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1. INTRODUÇÃO:
O PROJETAR é um programa de acesso ao mundo do trabalho, destinado as pessoas em situação de
vulnerabilidade e de risco social. A ideia baseia-se na perspectiva de que, para além do
encaminhamento para vagas de emprego, é necessário reconhecer o lugar do trabalho na
constituição dos sujeitos, enquanto seres humanos e como seres sociais e comunitários.
Enquanto um programa, a proposta é que o PROJETAR atue enquanto elo entre a demanda dos
sujeitos participantes (público-alvo) e a oferta de produtos/serviços que viabilizem esses novos
percursos. Nesse sentido, parte-se de entendimento de que a acessibilidade (à educação, à
qualificação profissional) é um grande obstáculo que se coloca para que a população alcance
oportunidades de superação das condições precárias de vida, tendo como fio condutor o trabalho e a
geração de renda.
O PROJETAR é um programa que ainda busca ser parceiro no percurso do mundo do trabalho,
contribuindo com a formação social, dando significado ou ressignificando o lugar do trabalho,
contribuir com o desenvolvimento, visando, principalmente, o alinhamento entre educação e
inclusão produtiva que tem previsão legal no artigo 203 da Constituição Federal de 1988,
descrevendo como um dos objetivos da Assistência Social a “promoção da integração ao mercado
de trabalho”, compromisso esse que foi ratificado pela LOAS em 1993, em seu artigo 2º (BRASIL,
1988; BRASIL, 1993).
2. JUSTIFICATIVA:
A Assistência Social é uma politica pública, ou seja, um direito de todo cidadão que dela necessitar,
está organizada por meio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que está presente em
todo o Brasil. Seu objetivo é promover a proteção social aos cidadãos, por meio de serviços,
benefícios, programas e projetos que se constituem como apoio aos indivíduos, famílias e para a
comunidade no enfrentamento de suas vulnerabilidades e necessidades.
A definição na Constituição Federal de 1988 de que, dentre os objetivos da assistência social está “a
promoção da integração ao mercado de trabalho” (Art. 203, inciso III), posteriormente
regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (Lei 8762 – LOAS).
Não por acaso, no cenário de aumento do desemprego estrutural, agravado pelos processos de
reestruturação da produção e das investidas neoliberais, a atenção aos excluídos do mercado, mais
uma vez, é associada ao campo da assistência social.
O programa nasce na Política de Assistência Social a partir do entendimento de que o seu objeto de
intervenção vai ao encontro do escopo de atuação dessa política pública.
Ainda que várias mudanças tenham ocorrido nas últimas décadas, o trabalho ainda pode ser
considerado como um elemento fundamental na construção da identidade pessoal e social, ou seja,
ele contribui como resposta para as perguntas: quem sou eu e qual o meu lugar no mundo?
(PIMENTA, 2007). Em meio a um contexto de incertezas, desmontes, desemprego e precarização
(BIRMAN, 2006), responder essas perguntas passa a ser uma tarefa cada vez mais difícil para os
que não estão inseridos no mercado formal de trabalho, especialmente àqueles que vivem sob
condições de vulnerabilidade.
A inserção no mundo do trabalho é uma demanda de uma parcela importante da população em idade
laboral, e tem sido desafiador na atual conjuntura. Os marcadores de vulnerabilidades limitam o
acesso de uma população específica, fazendo com que fiquem a margem do trabalho formal.
3. OBJETIVO(S):
4. PÚBLICO:
Indivíduos e famílias residentes do município de Contagem, inscritos no Cadastro Único para
Programas Sociais – CadÚnico, em situação de pobreza ou extrema pobreza sendo o público
prioritário:
5. AÇÃO OU METODOLOGIA:
Para iniciar e configurar as ações específicas do projeto, faz-se necessária a realização de um
mapeamento do território de modo a identificar o perfil dos participantes e reconhecer as demandas
e oportunidades do mercado de trabalho local. Estabelecimento de parcerias junto a outras
secretarias, para que as ações sejam planejadas em conjunto e contemplem as múltiplas dimensões
mencionadas.
Constituindo as estratégias do CRAS está o apoio e fomento à Inclusão Produtiva, bem como, o
mapeamento de potencialidades para a articulação das diversas políticas responsáveis pela geração
de trabalho e renda. A Política Nacional da Assistência Social (PNAS) traz o desafio da Inclusão
Produtiva como uma das estratégias de enfrentamento da pobreza. (MDS, 2011, p.02).
Como será feito? Identificação de demandas, articulação com parceiros, trabalho intersetorial
(saúde, trabalho e renda, educação).
Papel de demanda
Papel de articulação e Papel de
acompanhamento e gestão Realizador/Operador
6. IMPACTO:
A expectativa é que com a oportunidade de acesso ao mundo do trabalho, os inseridos e
acompanhados pelos serviços/equipamentos da Política de Assistência Social, superem a condição
de pobreza e extrema vulnerabilidade. Aliada a uma formação adequada a cada público (levar em
consideração as legislações vigentes), que também leve em consideração as reais possibilidades
contribuindo de forma a potencializar habilidades e qualificá-los em diferentes contextos.
Proporcionando assim emancipação e construção da autonomia para que seja parte de uma
sociedade mais justa e igualitária. Quanto a isso, o CREPOP (2007) pontua que atuar em uma
perspectiva emancipatória, em um país marcado por desigualdades sociais e construir uma Rede de
Proteção Social é um grande desafio.
7. PARCERIAS E INTERFACES:
Evidente a importância da intersetorialidade e das redes e parceria, elementos fundamentais para a
efetivação de políticas públicas, que consigam articular com a complexa miríade de fatores que
envolvem uma política inclusiva em relação à renda.
No que tange à atuação no âmbito do SUAS, reconhece-se o papel de apoio na realização desse
levantamento bem como na mobilização dos usuários para a participação no projeto, realizando o
encaminhamento para ações formativas desenvolvidas e acompanhando suas trajetórias.
É importante ressaltar que esse projeto não é de competência exclusiva do SUAS, mas sim fruto de
uma articulação intersetorial para que seus resultados sejam efetivos e duradouros.
Nesse sentido, o projeto se une a um conjunto de políticas comprometidas com a formação técnica,
profissional e humana, como dito anteriormente, com vistas a uma inserção desses sujeitos.
8. RECURSOS:
vale-transporte, lanche, bolsa?
9. ORGANOGRAMA:
Mapeamento
Grupo
Encontros
10. REFERÊNCIAS:
• Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm
• Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
• BIRMAN, J. Tatuando o desamparo: a juventude na atualidade. In: CARDOSO, M. R. (org.). Adolescentes.
São Paulo: Escuta, 2006. p. 25-43.
• PIMENTA, M. M. “Ser jovem” e “ser adulto”: identidades, representações e trajetórias. Tese de Doutorado –
Departamento de Sociologia, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo,
2007.
• Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec):
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12513.htm
• Lei do Programa Municipal de Oportunidade e Inclusão para Jovem Aprendiz, Pessoa com Deficiência ou
Reabilitado Aprendiz no Município de Belo Horizonte: http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?
method=DetalheArtigo&pk=1232306
• Decreto que dispõe sobre o Programa Municipal de Oportunidade e Inclusão para Jovem Aprendiz, Pessoa
com Deficiência ou Reabilitado Aprendiz no Município de Belo Horizonte:
http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DetalheArtigo&pk=1243606
• Lei da aprendizagem: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10097.htm
http://mds.gov.br/assistencia-social-suas/servicos-e-programas/acessuas-trabalho