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INSTITUTO FEDERAL BAIANO – CAMPUS CATU

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E


TECNOLÓGICA

Carlito José de Barros Filho

A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL DO IF BAIANO: EFEITOS DOS


AUXÍLIOS FINANCEIROS NA PERMANÊNCIA DOS ESTUDANTES DO ENSINO
TÉCNICO INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO

CATU-BA
2023
Carlito José de Barros Filho

A POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL DO IF BAIANO: EFEITOS


DOS AUXÍLIOS FINANCEIROS NA PERMANÊNCIA DOS
ESTUDANTES DO ENSINO TÉCNICO INTEGRADO AO ENSINO
MÉDIO

Projeto de pesquisa apresentado ao Programa de


Pós-Graduação em Educação Profissional e
Tecnológica, como requisito parcial para a
qualificação.

Orientadora: Profa. Dra. Cristiane Brito Machado

CATU-BA
2023
COMISSÃO EXAMINADORA

________________________________
Profa. Dra. Cristiane Brito Machado
ProfEPT/IF Baiano
Presidente da Banca

________________________________
Profa. Dra. Mirna Ribeiro Lima da Silva
ProfEPT/IF Baiano
Membro Interno

________________________________
Prof. Dr. Eudes Oliveira Cunha
IF Baiano/Campus Serrinha
Membro Externo

________________________________
Prof(a). Dr(a). XXXXXXXXXXXXXXXX
XXXXXXX
Membro Externo

Validado em XX de XXXXXXXX de 2023


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1. Resumo

Este projeto visa o estudo da Política de Assistência Estudantil, mais especificamente


a produção de conhecimentos sobre os efeitos dos auxílios financeiros, que fazem
parte do Programa de Assistência e Inclusão Social do Estudante (PAISE), na
permanência dos estudantes na Educação Profissional e Tecnológica (EPT). O PAISE
é parte integrante da Política de Assistência Estudantil do IF Baiano. A efetivação do
objeto estudado se dá na forma de auxílios financeiros mensais, com periodicidades
diferentes. Para a análise desta política será utilizada a abordagem do ciclo de
políticas formulada por Stephen Ball e Richard Bowe e difundida por Jefferson
Mainardes. A assistência estudantil constitui uma política pública, de caráter
compensatório e que atua para minimizar os efeitos das desigualdades sociais que
afetam os estudantes no percurso formativo. A pesquisa será realizada no IF Baiano,
Campus Guanambi, com estudantes dos 3º anos do Curso Técnico em Agropecuária
Integrado ao Ensino Médio. O problema que se busca responder é: quais os efeitos
dos auxílios estudantis na permanência dos alunos dos cursos técnicos integrados ao
Ensino Médio do IF Baiano Campus Guanambi? A partir dos conhecimentos
desenvolvidos, ao longo do processo, será elaborado um plano de avaliação que será
aplicado realizando um ciclo avaliativo da política efetivada, cujos resultados serão
socializados e discutidos com os envolvidos para a validação desse produto.

Palavras-chave: políticas públicas; ciclo de políticas; assistência estudantil

2. Contextualização

No decorrer da minha jornada profissional tenho me dedicado à prática de


políticas públicas que visam o acesso, a permanência e o êxito do aluno em uma
escola pública, gratuita e de qualidade, fundamentada nos princípios da diversidade e
inclusão. Seja enquanto docente (1997 a 2008), seja enquanto técnico administrativo
em educação (TAE) da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (EPT)
no cargo de pedagogo (desde 2008), ou enquanto gestor (de 2018 até os dias atuais),
a minha atuação profissional esteve, portanto, diretamente ligada à implementação de
políticas públicas.
Quando tratamos de políticas públicas, no entanto, estamos vislumbrando um
caminho percorrido, tortuosamente, em meio a relações de poder, discursos e práticas
que tornam os projetos sociais sempre sujeitos a avanços e retrocessos. Se
considerarmos uma democracia jovem e claudicante como a nossa, em que os direitos
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sociais estão sempre submetidos a um processo de (re)conquista diária, esse


