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ROTEIRO DE PLANO DE ESTÁGIO I

1. IDENTIFICAÇÃO
Nome do Estagiário: EDILIANE RODRIGUES FERNANDES RA????
Período do Estágio I
Campo de Estágio: Centro de Referência de Assistência Social (CRAS)
Endereço do Campo de Estágio: Rua do Comércial S/N Centro. Conceição do Lago
Açu – MA.
Nome do Supervisor Acadêmico: Maria Celia da Costa Pereira
CRESS n°:207 Sec. / 2ª Região .MA.
Nome do Supervisor de Campo: Jowberlinne Moraes Marques
CRESS n°:4032

2. ESPECIFICAÇÃO DA CARGA HORÁRIA DO ESTÁGIO


Data de Início: 18/05/2021
Previsão de Término: 20/07/2021
Dias e horário de estágio: De segunda a sexta das 08:00 as 12:00 horas
Total de horas previstas para o semestre: 180 horas

3. SERVIÇO SOCIAL NA INSTITUIÇÃO


3.1 OBJETIVOS DO SERVIÇO SOCIAL

O Serviço Social no CRAS se faz presente na sistemáticas, articulações e


efetivações das políticas sociais e tem como finalidade oferecer serviços
socioassistenciais de proteção social básica as famílias em áreas de maior índice de
vulnerabilidade social e também o fortalecimento do convivio familiares e
comunitários.
O PAIF é o principal serviço de proteção social básica ao qual todos os outros serviços
desse nível de proteção devem articular-se, pois, confere a primazia da ação do poder
público na garantia do direito à convivência familiar e assegurar a matricialidade sócio
familiar no atendimento sócio assistencial, um dos eixos estruturantes do SUAS
(ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CRAS, 2007, p.31). O CRAS é a unidade pública
responsável pela oferta do programa de atenção integral as famílias-PAIF e, dessa
forma deve dispor de espaços que possibilitem o desenvolvimento das ações
previstas por este serviço [...] O imóvel do CRAS, seja alugado, cedido ou público
deve assegurar a acessibilidade para as pessoas com deficiência e idosas. Constitui
fator relevante para a escolha do imóvel a possibilidade de adaptação de forma a
garantir o acesso a todos os seus usuários [...]. O CRAS deve ser uma unidade de
referência para as famílias que vivem em um território (ORIENTAÇÕES TECNICAS
DO CRAS, 2009, p.48).

Neste sentido, é constituído a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), nº


8.742, de 7 de dezembro de 1993, que foi criada com o objetivo de garantir uma
política de proteção a quem dela necessita.

A Assistência Social, direito do cidadão e dever do Estado, é política de


Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada
através de um conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da
sociedade, para garantir o atendimento as necessidades básicas. (BRASIL,
Lei n° 8.742, 1993)

A LOAS regulamenta os artigos da última Constituição no que se refere à


Assistência Social, garantindo o modelo de gestão e de controle social, de forma
decentralizada e participativa. Em 2003 a aprovação da norma operacional básica é
chamada NOB/SUAS, pelo CNAS. Na mesma época foi instituída a Política Nacional
de Assistência Social (PNAS).
De acordo com as (orientações técnicas do CRAS 2009) estes espaços devem
oferecer serviços de forma planejada, com conhecimento prévio do território e das
famílias que habitam nesta localização, observando as necessidades e
potencialidades, fazendo o mapeamento das situações e vulnerabilidades que o
cercam.
A interdisciplinaridade é um processo de trabalho específico que proporciona um
enriquecimento mútuo de diferentes saberes, que elege uma plataforma de trabalho
conjunto, por meio da escolha de princípios e conceitos comuns. Esse processo integra,
organiza e dinamiza a ação cotidiana da equipe de trabalho e demanda uma 970 Id on
Line Rev. Mult. Psic. V.13, N. 44, p. 962-977, 2019 - ISSN 1981-1179 Edição eletrônica
em http://idonline.emnuvens.com.br/id coordenação a fim de organizar as linhas de
ação dos profissionais em termo de um projeto comum (ORIENTAÇÕES TÉCNICAS
DO CRAS, 2009, p.65).

