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FORMULÁRIO – CADASTRAMENTO DE ÓRGÃO OU ENTIDADE

IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE
Nome do FUNDAÇÃO PAPA JOÃO XXIII
órgão/entidade:
CNPJ: 05.065.644/0001-81
Endereço completo: Av. Romulo Maiorana, 1018, Marco, Belém- Pa, CEP:
66.093-005
Endereço eletrônico: https://funpapa.belem.pa.gov.br/
Telefone: 30731684
E-mail: nuspplanejamento@gmail.com

IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL LEGAL


Nome: ALFREDO CARDOSO COSTA
CPF: 224141692-49
Endereço completo: Av. Romulo Maiorana, 1018, Marco, Belém- Pa, CEP:
66.093-005
Telefone: 30731684
E-mail: funpapagabinete@gmail.com

DA INSTITUIÇÃO PROPONENTE
Breve A Fundação Papa João XXIII – FUNPAPA, órgão da administração indireta da
histórico
da Prefeitura Municipal de Belém, instituída pela Lei municipal Nº 6.022 de 08
instituição:
de maio de 1966, com alterações introduzidas pelas Leis 7.231 de
14/11/1985 e 7.505 de 08/01/1991, tem por finalidade: planejar, coordenar,
executar, controlar e avaliar a Política de Assistência Social no âmbito deste
município.

A FUNPAPA tem como marcos regulatórios a Constituição Federal de 1988, a


Lei Orgânica da Assistência Social, a Norma Operacional Básica /Sistema
Único da Assistência Social- NOB/SUAS, o Estatuto da Criança e do
Adolescente- ECA, o Estatuto do Idoso, a Lei Orgânica do Município de
Belém e outras legislações complementares. A FUNPAPA vem se
reestruturando para desenvolver a Política de Assistência Social em
conformidade com os objetivos, princípios e diretrizes da legislação
específica.

Nessa perspectiva, desenvolve um conjunto articulado de medidas que se


materializam em programas, projetos, serviços e benefícios nas áreas de
proteção social básica e proteção social especial, configurando um caminho

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promissor na busca de alternativas que contribuam para romper com o
processo de apartação social, concatenado a uma perspectiva de
desenvolvimento que efetivamente promova o acesso aos bens e serviços
indispensáveis a uma vida digna e igualitária, em especial, aos grupos sociais
mais fragilizados em sua condição humano-social.

A Política de Assistência Social do município de Belém tem por centralidade


a família e organiza-se por níveis de complexidade: Proteção Social Básica e
Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade, efetivada de forma
direta através da Rede Socioassistencial Estatal e indireta, através da Rede
Socioassistencial Não-governamental.
A FUNPAPA, na condição de órgão gestor da Política de Assistência Social do
município de Belém-PA, vem empreendendo um conjunto de ações com a
finalidade de erradicar o trabalho infantil neste município, dentre as quais o
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI, integrante da Política
Nacional de Assistência Social, que compreende: a)transferência de renda,
b) trabalho social com família e c) oferta de serviços socioeducativos para
crianças e adolescentes que se encontrem em situação de trabalho.
Em 2014, o hoje Ministério da Cidadania, iniciou o Programa AEPETI – Ações
Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, ao qual a
FUNPAPA realizou adesão para a efetivação local de ações estratégicas com
vista à erradicação local do trabalho infantil em cinco eixos: 1) Informação e
Mobilização nos territórios a partir da incidência de trabalho infantil,
visando propiciar o desenvolvimento de ações de prevenção e erradicação;
2) Identificação de Crianças e Adolescentes em Situação de Trabalho Infantil;
3) Proteção Social para Crianças e Adolescentes em Situação de Trabalho
Infantil; 4) Apoio e Acompanhamento das Ações de Defesa e
Responsabilização; 5) Monitoramento das Ações

De preenchimento livre, deve-se dar destaque à atuação do interessado na promoção de direitos sociais
relacionados direta ou indiretamente ao trabalho, indicando expressamente se for esse o caso. Na falta de atuação
relacionada aos direitos sociais trabalhistas, devem ser descritas as atuações para a promoção de direitos sociais
outros de notório interesse público, priorizando, em qualquer caso, todas as iniciativas e projetos que foram
realizadas no local do dano.
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PROPOSTA PARA RECEBIMENTO DE RECURSOS PARA:
Aquisição de bens
X Execução de projeto

Neste campo, deve ser marcado um “X” em uma das opções, que orientará o preenchimento
do restante do formulário.