caminho é ainda mais desafiador.
Entretanto, é necessária a compreensão de que, mesmo se considerarmos
Estados democráticos com instituições sólidas e funcionais, conforme Souza (2006,
pp. 26-27), as políticas públicas não são frutos exclusivos das “pressões dos grupos
de interesse, como diria a versão mais simplificada do pluralismo”, nem
exclusivamente definidas “por aqueles que estão no poder, como nas versões também
simplificadas do elitismo”, tampouco submetida somente “aos interesses de
determinadas classes sociais, como diriam as concepções estruturalistas e
funcionalistas do Estado”.
Conscientes disso, é importante que se perceba que nem toda política pública
se propõe a reduzir o estado de desigualdade social, tampouco visa precipuamente
atender apenas interesses da classe dominante às custas do aprofundamento das
iniquidades às quais a classe trabalhadora está submetida. É necessário, entretanto,
no estudo de uma política específica, objetivar a promoção de “atividades sociais e
políticas que seriam necessárias para lidar com as desigualdades criadas ou
reproduzidas pela política investigada” (MAINARDES, 2006, p. 55) ou para defender
os avanços sociais por esta gerados.
Devido, em grande parte, às questões ideológicas na concepção do modelo de
sociedade desejável às diversas representações de poder e o efeito que as políticas
educacionais exercem na estrutura social, quando nos referimos a este tipo de política
em especial, estamos tratando de um território ainda mais disputado. Neste aspecto,
não podemos perder de vista a atuação do Estado e a sua relação com o capital em
prejuízo da perspectiva da educação do trabalhador e da luta por libertação e
melhorias sociais.
Neste terreno de disputas, se tomarmos por foco a EPT, onde se contrapõem,
em termos de perspectivas, capital e trabalhador, os contrastes e contradições se
mostram ainda mais acentuados. Sobretudo na dicotomia formativa que envolve o
trabalho manual e o trabalho intelectual, característica marcante de uma sociedade
cindida em classes sociais, na qual “a dualidade educacional é uma manifestação
específica da dualidade social inerente ao modo de produção capitalista” (RAMOS,
2008, p. 2).
Da perspectiva da educação do trabalhador, faz-se necessária uma concepção
de educação cujo projeto atenda às necessidades de formação para o trabalho em
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consonância com o desenvolvimento omnilateral deste trabalhador, levando-o à


consciência do seu protagonismo na construção da existência material e do papel da
luta de classe na superação das contradições sociais. Sendo assim:
Neste projeto encontra-se também a formação profissional, posto que a
compreensão e a transformação da realidade implicam a capacidade de
produção social da existência, que inclui a ação técnica, política e cultural.
(RAMOS, 2012, p. 113).

Entretanto, as próprias condições que o sistema oferece diante das


desigualdades sociais pré-estabelecidas representam um obstáculo, muitas vezes
intransponível, ao acesso a uma educação de qualidade pelos indivíduos da classe
trabalhadora ou à permanência com êxito daqueles que conseguem acessá-la.
Neste aspecto, torna-se necessário a implementação de uma política pública
de assistência ao estudante que possa, se não for possível eliminar, pelo menos
minimizar tais obstáculos.
Considerando que a política em questão deveria visar à redução das
desigualdades no processo educacional, preceito fundamental para uma educação
pública, gratuita e de qualidade, é de grande relevância a realização de estudos que
possam analisá-la “em termos do seu impacto e das interações com desigualdades
existentes” (MAINARDES, 2006, p. 54).
Assim sendo, o objeto desta pesquisa é a Política de Assistência Estudantil.
Mais especificamente, busca-se conhecer os seus efeitos na permanência dos
estudantes na EPT.
Em grande parte, devido às preocupações sociais suscitadas pela recente
pandemia de Covid-19, sobre o tema em questão, já podemos encontrar uma grande
quantidade de estudos, sobretudo nos últimos anos, dentre os quais podemos citar
Cunha (2017), Gomes e Passos (2018), Ima (2021), Imperatori (2017), Andrada
(2021), Nascimento (2020), Martins (2020), Oliveira (2022), Galindo (2018), Antunes
(2021), Albuquerque (2017), Ferreira (2020), Medeiros (2020) e Bettoni (2021).
Entretanto, devemos ressaltar, que existem muitas lacunas a serem preenchidas por
novos estudos e produções, o que justifica a relevância desta pesquisa.
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3. Problema de pesquisa

Dentro da realidade já delineada das Políticas de Assistência Estudantil um


problema é suscitado: quais os efeitos dos auxílios estudantis na permanência dos
alunos do ensino integrado do IF Baiano Campus Guanambi?
Um estudo em nível de Stricto Sensu exige, é claro, o máximo aprofundamento
possível dos termos centrais para o entendimento do objeto pesquisado. É
imprescindível, portanto, irmos além do que estes termos sintetizam no cotidiano e
aprofundarmos, na perspectiva da real compreensão da política, sem nos limitarmos
à superficialidade do seu texto à primeira vista.
Portanto, termos à primeira vista semanticamente óbvios como “efeitos” e
“permanência” devem ser analisados e reconstituídos com profundidade para além do
compreendido pela superficialidade do senso comum.
Sendo assim, o problema deve ser compreendido apenas como um ponto de
partida para uma leitura rigorosamente analítica com vistas à uma recomposição
sintética, mais clara e significativa em relação ao seu estado inicial.

