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Prof. Eng.

Alexandre Cabral Cavalcanti

Planejamento Urbano Regional e Transporte


Engenharia civil
Aula 02 – Parâmetros Urbanísticos.
PRINCIPAIS PARÂMETROS URBANÍSTICOS

Para compreensão vamos explicar o que são os


parâmetros urbanísticos; indicar os tipos de
parâmetros urbanísticos existentes (parâmetros de
parcelamento de ocupação de uso e de
incomodidade; compreensão dos diferentes
parâmetros de parcelamento e de ocupação
existentes; o que são os instrumentos urbanísticos;
os principais instrumentos urbanísticos.
PRINCIPAIS PARÂMETROS URBANÍSTICOS
Os parâmetros urbanísticos destinados a controlar a ocupação e o uso do solo em cada zona,
com o objetivo de garantir a preservação do meio ambiente e do patrimônio histórico e cultural,
o conforto, a salubridade e a qualidade do meio ambiente e o seu usufruto por todos os cidadãos.
Com o objetivo de organizar a vida na cidade, as Prefeituras podem regulamentar o que pode ser
construído em um terreno e de que forma isso será construído. Essa regulamentação é feita por
meio dos parâmetros urbanísticos. Eles se dividem entre:
▪ Parâmetros de parcelamento: definem algumas regras quando novos lotes forem abertos;
▪ Parâmetros de ocupação: definem de que forma a construção pode ser feita no terreno. Ex: o
número de andares de um edifício, a metragem máxima de uma casa, etc.
▪ Parâmetros de uso: definem quais atividades podem ser instaladas no terreno. Ex: áreas com
restrição à construção de indústrias;
▪ Parâmetros de incomodidade: definem como as atividades podem ser desenvolvidas no
terreno. Ex: nível de barulho e incômodo de um bar.
PARÂMETROS URBANÍSTICOS

Os parâmetros urbanísticos devem ser definidos


por lei. O Plano Diretor irá definir alguns
parâmetros de parcelamento, de uso, de
ocupação e de incomodidade. Os demais
parâmetros deverão ser definidos nas leis
específicas de parcelamento e/ou de uso e
ocupação do solo urbano.
Parâmetros Urbanísticos e Zoneamento
Os parâmetros urbanísticos podem variar em diferentes locais
da cidade de acordo com o que o poder público imagina para
aquela área, por exemplo: incentivar o aumento do número de
habitantes em um determinado bairro ou não? Isso significa que
uma área poderá ter prédios com o número máximo de 8
andares, enquanto que, em outra, o número máximo permitido
poderá ser limitado a 3 andares, por exemplo. Tecnicamente,
essas áreas da cidade são denominadas zonas e são definidas por
meio do zoneamento municipal.
Parâmetros Urbanísticos e Zoneamento
O zoneamento urbano do município será definido no Plano Diretor.
Portanto, quando o plano for aprovado, será possível determinar:

 A zona em que seu imóvel está;

 Os tipos de atividades que podem ser instaladas no seu terreno


(habitação, comércio, indústria);

 De que forma a construção poderá ser feita (número de andares,


metragem, etc.)
Parâmetros de Parcelamento do Solo e a competência constitucional para
legislar em Matéria Urbanística​

Primeiramente, importante lembramos que a repartição


de competências é norteada pelo princípio geral da predominância
do interesse, segundo o qual o interesse geral ou nacional justifica
a atuação da União; o interesse regional demanda a atuação
dos Estados; e o interesse local legitima a atuação dos Municípios. ​

É extremamente relevante a repartição de competências
em matéria urbanística, ocorre que “é nos Municípios sem dúvida
que a atividade urbanística se manifesta de forma mais concreta
e dinâmica. Esses entes federativos estão mais próximos do
povo, sentindo melhor as suas necessidades”. 
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL PARA
LEGISLAR EM MATÉRIA ​
UNIÃO
Em matéria urbanística, a Constituição Federal de 1988 atribuiu à União
a competência para a elaboração de diretrizes gerais para o
desenvolvimento urbano:

Art. 21. Compete à União:


[...]
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do
território e de desenvolvimento econômico e social;
[...]
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação,
saneamento básico e transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL PARA
LEGISLAR EM MATÉRIA ​
UNIÃO

Ainda também, a norma constitucional prevê a competência concorrente


para legislar sobre direito urbanístico, ressaltando que, nesses casos, a
competência da União deve se restringir às normas gerais:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar


concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
[...]
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União
limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL PARA
LEGISLAR EM MATÉRIA ​
Destacando que o direito urbanístico abrange tudo aquilo que
estiver relacionado com “planejamento urbanístico,
ordenação do solo, ordenação urbanística de áreas de
interesse especial, ordenação urbanística da atividade
edilícia e instrumentos de intervenção urbanística”.