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AQUISIÇÃO DE BENS
Esta página só deverá ser preenchida em caso de escolha da primeira opção na página
anterior.
IDENTIFICAÇÃO DO(S) BEM(NS)
Quantidade Descrição Valor Unitário

Neste campo, deverão ser especificados todos os bens que cujo interessado tem interesse em
adquirir com destinação direta ou com recursos provenientes da atuação finalística do
Ministério Público do Trabalho. Devem ser listados os bens com sua respectiva quantidade
necessários e seu valor por unidade.
Não há limites de itens a serem preenchidos, sendo a quantidade de linhas apresentadas
apenas como exemplo.
DA DESTINAÇÃO
Descrição da destinação:

Este espaço deverá responder a qual uso se destina o(s) bem(ns) adquiridos ou revertidos,
devendo ser descrito, também, o objetivo social buscado pela destinação.

IMPACTO DO USO DO BEM


Nacional
Regional
Local
Se local, quais
municípios ou
segmentos
serão
impactados:

Descrição do impacto
e meios de verificação:

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Este item refere-se a quantas pessoas serão afetadas/beneficiadas pela aquisição do bem.
Caso o uso restrinja seus impactos localmente, deve ser descrito a qual município se referem
os resultados, ou a outros segmentos (região administrativa, bairros, regiões etc).
A descrição do impacto projetado auxilia no que chamamos em gestão de “efetividade” do
projeto, ou seja, seus impactos esperados sobre uma determinada realidade e indicação dos
instrumentos ou meios que serão utilizados para sua verificação, de forma a verificar se o
afirmado será confirmado na prática.

VALOR
Valor total solicitado:
Valor a ser arcado pelo
órgão/entidade:

O valor total deverá corresponder à relação dos valores unitários apresentados multiplicados
pelas quantidades solicitadas.
No campo de “valor a ser arcado pelo órgão/entidade” reserva-se espaço para eventual e
opcional contrapartida do interessado, em caso de haver disponibilidade de utilização de
recursos próprios para a aquisição, ainda que parcial, de parte dos bens.

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DESENVOLVIMENTO DE PROJETO
Esta página só deverá ser preenchida em caso de escolha da segunda opção na página inicial.
DA IDENTIFICAÇÃO
Nome
do PROJETO GIRANDO CATA-VENTO NAS ILHAS DE BELÉM
projeto:
Descriçã
oe
justificati SIGLAS:
va:

CRAS - Centro de Referência da Assistência Social

CREAS- Centro de Referência Especializado da Assistência Social

SEAS - Serviço Especializado em Abordagem Social

SCFV - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos

PAIF - Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família

PAEFI - Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a


Famílias e Indivíduos.
AEPETI - Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho
Infantil.

JUSTIFICATIVA:

No Brasil, o trabalho infantil é considerado toda atividade


econômica ou de sobrevivência, desempenhada por crianças e
adolescentes em idade inferior a dezesseis anos, salvo na
condição de aprendiz a partir dos quatorze anos,
independentemente da sua condição ocupacional é proibido por lei.
A Constituição Federal de 1988, dispõe em seu artigo 7º, XXXIII, a
proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre ao menor de
18 anos e de qualquer trabalho a menor de 16 anos, salvo na
condição de aprendiz a partir de 14 anos. A Consolidação das Leis
Trabalhistas (CLT) também afirma em seu art. 403, que “é proibido
qualquer trabalho a menores de dezesseis anos de idade, salvo na

