas dos órgãos responsáveis pelo tombamento dos mesmos. O
IPHAN faz as seguintes exigências: estudo preliminar ou projeto
definitivo:
1) planta de situação e localização, com escala e endereço completo;
2) plantas baixas, cortes e fachadas, com especificação de
revestimentos externos, desenhos das esquadrias e da cobertura;
3) desenho das fachadas voltadas para a via pública, do imóvel
tombado e das edificações vizinhas;
4) fotos abrangendo o terreno e seu entorno imediato;
5) projeto elaborado de acordo com os códigos vigentes e atendendo
às exigências específicas para o local;
6) definição do uso da edificação;
7) identificação e endereço do responsável técnico.

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Quais os 5 princípios básicos de qualquer
intervenção de restauro?

Compatibilidade

Respeito pelo original

Intervenção mínima

Reversibilidade

reconhecimento

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Respeito pelo original

Não se pode falsificar ocultar ou inventar partes ou


áreas que não existem que desvirtuem a leitura
inicial da obra e que foi idealizada pelo artista.
Devem evitar –se sempre os tratamentos irreversíveis

Uso de materiais neutros – Vidro, madeira, aço

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Compatibilidade com os
materiais originais
Não produzindo danos físicos ou estéticos aos
mesmos. Escolha criteriosa de todos os materiais e
produtos a utilizar durante todas as fases de
intervenção por forma a garantir este princípio.

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Princípio da intervenção
mínima
Efetuando somente o mínimo indispensável, evitando
provocar «stress» físico à obra e garantindo manter as
informações históricas e constituintes da peça.

Todas as operações de restauro terão por base este


principio sendo realizadas reintegrações volumétricas e
cromáticas quando existir uma referência evidente e
quando estiver em causa a leitura estética da obra.

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Reversibilidade da
intervenção
Ao nível dos materiais e técnicas, sem
danificar o original.

Será respeitado o principio da reversibilidade


através da utilização de materiais e técnicas
não só compatíveis com os originais presentes
mas também reversíveis, isto é, cuja
amovibilidade esteja garantida sem causar
danos ao pré-existente.

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Reconhecimento da
intervenção
Distinguindo-a da original sem causar distúrbios à
leitura e longevidade da obra.

Todos os trabalhos de intervenção e respectivos


métodos terão como principio a leitura estética da obra
no seu conjunto mas terão como base de escolha o
seu reconhecimento visual enquanto intervenção

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GRAUS DE INTERVENÇÃO ARQUITETÔNICA

RADICAL: quando os novos elementos intencionalmente contrastam com o existente, pelas


intenções projetuais ou tratamento a nível de material, cor, textura, etc. Há um choque em
termos formais paralelo ao de termos funcionais.

EQUILIBRADO: quando se procura associar harmonicamente os acréscimos ou modificações


ao que já existe, o que pode ser feito através da repetição de tipos, unificação de motivos e
tratamento cromático, mas nunca de maneira dissimulada, isto é, promovendo algum tipo de
"falsificação" da obra.

SUTIL: quando há um respeito completo ao que existe previamente, tanto em função dos
novos componentes sugeridos como dos novos usos previstos. Muitas vezes, é bastante difícil
identificar o que foi reformulado

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Estudo de Caso I
CRAB - Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro

O projeto do novo Centro de Referência do Artesanato


Brasileiro (CRAB) considerou dois importantes vetores:
o sensível e delicado trabalho de restauro do Solar do
Rio Seco, patrimônio histórico e arquitetônico da
cidade do Rio de Janeiro; e a criação de um novo
equipamento do SEBRAE, um espaço inovador para o
desenvolvimento do artesanato brasileiro, com toda a
infraestrutura necessária para as conexões dos
diversos agentes na cadeia produtiva do setor.

Uma arquitetura e ambientação de estética


contemporânea, com tons neutros, limpa, mas
sofisticada, capaz de harmonizar os diferentes
universos, antigo e novo e ainda, valorizar a riqueza de
detalhes, cores e texturas, existentes nas peças.

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Estudo de Caso I
CRAB - Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro

Palacete Visconde de Rio Seco


O antigo Solar Visconde do Rio Seco foi adquirido, em 1851, pelo
comendador Francisco Pinto da Fonseca, que o alugou para sede
do Clube Fluminense em 1853. O clube deu à Sociedade Carioca da
época uma nova maneira de se divertir com elegância.

Administrado pelo empresário Augusto Carlos, o palacete foi


decorado com objetos vindos de clubes de Londres, Paris e Lisboa.
Até uma biblioteca, com jornais de todos os países, foi instalada no
prédio..

O Palacete Rio Seco foi vendido, em 1876, para a Fazenda


Nacional e serviu de sede do Ministério do Império, onde funcionava
a Secretaria de Estado e dos Negócios do Império, na então Praça
da Constituição, hoje Praça Tiradentes.

