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TÓPICO 3

BASES LEGISLATIVAS

Goiânia
• BASES LEGISLATIVAS.

1 - A QUESTÃO INSTITUCIONAL;

2 - BASES LEGISLATIVAS;

3 - ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR;

4 - PLANO DIRETOR DE GOIÂNIA – LEI N 171/2007.


1. A QUESTÃO INSTITUCIONAL

Introdução.
É perceptível uma certa trajetória da participação da sociedade civil no processo de planejamento
urbano. Nesse sentido, a sociedade civil foi como que “fazendo seu caminho” ao longo de todo o século
XX chegando aos dias de hoje como uma das temáticas centrais tanto na pesquisa sobre a história do
urbanismo brasileiro como no debate que tem se estabelecido para a questão da democracia e do poder
local. Sendo assim, identificar as mudanças que decorreram desse processo no passado pode auxiliar
na compreensão de qualquer intervenção futura que tenha, como pano de fundo, a preocupação com
essa relação. .
Interessa-nos, particularmente, as características institucionais do processo e do debate para
elaboração de modelos, propostas e ferramentas urbanísticas que privilegiaram a institucionalização dos
diversos canais de participação da sociedade civil na formulação do planejamento urbano.
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1. A QUESTÃO INSTITUCIONAL

Antecedentes Históricos
► Nossa história alternou períodos democráticos e de exceção
(SADER, 1990: 1);

► Primeiras décadas do século XX “período democrático”;

► 1930 a 1945 se viveu a alternância para um período de


exceção: Getúlio Vargas subiu ao poder em outubro de 1930 e nele
permaneceu como chefe de um governo provisório, presidente eleito
pelo voto indireto e ditador pelo espaço de 15 anos, de 1930 a
1945 (Estado Novo);

► Como os valores relacionados com a liberdade de expressão e o


direito à representatividade política foram restabelecidos nos anos
seguintes, poderíamos então raciocinar que o período subsequente,
de 1945 a 1964, seria caracterizado como democrático;

► De 1964 a 1985 o país vive sob a égide dos governos militares


e, após esse período, retorna a uma transição democrática, a qual
perdura até nossos dias.

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2. BASES LEGISLATIVAS

A Lei nº 6.766/1979
► Dispõe sobre o parcelamento do solo para fins urbanos nas modalidades de loteamento e
desmembramento, era a principal lei com aplicação nacional no campo do direito urbanístico;

► A Lei nº 6.766/1979 contempla diferentes tipos de regras para os loteamentos e


desmembramentos: requisitos técnicos quanto aos locais de implantação e à conformação
empreendimentos, conteúdo mínimo de projeto e procedimentos para sua aprovação e,
também, normas sobre os contratos firmados entre os empreendedores e os adquirentes dos
lotes;

► Deve ser registrado que há processo em trâmite no Legislativo voltado a atualizar e


complementar as regras atinentes ao parcelamento do solo para fins urbanos. Trata-se do
processo referente ao Projeto de Lei (PL) nº 3.057/2000 e apensos, por meio do qual se intenta
elaborar a futura Lei de Responsabilidade
Territorial Urbana.

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2. BASES LEGISLATIVAS

► Nos anos 80, como reação às desigualdades sócio espaciais das cidades brasileiras, o
projeto da Reforma Urbana logrou unificar, em torno de um movimento por política urbana
igualitária e distributiva, intelectuais da Academia e entidades da organização popular.

► Parcialmente reconhecido pela Constituição Federal de 1988, o ideário da Reforma Urbana


ficou subordinado ao planejamento urbano, pois o Plano Diretor foi declarado instrumento maior
da política urbana municipal.

Constituição Federal Brasileira de 1988

Na Assembléia Constituinte de 87 e 88 foi apresentada uma proposta de Emenda Constitucional de


Iniciativa Popular de Reforma Urbana, que retomava a luta iniciada na década de 60 e as discussões e
propostas que acabaram resultando no PL 775/83.

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2. BASES LEGISLATIVAS

Política Urbana Prevista na Constituição Federal Brasileira de 1988 - Artigos 182 e 183
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei,
tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o
instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
§ 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade
expressas no plano diretor.
§ 3º - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei
federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com
prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros
legais.

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2. BASES LEGISLATIVAS

Política Urbana Prevista na Constituição Federal Brasileira de


1988 - Artigos 182 e 183

Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até
duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos,
ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio,
desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano
ou rural.

