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Infraestrutura

Econômica e Urbana

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Módulo

Políticas Públicas Setorias


Fundação Escola Nacional de Administração Pública

Diretoria de Desenvolvimento Profissional

Conteudista/s
Karla França (Conteudista, 2021).
Aguiar Gonzaga (Conteudista, 2021).

Enap, 2021
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Sumário
1. Unidade 1 – Dos recursos federais às soluções inovadoras............................. 5
Tópico 1 - Financiamento público.................................................................................... 7
Tópico 2 - Financiamento internacional........................................................................ 12
Tópico 3 - Ecossistemas de habitação: inovação, negócios sociais e direito à moradia
adequada.......................................................................................................................... 14

2. Referências.......................................................................................................... 16
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Módulo
Janelas de oportunidades:
caminhos para alcançar

1. Unidade 1 – Dos recursos federais às soluções inovadoras


Objetivo de aprendizagem:
Ao final desta unidade, você será capaz de reunir conhecimentos acerca de recursos
federais a alternativas inovadoras de atendimento das necessidades habitacionais.

A política habitacional pode ser viabilizada mediante distintos mecanismos


financeiros, por financiamento local, regulamentação de instrumentos e formas de
compensação urbanística, instituição de taxas, cuja destinação pode ser alocada em
fundos urbanos ou habitacionais.

Em adição, existe o Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos


(ONU-Habitat), que consiste em um importante programa para que os municípios
estabeleçam parcerias e apoio técnico com vistas à formulação e à implementação
de projetos.

Caso tenha interesse em conhecer os projetos locais apoiados


pelo ONUHabitat no Brasil e como o organismo trabalha com os
municípios, acesse o relatório de atividades disponível no site
dessa instituição: https://publicacionesonuhabitat.org/brasil/
RELATORIO-ANUAL-2020.pdf.

Igualmente, é possível viabilizar iniciativas por meio de arranjos entre entes públicos
ou públicoprivados e, assim, identificar oportunidades nas esferas dos estados, da
União e internacional. Veja a imagem abaixo:

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Habitação, financiamento local e ATHIS

A implementação dos instrumentos urbanísticos, jurídicos e tributários pactuados


nos Planos Diretores Locais pode viabilizar novos mecanismos de financiamento
local para atendimento das necessidades habitacionais da comunidade.

A limitação orçamentária muitas vezes não permite alocar


recursos em iniciativas locais de habitação. Nesse sentido, é que
os instrumentos urbanotributários podem se constituir em novas
oportunidades de geração de recursos locais para promover o
direito à moradia em distintas realidades locais.

Você já pensou que o seu município pode gerar receitas para atender às demandas
habitacionais? E você sabia que muitas startups têm inovado em modelagens de
financiamento e produtos para atender às necessidades habitacionais da população
de menor renda?

No vídeo abaixo, você conhecerá algumas alternativas. Vamos assistir?

Vídeo 5 - Alternativas para financiar as necessidades habitacionais: das agências


internacionais aos negócios sociais de reformas

https://cdn.evg.gov.br/cursos/495_EVG/videos/modulo00_video05.mp4

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Para conhecer experiências de implementação dos instrumentos
urbanísticos, recomendamos acessar a publicação “Recuperação
de Mais-Valias Fundiárias na América Latina”, organizada pelo
Departamento de Estudos Internacionais, do Lincoln Institute
of Land Policy (https://www.lincolninst.edu/pt-br/node/21776),
e a Plataforma de Experiências do Plano Diretor do IAB (https://
www.arbo.org.br/projetos).

A administração local, quando moderniza leis e atos que envolvem aprovação de


projetos até a construção de obras habitacionais, otimiza o tempo entre o início, a
conclusão e a entrega de obras, beneficiando, sobretudo, a comunidade. Também
melhora o cenário regulatório urbano, permitindo atrair novos negócios.