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Estudo de Caso I
CRAB - Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro

Restauro

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Estudo de Caso I
CRAB - Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro

Mudança de uso
Localizado na Praça Tiradentes, centro da
cidade do Rio de Janeiro, o Solar do Rio Seco é
uma edificação de estilo neocolonial do século
XIX, tombada pelo patrimônio histórico nacional
(IPHAN). Com a necessidade da criação do
novo CRAB, o SEBRAE aproveitou a
oportunidade para abraçar o desafio de
reformar a notável edificação, conferindo-lhe um
novo uso, e contribuindo positivamente para a
revitalização da cidade, e especialmente do seu
centro histórico

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Estudo de Caso I
CRAB - Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro

Projeto
O CRAB é um complexo institucional aberto ao público. O acesso principal é feito pela Praça
Tiradentes, e logo ao adentramos o conjunto, transitamos por uma “rua” com grandes aberturas e
iluminação zenital. De lá, com percurso livre, é possível acessar os diversos pavimentos, com suas
salas de exposição (permanente e temporária) ou visitar a loja / mercado com peças de artesanato
de todos os pontos do Brasil.

No primeiro pavimento, a praça coberta com bistrô funciona como espaço de convivência, e nos
conecta à midiateca, com o acervo de mídias e publicações do SEBRAE sobre o tema. No
pavimento superior, as oficinas, a sala multiuso, e o terraço aberto para as atividades de
capacitação e interação. E ainda, um restaurante com vista para a praça e a administração
completam o programa principal.

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Estudo de Caso I
CRAB - Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro

Salas de exposição

52
Estudo de Caso I
CRAB - Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro

Salas de exposição

53
Estudo de Caso I
CRAB - Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro

Cafeteria e
Biblioteca

54
Estudo de Caso I
CRAB - Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro

Espaço
Multiuso

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Estudo de Caso I
CRAB - Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro

Biblioteca

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Estudo de Caso I
CRAB - Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro

Salas de cursos

57
Estudo de Caso I
CRAB - Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro

Sala de cursos

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Estudo de Caso II
Casa da Glória 18A

O projeto de restauração
e reforma da Casa da
Glória, uma edificação
datada do início do
século XX, pertencente
ao Corredor Cultural., foi
adaptada para se tornar
a sede da Mayerhofer e
Toledo

59
Estudo de Caso II
Casa da Glória 18A

Escritório

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Estudo de Caso II
Casa da Glória 18A

Escritório

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Estudo de Caso III
Hotel Vila Galé, Rio de Janeiro

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Estudo de Caso III
Hotel Vila Galé, Rio de Janeiro

Restauro
Localizado na rua do Riachuelo no centro da cidade do Rio,
o hotel Vila Galé Na restauração a fachada histórica foi
preservada, assim como grande parte dos detalhes da
arquitetura original do casario, de estilo eclético ,onde por
muitos anos funcionou um tradicional colégio.

Os Pisos de tábuas corridas largas de madeira maciça e


corredores revestidos de ladrilhos hidráulicos estampados
conferem um ar clássico e elegante ao conjunto, que ganhou
também um prédio novo (em menos em evidência) na parte
posterior do terreno de 6600 m².

No pátio interno, podemos destacar a piscina com raia de 25


m, uma surpresa deliciosa em pleno coração da cidade
maravilhosa.

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Estudo de Caso III
Hotel Vila Galé, Rio de Janeiro

O local era uma escola, no passado? E, para o


hotel, foi construído um novo prédio e o centro
de convenções?

No passado este local foi uma escola e antes disso


uma hotel. O Iphan determinou que deveria preservar
os 3 edifícios que compunham parte do projeto
original

Mas, para viabilizar economicamente o investimento,


foi feito uma torre nos fundos, com restaurante, centro
de convenções e mais quartos.

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Estudo de Caso III
Hotel Vila Galé, Rio de Janeiro

Como foi feita a preservação da área


antiga? O que foi mantido e o que foi
modificado da construção original?

As construções antigas foram mantidas. No


Palácio e nos prédios laterais, preservamos
as fachadas e foram mexidos as
configuração internas dos quartos.

Foram também mantidas e recuperadas as


escadas de madeira existentes.

65
Estudo de Caso III
Hotel Vila Galé, Rio de Janeiro

A fachada foi mantida da construção original?

Sim, o iphan (instituto do patrimônio histórico e artístico


nacional) teve algum papel nesse processo? o tom da
pintura teve de ser aprovado pela instituição?

A fachada principal do Palácio foi mantida integralmente, e


inclusive fomos obrigados a recuperar os dois torreões
que já tinham desaparecido.

O patrimônio fiscalizou o processo todo e acompanhou a


obra, definindo e aprovando as cores da fachada.

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Estudo de Caso III
Hotel Vila Galé, Rio de Janeiro

A piscina é um dos destaques da construção? Quais as


dimensões dela?

Já existia uma piscina, embora não


exatamente no mesmo local.
No caso deste projeto em particular
era importante ter um espaço de
lazer sendo proposto um pátio
generoso (a piscina possui 25 x 7
m), bastante confortável, se
tornando um local atraente para os
hóspedes.
Quase um oásis em pleno centro.