4. Natureza e importância do problema de pesquisa

A indagação sobre o tema da Política de Assistência Estudantil do IF Baiano


será focada em sua efetivação na forma de auxílios financeiros mensais. Com isso,
pretende-se correlacionar a sua concessão às condições de permanência dos
estudantes, analisando-a a partir da trajetória dos contextos do seu ciclo, conforme a
abordagem defendida por Stephen Ball, Richard Bowe e Jefferson Mainardes (2006).
O resultado deste trabalho poderá servir de subsídio para a crítica da Política de
Assistência Estudantil, seu aprimoramento e/ou implementação de outras políticas
mais eficientes com o mesmo objetivo.
O IF Baiano apresenta uma grande diversidade socioeconômica, étnica e
cultural em sua comunidade acadêmica. Isto se deve, principalmente, ao
estabelecimento de diversas ações afirmativas voltadas à democratização do acesso.
Nestas condições, conforme dados oficiais (IF BAIANO, 2023, p. 17), atualmente,
mais de 50% dos estudantes matriculados foram selecionados por critérios que
incluíam como condição a renda familiar per capta inferior a 01 (um) salário-mínimo.
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A meta atual é chegar a 70%. Sendo assim, a adoção de políticas de assistência torna-
se essencial para a permanência da maioria dos estudantes na instituição.
O Campus Guanambi, em decorrência do seu porte estrutural (trata-se de um
dos quatro maiores campi do IF Baiano) e por ofertar vagas em alojamento interno, é
o campus que possui o maior orçamento de assistência estudantil e o que destina o
maior montante desse orçamento para o pagamento de auxílios estudantis, conforme
podemos observar no Gráfico 1, referente ao ano de 2019 (pré-pandemia de Covid-
19).

Gráfico 1. Fonte: Pró-Reitoria de Planejamento do IF Baiano

Não obstante, ao fato de o Campus Guanambi possuir as condições mais


adequadas para a implementação da Política de Assistência Estudantil no âmbito do
IF Baiano, dentro deste Campus, podemos destacar o Curso Técnico em
Agropecuária Integrado ao Ensino Médio como o que pode configurar a melhor fonte
de dados, seja por ter o maior número de alunos, seja por apresentar a maior
diversidade entre este público.
Sendo assim, a análise desta realidade poderá produzir conhecimentos que,
além de contribuir com o debate crítico e aprimoramento da política em efetivação no
Campus, poderão oferecer subsídios que orientem a implementação desta política nos
demais campi.
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5. Objetivos

Geral:
Conhecer a Política de Assistência Estudantil do IF Baiano e os efeitos dos
auxílios estudantis na permanência dos alunos do ensino Técnico Integrado ao Ensino
Médio.

Específicos:
● Analisar o processo de tradução da Política Nacional de Assistência Estudantil
no IF Baiano;
● Identificar os efeitos dos auxílios financeiros, concedidos no âmbito da Política
de Assistência Estudantil do IF Baiano, na permanência dos estudantes do
Ensino Técnico Integrado ao Ensino Médio;
● Elaborar um plano estruturado de avaliação da Política de Assistência
Estudantil a ser implementado no Campus Guanambi.

6. Fundamentação teórica

A educação pública é uma conquista da classe trabalhadora, pois “no processo


histórico, em alguns momentos, o trabalho se fez como polo determinante, levando a
classe trabalhadora a lutar pelo direito à educação” (RAMOS, 2017, p. 28),
produzindo, enquanto política pública, as políticas educacionais.
Como as conquistas da classe trabalhadora, geralmente, estão sob constante
assédio dos poderes hegemônicos, cumpre estarmos sempre atentos, reconhecendo
essas conquistas, identificando o que ainda é negado e, sobretudo, percebendo quais
são as ameaças.
A Constituição Federal do Brasil de 1988 celebra a educação como direito de
todos e um dever do Estado (em primeiro lugar) e da família. Segundo a Carta Magna,
a educação, promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, deve visar,
além do pleno desenvolvimento da pessoa e do seu preparo para o exercício da
cidadania, a sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).
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A educação no Brasil é um direito social. Porém, paradoxalmente, além de ser


um direito, também é uma obrigação. Se, por um lado, as famílias não podem decidir
se enviam ou não os seus filhos para a escola, por outro, o Estado deve propiciar as
condições necessárias para que esse direito/dever seja exercido.
A compreensão de que é responsabilidade do Estado a garantia de meios
para que esse direito alcance a todos é um passo importante para a
consolidação do acesso e da permanência nas instituições escolares,
principalmente ao se considerarem as profundas marcas da desigualdade e
da exclusão na sociedade, especialmente em nosso país (OLIVEIRA;
OLIVEIRA, 2015, p. 199).