Na esteira desse assunto, é importante observar que uma das formas de apoiar a
comunidade de baixa renda a melhorar suas condições de moradia é buscar parcerias
para viabilizar a Assistência Técnica de Habitação de Interesse Social (ATHIS).

ATHIS: a Lei nº 11.888/2008 garante que famílias com renda de


até três salários mínimos recebam assistência técnica pública
e gratuita para a elaboração de projetos, acompanhamento
e execução de obras necessárias à edificação, à reforma, à
ampliação ou à regularização fundiária de suas moradias.

Você sabia? A Plataforma Moradia Digna pode abrir as portas


para a regulamentação da ATHIS, conheça-a aqui: https://caubr.
gov.br/moradiadigna/.

Tópico 1 - Financiamento público

No que tange a recursos, a União é um importante agente financeiro e possui


distintas fontes de recursos, por exemplo: Orçamento Geral da União (OGU), Fundo

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de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Fundo de Arrendamento Social (FAR),
Fundo de Desenvolvimento Social (FDS), Fundo Nacional de Interesse Social (FNHIS),
entre outros, para viabilizar estratégias habitacionais.

A aprovação do Programa Casa Verde e Amarela com a edição da Lei nº 14.118/2021


regulamentou novos programas e outros ainda estão em elaboração. Esse programa
abarca várias ações e programas habitacionais do Ministério do Desenvolvimento
Regional. Cada modalidade possui regras e normativos próprios, bem como
processos de participação e adesão diversos.

Nas regiões Norte e Nordeste, houve redução nas taxas de juros


em até 0,5 ponto percentual para ampliar a contratação de
moradias para atendimento das famílias com renda de até R$ 2
mil mensais e em até 0,25 para aquelas com renda entre R$ 2 mil
e R$ 2,6 mil.

Os juros para as contratações nas duas regiões poderão chegar a 4,25% ao ano
para cotistas do FGTS; nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, operam com taxas
a partir de 4,5%.

Para entender melhor a atuação dos programas de regularização fundiária e


melhorias habitacionais, veja a seguir a abrangência e as conexões.

A Regularização Fundiária Urbana abrange medidas jurídicas, urbanísticas,


ambientais e sociais que visam à formalização de núcleos urbanos informais e à
titulação dos seus ocupantes, garantindo o direito à moradia e o direito à cidade.
A regularização compreende todas as ações necessárias à garantia do direito à
moradia, por meio da constituição de um direito real que promova a segurança na
posse sobre determinado imóvel.

A melhoria habitacional abrange reforma e ampliação do imóvel, enfrentando


problemas, como deterioração, ausência de banheiro, cobertura ou piso, instalações
elétricas ou hidráulicas inadequadas e adensamento excessivo de moradores, entre
outros. São iniciativas que visam a atuar no déficit habitacional qualitativo.

Programa Regularização Fundiária e Melhoria Habitacional

Objetivo: melhoria nas condições de habitabilidade e salubridade

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das moradias de famílias de baixa renda, permitindo a
manutenção dessas famílias em seu local original de residência,
preservando soluções de acesso ao mercado de trabalho e
oportunidades urbanas, além de ser uma forma eficiente de
atuação por aproveitar investimentos já́ realizados pelas famílias
em suas moradias.

Ao aderir ao Programa, o município se compromete a divulgar as


áreas prioritárias para regularização fundiária, analisar e anuir
com as áreas propostas pelas empresas ou entidades privadas,
na qualidade de agentes promotores.

O município deve indicar que:

- possui estrutura administrativa, direta ou indireta, responsável


pelas políticas de habitação e regularização fundiária;

- é responsável pelos trâmites administrativos necessários ao


processo de regularização fundiária;

- promove ações facilitadoras para implementação do programa.