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Estudo de Caso III
Hotel Vila Galé, Rio de Janeiro

Internamente

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Estudo de Caso III
Hotel Vila Galé, Rio de Janeiro

Revestimentos internos, como papéis


de parede, azulejos e ladrilhos. Por que
eles foram utilizados?
Quanto aos revestimentos, procurou usar materiais que não
comprometessem muito a decoração e de fácil manutenção.

Por isso mesmo, foi utilizado pinturas nas paredes, pois


permite uma rápida intervenção no caso de algum reparo.

No entanto, buscou uma maior identidade ao hotel com uma


inspiração única e, no caso do Rio de Janeiro, o Grupo Vila
Galé recorreu utilizou se das imagens da história Luso-
brasileira, de Samba e Bossa Nova.

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Tombamento e quais são suas consequências

A palavra tombamento, tem origem portuguesa e significa fazer um registro do patrimônio de alguém em livros
específicos num órgão de Estado que cumpre tal função.

Ou seja, utilizamos a palavra no sentido de registrar algo que é de valor para uma comunidade protegendo-o por
meio de legislação específica.

Atualmente, o tombamento é um ato administrativo realizado pelo poder público com o objetivo de preservar,
através da aplicação da lei, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico e ambiental para a população, impedindo
que venham a ser destruídos ou descaracterizados.

Portanto, o tombamento visa preservar referenciais, marcas e marcos da vida de uma sociedade e de cada uma de
suas dimensões interativas.

70
O que pode ser tombado
O tombamento pode ser aplicado a bens móveis e imóveis de interesse cultural/ambiental em várias escalas interativas como
a de um município, de um estado, de uma nação ou de interesse mundial, quais sejam: fotografias, livros, acervos,
mobiliários, utensílios, obras de arte, edifícios, ruas, praças, bairros, cidades, regiões, florestas, cascatas, entre outros.
Somente é aplicado a bens de interesse para a preservação da memória e referenciais coletivos, não sendo possível utilizá-lo
como instrumento de preservação de bens que sejam apenas de interesse individual. O ideal num processo de tombamento
é que não se tombem objetos isolados, mas conjuntos significantes.

71
Quem pode executar um tombamento
O Tombamento pode ser feito pela União, através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, pelo Governo
Estadual, através da Secretaria de Estado da Cultura - CPC, ou pelas administrações municipais que dispuserem de leis
específicas. O tombamento também pode ocorrer em escala mundial, reconhecendo algo como Patrimônio da
Humanidade, o que é feito pelo ICOMOS/UNESCO.

72
O ato do tombamento e a desapropriação
São atos totalmente diferentes. O Tombamento não altera a propriedade de um bem; apenas proíbe que ele venha a
ser destruído ou descaracterizado. Logo, um bem tombado não necessita ser desapropriado, mas deve manter as
características que possuía na data do tombamento.
Muitos pedidos de tombamento são feitos por indivíduos ou prefeituras pressupondo que se o objeto for tombado o
Estado restaurará e manterá tal bem. Porém, se o bem continua a pertencer ao proprietário, o Estado, não pode
investir recursos públicos em sua conservação por não lhe pertencer. Mas, o artigo 16 da Lei 1211 de 16/9/1953 afirma
que se houver necessidade de obras para a preservação do bem e, se o proprietário protocolar no Protocolo Geral da
SEEC um comunicado à CPC de que tais obras são urgentes e o proprietário comprovar não ter recursos para
executá-las, o Estado é obrigado a custear tais obras, mesmo sendo o bem privado e sem a anuência do proprietário.
O mesmo artigo afirma que o Estado tem seis meses de prazo para dar início às obras e, caso não as execute, é
direito do proprietário entrar com um processo no Protocolo Geral da SEEC e outro processo civil solicitando a
anulação do tombamento.

73
Locação ou venda do bem tombado
Desde que o bem continue sendo preservado com as
características que possuía na data da sua inscrição
no livro do tombo da CPC/SEEC, não existe qualquer
impedimento para a venda, aluguel ou herança de
um bem tombado. Portanto o tombamento não altera
as características fundamentais da propriedade
privada, especialmente a compra, a venda e a
hereditariedade que são as questões fundamentais
da propriedade privada.
A partir da Constituição de 1988, a propriedade
privada não se sobrepõe aos interesses sociais. No
Capítulo 1º, Artigo 5º , parágrafo XXIII da
Constituição Federal afirma que a propriedade
atenderá à sua função social.
No caso de venda, o proprietário deverá notificar
previamente a instituição que efetuou o tombamento
para que esta atualize seus dados

74
O tombamento e a preservação

O tombamento é uma das iniciativas possíveis de serem


tomadas para a preservação dos bens culturais/ambientais, na
medida que impede legalmente a sua destruição e
descaracterização.
É necessário deixar claro que aquele que ameaçar ou destruir
um bem tombado está sujeito a processo legal que poderá
definir multas, medidas compensatórias ou até mesmo a
reconstrução do bem como estava na data do tombamento
dependendo do veredicto final do processo.
A Constituição Federal no Artigo 216, estabelece que é função
da União, do Estado e dos Municípios, com o apoio da
comunidade, preservar os bens culturais e naturais brasileiros,
dando especial atenção aos sítios arqueológicos. A notificação
do achado de um sítio arqueológico ou qualquer projeto de
intervenção em áreas de sítios arqueológicos devem ser
comunicadas ao IPHAN.