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condição de aprendiz, a partir dos quatorze anos”. (Redação dada
pela Lei nº 10.097, de 19.12.2000).
O Código Penal, por meio dos seus artigos 136, 149, 218-B e
244-A, também traz em seu conteúdo o trabalho infantil enquanto
crime, especificamente aqueles que fazem parte das piores formas
de trabalho infantil, que envolve a questão de maus tratos,
exploração sexual, atividades pornográficas, trabalho infantil em
condição análogo à escravidão, venda ou tráfico de drogas e outros
ilícitos.
Além disso, o Brasil também é signatário da Convenção 138 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), que versa sobre a
idade mínima para admissão em emprego, através do Decreto nº
4.134/2002 e, também da Convenção 182, por meio do Decreto nº
3.597/2000, relativa à interdição das piores formas de trabalho das
crianças e ação imediata com vistas à sua eliminação. Nota-se, que
apesar de existirem leis que proíbam o trabalho infantil muitas
crianças e adolescentes ainda estão inseridos nesse contexto de
violação de direito. Devido principalmente às questões de ordem
estrutural, como concentração de renda, precarização das relações
de trabalho, aumento do desemprego, insuficiência de políticas
públicas, e péssima distribuição de renda (NOBRE, 2003).

Existe também o fator cultural em que parte da sociedade e até


alguns representantes do Estado acreditam que o trabalho de
crianças e adolescentes pobres os enobrece e os dignificam, que é
preferível estarem na labuta do que roubando, como se houvesse
apenas esses dois caminhos, que é uma maneira desses sujeitos
tornarem-se úteis para sociedade. E esses argumentos ganham
mais força em períodos de recessão econômica, como o que
vivenciamos atualmente.
Desse modo, se observa que o trabalho infantil, que deve ser
encarado como um problema que causa diversas consequências
na vida desses sujeitos, pois quando uma criança trabalha, acaba
deixando de frequentar a escola ou tem um rendimento
insuficiente, perde o direito de ser criança, de brincar de estudar o

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que contribui para perpetuação da pobreza, inviabilização do
acesso a oportunidades que lhes possibilitem um desenvolvimento
pleno, além de outros problemas de ordem social, psicológicos e
físicos, mas muitas vezes é tido como solução para miserabilidade,
carências de políticas públicas e até mesmo violência das ruas.
Enquanto expressão da questão social o trabalho infantil se
constitui em um desafio a ser enfrentado pela família, pela
sociedade e principalmente pela rede de proteção da criança e do
adolescente, visto que a Constituição Federal de 1988, que
incorporou em seu artigo 227, a Doutrina da Proteção Integral,
garantiu a esses sujeitos com absoluta prioridade os direitos à vida,
à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização,
à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão. Sendo dever da família, da sociedade e do Estado
proporcionar-lhes condições adequadas para o seu pleno
desenvolvimento (ANTONIASE, 2009).
O Estatuto da Criança e Adolescentes- ECA, promulgado pela Lei
nº 8.069, de 13 de julho de 1990, criado a partir do desdobramento
dos artigos 227 e 228 na Constituição Federal de 1988, regula
muito das conquistas consubstanciada pela Carta Magna em favor
da infância e juventude e ratifica que todas as crianças e
adolescentes possuem os mesmos direitos, de forma a serem
atendidos na integralidade de suas necessidades (TEJADAS,
2007).

Nesse sentido, para garantir que esses sujeitos se desenvolvam de


forma plena, o ECA dispõe em seu art. 86, que “ a política de
atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á
através de um conjunto articulado de ações governamentais e não
– governamentais, da união, dos estados e municípios (...)”.
Portanto, é fundamental que as políticas públicas estejam
articuladas entre si, possibilitando, dessa forma, a promoção de
uma atenção integral a esses sujeitos.