O programa não repassa nenhum recurso financeiro aos


municípios. Não há exigência de contrapartida local. As empresas
que tiveram suas propostas selecionadas pelo MDR firmaram
os contratos de financiamento diretamente com os agentes
financeiros credenciados a operar o programa. Os contratos
regerão e definirão o cronograma de desembolso dos recursos.
Esses financiamentos serão repassados com condições especiais
de subsídios aos beneficiários.

Elegibilidade: todos os municípios.

Prazos: não existe um prazo para a adesão ao programa, pode


ser realizada pelo poder público a qualquer momento por meio
do SELEHAB.

Quer saber mais sobre o programa, acesse o manual aqui: https://


www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/habitacao/casa-verde-e-
amarela/ANEXOSINSTRNORMATIVA02DE21DEJANEIRODE20211.
pdf

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Pró-Moradia - Programa de Atendimento Habitacional através do
Poder Público

Objetivo: ofertar acesso à moradia adequada à população em


situação de vulnerabilidade social e com rendimento familiar
mensal preponderante de até três salários mínimos.

Financiamento: por meio das operações do Fundo de Garantia


do Tempo de Serviço (FGTS).

Elegibilidade: direcionado a Estados, Municípios, Distrito Federal


ou órgãos das respectivas administrações direta ou indireta,
poderão cadastrar até três propostas por município.

Modalidade aberta: urbanização e regularização de assentamentos


precários (UAP).

A modalidade UAP envolve cinco tipologias de intervenção que o


proponente deverá avaliar e selecionar conforme as necessidades
da área em questão:

- regularização fundiária;
- melhorias habitacionais;
- urbanização integral;
- urbanização parcial;
- intervenção estruturante.

Valores da proposta: no exercício de 2021, os municípios podem


apresentar propostas com valor mínimo de R$ 1 milhão e máximo
de R$ 50 milhões e exigência de contrapartida equivalente a 5%
do valor de investimento.

Prazo: o processo de seleção é contínuo, ou seja, as propostas


podem ser apresentadas a qualquer momento, por meio do
preenchimento de carta-consulta online no SELEHAB.

Quer saber mais sobre o Pró-Moradia, acesse o Regulamento


do Programa https://antigo.mdr.gov.br/images/IN_09-2020_
Regulamenta_o_PRO-MORADIA.pdf.

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Produção financiada

Modalidade que viabiliza financiamento para aquisição da casa


própria. Em algumas situações, existe possibilidade de ofertar
menor taxa de juros vinculando as operações do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Para a produção de novas moradias financiadas e outras


informações, acesse o link: https://www.gov.br/mdr/pt-br/
assuntos/habitacao/casa-verde-e-amarela.

Para conhecer a atuação da Caixa Econômica Federal em moradia


popular, acesse este outro link: https://www.caixa.gov.br/poder-
publico/infraestrutura-saneamento-mobilidade/habitacao/
Paginas/default.aspx.

Pró-Cidades - Programa de Desenvolvimento Urbano

Objetivo: Proporcionar a estados e municípios condições para


formulação e implantação de política de desenvolvimento urbano
local a partir do financiamento de investimentos apresentados
na forma de projetos integrados de melhoria de um perímetro
urbano previamente definido.

Com a finalidade de beneficiar a comunidade com espaços


públicos mais seguros, a promoção da moradia bem localizada e
a melhoria no acesso aos serviços básicos. O Estatuto da Cidade
(Lei nº 10.257/2001) e o Estatuto da Metrópole (Lei nº 13.089/2015),
são relevantes para as operações do Pró-Cidades.

Financiamento: por meio das operações do Fundo de Garantia


do Tempo de Serviço (FGTS).

Modalidades de financiamento
Reabilitação de áreas urbanas – voltada a estratégias para a
execução de políticas de desenvolvimento local, com foco na

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qualificação do espaço público e no estímulo à ocupação de
imóveis ociosos em centros urbanos.

Modernização tecnológica urbana – destinada à implementação


e ao desenvolvimento de soluções e ferramentas tecnológicas no
sentido de otimizar a prestação dos serviços públicos à população
e melhorar a qualidade de vida nos ambientes urbanos e fomentar
iniciativas de cidades inteligentes.