75
Além do tombamento, existem outras formas de preservação ?

O inventário é a primeira forma para o reconhecimento da


importância dos bens culturais e ambientais, através do
registro de suas características principais.
Os Planos Diretores das cidades também estabelecem
formas de preservação do patrimônio em nível municipal,
através do planejamento urbano. Os municípios devem
promover o desenvolvimento das cidades sem a destruição
do patrimônio. As Leis Orgânicas municipais podem prover o
município de instrumentos de preservação do Patrimônio
Cultural/ambiental. Podem, ainda, criar leis específicas que
estabeleçam incentivos à preservação como a redução de
impostos municipais aos proprietários de bens declarados de
interesse cultural ou tombados.

76
Outras formas de tombamento
Na escala municipal, é possível que feito o levantamento dos bens de interesse de conservação, mesmo que não
tombados, o departamento municipal responsável pela emissão de alvarás de construção, demolição e alteração das
edificações tenha um aviso na documentação de cada bem alertando que ele é de interesse ao patrimônio
cultural/ambiental, de modo que se possa negociar com o proprietário a conservação do bem ou medidas mitigatórias
em suas intervenções. Nesse sentido as câmaras, prefeituras, departamentos ou casas de cultura municipais podem
firmar acordos de cooperação técnica com a SEEC – CPC.
A CPC também orienta as câmaras e secretarias municipais de cultura na criação da legislação e gestão do Patrimônio
Cultural que mesmo não sendo significativo para o estado, é significativo para o município ou região.
No caso do Patrimônio Ambiental e proteção de ecossistemas, existe uma ampla Coletânea da legislação ambiental
estadual e federal que está à disposição do público na Secretaria Estadual de Meio Ambiente/IAP, sendo a Ação civil
pública via Ministério Público um dos principais instrumentos de exercício da cidadania. O tombamento também pode
ser um instrumento de reforço à proteção do em torno de áreas protegidas pela legislação ambiental estadual e federal

77
Entorno de imóvel tombado
É a área de proteção localizada na circunvizinhança dos bens tombados que é delimitada junto com o processo de
tombamento com objetivo de preservar a sua ambiência e impedir que novos elementos, obstruam, reduzam sua
visibilidade, afetem as interações sociais tradicionais ou ameacem sua integridade. A área de em torno não é apenas
um anteparo do bem tombado, mas uma dimensão interativa a ser gerida tanto quanto o objeto de conservação.
Compete ao órgão que efetuou o Tombamento estabelecer os limites e as diretrizes para as interações sociais nas
áreas de em torno de bens tombados. Portanto, quando algo é tombado, aquilo que está próximo, em torno a ele, sofre
a interferência do processo de tombamento, embora em menor grau de proteção, não podendo ser descaracterizado à
revelia da SEEC/CPC. Assim, intervenções próximas a bens tombados devem ser comunicadas antecipadamente à
SEEC – CPC para a aprovação dos projetos.

78
O tombamento de edifícios ou bairros inteiros e a modernização
das cidades

A proteção do patrimônio ambiental urbano está diferentemente


vinculada à melhoria da qualidade de vida da população, pois a
preservação da memória, dos referenciais culturais, é uma demanda
social tão importante quanto qualquer outra a ser atendida pelo serviço
público.
O Tombamento não tem por objetivo "congelar" a cidade ou outro bem.
Tombar não significa apenas cristalizar ou perpetuar edifícios ou áreas,
sem considerar toda e qualquer obra que venha contribuir para a
melhoria da vida na cidade.
Preservação e revitalização de áreas são ações que se complementam
e, juntas, podem valorizar conjuntos de bens que se encontrem
ameaçados ou deteriorados interferindo na qualidade de vida de uma
população.

79
O tombamento não é um ato democrático

O Tombamento, como qualquer outra Lei Federal, Estadual


ou Municipal, estabelece limites às vontades individuais que
ameacem um bem de interesse público, com o objetivo de
resguardar e garantir direitos e interesses do conjunto da
sociedade.
Não é autoritário porque sua aplicação é executada por
representantes da sociedade civil, sendo consultado um
Conselho do Patrimônio Cultural composto de
representantes das várias dimensões sociais e de órgãos
públicos com poderes estabelecidos pela legislação, além
de não alienar o seu proprietário do bem que é de interesse
comum.