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Principalmente, diante do enfrentamento de qualquer violação de
direito de crianças e adolescentes, sobretudo aquelas em
situações particularmente difíceis e vulneráveis, o qual requer o
envolvimento de todas as instâncias de promoção, defesa e
controle social dos direitos desses sujeitos. (TEJADAS, 2007).
Logo, a articulação e integração dos programas e dos serviços
públicos são necessários para a garantia dos direitos das crianças
e dos adolescentes. Ressalta-se que uma instituição sozinha não
é capaz de responder todas as demandas daqueles que tiveram
seus direitos violados. Por isso, qualquer atuação no sentido do
rompimento ou superação da violação de direitos precisa ser em
rede, visto que, nenhum órgão é capaz de abarcar todas as
necessidades do sujeito.
É importante destacar, que essas violações de direitos se acentuaram
ainda mais diante do contexto de pandemia do novo coronavírus, onde
o Brasil decretou estado de calamidade pública, por meio do decreto
legislativo nº 6 de 20 de março de 2020, acatando como medida de
enfrentamento ao COVID-19, a adoção do isolamento social
recomendada pela Organização Mundial da Saúde.
Devido a isso, para conter a onda de contaminação pelo novo
coronavírus, o Estado Brasileiro adotou políticas mais restritivas, como
a orientação para a população ficar em casa, restrição do
funcionamento dos serviços considerados não essenciais, adequação
dos serviços essenciais, entre outros.
A adoção dessas medidas, trouxe como efeito secundário a
intensificação da desigualdade, exclusão social e a fragilidade das
políticas públicas em garantir o direito fundamental à vida e a proteção
social de seus cidadãos (DORNELLAS, 2020)
Em relação especificamente ao trabalho infantil, Órgãos como UNICEF
e OIT apontam um aumento do trabalho infantil no cenário de
pandemia e pós-pandemia, devido ter aumentado a desigualdade
social, as escolas estarem fechadas e os serviços públicos terem sido
minimizados (DORNELLAS, 2020). Por isso, mais do que nunca é
necessário que todos os atores sociais e políticos do Sistema de

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Garantia de Direitos se articulem para enfrentar esse desafio de
erradicar esse grave problema social. Quanto a realidade do trabalho
infantil nos distritos, o SEVISA, através da consolidação dos dados dos
SEAS dos cinco CREAS, constatou que os CREAS Distritais do
Mosqueiro e Icoaraci (Outeiro) tiveram os mais elevados número de
abordados na condição de trabalho infantil e desprotegido em situação
de rua, 43 e 470 respectivamente. O que demonstra o perfil econômico
voltado ao comércio e ao turismo dessas territorialidades associada ao
elevado índice de vulnerabilidade social, os tornam em áreas de
grande incidência de violação de direito.
Esses CREAS distritais também devem atender as ilhas de sua área de
abrangência. Este projeto visa intensificar a incidência do SEAS nestas
ilhas.Mas o atendimento e as demais retaguardas intersetoriais
precisarão ser aprimorados para o aumento da demanda das famílias
em situação de trabalho infantil.
É fundamental que a rede de proteção crie ações intersetoriais de
enfrentamento ao trabalho infantil, pois nenhuma política sozinha é
capaz de responder completamente aos complexos fenômenos que
violam cotidianamente os direitos de crianças e adolescentes. É
importante destacar que a atuação em rede não significa subordinação
de um órgão a outro, mas uma ação conectada, é uma construção
coletiva, onde cada instituição mantém sua especificidade e
compartilham responsabilidade no intuito de ofertar um atendimento
integral.
Dessa forma, é necessário o fortalecimento da rede de proteção, o
atendimento fragmentado precisa ser superado, é essencial que as
políticas públicas estejam articuladas para materializar de fato ações
protetivas e garantidoras de direitos de crianças e adolescentes.
Diante da diversidade e dinâmica da rede intersetorial em cada distrito,
se fará imprescindivelmente o planejamento, a execução,
monitoramento e avaliação dos impactos em cada distrito. Ressalta-se
que o embricamento do projeto ora proposto é decorrente das
similaridades econômicas e sociais dos três distritos, que apresentam
alto índice de ocorrência da problemática a ser enfrentada por este
projeto.

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OBJETIVOS
Geral: Desenvolver ações de acordo com os eixos do AEPETI, voltadas
para enfrentamento do Trabalho Infantil levando em consideração o
contexto atual da pandemia de COVID 19, buscando o fortalecimento
da rede intersetorial, socioassistencial, sensibilização da comunidade e
da família para atuarem como parte desse processo nos Distrito de
Mosqueiro, Icoaraci e Outeiro.
Específicos:
● Sistematizar os dados e informações para apresentar o panorama
do trabalho infantil e desprotegido nas teritorialidades distritais-ilhas
para as redes locais;
● Realizar atividades formativas envolvendo as equipes dos Creas e
Cras com vista a potencializar o trabalho social com famílias e crianças
e adolescentes em vivência do trabalho infantil e desprotegido;
● Promover encontros distritais com as famílias
atendidas/acompanhadas em decorrência do trabalho infantil e
desprotegido;
● Realizar oficinas formativas para crianças e adolescentes de em
situação de trabalho infantil atendidas/acompanhadas nos CREAS;
● Realizar oficinas para a rede intersetorial, voltadas ao enfrentamento
do trabalho infantil e desprotegido, criando um espaço de construção
coletiva do conhecimento, análise da realidade e troca de experiências;
● Realizar campanha educativa junto a rede intersetorial, aos
comerciantes e barraqueiros das praias/ilhas, bem como junto à
população distrital.