Já as normas gerais são aquelas que possuem caráter de


generalidade na aplicação e no conteúdo, não regulando,
assim, situações fáticas específicas. Por meio das normas
gerais são traçadas diretrizes de atuação genéricas a serem
observadas por todos os entes federativos.
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL PARA
LEGISLAR EM MATÉRIA URBANÍSTICA ​
UNIÃO

As diretrizes gerais para o desenvolvimento


urbano foram fixadas pela União, por meio da
Lei Federal nº 10.527/2001 - Estatuto da
Cidade, que veio regulamentar os arts. 182 e
183 da CF/88 e apresenta características de
uma norma geral de direito urbanístico.
COMPETÊNCIA PARA
LEGISLAR EM MATÉRIA URBANÍSTICA ​
PARCELAMENTO DO SOLO
As diretrizes gerais para o desenvolvimento urbano foram fixadas pela
União, por meio da Lei Federal nº 10.527/2001 - Estatuto da Cidade,
que veio regulamentar os arts. 182 e 183 da CF/88 e apresenta
características de uma norma geral de direito urbanístico.

ESTADOS

Os Estados, assim como a União e os Municípios, detêm a competência


concorrente para legislar sobre direito urbanístico, conforme previsto no
art. 24 da CF/88, cabendo aos Estados, ainda, suplementar as normas
gerais, porventura, criadas pela União.
COMPETÊNCIA PARA
LEGISLAR EM MATÉRIA URBANÍSTICA ​
ESTADOS

É nesse sentido que dispõe o art. 24 da CF/88:


Art. 24. [...]
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não
exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
COMPETÊNCIA PARA
LEGISLAR EM MATÉRIA URBANÍSTICA ​

Ainda, a CF/88 trata da competência dos Estados para


a realização de um planejamento urbanístico:
Art. 25 [...]
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar,
instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas
e microrregiões, constituídas por agrupamentos de
municípios limítrofes, para integrar a organização, o
planejamento e a execução de funções públicas de
interesse comum.
COMPETÊNCIA PARA
LEGISLAR EM MATÉRIA URBANÍSTICA ​

Os Estados podem, portanto, ordenar o


território num nível supra municipal, de
forma a orientar o desenvolvimento
regional. Vale lembrar que essa
competência é exclusiva dos Estados .
COMPETÊNCIA PARA
LEGISLAR EM MATÉRIA URBANÍSTICA ​

MUNICÍPIOS

Além da competência concorrente para


legislar sobre direito urbanístico, prevista no
art. 24 da CF/88, aos Municípios cabe
implementar a política de desenvolvimento
urbano, instituindo as normas urbanísticas
de acordo com as especificidades locais.
COMPETÊNCIA PARA
LEGISLAR EM MATÉRIA URBANÍSTICA ​

MUNICÍPIOS
Prescreve o art. 30 da CF/88 que compete, de forma exclusiva, aos Municípios:
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber;
[...]
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual;
[...]
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo
urbano;
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a
legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
COMPETÊNCIA PARA
LEGISLAR EM MATÉRIA URBANÍSTICA ​

MUNICÍPIOS ->
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder
Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por
objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade
e garantir o bem- estar de seus habitantes.
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para
cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da
política de desenvolvimento e de expansão urbana.
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano
diretor.
COMPETÊNCIA PARA
LEGISLAR EM MATÉRIA URBANÍSTICA ​

MUNICÍPIOS -> § 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas


com prévia e justa indenização em dinheiro.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos,
em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e
os juros legais.
COMPETÊNCIA PARA
LEGISLAR EM MATÉRIA URBANÍSTICA ​
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa
indenização em dinheiro.
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos,
em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e
os juros legais.
COMPETÊNCIA PARA
LEGISLAR EM MATÉRIA URBANÍSTICA ​