80
O conceito de bem tombado

Ao falarmos que algo é um "bem", entramos nos delicados domínios


da axiologia, da estética, da ética, da linguística, da semiologia e,
evidentemente, da história.
Fundamentando-nos em referenciais e significados culturais
consagrados em cada dimensão interativa das sociedade,
sacramentalizamos publicamente algo como um bem Cultural e/ou
Ambiental. Tal fundamentação tem raízes em várias experiências e
estudos passados, além de várias correntes teóricas adotadas pelos
peritos em Patrimônio Cultural e Ambiental.
Tal fundamentação tem raízes nos vários estudos das experiências
passadas, sendo esses produtos ancorados em várias correntes
teóricas adotadas pelos peritos em Patrimônio Cultural e Ambiental.
Um bem cultural é relativo à identidade de uma dimensão das
sociedades.

81
Como abrir um processo de tombamento

A abertura do processo de tombamento de um bem cultural ou natural pode ser solicitado por qualquer cidadão, pelo
proprietário, por uma organização não governamental, por um representante de órgão publico ou privado, por um grupo
de pessoas por meio de abaixo assinado e por iniciativa da própria Coordenadoria do Patrimônio Cultural.
De qualquer modo, é fundamental que o solicitante descreva com a máxima exatidão possível a localização ou
dimensões e características do bem e uma justificativa do porque está sendo solicitado o tombamento.
Além disso, para acelerar o processo convém que junto com a solicitação de tombamento sejam anexadas cópias de
fotos antigas e atuais do bem com os negativos, a documentação cartorária que é composta pela transcrição das
transmissões, plantas arquitetônicas e tudo o mais de documentação que for possível enviar em anexo com a
solicitação que justifique as pesquisas sobre o valor social daquilo que possivelmente seja tombado.

82
Encaminhamento do pedido
Como já dito anteriormente qualquer pessoa física ou jurídica poderá solicitar o tombamento de qualquer bem ao Iphan,
bastando, para tanto, encaminhar correspondência Ao IPHAN em seu estado à Presidência do Iphan, ou ao Ministério
da Cultura. Para ser tombado, o bem passa por um processo administrativo que analisa sua importância em âmbito
nacional e, posteriormente, o bem é inscrito em um ou mais livro de tombo. Os bens tombados estão sujeitos à
fiscalização realizada pelo Instituto para verificar suas condições de conservação, e qualquer intervenção nesses bens
deve ser previamente autorizada.
Sob a tutela do Iphan, os bens tombados se subdividem em bens móveis e imóveis, entre os quais estão conjuntos
urbanos, edificações, coleções e acervos, equipamentos urbanos e de infraestrutura, paisagens, ruínas, jardins e
parques históricos, terreiros e sítios arqueológicos. O objetivo do tombamento de um bem cultural é impedir sua
destruição ou mutilação, mantendo-o preservado para as gerações futuras.

83
Como abrir um processo
Após a oficialização do pedido no protocolo geral da SEEC, a equipe da CPC elabora uma pesquisa exaustiva visando o
embasamento técnico e documental do processo para emitir um parecer sobre o valor do bem, o qual será encaminhado ao
Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico.
Caso o pedido obtenha parecer favorável do Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico o proprietário será notificado e
terá um prazo de quinze dias, estipulado pela Lei Estadual n.º 1.211/53, após a notificação, para contestar ou concordar
com o tombamento. A partir desta notificação, o bem já se encontra protegido legalmente contra destruição ou
descaracterizações até que haja a homologação do tombamento com inscrição no Livro do Tombo específico e averbação
em cartório de registro de imóveis onde esse bem estiver registrado.

84
Modalidades de tombamento

Existem seis modalidades de tombamento, são eles: voluntário, compulsório,


provisório, definitivo, geral e individual.
• O tombamento voluntário ocorre quando o proprietário do bem solicita seu
tombamento, ou quando o mesmo concorda com tal procedimento sem oposição,
quando notificado.
• O tombamento compulsório ocorre quando o órgão competente da
administração Pública promove o tombamento contra a vontade de seu
proprietário. Este, por sua vez, opõe-se judicialmente ao aludido procedimento
administrativo.
• No tombamento provisório, incidirão sobre o bem os efeitos do processo de
tombamento antes mesmo do trânsito em julgado.

85
Modalidades de tombamento
Quando o tombamento é definitivo, todos os efeitos já foram produzidos, chegando-se assim ao fim do processo de
tombamento.
Na modalidade individual, o tombamento incide sobre apenas um bem, diferentemente da modalidade geral, que
incide sobre uma universalidade de bens, como uma cidade, a título de exemplo.
Compete concorrente à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre o tombamento, conforme disposição do
artigo 24 da constituição Federal. Em relação à competência para a execução do tombamento, estão autorizados a
União, Estados e Municípios.
No âmbito federal, o órgão competente para executar o tombamento é o instituto brasileiro do patrimônio histórico
Nacional (IPHAN- Autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura). No âmbito estadual e municipal, a competência
é atribuída ao órgão criado para essa função.
O tombamento não gera para o proprietário direito à indenização, pois o bem continua no domínio e na posse do
proprietário. Este somente terá tal direito se houver dano no bem.