Para que haja efetividade na garantia do direito à educação, portanto, não é


suficiente que tenha escola para todos, mas que também exista condições para a
permanência das pessoas dentro desta escola.
Neste sentido é que o Decreto nº 7.234/2010, que dispõe sobre o Programa
Nacional de Assistência Estudantil – PNAES, determina a elaboração das normativas
e a implementação da assistência estudantil nas universidades e institutos federais
com “finalidade ampliar as condições de permanência dos jovens na educação
superior pública federal” (BRASIL, 2010). Apesar de não constar explicitamente no
texto, a política se estende também à EPT ao incluir os Institutos Federais. Por
conseguinte, ela também abrange a educação do trabalhador. Conforme o
mencionado decreto, os seus objetivos são democratizar as condições de
permanência, minimizar os efeitos das desigualdades sociais e regionais na
permanência e conclusão, reduzir as taxas de retenção e evasão e contribuir para a
promoção da inclusão social pela educação.
Para Arroyo (2002, p. 77), entretanto, o direito à educação não se resume ao
direito à escola, “defender o direito dos trabalhadores à educação é uma Proposta
mais radical do que apenas defender escola para todos”.
A existência de políticas públicas que possam garantir o acesso e a presença
do estudante-trabalhador dentro da escola não garante por si o direito deste
trabalhador a uma educação que de fato proporcione uma formação que promova o
avanço e a melhoria de sua condição enquanto classe, uma vez que:
A escola onde todos passa um tempo mais longo, passou a fazer parte da
lógica da sociedade capitalista e hoje, nos países avançados, constitui um
dos mecanismos usados para distribuir cada um no seu lugar, no lugar que
por capacidade e mérito comprovado e atestado lhe corresponde na divisão
do trabalho. Entretanto, o direito à educação, os avanços das classes
trabalhadoras na formação do saber, da cultura e da identidade de classe
continuam sendo sistematicamente negados, reprimidos e, enquanto
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possível, desestruturados por serem radicalmente antagônicos ao movimento


do capital (ARROYO, 2002, p. 78).

Conforme Power (2011, p. 58), “as teorizações sobre política educacional


representam a tentativa de aderir a uma compreensão marxista das relações sociais
e, ao mesmo tempo, reconhecer a complexidade dos processos sociais”. Sendo
assim, a assistência estudantil, enquanto política educacional, deve ser analisada em
uma abordagem que vislumbra tanto o papel centralizador do Estado na sua produção
quanto a atuação das pessoas e do contexto social na sua tradução prática e na
disputa política.
Conforme Lotta (2019) os estudos sobre a implementação de políticas públicas
são “uma vertente do campo de análise de políticas públicas que busca olhar para o
momento específico da materialização ou concretização das políticas”. Para essa
autora esses estudos partem da ideia de análise cíclica que envolve diferentes fases
(agenda, formulação, implementação e avaliação) que não representam
necessariamente a realidade, mas se traduz como um instrumento analítico de grande
importância para a compreensão do processo de construção das políticas públicas.
A abordagem do ciclo de políticas públicas desenvolvida por Stephen Ball,
Richard Bowe e Jefferson (MAINARDES 2006), Figura 1, seguem nesse sentido,
como ferramenta de análise das políticas públicas e será o referencial que permitirá a
“análise crítica da trajetória de programas e políticas educacionais desde sua
formulação até a sua implementação no contexto da prática e seus efeitos”
(MAINARDES, 2006, p. 48).

Figura 1. Abordagem do ciclo de políticas proposta por Mainardes. Fonte: Adaptado pelo autor a partir de Mainardes
(2006).
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Tal análise permite inserir as políticas de assistência estudantil no âmbito das


políticas educacionais “com o status epistemológico oferecido pela ciência política”
(MAINARDES; FERREIRA; TELLO, 2011, p. 144).
“A assistência estudantil”, enquanto política pública da educação, “se configura
como pilar fundamental para êxito e permanência de estudantes em instituições de
formação técnica” (CARVALHO; DOS ANJOS, 2021, p. 16). Em um contexto que
envolve ensino em tempo integral e estudantes provenientes de famílias de baixa
renda, que residem longe da escola, esta assistência pode ser o diferencial para
garantir as condições de permanência destes no sistema de ensino.
Conforme levantou Cunha (2017, p. 64), até a década de 1990, “estudos sobre
permanência não eram foco das discussões no campo educacional”, os esforços dos
governos e lideranças da área educacional estavam concentrados na direção da
“ampliação das oportunidades de acesso às universidades”.
Uma vez que a questão da democratização do ensino deve ser compreendido
para além da ampliação do acesso, muitas podem ser as abordagens conceituais,
contudo o caminho a ser percorrido deve passar pela compreensão da permanência
escolar
como a promoção da participação qualitativa dos estudantes no ambiente
escolar, bem como o seu acesso aos recursos infraestruturais e pedagógicos
disponíveis na instituição de ensino (OLIVEIRA; OLIVEIRA, 2015, p.200).

Cumpre ressaltar que os fatores que contribuem para a permanência escolar,


mesmo considerando especificamente os estudantes socialmente vulneráveis, não se
restringe à assistência estudantil.
Obviamente, as ações de apoio à permanência podem passar por diversas
estratégias de intervenção, como àquelas voltadas à qualificação profissional
dos docentes e demais servidores, à estruturação dos currículos, à
distribuição/concentração de carga-horária nos turnos, assim como as ações
direcionadas à oferta de condições minimamente razoáveis para os
estudantes concluírem seus percursos acadêmicos, dentre outras (CUNHA,
2017, p. 64).