Elegibilidade:
Podem apresentar propostas: estados, municípios, o Distrito
Federal ou órgãos das respectivas administrações direta
e indireta; consórcios públicos; órgãos públicos gestores e
respectivas concessionárias ou permissionárias; empresas
participantes de consórcios que desempenhem funções de
desenvolvimento urbano local ou regional, como sociedades de
propósito específico (SPEs); entes privados que possuam projetos
ou investimentos na área de desenvolvimento urbano, desde que
autorizadas pelo poder público respectivo.

O programa apresenta interface com a habitação, na medida


em que suas diretrizes contribuem para que os municípios
implementem os instrumentos urbanísticos previstos em seus
Planos Diretores e que estimulem iniciativas de requalificação
urbana e integração de serviços urbanos e soluções inovadoras.

O que pode ser apoiado e tem interface com habitação:

- elaboração de estudos, planos, projetos e execução de obras


de implantação, ampliação, restauração, reforma, retrofit ou
adaptação de edifícios, espaços públicos e logradouros públicos,
reabilitação de imóveis vazios ou subutilizados, priorizando a
habitação de interesse social, dentro do perímetro de atuação
definido pelo proponente;

- modernização – soluções inteligentes para iniciativas


habitacionais conectadas a outras políticas setoriais urbanas.
Quer saber mais sobre o Pró-Cidades, acesse o Regulamento
do Programa: https://antigo.mdr.gov.br/images/Documentos/
MANUAL_DO_PROGRAMA_PRÓ_CIDADES_00000002.pdf.

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SPU +

Principal programa federal de gestão e governança de imóveis


da União sob responsabilidade da Secretaria de Coordenação e
Governança do Patrimônio da União do Ministério da Economia
(SPU/ME), que tem interface com política habitacional, em
especial, uso de imóveis da União para iniciativas de locação
social, habitação social e mecanismos de alienação, concessões,
regularização fundiária e instrumentos do Estatuto da Cidade.

Objetivo: visa a organizar ações voltadas ao fortalecimento da


gestão e governança do patrimônio imobiliário da União.

Elegível: municípios que possuem em seu território imóveis da


União.

Operacionalização:

Módulo alienação – contempla ações para incremento da venda


de imóveis, doação, regularização fundiária e remição de foro.

Módulo de racionalização – envolve a aplicação da engenharia


patrimonial no uso dos imóveis da administração pública
(permutas, adequação do espaço, entre outras ações).

Módulo de cessão e concessão – amplia as cessões onerosas e em


condições especiais e as Cessões de Direito Real de Uso (CDRUs)
(onerosas e gratuitas).

Regulariza +

Um dos programas de destaque do SPU é o Regulariza +.

Objetivo: aumentar a capacidade operacional relacionada aos


procedimentos de titulação e regularização fundiária das áreas
urbanas e rurais da União sob gestão da Secretaria de Coordenação
e Governança do Patrimônio da União (SPU).

Para conhecer mais sobre soluções habitacionais e de gestão


imobiliária em imóveis da União, acesse as Portarias que

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regulamentam os Programas SPU + e Regulariza +

SPU+ 2.517/2021:

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-seddm/spu/me-n-
2.517-de-2-de-marco-de-2021-307513980

Regulariza + 2.519/2021

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-seddm/spu/me-n-
2.519-de-2-de-marco-de-2021-307514066

Tópico 2 - Financiamento internacional

Além das iniciativas nacionais e estaduais, existem oportunidades de captação de


recursos na esfera internacional para os municípios.

As instituições financeiras internacionais, aqui entendidas como agências de


desenvolvimento, fomento, bancos multilaterais, entre outros, são importantes
fontes de financiamento para projetos habitacionais e de desenvolvimento urbano
para os municípios.