86
Como saber se uma edificação histórica tem
licença para ser realizada uma obra

87
O que é tombamento
O tombamento é o mais antigo e conhecido instrumento de preservação do patrimônio cultural. Foi instituído
em 1937, por meio do Decreto-Lei n. 25, e permaneceu muito tempo como o único instrumento da política de
preservação; por isso, ainda costuma ser entendido como seu sinônimo. Já se utilizou o tombamento para
proteger 1.219 bens culturais de natureza material. Destes, 167 (14%) foram tombados na década de 2000.

A abertura de um processo de tombamento pode ser iniciada pelo próprio Iphan ou solicitada por prefeituras,
órgãos públicos, organizações sociais ou mesmo por um único cidadão. A solicitação é analisada
previamente pelo Iphan. Se considerada procedente, inicia-se a instrução do processo, que pode ser
realizada pelo Iphan ou por outra instituição sob sua coordenação

.
O processo constitui-se de pesquisa aprofundada sobre a história do bem e de seu contexto, descrição
minuciosa de suas características, contextualização geográfica ou urbana, análise de seu significado
histórico, social ou artístico e documentação iconográfica.

88
O que é tombamento

A intenção de tombamento é notificada aos proprietários e


publicada no Diário Oficial da União para conhecimento público. A
partir de então, o processo é remetido a um membro do Conselho
Consultivo do Patrimônio Cultural para que faça a relatoria,
analisando se o bem, além de sua importância local, tem
significado nacional que justifique ser declarado patrimônio
cultural do país.
A decisão final sobre o tombamento cabe ao Conselho
Consultivo, que vota baseado na relatoria e aponta o livro de
tombo em que o bem deve ser inscrito. O Conselho é formado por
representantes da sociedade e dirigido pelo presidente do Iphan,
que apresenta seu voto apenas em caso de desempate.

89
Tombamento

O tombamento tem uma série de efeitos e obrigações que visam proteger o bem tombado. Dentre esses
efeitos estão a demarcação da área de entorno do bem, à qual se estende o efeito da proteção; o
estabelecimento de normas de preservação específicas; a obrigatoriedade de autorização do Iphan para
qualquer proposta de interferência no bem ou em sua área de entorno; a responsabilização legal do
proprietário pela manutenção e preservação do bem e a proibição de venda ao exterior de bens móveis
tombados (incluindo acervos de arte ou bibliográficos).

Atualmente há um esforço para que a delimitação da área de proteção no entorno do bem e a normativa de
preservação, que eram ações posteriores ao ato de tombamento, sejam desenhadas durante a instrução do
processo. Desse modo podem ser antecipadamente pactuadas com os envolvidos e discutidas no âmbito do
Conselho Consultivo, aproveitando o conhecimento e a experiência dos conselheiros para eventuais
aprimoramentos.

90
Posso indicar um bem cultural para tombamento
É direito de todo cidadão fazer um inventário e um pedido de tombamento de um bem material.
Pela Constituição Federal de 1988, Art. 216, o inventário já é um instrumento de proteção e preservação
do patrimônio.

O tombamento poderá vir depois, mas os imóveis inventariados já ficam protegidos pelo Poder Público
municipal. Entre em contato com a prefeitura de sua cidade e com o órgão estadual de patrimônio cultural,
indique a importância do bem e sugira que seja realizado um inventário participativo com a população para
indicar os bens imóveis e móveis a serem protegidos.

É importante que o inventário e o processo de tombamento apresentem tanto as informações cadastrais


(propriedade, endereço) dos imóveis, quanto as características físicas (arquitetura, área etc.) e os valores
culturais (afetivos, arquitetônicos, históricos, sociais, paisagísticos etc.) atribuídos ao bem que será
tombado/inventariado, com registros em texto e fotografias. Este material pode ser útil como guia para
organização do material inicial: estudo preliminar para pedido de tombamento.

91
Como saber se a casa é tombada ?

Para saber, o meio oficial é fazer uma consulta formal (presencial ou,
a depender do caso, por telefone/ouvidoria/e/ou e-mail) nos três
níveis de governo: Prefeitura (por exemplo, Secretaria de cultura,
Departamento de Patrimônio Histórico etc); Governo do Estado (por
exemplo, Secretaria de Cultura Fundação de Cultura,
Instituto/Conselho de Patrimônio); e Iphan (federal).

92
Como solicito o tombamento de um bem material ?

As regras variam de órgão para órgão, mas, em geral,


qualquer pessoa ou entidade pode solicitar o
tombamento de um bem, em qualquer nível de governo
(Prefeitura, Estado e Federal – Iphan). É recomendável
consultar a documentação exigida para pedidos de
tombamentos – geralmente disponível no site dos
próprios órgãos, secretarias de cultura ou prefeituras –
para que a solicitação não seja indeferida.