§ 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos


ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do
estado civil.
§ 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais
de uma vez.
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por
usucapião.

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2. BASES LEGISLATIVAS

► O modo como esses artigos foram redigidos acabou criando


dificuldades para a implementação efetiva da função social da
propriedade, uma vez que condicionou a aplicação dos instrumentos
à criação de leis que regulamentasse a Constituição e ao plano diretor
(MARICATO, 2001).

► Com isso, o Supremo Tribunal Federal não considerou os artigos


autoaplicáveis, apesar do entendimento contrário de alguns juristas mais
progressistas (GRAZIA, 2003).

► Após muitas discussões e negociações, foi elaborado o Projeto de Lei


5788/90, de autoria do Senador Pompeu de Souza, conhecido como
Estatuto da Cidade.

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

Como visto:

• A C.F. (88) no art. 182:


• Refere-se à política de desenvolvimento urbano no Brasil que
se dá por meio do poder público municipal;
• Tem como objetivo o pleno desenvolvimento das funções
sociais da cidade e bem estar de seus moradores;
• Cita a lei dos Planos Diretores ressaltando:
– É obrigatório à municípios com mais de 20 mil habitantes
– Traz que a propriedade urbana deve cumprir a função social
de acordo com os P.D.

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

• A C.F. (88) no art. 182 (cont.):


• Cita a lei dos Planos Diretores ressaltando:
– Deixa facultativo ao poder público municipal a exigência
quanto à utilização do imóvel sendo que caso exija a forma
será:
• Edificação ou parcelamento compulsório

• IPTU progressivo no tempo

• Desapropriação

• No art. 183:
• Trata do usucapião urbano (para imóveis de até 250m² que é
usado para si ou família por 05 anos ininterruptos e sem
oposição;
• Só pode ser concedido 01 vez;

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

Histórico
 Surgiu como projeto de lei em 1988, proposto pelo então
senador Pompeu de Sousa (1914-1991)

 Foi aprovado apenas em 2001 e sancionado pelo presidente


Fernando Henrique Cardoso em 10 de julho do mesmo ano.

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

Motivação
Lei 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da
Cidade

 A Lei Federal conhecida como Estatuto da Cidade é uma


conquista dos movimentos populares, entidades de
classes e organizações atuantes na questão urbana, que
regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal
de 1988.

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

 Finalidade: estabelecer normas de ordem pública e


interesse social que vão disciplinar a propriedade urbana
em prol:
 Do bem coletivo
 Bem estar dos cidadãos
 Segurança
 Equilíbrio ambiental (natural, edificado e cultural)

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

Objetivo:
 Ordenar o pleno desenvolvimento urbano e das funções

sociais abrangendo as questões da propriedade.


 Cidades sustentáveis pontuando:

Saneamento básico
Moradia
Lazer
Trabalho
Saúde
Gestão democrática
Em concordância com os preceitos ambientais

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

 Importante ressaltar:
 Os municípios executam as políticas de desenvolvimento urbano
 A União, no E.C. tem destacadas as seguintes atribuições:
 Estabelece as diretrizes para todas as cidades brasileiras (normas
gerais)
 Responsável pelas normas de cooperação entre União, estados, DF e
municípios em prol das políticas urbanas
 Promove por conta própria ou em conjunto com estados e municípios
a construção de moradias e saneamento básico
 Institui diretrizes para o desenvolvimento urbano incluindo
saneamento básico, moradia e transporte público
 Elaborar Planos nacionais ou regionais sobre a ordenação do
território, desenvolvimento social e econômico

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

 O Plano Diretor é evidenciado pelo E.C. por sua


importância que ao ser aprovado pelas Câmaras
Municipais devem ter suas diretrizes contempladas pelas
leis orçamentárias tais como:

 Plano Plurianual (PPA)


 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
 Lei de Orçamento Anual (LOA)

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

 Os Planos Diretores nas suas confecções devem garantir:

 Consultas, debates e audiências públicas com representantes da


sociedade civil e das entidades representativas
 Ter publicidade (acesso à documentação)
 Fiscalização por parte da sociedade civil

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

 Quem deve confeccionar os P.D.:


 Pela C.F. (88) – municípios com mais de 20 mil habitantes
 Pelo E.C:
◼ cidades integrantes de regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas
(mesmo que não possuam 20mil hab.)
◼ Cidades em áreas de interesse turístico (por conta da população
flutuante)
◼ Cidades que queiram utilizar a edificação e parcelamento compulsório,
IPTU progressivo ou desapropriação
◼ Cidades sobre a influência de obras que causem significativos impactos
ambientais, sejam eles em âmbito regional (02 ou mais estados) ou
nacional (02 ou mais países)

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

 Trata claramente da Gestão Democrática das Cidades


(Cidades Sustentáveis), para isso tem como instrumentos:

 Criação de órgão colegiados sobre a política urbana nos âmbitos


nacional, estadual e municipal
 Realização de debates, consultas e audiências públicas
 Realização de conferências (nacionais, regionais ou municipais) com
temas sobre as políticas urbanas
 Propositura de projetos de lei e programas pela população ou
entidades representativas

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

Divisão
 O Estatuto é dividido em 05 capítulos:
I- Diretrizes Gerais (artigos 1º a 3º);

II- Dos Instrumentos da Política Urbana (artigos 4º a 38);

III- Do Plano Diretor (artigos 39 a 42);

IV- Da Gestão Democrática da Cidade (artigos 43 a 45); e

V- Disposições Gerais (artigos 46 a 58).

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

Objetivo principal

Ordenar o pleno desenvolvimento


das funções sociais da cidade e da
propriedade urbana

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

Princípios

• Função social da propriedade


1

• Bem-estar da população
2

• Equilíbrio ambiental
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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

Fundamentos principais
• normas de ordem pública e de interesse social que
regulam o uso da propriedade urbana em benefício da
1 coletividade e do bem-estar dos cidadãos.

• disciplinar a exploração do solo urbano vinculado à


2 necessidade coletiva

• induzir as formas de uso e ocupação territorial


3
• regularizar as situações surgidas em função do déficit
habitacional como as ocupações irregulares, favelas
4 etc
• diminuir os efeitos perversos do crescimento
econômico desordenado, combinado com a alta
5 concentração populacional nos centros urbanos

• reordenamento territorial urbano condicionado ao


6 interesse social e ao bem-estar da coletividade

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

Instrumentos Gerais
• PLANOS NACIONAIS, REGIONAIS E ESTADUAIS DE ORDENAÇÃO DO TERRITÓRIO E
1 DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

• PLANEJAMENTO DAS REGIÕES METROPOLITANAS, AGLOMERAÇÕES URBANAS E


2 MICRORREGIÕES

• ARTICULAÇÃO DA POLÍTICA URBANA MUNICIPAL, EM ESPECIAL, PLANO DIRETOR


3

• DESENVOLVIMENTO URBANO
4

• FINACIAMENTO DA POLÍTICA URBANA


5

• REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
6

• DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO URBANA


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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

Diretrizes Gerais
• garantia do direito a cidades sustentáveis

• gestão democrática por meio da participação da população e de


associações representativas dos vários segmentos da
comunidade na formulação, execução e acompanhamento de
planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano

• cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais


setores da sociedade no processo de urbanização

• planejamento do desenvolvimento das cidades

• oferta de equipamentos urbanos e comunitários

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

Diretrizes Gerais (cont.)


• ordenação e controle do uso do solo

• adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de


expansão urbana compatíveis com os limites da sustentabilidade
ambiental, social e econômica

• justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de


urbanização

• adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e


financeira e dos gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento
urbano

• recuperação dos investimentos do Poder Público de que tenha


resultado a valorização de imóveis urbanos

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

Diretrizes Gerais (cont.)


• proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e
construído, do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e
arqueológico

• audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos


processos de implantação de empreendimentos ou atividades com
efeitos potencialmente negativos sobre o meio ambiente natural ou
construído, o conforto ou a segurança da população

• regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por


população de baixa renda mediante o estabelecimento de normas
especiais de urbanização, uso e ocupação do solo e edificação,
consideradas a situação socioeconômica da população e as normas
ambientais

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

Diretrizes Gerais (cont.)


• simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo
e das normas edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o
aumento da oferta dos lotes e unidades habitacionais

• isonomia de condições para os agentes públicos e privados na


promoção de empreendimentos e atividades relativos ao processo de
urbanização, atendido o interesse social

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1. ESTATUTO DA CIDADE E PLANO DIRETOR

Próxima aula:

• PLANO DIRETOR DE GOIÂNIA

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OBRIGADO!

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