Quem são os financiadores internacionais para habitação e


infraestrutura urbana?

- Banco Mundial
- Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD)
- Banco Alemão para o Desenvolvimento (KfW)
- Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
- Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF)
- Banco Europeu de Investimentos
- Banco Japonês para Cooperação Internacional (JBIC)
- Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata
(FONPLATA)

A obtenção de financiamento internacional pelos municípios possui etapas e


critérios, por exemplo, de restrição de porte populacional, via de regra é voltado
para municipalidades com população igual ou superior a 100 mil habitantes. Para
captação de recursos internacionais, é necessário autorização do governo federal e
aprovações em algumas instâncias.

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Cada instituição possui regras e projetos diferenciados, é preciso conhecer as
regras. A Comissão de Financiamentos Externos (COFIEX) vinculada ao Ministério
da Economia disponibiliza a estados e municípios as regras de cada organismo e os
procedimentos nacionais.

O manual de financiamentos externos é o principal instrumento


para orientações gerais de processos de preparação, autorização,
etapas e contratação com organismos internacionais de
financiamento. Ficou interessado? Acesse a página da COFIEX:
https://www.gov.br/produtividade-e-comercio-exterior/pt-br/
assuntos/assuntos-economicos-internacionais/cofiex

Dois fatores podem definir uma captação bem-sucedida no cenário internacional:

• A presentação de projetos e estudos com qualidade técnica que gerem


oportunidades de desenvolvimento urbano sustentável para as cidades e conectados
às agendas internacionais de desenvolvimento urbano, ambiental e climática.

• Capacidade de pagamento, trajetória e nível de endividamento, critérios


estabelecidos pela Secretaria do Tesouro Nacional.

Quer saber acerca dos projetos que contam com financiamento


externo? Acesse a Plataforma Cofiex: http://painel-cofiex.
economia.gov.br

Tópico 3 - Ecossistemas de habitação: inovação, negócios sociais e direito à


moradia adequada

As transformações sociais agregam novos modelos de uso para a moradia, e as


soluções tecnológicas têm viabilizado novas formas e agentes para atender às
necessidades habitacionais.

Atualmente, startups, fintechs e govtechs têm desenvolvido


soluções inovadoras para enfrentar os problemas habitacionais

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com novas modelagens de crédito, kits sustentáveis de
reformas de maneira escalável e novos serviços para apoiar as
administrações locais.

No dia a dia da gestão local, a organização e o conhecimento de processos de


contratação de produtos inovadores podem ser uma opção para implementação
das políticas habitacionais ou mesmo para resolver determinado problema.

Para facilitar esse trabalho, a ENAP desenvolveu um kit de


ferramentas para apoio no desenvolvimento de políticas
inovadoras que pode auxiliar na elaboração do plano:
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/4502/3/Kit_de_
Ferramentas.pdf

No campo habitacional, há espaço para a atuação do ecossistema de startups


diretamente prestando serviços para administrações locais ou para comunidades.
Para que gestores locais possam acessar soluções inovadoras, é preciso avançar em
modelos, eventos, hackathons, projetos-piloto para apoiar startups a viabilizarem
soluções das maneiras mais plurais nas escalas locais, estaduais e da União,
legislações simplificadas e capacitação.

Para conhecer mais possibilidades de como as startups podem


contribuir para cidades sustentáveis, com soluções para
habitação, regularização fundiária, locação social, soluções
construtivas inteligentes, acesse a publicação do BNDES Cidades
Sustentáveis, resultado do Mapeamento BNDES Garagem.

Inovar também envolve propor novos negócios acessíveis à população de baixa


renda, que, muitas vezes, não consegue acessar créditos de instituições financeiras
para reformar suas moradias com qualidade.