93
Como obtenho informações sobre um processo de
tombamento ?
Você deve consultar as instituições oficiais de patrimônio, preferencialmente nesta ordem: 1. Locais, sejam elas
específicas para o patrimônio, como Conselhos municipais, ou a própria Prefeitura; 2. Estaduais, em geral,
representadas por órgãos próprios de patrimônio ou, quando não, pelas secretarias estaduais de cultura; e 3.
Federal: Iphan. Vale lembrar que um processo de tombamento sempre é um expediente administrativo, portanto é um
documento público, o que garante a qualquer cidadão seu pleno acesso, via Lei de Acesso à informação (Lei Federal
nº 12.527/2011), seja no âmbito municipal, estadual ou federal. O impedimento não motivado ao acesso a um
processo de tombamento pode ser denunciado aos órgãos de fiscalização (Ouvidorias, Ministério Público, etc.).

94
Efeitos do tombamento

Quanto a alienação – direto de preferencia


Quanto ao deslocamento – retirar os bens do pais
Quanto as transformações – previa autorização com órgãos de tutela
Quanto aos imóveis vizinhos – servidão administrativa
Quanto a conservação –deve conservar os bens ou comunicar a necessidade ao
órgão competente
Quanto a fiscalização – suportar pelo órgão competente

95
Efeitos para o Proprietário

1)Proteção do bem tombado;

2)Conservação do bem tombado (autorização pública para reparo ou restauração) – em caso de


ausência de recursos deve notificar órgão ou entidade competente;

3)Vedação para deixar o país, salvo quando autorizado pelo órgão competente;

4)Notificação do Poder Público em caso de furto ou extravio (pena de multa).

96
Diretrizes para Tombamento e Restauro
Roteiro para instrução de pedidos de tombamento de imóvel

O interessado deverá formalizar o pedido de tombamento aos órgãos de tutela e patrimônio.


A solicitação de tombamento deverá apresentar as informações previstas na Lei de Tombamento Municipal (L. C.
275/92). Esses conteúdos permitirão à Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural emitir parecer técnico quanto à
viabilidade do tombamento, que posteriormente será encaminhado ao Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e
Cultural para deliberação.

1.Identificação
a) Do imóvel: proprietário, localização (rua e número);
b) Do Interessado: proprietário, responsável técnico, representante legal

2. Dados Históricos
a) Certidão ou Registro e/ou outros documentos, artigos de jornais, etc.;
b) Evolução da edificação - cronologia de intervenções e/ou outras alterações ocorridas;
c) Plantas, fachadas ou outros documentos gráficos;
d) Fatos históricos - cronologia e principais ocorrências que forneçam significado social ao imóvel;
e) Proprietários e usuários e suas relações com o uso do imóvel - suas vivências no local, histórico de ocupação;
f) Construtores - autor do projeto, construtores e outros.

97
3. Entorno Urbano
a) Análise da área: considerando sua evolução em relação ao entorno e a cidade e/ou a região.
b) Fotografias antigas e atuais
c) Iconografia antiga e atual
d) Relações morfológica, volumétrica e ambiental, com o entorno (perfis, perspectivas, etc.)

4. Descrição e Análise da Edificação


a) Análise arquitetônica (tipologia, características do estilo predominante, expressividade, originalidade, etc.).
b) Sistema construtivo e materiais empregados.
c) Elementos significativos - descrição.
d) Estado de conservação - situação atual dos elementos estruturais, de vedação, pisos, forros, cobertura e redes de
infra-estrutura.

5. Levantamento Fotográfico
- Interior, exterior, elementos decorativos, bens integrados, detalhes significativos sobre a morfologia, tipologia e estado
de conservação do imóvel.

Poderão ser solicitadas informações complementares de acordo com a especificidade do caso.

98
Efeitos para o Poder Público

1)Vigilância permanente do bem tombado (poder de inspeção);

2)Manutenção do bem caso o proprietário não tenha condições;

3)Direito de Preferência na aquisição do bem.

99
Efeitos positivos (de fazer)
Art. 13, § 1.º, DL 25/1937.
“No caso de transferência de propriedade dos bens, deverá o adquirente, dentro do prazo de trinta dias, sob pena de
multa de dez por cento sobre o respectivo valor, fazê-la constar do registro, ainda que se trate de transmissão judicial ou
causa mortis.”

Art. 13, § 2.º, DL 25/1937.


“Na hipótese de deslocação de tais bens, deverá o proprietário, dentro do mesmo prazo e sob pena da mesma multa,
inscrevê-los no registro do lugar para que tiverem sido deslocados.”

Art. 13, § 3.º, DL 25/1937.


“A transferência deve ser comunicada pelo adquirente, e a deslocação pelo proprietário, ao Serviço do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, dentro do mesmo prazo e sob a mesma pena.”

Art. 19, DL 25/1937.


“O proprietário de coisa tombada, que não dispuser de recursos para proceder às obras de conservação e reparação que
a mesma requerer, levará ao conhecimento do IPHAN a necessidade das mencionadas obras, sob pena de multa
correspondente ao dobro da importância em que for avaliado o dano sofrido..”