Entretanto, enquanto política pública que tem entre seus objetivos contribuir
para permanência dos estudantes de baixa renda, é de grande relevância a
abordagem sistemática da assistência estudantil.
Conforme consta em Gomes e Passos (2018, p. 416):
a assistência estudantil integra o “[...] conjunto de ações desenvolvidas no
âmbito da educação com a finalidade de contribuir para o provimento das
condições (materiais e imateriais) necessárias à permanência dos estudantes
nas instituições educacionais.” (NASCIMENTO, 2014, p. 88). Constitui uma
política de caráter compensatório ao atuar nos efeitos das desigualdades
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sociais que afetam os estudantes no percurso formativo (SPOSATI et al.,


2008).

Neste sentido, as ações de assistência estudantil, decorrentes do Decreto


7.234/2010, devem ser executadas pelas instituições federais de ensino superior
(IFES) e compreendem também os Institutos Federais (IF).
Foi com fundamento no referido decreto, que IF Baiano elaborou, no ano de
2019, a sua Política de Assistência Estudantil, instituída pela Resolução N.º 01, de 29
de janeiro de 2019, do Conselho Superior (Consup) do IF Baiano.
Dentro desta política, podemos destacar o Programa de Assistência e Inclusão
Social do Estudante (PAISE), constituído pelos auxílios moradia, alimentação,
transporte, material acadêmico, uniforme, cópia e impressão, permanência, creche e
PROEJA. Destes, serão foco da investigação, por seu caráter mensal, os auxílios
moradia, alimentação, transporte, permanência e creche. O auxílio PROEJA, apesar
de ser mensal, não será incluído no estudo, pois trata de uma modalidade de curso
atualmente inexistente no IF Baiano – Campus Guanambi.
A Política de Assistência Estudantil encontra-se em consonância com a missão
e a responsabilidade social do IF Baiano, uma vez que este reserva 70% das suas
vagas de ingresso para cotas de ações afirmativas, fazendo com que parte da sua
população estudantil seja de baixa renda (IF BAIANO – CAMPUS GUANAMBI, 2022).
Não obstante, na resolução supracitada está prevista uma avaliação “contínua
e processual, realizada por todos os atores envolvidos e coordenada pela
Coordenação Geral de Assistência Estudantil”. Entretanto, não constam nesta
resolução os meios e as diretrizes para efetivação desta avalição. Tampouco existem
instrumentos fora desta política que dão conta da necessidade de uma avaliação
sistemática, excetuando uma abordagem pouco abrangente da autoavaliação
institucional executada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) que ainda é
insuficiente para o acompanhamento contínuo da efetivação dos objetivos da Política
de Assistência Estudantil e dos seus impactos.

7. Metodologia

Segundo Marconi e Lakatos (2003, p. 155), pesquisa “é um procedimento


formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e
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se constitui no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades


parciais”.
A natureza do objeto que se pretende conhecer neste estudo apresenta
aspectos relacionados à percepção do sujeito inserido na realidade que o produz e
que por ele é influenciada. Levando isso em consideração, a abordagem mais
adequada é a qualitativa. Entretanto, é preciso ressaltar que, em determinadas
etapas, aspectos quantitativos e qualitativos se relacionam e se complementam na
realidade que objetivada. Por conta disso, é indispensável que seja superado a
dicotomia entre estes aspectos, pois os dados quantitativos serão essenciais para a
compreensão da análise qualitativa.
Partindo da perspectiva de Yin (2001, p. 24), de acordo com o tipo de questão
abordada e por tratar-se de fenômenos contemporâneos bem localizados dentro de
um contexto, o estudo de caso, dentro de uma perspectiva explanatória é a estratégia
mais adequada.
Segundo Yin (2001, p. 41):
Coloquialmente, um projeto de pesquisa é um plano de ação para se sair
daqui para chegar lá. Onde aqui pode ser definido como um conjunto inicial
de questões a serem respondidas, e lá um conjunto de conclusões
(respostas) sobre essas questões. Entre “aqui” e “lá” pode-se encontrar um
grande número de etapas principais, incluindo a coleta e análise de dados
relevantes.

Considerando a questão inicial (Como os auxílios estudantis influenciam na


permanência dos alunos dos cursos técnicos integrados?), a etapa exploratória da
pesquisa contará, inicialmente, com um aprofundamento da literatura disponível e
uma revisão sistemática do estado da arte. Em uma segunda fase desta etapa será
feito a análise documental para levantamento de informações preliminares, seguida
pela coleta de dados em campo.
O campo da pesquisa será o Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Baiano (IF Baiano), mais especificamente o Campus Guanambi. A escolha
deste Campus, muito além de garantir viabilidade econômica e prática ao processo
de pesquisa, foi devida às condições do Campus na implementação da Política de
Assistência Estudantil proposta pelo IF Baiano. Este Campus dispõe de um orçamento
de assistência estudantil relativamente elevado, o qual se destina, em sua maior parte,
ao pagamento de auxílios a uma população diversificada que apresenta variadas
carências.
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Podemos analisar na tabela a seguir a distribuição dos auxílios no Campus


Guanambi no ano de 2019:

DISTRIBUIÇÃO DOS AUXÍLIOS DO PAISE NO CAMPUS GUANAMBI EM 2019


Auxílios Valor Parcelas Estudantes VALOR POR TOTAL POR
SEMESTRE AUXÍLIO
Moradia 2019.1 R$ 200,00 12 193 R$ 463.200,00 R$ 475.200,00
Moradia 2019.2 R$ 200,00 6 10 R$ 12.000,00
Transporte Máximo 2019.1 R$ 160,00 10 108 R$ 172.800,00 R$ 180.800,00
Transporte Máximo 2019.2 R$ 160,00 5 10 R$ 8.000,00
Transporte Mínimo 2019.1 R$ 112,00 10 97 R$ 108.640,00 R$ 114.240,00
Transporte Mínimo 2019.2 R$ 112,00 5 10 R$ 5.600,00
Creche 2019.1 R$ 200,00 10 3 R$ 6.000,00 R$ 7.000,00
Creche 2019.2 R$ 200,00 5 1 R$ 1.000,00
Permanência 2019.1 R$ 112,00 10 7 R$ 7.840,00 R$ 8.400,00
Permanência 2019.2 R$ 112,00 5 1 R$ 560,00
Uniforme R$ 75,00 1 10 R$ 750,00 R$ 1.250,00
Material Acadêmico R$ 50,00 1 10 R$ 500,00
VALOR TOTAL R$ 786.890,00
Tabela 1. Fonte: Comissão Local de Assistência Estudantil – Campos Guanambi.

Na pesquisa documental, como fontes primárias, serão pesquisados atos


normativos (Projetos de Leis tramitados no Congresso Nacional que tem como objeto
a assistência estudantil, Decreto nº 7.234/2010, do Governo Federal e a Resolução
n.º 01/2019, do IF Baiano), editais de seleção do PAISE de 2019 a 2022 e diários de
classe deste mesmo período, referente às turmas do último ano do Curso Técnico em
Agropecuária Integrado ao Ensino Médio – este e outros dados do aluno podem ser
acessados a partir do perfil acadêmico do estudante no Sistema Unificado de
Administração Pública (SUAP). Como fontes secundárias, serão analisados relatórios
do SUAP relativos ao Programa, pareceres dos órgãos de assistência estudantil,
estatísticas e manuais de orientação de acesso aos auxílios.
A População, ou o contexto para o estudo de caso (YIN, 2001, p. 46), abrange
os estudantes da EPT, mais especificamente do Curso Técnico em Agropecuária
Integrado ao Ensino Médio do IF Baiano, Campus Guanambi. A amostra ou unidade
de análise será composta pelos estudantes dos terceiros anos do referido curso (duas
turmas) que recebem, ou receberam por um período superior a um semestre, um dos
auxílios analisados (aproximadamente 40 alunos), veja a Figura 2. A este grupo, será
aplicado um questionário com perguntas de resposta fechada e, dentre os
respondentes, serão sorteados 04 para realização das entrevistas.
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Figura 2. Amostragem populacional. Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2022)

Após coletados, os dados serão organizados conforme a natureza qualitativa


ou quantitativa, criando matrizes de modo a apresentar as evidências em modos de
disposição que permitam examiná-los comparativamente. Pois, de acordo com Yin
(2001, p. 133):
A primeira e mais preferida estratégia é seguir as proposições teóricas que
levaram ao estudo de caso. Os objetivos e o projeto originais do estudo
baseiam-se, presumivelmente, em proposições como essas, que, por sua
vez, refletem o conjunto de questões da pesquisa, as revisões feitas na
literatura sobre o assunto e as novas interpretações que possam surgir.

Na análise qualitativa, a partir dos dados das entrevistas, transcritos das


gravações em áudio, será montada uma sequência narrativa ancorada nas respostas
dos entrevistados. Nessas sequências narrativas, será procedida uma busca por
padrões para comparação, classificação e análise em consonância com contexto dos
resultados ou efeitos da abordagem do ciclo de políticas defendido por Mainardes
(2016).
A partir desta análise, será produzido um relatório que servirá de base para a
escrita da dissertação e para a elaboração do plano de avaliação que constituirá o
produto educacional.
O produto educacional, portanto, consiste em um plano de avaliação da Política
de Assistência Estudantil do IF Baiano, cuja validação se dará na sua aplicação que
abrange servidores e estudantes envolvidos com o PAISE no Campus Guanambi.
Esta aplicação se dará em encontros agendados com cada grupo para instrução
acerca do procedimento e coleta dos dados.
O resumo metodológico está representado na Tabela 2:
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RESUMO METODOLÓGICO DA PESQUISA