Então por meio do artigo constante na


Constituição Federal confere, aos Municípios, a
competência exclusiva para executar uma política
de desenvolvimento urbano, que deve ocorrer
sempre por meio de lei municipal, lembrando que
nos casos estabelecidos pela Lei Federal nº
10.527/2001 - Estatuto da Cidade essa lei
municipal é o Plano Diretor.
PARAMETROS URBANÍSTICOS​

A) O primeiro parâmetro é o Parcelamento do Solo;

B) Segundo os parâmetros de Ocupação;

C) Terceiro são os parâmetros de Uso

D) Quarto é o parâmetro de incomodidade


PARCELAMENTO DO SOLO​

O primeiro parâmetro é o Parcelamento do Solo


Urbano, é um instrumento de execução da política de
desenvolvimento e expansão urbana em sede municipal.
Está vinculado às diretrizes do art. 2° da Lei n°
10.257/2001 – Estatuto da Cidade e encontra
regulamentação na Lei n° 6.766/1979 – Lei do
Parcelamento do Solo, que traça normas urbanísticas,
sanitárias, civis e penais visando disciplinar a ocupação
do solo e o desenvolvimento urbano.
PARCELAMENTO DO SOLO​
A Lei do Parcelamento do Solo merece releitura à luz da
Constituição da República e do Estatuto da Cidade, que
trouxeram novas diretrizes ao desenvolvimento urbano,
reforçando a função socioambiental da propriedade em prol
da coletividade, da segurança, do bem-estar social e do
equilíbrio ambiental.
Aos Municípios, visando complementar a legislação federal
e atender as particularidades e interesses locais, cabe criar
legislação disciplinando o parcelamento do solo, conforme
esclarecido quando se falou sobre a competência para
legislar em matéria urbanística.
PARCELAMENTO DO SOLO​- Loteamento

Loteamento: subdivisão
de gleba em lotes
destinados a edificação,
com abertura de novas vias
de circulação, de
logradouros públicos ou
prolongamento,
modificação ou ampliação
das vias existentes (art. 2º,
§ 1º, da Lei nº 6.766/1979).
Parâmetros de Parcelamento do Solo
Parâmetros de Parcelamento do Solo

Área mínima de lote

É o menor tamanho
que um terreno pode
ter. Ele é importante
para garantir um
padrão mínimo
adequado para todas
as pessoas da cidade.
Parâmetros de Parcelamento do Solo

Frente mínima de lote

É o menor tamanho de frente


que um terreno pode ter. Ele é
fundamental para garantir que
os lotes da cidade tenham um
acesso adequado, de frente
para a via de circulação.
Parâmetros de Ocupação do Solo Urbano
Taxa de Ocupação

Define o quanto do terreno


pode ser ocupado pela
construção. O Plano Diretor
vai definir a Taxa de
Ocupação Máxima, ou seja, a
área máxima que o terreno
pode ser ocupado pela
construção
Parâmetros de Ocupação do Solo Urbano

Coeficiente de Aproveitamento Define


quantos metros quadrados podem ser construídos
no terreno, tendo como base a área total do lote. O
Plano Diretor vai definir:
• CA mínimo: é a menor construção admitida em
um terreno; abaixo disso, o terreno é considerado
subutilizado
• CA básico: é a metragem que pode ser construída
de forma gratuita
• CA máximo: é a maior metragem que pode ser
construída no terreno, mediante pagamento
Parâmetros de Ocupação do Solo Urbano
Taxa de Permeabilidade

Define quanto do terreno deve


ser deixado com áreas que
permitem a infiltração da água
no solo, sem construção. O Plano
Diretor vai definir a taxa
mínima, ou seja, a área mínima
do terreno que deve ser
permeável.
Parâmetros de Ocupação do Solo Urbano
Gabarito
Define quantos pavimentos (“andares”) um edifício pode ter
Plano Diretor Municipal Abaixo, listamos todos os
Instrumento Urbanísticos presentes no Estatuto da Cidade (Lei
Federal nº 10.257/2001). Cada município deve escolher os
instrumentos que são mais adequados a sua realidade e
regulamentá-los no seu Plano Diretor; isso quer dizer que nem
todos os instrumentos abaixo serão regulamentados na minuta
de Plano Diretor em elaboração:
Parâmetros de Parcelamento do Solo
Parâmetros de Parcelamento do Solo
É importante que a legislação urbanística municipal disponha
sobre:

 Definição dos usos permitidos e índices urbanísticos de


parcelamento e ocupação do solo, que incluirão,
obrigatoriamente, as áreas mínimas e máximas de lotes e os
coeficientes máximos de aproveitamento;
 Definição quanto ao percentual a ser destinado para áreas
verdes e institucionais;
 Regramento sobre especificidades dos condomínios fechados,
em especial quanto ao fornecimento de serviços públicos
dentro do condomínio; restrição de acesso; utilização das
áreas públicas, medidas mitigadoras.
Parâmetros de Incomodidade

Os parâmetros de incomodidade servem


para estabelecer limites quanto á
interferência de atividades não
residenciais em relação ao uso
residencial. Eles variam conforme a
zona em que estão inseridos e
conforme o horário (diurno e noturno).
Parâmetros de Incomodidade
Com o objetivo de estabelecer medidas de controle do uso do solo no
tocante à interferência ou incomodidade que os usos não residenciais
geram na vizinhança residencial, a legislação vigente estabeleceu
parâmetros de incomodidade relacionados:
-À emissão de ruído
-Ao horário para carga e descarga
-À vibração associada
-À potência elétrica instalada
-À emissão de radiação
-À emissão de odores
-À emissão de gases, vapores e material particulado
-À emissão de fumaça
Parâmetros de Parcelamento do Solo
CONCEITOS IMPORTANTES

Loteamento: subdivisão de gleba em lotes


destinados a edificação, com abertura de
novas vias de circulação, de logradouros
públicos ou prolongamento, modificação ou
ampliação das vias existentes (art. 2º, § 1º,
da Lei nº 6.766/1979).
Parâmetros de Parcelamento do Solo

Desmembramento:
subdivisão de gleba em lotes
destinados a edificação, com
aproveitamento do sistema
viário existente, desde que
não implique na abertura de
novas vias e logradouros
públicos, nem no
prolongamento, modificação
ou ampliação dos já
existentes (art. 2º, § 2º, da
Lei nº 6.766/1979).
Parâmetros de Parcelamento do Solo

REMEMBRAMENTO

É o procedimento
administrativo
destinado a realizar a
união de dois ou mais
lotes contíguos para
formação de um único
lote maior.
Parâmetros de Parcelamento do Solo

Loteamento Clandestino: não possui aprovação pelo


poder público. José Afonso da Silva descreve os
loteamentos clandestinos como “aqueles que não foram
aprovados pela Prefeitura Municipal”11. Vale lembrar
que a clandestinidade do empreendimento impede o
seu registro no Cartório de Registro de Imóveis,
impossibilitando os adquirentes de obterem a matrícula
de sua unidade, bem como impedindo que o Município
autorize qualquer edificação no local
Parâmetros de Parcelamento do Solo

Loteamento Irregular: tem aprovação do poder


público, mas não foi registrado no CRI ou não foi
executado atendendo as exigências da Lei n°
6.766/1979 (ausência de infraestrutura, de área verde,
descumprimento do cronograma de obras, etc.). Sobre
esses loteamentos, José Afonso da Silva os descreve
como “aqueles aprovados pela Prefeitura mas que não
foram inscritos, ou o foram mas são executados em
desconformidade com o plano e as plantas aprovadas,
Parâmetros de Parcelamento do Solo

Lote: terreno servido de infraestrutura básica


cujas dimensões atendam aos índices
urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei
municipal para a zona em que se situe (art.
2º, § 4º, da Lei nº 6.766/1979). A Lei de
Parcelamento do Solo define, ainda, a área
mínima que os lotes poderão ter:
Parâmetros de Parcelamento do Solo

Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos


seguintes requisitos:

[...] II - os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e


cinco metros quadrados) e frente mínima de 5 (cinco)
metros, salvo quando o loteamento se destinar a
urbanização específica ou edificação de conjuntos
habitacionais de interesse social, previamente aprovados
pelos órgãos públicos competentes;
Parâmetros de Parcelamento do Solo

Infraestrutura: equipamentos urbanos de


escoamento das águas pluviais, iluminação
pública, esgotamento sanitário, abastecimento
de água potável, energia elétrica pública e
domiciliar e vias de circulação (art. 2º, § 5º, da
Lei nº 6.766/1979).
Parâmetros de Parcelamento do Solo