Art. 16, DL 25/1937.


“No caso de extravio ou furto de qualquer objeto tombado, o respectivo proprietário deverá dar conhecimento do fato ao
IPHAN dentro do prazo de cinco dias, sob pena de multa de dez por cento sobre o valor da coisa.”
100
Efeitos negativos (de não fazer)

Art. 17, DL 25/1937.


“As coisas tombadas não poderão, em caso nenhum ser destruídas, demolidas ou mutiladas, nem, sem prévia
autorização especial do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ser reparadas, pintadas ou restauradas,
sob pena de multa de cinquenta por cento do dano causado.”

Art. 14, DL 25/1937.


“A. coisa tombada não poderá sair do país, senão por curto prazo, sem transferência de domínio e para fim de
intercâmbio cultural, a juízo do Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.”

101
Perguntas e respostas

O que pode ser tombado?

O Tombamento pode ser aplicado aos bens móveis e imóveis, de


interesse cultural ou ambiental, quais sejam: fotografias, livros,
mobiliários, utensílios, obras de arte, edifícios, ruas, praças, cidades,
regiões, florestas, cascatas etc. Somente é aplicado aos bens materiais
de interesse para a preservação da memória coletiva.

Quem pode efetuar um tombamento?

O Tombamento pode ser feito pela União, por intermédio do Instituto do


Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, pelo Governo Estadual, por
meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado ou pelas
administrações municipais, utilizando leis específicas ou a legislação
federal.

102
Perguntas e respostas
O ato do tombamento é igual à desapropriação?

Não. São atos totalmente diferentes. O Tombamento não altera a propriedade de um bem, apenas proíbe que venha a
ser destruído ou descaracterizado. Logo, um bem tombado não necessita ser desapropriado.

Um bem tombado pode ser alugado ou vendido?

Sim. Desde que o bem continue sendo preservado. Não existe qualquer impedimento para a venda, aluguel ou herança
de um bem tombado. No caso de venda, deve ser feita uma comunicação prévia à instituição que efetuou o
tombamento, para que esta manifeste seu interesse na compra do mesmo.

O Tombamento preserva?

Sim. O Tombamento é a primeira ação a ser tomada para a preservação dos bens culturais, na medida que impede
legalmente a sua destruição. No caso de bens culturais, preservar não é só a memória coletiva, mas todos os esforços
e recursos já investidos para sua construção. A preservação somente se torna visível para todos quando um bem se
encontra em bom estado de conservação, propiciando sua plena utilização.

103
Gostaria de possuir uma formação em patrimônio cultural. Quais
são os cursos disponíveis no Brasil?

Vai aqui algumas dicas importantes de pós graduação

Minas Gerais

Pos graduação Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis


UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais
Belo Horizonte/ MG

Especialização em Gestão e Conservação do Patrimônio Cultural

Instituto Federal de Ouro Preto

104
Bahia
• PÓS-GRADUAÇÃO

O curso de pós-graduação mais bem conceituado no Brasil é o Mestrado Profissional em Conservação e


Restauração de Monumentos e Núcleos Históricos, da Universidade Federal da Bahia. As temáticas das
pesquisas são indicadas pelo aluno em concordância do professor orientador.

Mestrado Profissional em Conservação e Restauração de Monumentos e Núcleos Históricos

UFBA – Universidade Federal da Bahia CECRE

Mestrado Acadêmico UFBA possui duas linhas teoria do restauro e tecnologia dos materiais

105
Rio de Janeiro
Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural
Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

Mestrado Profissional em memoria e Acervos


Fundação Casa Rui Barbosa

Mestrado Profissional – Projeto e Patrimônio


UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

Curso de Especialização em Gestão Restauro Arquitetônico –


UERJ – Universidade Estado do Rio de Janeiro campus Petrópolis

Mestrado Profissional em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural nas Ciências e na Saúde


Fiocruz Casa Oswaldo Cruz

106
Recife
Cursos de Restauros
CECI – Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada
Olinda

Fortaleza
Especialização Preservação e Restauro do Patrimônio Histórica edificado arquitetura e arqueologia

IBEC Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos

107
São Paulo
Mestrado em Patrimônio Cultural: Preservação e Gestão

Unisa – Universidade Santo Amaro

Mestrado em Arquitetura e Urbanismo Patrimônio Arquitetônico: teoria e projeto

UNICAMP – Campinas

Especialização e Restauro Arquitetônico

Templo da Arte- SP

108
Pelotas
Mestrado em Memoria Social e Patrimônio Cultural
UFPel universidade Federal de Pelotas

109
Referências bibliográficas:

Referências bibliográficas:
CARVALHO, Heliana Lima de. Cartilha informativa:
tombamento de bens culturais.
www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretaria/cultura/conpre
sp
GRUPO DE TRABALHO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E
ARQUITETÔNICO. Patrimônio histórico: como e por que
preservar. 2.ed. Bauru, SP : Canal 6, 2008.

110
OBRIGADO
OBRIGADA
111

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