Objetivo específico Questões a serem respondidas Instrumento de coleta de dados Técnica de análise
● Analisar o processo de tradução da ● Quais os pressupostos teóricos ● Pesquisa bibliográfica; ● Fichamento;
Política Nacional de Assistência que fundamentam a análise de levantamento do estado da arte ● Construção de quadros
Estudantil no IF Baiano. políticas públicas e a comparativos;
assistência estudantil? ● Síntese.
● Como se deu o processo de ● Análise documental: ● Elaboração de quadro
instituição do Programa o Processo legislativo do contextual
Nacional de Assistência Decreto nº 7.234/2010; ● Tabulações e representação
Estudantil no IF Baiano? o Resolução n.º 01/2019, do IF gráfica
Baiano; ● Fichamento
o editais de seleção do PAISE; ● Quadros comparativos e
o Relatórios do SUAP relativos
analíticos
ao PAISE;
o pareceres dos órgãos de
assistência estudantil;
o manuais de orientação de
acesso aos auxílios.
● Identificar os efeitos dos ● Como os auxílios estudantis ● Perfil acadêmico dos alunos no ● Tabulações e representação
auxílios financeiros, influenciam na permanência dos SUAP; gráfica;
concedidos no âmbito da alunos dos cursos técnicos ● Questionário; ● Transcrição de áudio;
Política de Assistência integrados? ● Entrevista. ● Análise narrativa;
Estudantil do IF Baiano, na
● Quadro comparativo.
permanência dos estudantes
do Ensino Técnico Integrado
ao Ensino Médio.
● Elaborar um plano Quais os resultados da implementação ● Aplicação de plano de Apresentação de discussão dos
estruturado de avaliação da da Política de Assistência Estudantil no avaliação; resultados
Política de Assistência IF Baiano – Campus Guanambi? ● Grupos focais.
Estudantil a ser
implementado no Campus
Guanambi.
Tabela 2. Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2023).
4

Após a realização do ciclo avaliativo, os resultados serão socializados e


discutidos com o grupo envolvido para sua validação.
Após a qualificação, este projeto será submetido ao Comitê de Ética em
Pesquisa com Seres Humanos na Plataforma Brasil, juntamente com todos os
instrumentos a serem utilizados para avaliação e posterior aprovação, ficando
qualquer ato de execução da pesquisa condicionado ao parecer deste Comitê.

8. Local da Pesquisa

A pesquisa será realizada no IF Baiano Campus Guanambi.


O IF Baiano é um dos dois institutos federais existentes na Bahia. É composto
por 14 campi situados em diversas regiões do Estado, fazendo-se presente nos
municípios de Alagoinhas, Bom Jesus da Lapa, Catu, Guanambi, Governador
Mangabeira, Itaberaba, Itapetinga, Santa Inês, Senhor do Bonfim, Serrinha, Teixeira
de Freitas, Valença, Uruçuca e Xique-Xique. Sua Reitoria se situa na capital.
O Campus Guanambi está localizado na região centro-sul do estado, no
território do Sertão Produtivo, mais precisamente no Distrito de Ceraíma, zona rural
do município de Guanambi, a 690 km da cidade de Salvador. Sua história inicia em
1993, ano da fundação da Escola Agrotécnica Federal Antônio José Teixeira, cujo
primeiro curso (Técnico em Agropecuária) teve início no ano de 1995.
Passando a integrar o IF Baiano a partir de 2009, atualmente, este Campus
atende, principalmente, a um público oriundo de comunidades rurais do município e
de cidades circunvizinhas. A comunidade que o circunda é formada
predominantemente por colonos assentados em um núcleo irrigado, pequenos
produtores rurais e pescadores.
Atualmente, o Campus (Figura 3), atende a aproximadamente 1.400 alunos
distribuídos em cursos de nível médio, integrados e subsequentes ao ensino médio,
nas modalidades presencial e EAD, cursos superiores de graduação (bacharelado,
tecnologia e licenciatura), pós-graduação (especialização e mestrado) e cursos de
formação inicial e continuada de trabalhadores (FIC). Para tanto, conta com ampla e
bem equipada estrutura física, noventa e oito professores, cento e seis TAE e quarenta
funcionários terceirizados.
5

Figura 3. IF Baiano – Campus Guanambi. Fonte: Foto de Leandro Gonçalves (IF Baiano).

Atendendo a um público estudantil constituído em sua maioria por estudantes


de baixa renda, oriundos em grande parte da zona rural e de regiões distantes, o IF
Baiano – Campus Guanambi constitui um campo ideal para realização desta pesquisa.

9. Impactos e produtos esperados

A regulamentação vigente para a Política de Assistência Estudantil do IF


Baiano, aprovada pela Resolução n.º 01/2019, prevê a realização de uma avaliação
“contínua e processual”, entretanto, até o momento, não se apresentam instrumentos
para a implementação dessa política.
Nesse sentido, o produto a ser desenvolvido, será uma proposta de intervenção
que visa o estabelecimento de instrumentos para a construção de um Sistema de
Avaliação da Política de Assistência Estudantil. Esse sistema estará respaldado pela
necessidade da implementação do módulo de assistência estudantil, no SUAP do IF
Baiano, que permitirá uma melhor interação entre os atores que fazem parte da
referida política.
6