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METODOLOGIA
O projeto será realizado em 3 etapas, sendo a primeira consiste na
consolidação dos dados em informações sistematizadas que
evidenciarão o Cenário do Trabalho Infantil e Desprotegido em cada
Distrito. A segunda etapa compreenderá nas atividades formativas
sobre trabalho infantil e desprotegido e os desafios de romper o ciclo
desta violação de direitos humanos de crianças e adolescentes, seja
através do a garantir a ampla incluindo formações, oficinas e
encontros. A terceira se refere a realização de uma ampla Campanha
Contra o Trabalho Infantil e Desprotegido. Ao final de cada ação
desenvolvida serão realizadas avaliações com a finalidade de
identificar pontos positivos, negativos e possíveis propostas
interventivas e articuladoras futuras.

1ª Etapa - Sistematizar os dados e informações para apresentar o


panorama do trabalho infantil e desprotegido nas territorialidades, ilhas /
distritais.

Esta etapa compreende duas atividades fundamentais para elaborar o


panorama das realidades em que processa o trabalho infantil e
desprotegido nos Distritos de Mosqueiro e Icoaraci. Etapa esta que
fomenta as perspectivas formativas da rede socioassistencial e
intersetorial, bem como a campanha voltada à rede de proteção, aos
comerciantes e população em geral.
A partir dos dados sistematizados, também é possível monitorar e
avaliar o alcance ou não das metas/impactos estabelecidas, identificar
as dificuldades, alinhar conhecimentos e definir protocolos, sempre na
perspectiva de qualificar os serviços socioassistenciais, construir
estratégias de trabalho social articulado.
Outra ação corresponde é a produção de um Boletim informativo da
sobre o trabalho infantil e desprotegido nos distritos de Mosqueiro,
Outerio e Icoaraci, no qual serão demonstratos os impactos do projeto
nas territorialidades a partir do aprimoramento da atuação em rede no

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enfrentamento desta grave situação, que também está associada à
publicação digital

2ª Etapa – Formação para a rede rede socioassistencial, rede


intersetorial (saúde, educação, Conselho Tutelar, segurança pública,
economia, trabalho e renda, habitação); crianças e adolescentes em
vivência de exploração do trabalho infantil e desprotegido e
responsáveis familiares.
As propostas formativas para os quatro públicos serão construídas a
partir de um mapeamento das fragilidades e potencialidades na rede
socioassistencial e intersetorial de cada distrito, tantos as relativas às
concepções e metodologias de trabalho com crianças, adolescentes e
famílias quanto às condições operacionais para o atendimento desta
grave e naturalizada problemática social. O objetivo é apreender
também a dinâmica e as condições para o trabalho em rede, discutir as
atribuições e responsabilidades de cada ator/política na linha de
proteção deste segmento etário e suas famílias, propor fluxos, pontos
de conexão que impactem positivamente para a superação do quadro
de violação.
Já as oficinas para as crianças e adolescentes para abordar os
impactos do trabalho infantil em suas vidas e fomentar o protagonismo
juvenil, através de realização de atividades que possibilitem a
convivência em grupo, o conhecimento de seus direitos, a expressão de
sentimentos e o fortalecimento das relações afetivas familiares.

Os Encontros em grupo com as famíliares e/ou responsáveis por


crianças e adolescentes em situação de Trabalho Infantil atendidas nos
serviços do SEAS e/ou PAEFI dos CREAS, e tem como objetivo
sensibilizar as famílias e/ou responsáveis a respeito dos agravos
trabalho infantil e suas consequências para toda a vida daqueles que o
vivenciam, além de discutir estratégias que venham a potencializar a
função protetiva da família, em especial a de suas crianças e
adolescentes. Além disso, visa proporcionar ações voltadas ao

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fortalecimento de vínculos e ao empoderamento desta frente às
dificuldades enfrentadas em seu cotidiano.