Para entender melhor os objetivos de negócios sociais, assista ao vídeo do SEBRAE


abaixo:

Vídeo 6 - O que é negócio social?

https://youtu.be/PVeVtrp0m4Q

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Estados e municípios podem viabilizar estratégias para que novos negócios
sociais sejam estruturados com mecanismos inovadores, por exemplo, apoiando
modelagens de mercado de crédito habitacional ou simplificando procedimentos de
sua competência, atuando como parceiro direto ou indireto.

Caso tenha interesse em conhecer mais sobre iniciativas


de inovação urbana, acesse o Portal do SEBRAE
sobre Cidade Empreendedora: https://www.sebrae.
com.br/sites/PortalSebrae/ufs/sc/sebraeaz/cidade
empreendedora,3725f1df0e9aa510VgnVCM1000004c00210aRCRD

A fim de contribuir com mecanismos inovadores de crédito, startups têm atuado para
estruturar negócios sociais por meio de plataformas, kit de produtos e assessoria
técnica para reformas focadas em atender a demandas de comunidades ofertando
condições de crédito ou de pagamento mais adequadas à sua realidade.

A estruturação de redes de ecossistemas de habitação focada em melhorias


habitacionais é uma alternativa para enfrentamento do déficit habitacional
qualitativo, usando tecnologia, empreendedorismo e mecanismos acessíveis de
financiamento.

Ao longo dos vários ciclos de gestão, houve mudanças e priorizações na forma


de atender às necessidades habitacionais da população. A seguir, a escada do
tempo nos mostra as trajetórias das políticas habitacionais que orientaram novos
procedimentos administrativos, gerenciais e instituição de sistemas, fundos, planos
e programas estaduais e municipais de habitação.

2. Referências
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Regional. Habitação. MDR, 2021. Disponível
em: https://www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/habitacao/. Acesso em: 11 jul. 2021.

FRANÇA, K. C. B. Habitação de interesse social e governança urbana: desafios,


resistências e potencialidades na área metropolitana de Brasília. 2015. 332 f. Tese
(Doutorado em Geografia) – Departamento de Geografia, Instituto de Ciências
Humanas, Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Regional. Habitação. MDR, 2021. Disponível


em: https://www.gov.br/mdr/pt-br/assuntos/habitacao/. Acesso em: 11 jul. 2021.

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FRANÇA, K. C. B. Habitação de interesse social e governança urbana: desafios,
resistências e potencialidades na área metropolitana de Brasília. 2015. 332 f. Tese
(Doutorado em Geografia) – Departamento de Geografia, Instituto de Ciências
Humanas, Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

BRASIL. Ministério da Economia. Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos


Internacionais. Secretaria de Assuntos Econômicos Internacionais. Manual de
financiamentos externos. Brasília: Ministério da Economia, 2019. Disponível em:
https://www.gov.br/produtividade-e-comercio-exterior/pt-br/assuntos/assuntos-
economicos-internacionais/cofiex. Acesso em: 10 maio 2021.

CENTRO DE LIDERANÇA PÚBLICA. Financiamento Internacional de Projetos. CLP,


2021. Disponível em: https://www.clp.org.br/como-funciona-o-financiamento-
internacional-de-projetos/ Acesso em: 10 maio 2021.

ARTEMISIA. Tese de impacto social em habitação. Artemisia, 2021. Disponível em:


https://artemisia.org.br/habitacao/tese/. Acesso em: 18 jul. 2021.

BANCO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO. Mapeamento BNDES Garagem.


Brasília: BNDES, [2021?]. Disponível em: https://agenciadenoticias.bndes.gov.br/
export/sites/default/.galleries/downloadgallery/BNDES_WHITE_PAPER_CIDADES-
SUSTENTAVEIS_2806.pdf. Acesso em: 18 jul. 2021.

FRANÇA, K. C. B. Habitação de interesse social e governança urbana: desafios,


resistências e potencialidades na área metropolitana de Brasília. 2015. 332 f. Tese
(Doutorado em Geografia) – Departamento de Geografia, Instituto de Ciências
Humanas, Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

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