10. Riscos e benefícios

É característica intrínseca ao IF Baiano a diversidade e a especificidade de


suas unidades, que se contrastam em características físico-estruturais, socioculturais,
climáticas, orçamentárias, necessidades do público e capacidade de atendimento.
Além disso, existem também as diferenças de formalidades tipológicas que,
segundo as diretrizes da Portaria 713/2021 do MEC, classifica seus campi em “pré-
expansão agrícola” na tipologia (90 docentes/70 TAE) e “expansão” (70 docentes/60
TAE) que restringem o número de servidores e cargos de gestão que cada tipo de
campus dispõe.
Diante de um contexto tão contrastante, o risco é plausível, pois o resultado de
qualquer estudo localizado não representa necessariamente a realidade ou aponte
soluções para o todo institucional.
No entanto, os benefícios fornecidos pela análise e discussão de dados de uma
realidade, ainda que localizada, são importantes para a implementação e avaliação
de políticas institucionais que atendam às especificidades regionais, estruturais e às
necessidades socioculturais do público, atendendo às desigualdades subjetivas,
tendo em vista a redução das desigualdades objetivas, caminho inescapável para a
garantia de uma educação pública, gratuita e de qualidade.
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11. Cronograma
Meses - 2023 Meses - 2024
Etapas da
pesquisa FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR

Aprofundamen X X X X X X
to Teórico

Submissão do X
projeto à PB

Assinatura
TCLE e coleta X X X X
de dados

Escrita da X X X X X
dissertação

Desenvolvime
nto do produto X X X
educacional
Entrega do
texto para a
banca
Defesa X
Tabela 3. Fonte: Modelo fornecido pela Coordenação do ProEPT – IF Baiano-Campus Catu (2022).
8

12. Orçamento

RELAÇÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

ITENS QUANTIDADE VALOR VALOR


UNITÁRIO TOTAL
Licença temporária de software para análise de
1 un R$ 300,00 R$ 300,00
dados qualitativos

Apoio técnico 40 h R$ 20,00 R$ 800,00

Produção de material gráfico 1200 un R$ 0,20 R$ 240,00

Material de expediente -- -- R$ 160,00

TOTAL -- -- R$ 1.500,00

Tabela 4. Fonte: Modelo fornecido pela Coordenação do ProEPT – IF Baiano-Campus Catu (2022).
9

13. Referências

ARROYO, Miguel et al. O direito do trabalhador à educação. In: MINAYO, Carlos.


Trabalho e conhecimento: dilemas na educação do trabalhador. 4. ed. São Paulo:
Cortez, 2002. p. 75-92. ISBN 978-85-249-0093-8.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília: [s. n.], 1988. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 29
abr. 2023.

________. Decreto Nº 7.234, de 19 de julho de 2010. Dispõe sobre o Programa


Nacional de Assistência Estudantil - PNAES. Brasília: Presidência da República,
[2010]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/decreto/d7234.htm. Acesso em: 22 jun. 2022.

CARVALHO, Emily Lima; DOS ANJOS, Nívia Barreto. Introdução. In: CARVALHO,
Emily Lima; DOS ANJOS, Nívia Barreto (org.). Assistência estudantil: as múltiplas
interfaces. Curitiba: Appris, 2021. p. 16-22. ISBN 978-65-250-0205-7. Disponível em:
https://ifbaiano.edu.br/portal/wp-content/uploads/2021/03/Assistencia-Estudantil-
Multiplas-Interfaces.pdf. Acesso em: 28 nov. 2022.

CUNHA, Eudes Oliveira. Implementação da política de permanência de


estudantes na Universidade Federal da Bahia. Orientador: Prof. Dr. Robert Evan
Verhine. 2017. 2014 f. Tese (Doutorado) - Faculdade de Educação, Universidade
Federal da Bahia, Salvador, 2017. Disponível em:
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/24870. Acesso em: 5 nov. 2022.

IF BAIANO. Resolução N.º 01, de 29 de janeiro de 2019. Institui a Política de


Assistência Estudantil. [S. l.], 29 jan. 2019. Disponível em:
https://www.ifbaiano.edu.br/unidades/lapa/files/2019/08/Politica-de-Assistencia-
Estudantil-29-01-2019.pdf. Acesso em: 22 jun. 2022.
10

________. Governança, Estratégia e Desempenho. In: IF BAIANO. Relatório de


Gestão 2022. Salvador, 27 mar. 2023. Disponível em:
https://ifbaiano.edu.br/portal/relatorio-gestao-2022/wp-
content/uploads/sites/120/2023/03/Governanca-Estrategia-e-Desempenho.pdf.
Acesso em: 22 abr. 2023.

LOTTA, Gabriela. A política pública como ela é: contribuições dos estudos sobre
implementação para a análise de políticas públicas. In: LOTTA, Gabriela
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Brasília: Enap, 2019. p. 11-38. ISBN 978-85-256-0123-0. Disponível em:
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MAINARDES, Jefferson. Abordagem do ciclo de políticas: uma contribuição para a


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