3ª Etapa: Realização da Campanha Contra o Trabalho Infantil e


Desprotegido, simultaneamente nos 03 distritos.
Envolverá diretamente todos os atores envolvidos nas atividades de
formação, mas se desenvolverá em etapas e para públicos específicos,
tais como para a rede intersetorial, comerciantes e barraqueiros e
comunidade distrital. Se desenvolverá ao longo de quatro (4) meses,
demarcados a partir do cronograma das atividades de planejamento da
comunidade escolar, tendo em vista que este será um espaço
estratégico para este projeto.
A avaliação final acontecerá em atividade coletiva e envolverá todos os
atores participantes.

Descrever com clareza e concisão o que será desenvolvido e a relevância do projeto na


entidade e na comunidade. Deve-se apresentar inclusive qual a alocação de recursos humanos
e materiais serão necessários para a efetivação do projeto, possibilitando o entendimento de
sua execução.
Deve-se explicar a importância das ações a serem desenvolvidas para os usuários, outros
órgãos ou entidades, e para a sociedade em geral.
Não há limite de espaço para o preenchimento, sendo que a quantidade de linhas é meramente
exemplificativa.
IDENTIFICAÇÃO DO COORDENADOR DO PROJETO
Nome: Fernando Guilherme Ramos Condurú
CPF: 467.146.182-04
Endereço completo: Rod. Governandor Hélio Gueiros, 220. Residencial
Bosque Versalles, Torre Lille, Apt. 501. Coqueiro,
Ananindeua
Telefone: 91 99988.1949
E-mail: fg-conduru@bol.com.br

IMPACTO DO PROJETO
Nacional
Regional
x Local
Distritos de Icoaraci, Se local,
Outeiro e Mosqueiro quais
do Município de municípios
Belém ou
segmentos
14
serão
impactados:

Descriç
ão do Impactos Meio de Verificação
impacto 1.Relatório de
e meios Georeferenciado Socio
de 1)Rede de Proteção Territorial do Trabalho
verificaç Intersetorial articulada e Infantil e Desprotegido
aparelhada para o dos Distritos de
ão:
atendimento de
Mosqueiro, Outeiro e
crianças, adolescentes e
suas famílias em Icoaraci., contendo:
vivência de trabalho a)Tipos de trabalho realizados
infantil e desprotegido. por crianças e adolescentes;
b) Locais mapeados com
incidência desta violação;
c) Número de famílias
registradas no Cadastrado
Único na condição de Trabalho
Infantil Desprotegido em
agosto de 2021.
d) Número de famílias
acompanhadas em situação de
vivência desta violação de
direitos;
e) Identificação das Escolas
em que este público está
matriculado.

f) Boletim sobre o trabalho


infantil e desprotegido nos
distritos.

1) Adolescentes e
jovens incluídos em 1. Nº de adolescentes em
programas de programas de qualificação
qualificação profissional profissional e de aprendizagem
e em programas de
aprendizagem, a partir 2. Nº de
de articulações e atendimentos/acompanhament
pactuações com Fórum o destas famílias na rede
de Aprendizagem, intersetorial;
Sistema S, TEM, MPT e
3. Nº de famílias
TRT
atendidas e acompanhadas na
2) Aumento do rede intersetorial.
número de registro do
Trabalho Infantil de 4. Participação ou
envolvimento dos usuários em
Desprotegido no
atividades correlatas a Política
Cadastro Único. de Combate ao Trabalho
3) Aumento de Infantil e Desprotegidos.
número de 5. Registro Fotográfico
6. Lista de participantes
atendimentos/acompanh

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amento destas famílias
na rede intersetorial;

4) Aumento do
protagonismo dos(as)
usuários(as)
atendidos(as) no projeto;

1) Famílias informadas 1. Nº de famílias


sobre os agravos do participantes dos encontro;
trabalho infantil e
desprotegido; 2. Nº de crianças e
2) Ampliação da adolescentes retiradas da
capacidade protetiva condição de trabalho infantil e
das famílias bem como desprotegido destas famílias;
os acessos às demais 3. Registro Fotográfico
políticas setoriais 4. Lista de participantes

1)Comunidade local 1. Número de denúncias


informada e protagônica realizadas e apuradas em
na proteção de crianças todas as portas de entrada da
e adolescentes em rede intersetorial.
situação de trabalho 2. Número de
infantil e desprotegido estabelecimentos que aderiram
nos distritos. a Campanha (utilizando o
selo).