Equipamentos Comunitários:
Equipamentos públicos de educação, cultura, saúde,
lazer e similares (art. 4º, § 2º, da Lei nº 6.766/1979).
Quais são os equipamentos comunitários?
§ 2o Consideram-se equipamentos públicos comunitários
as instalações e espaços de infraestrutura urbana destinados aos
serviços públicos de educação, saúde, cultura, assistência social,
esportes, lazer, segurança pública, abastecimento, serviços funerários e
congêneres.
Parâmetros de Parcelamento do Solo

Equipamentos Urbanos: são os equipamentos urbanos


públicos de abastecimento de água, serviços de esgotos,
energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede
telefônica e gás canalizado. O Município poderá exigir a
destinação de áreas do loteamento para a instalação
desses equipamentos (art. 5º, da Lei nº 6.766/1979).
INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS

Abaixo, listamos todos os Instrumento Urbanísticos


presentes no Estatuto da Cidade (Lei Federal nº
10.257/2001). Cada município deve escolher os
instrumentos que são mais adequados a sua realidade e
regulamentá-los no seu Plano Diretor; isso quer dizer
que nem todos os instrumentos abaixo serão
regulamentados na minuta de Plano Diretor em
elaboração:
INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS

TRIBUTÁRIOS E FINANCEIROS

▪ Imposto sobre a propriedade predial e territorial


urbana – IPTU
▪ Contribuição de Melhoria
▪ Incentivos e benefícios fiscais e financeiros.
INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS

JURÍDICOS E POLÍTICOS
▪Desapropriação
▪Servidão Administrativa
▪Limitações Administrativas
▪Tombamento de Imóveis ou de Mobiliário Urbano
▪Unidades de Conservação
▪Zonas Especiais de Interesse Social
INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS
JURÍDICOS E POLÍTICOS
▪Concessão de Direito real de Uso ▪ Parcelamento,
Edificação ou Utilização Compulsórios (PEUC)
▪Usucapião Especial de Imóvel Urbano
▪ Direito de Superfície
▪Direito de Preempção
▪ Outorga Onerosa do Direito de Construir e de
Alteração de Uso
INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS

JURÍDICOS E POLÍTICOS
▪Transferência do Direito de Construir
▪Operações Urbanas Consorciadas
▪Regularização Fundiária
▪Assistência Técnica e Jurídica Gratuita para as
Comunidades e Grupos Sociais menos Favorecidos
▪Referendo Popular e Plebiscito
PLANO DIRETOR DE RIO BRANCO

O plano diretor de Rio Branco, pode ser baixado no


site da Prefeitura no endereço:
http://www.riobranco.ac.gov.br/plano-diretor/

Obtendo também todos os Anexos pertinentes a lei


municipal 2.222 de 26 de Dezembro de 2016.
PLANO DIRETOR DE RIO BRANCO
Lei Múnicipal nº 2.222 de 26 de dezembro de 2016
ANEXO 3 – HIERARQUIA DAS VIAS – PRANCHA 01
ANEXO 3 – HIERARQUIA DAS VIAS – PRANCHA 02
ANEXO 3 – HIERARQUIA DAS VIAS – PRANCHA 03
ANEXO 3 – HIERARQUIA DAS VIAS – PRANCHA 04
ANEXO 4 – ÁREAS DE RISCO GEOLÓGICO
ANEXO 5 – MACROZONEAMENTO MUNICIPAl
ANEXO 6 – ZONEAMENTO URBANO
ANEXO 7 – ZONEAMENTO RURAL
ANEXO 11 – ÁREA DE ESPECIAL INTERESSE DE HABITAÇÃO
ANEXO 12 – ÁREAS RECEPTORAS DE ÁREAS VERDES E ÁREAS DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL
ANEXO 13 – ÁREAS DE PROMOÇÃO COMERCIO E SERVIÇO
ANEXO 14 – ÁREA DE ESPECIAL INTERESSE AMBIENTAL
ANEXO 15 – ÁREA DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL
ANEXO 16 – Perímetro Urbano
ANEXO 17 – ÁREA DE ESPECIAL INTERESSE CULTURAL
ANEXO 18 – Memorial do Perimetro Urbano de Rio Branco
ANEXO 20 – INFRAÇÕES E PENALIDADES
ANEXO 21 – SISTEMA VIÁRIO – CIDADE DO POVO
ANEXO 22 – NUCLEOS URBANOS
ANEXO 23 – QUADRO RESUMO DO ZONEAMENTO
Até Semana que vem

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