3. Número de crianças e
2)Diminuição de
adolescentes em situação de
ocorrências do trabalho
trabalho infantil e desprotegido.
infantil nos distritos
4. Registro fotográfico

Este item refere-se a quantas pessoas serão afetadas/beneficiadas pela realização do projeto.
Caso o projeto restrinja seus impactos localmente, deve ser descrito a qual município se
referem os resultados, ou a outros segmentos (região administrativa, bairros, regiões etc).
A descrição do impacto projetado auxilia no que chamamos em gestão de “efetividade” do
projeto, ou seja, seus impactos esperados sobre uma determinada realidade e indicação dos
instrumentos ou meios que serão utilizados para sua verificação, de forma a verificar se o
afirmado será confirmado na prática.

CRONOGRAMA DO PROJETO

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Duração total do projeto: 12 meses
ETAPAS Duração
1ª Etapa: Sistematizar e divulgar os dados e informações para apresentar o 1º e 2 º mês
panorama do trabalho infantil e trabalho desprotegido do adolescente nas e 12º mês
ilhas e praiais das territorialidades administrativas dos distritos de
Mosqueiro, Outeiro e Icoaraci.

3 º, 4 º, 5 º e 6
2ª Etapa – Formação para: a) rede socioassistencial; b) rede intersetorial; c) º, 7 º e 8 º mês
crianças e adolescentes em vivência de exploração do trabalho infantil e
desprotegido e d)responsáveis familiares.

8º, 9º, 10ºe


3ª Etapa: Realização da Campanha Contra o Trabalho Infantil e 11º mês
Desprotegido

Aqui deve-se informar as etapas necessárias, além de indicar quais e como serão desenvolvidas as
atividades para atingir os objetivos propostos. “Etapa” trata-se de uma atividade ou conjunto de
atividades com o fim de se atingir uma determinada meta voltada à conclusão do projeto. É comum que
se inicie a descrição de uma etapa por um verbo.
As etapas devem também ser definidas no tempo, com a indicação de qual o lapso temporal estimado
para sua duração (em dias ou meses, por exemplo).
ORÇAMENTO
Quantidade Descrição Valor Unitário
16 Educadores Sociais do Serviços Socioassistenciais – 2.746,25
por

18 Técnicos dos serviços socioassistenciais 4.150,28

04 Encontro com famílias (por distrito) 1.200,00

18 Oficinas com crianças e adolescentes atendidas nos 750,00


CREAS/SEAS (por distrito)
05 Reprografia 600,00
03 Locação de veículos/mês 6.000,00
01 Boletim sobre o Trabalho Infantil e Desprotegido nos 1.500,00
Distritos Administrativos do Mosqueiro, outeiro e
Icoaraci
sub total contrapartida FUNPAPA 756.176,16
18 Formação da rede intersetorial (distrito/mês) 10.000,00
03 Campanha Educativa (Por distrito) 15.000,00
01 Publicação Digital sobre metodologia, produtos e 1.500,000
resultados do projeto com 50 páginas
subtotal 228.000,00
TOTAL do PROJETO 1.255.749,36

VALOR

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Valor total solicitado: R$ 228.000,00 (Campanha e Formação)
Valor a ser arcado pelo R$ 756.176,16
órgão/entidade:

O valor total deverá corresponder à relação dos valores unitários apresentados multiplicados
pelas quantidades solicitadas, representando o custo total do projeto.
No campo de “valor a ser arcado pelo órgão/entidade” reserva-se espaço para eventual e
opcional contrapartida do interessado, em caso de haver disponibilidade de utilização de
recursos próprios para a aquisição, ainda que parcial, de parte dos bens ou serviços.

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