O trabalho feito em equipe não pode negligenciar as responsabilidade individuais


e a competências, devem buscar, identificar papeis, atribuições, estabelecendo
objetivando quem dentro da equipe interdisciplinar encarrega-se de terminadas
tarefas, os serviços de atendimento aos usuários precisam atender as exigências do
Sistema Único de Assistência Social, procurando melhorar as condições de vida da
população desenvolvendo atividades que visam a proteção social básica das famílias.

3.2 DESCRIÇÃO DA ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO CRAS


O Assistente Social é um profissional do Serviço Social que exerce um papel
fundamental no desenvolvimento das ações no CRAS. Seu trabalho é baseado nas
atividades dentro da instituição, dentre elas: a função interventiva junto às famílias e
comunidades por meio de metodologias próprias do Serviço Social e sistemática, no
processo de efetivação das políticas sociais, tendo esse profissional, o devido
discernimento dos objetivos propostos na 968 Id on Line Rev. Mult. Psic. V.13, N. 44,
p. 962-977, 2019 - ISSN 1981-1179 Edição eletrônica em
http://idonline.emnuvens.com.br/id política de efetivação dentro da realidade atual no
âmbito de suas atribuições e competências:

artigo 04 e 05 da Lei 8.662/93. O Assistente Social configura-se no âmbito da


relação entre o Estado e a sociedade participando do processo de reprodução
dos interesses do Estado e da preservação da ordem vigente, visando
responder às necessidades de determinada classe trabalhadora.
Pode-se verificar que o trabalho do Assistente Social dentro do CRAS passa
pelo planejamento com a equipe de referência para orientarem sobre a execução dos
serviços e as ações de acordo com a tipificação nacional dos serviços sócio
assistenciais por meio da busca ativa, grupos de famílias, atendimento individualizado,
encaminhamento, estudo social e estudo de caso. O Assistente Social tem como
referência para desenvolver o trabalho dentro dos CRAS o projeto ético político teórico
e metodológico utilizando as leis e regulamentos.

[..] as políticas sociais não se constituem em políticas propriamente ditas: ao contrário,


os planos, programas e estratégias governamentais são resultados de situações
historicamente determinadas, de revoluções e crises econômicas e de reivindicações
operarias, [...] resultado apenas do desabrochar do espírito humano, a política social é
uma maneira de expressar as relações sociais (GUERRA, 2010, p.134). O CRAS deve
prestar serviço, potencializando as mudanças significativas para a população, com vista
a mudar suas condições efetivas e torná-las sujeito de sua própria vida (BRAGA, 2011,
p.148).

Destacam – se as principais atividades desenvolvidas pelo/a Assistente Social no


âmbito da Secretaria Municipal de Assistência Social, tais como:

• Identificar as políticas norteadoras, aspectos jurídico-legais, diretrizes,


objetivos, estrutura organizativa, dinâmica de funcionamento.
• Conhecer, compreender e interpretar o espaço sócio-ocupacional.
• Apreender o trabalho realizado pelo serviço social no campo de estágio, seus
aspectos históricos, identificando as expressões da questão social e as
estratégias de enfrentamento.
• Conhece os programas, projetos, serviços e ações executados.
• Identificar as principais vulnerabilidades vivenciadas pelos usuários.
• Perceber as possibilidades e limites da intervenção profissional.
• Analisar a forma de como ocorre o trabalho multiprofissional e de redes através
de pesquisa documental.
• Compreender a atuação dos demais profissionais da equipe de trabalho.

O assistente social atua nas demandas sociais trazendo equidade, e fazendo


com que os usuários tenham acesso aos benefícios e programas, mediando os
assistidos para que os seus direitos sejam garantidos, por meio, de entrevistas, visitas,
observações e escuta trazendo assim a garantia daquele usuário que necessita,
fazendo relatórios, e usando as técnicas prevista para a sua atuação.

4. METODOLOGIA DA SUPERVISÃO DE CAMPO E ACADÊMICA

Segundo o manual da Uninta, a supervisão de campo terá a carga horaria de


180h, desenvolvendo polo estagiário dentro do campo de estagio atividades como:
Elaborar e desenvolver com seu supervisor de campo o Plano de Estágio, elaborar
diários de campo, observar os processos de intervenção do Serviço Social dentro dos
campos de estágio, tudo conforme as orientações existente o AV.

Art. 6º. Ao supervisor de campo cabe a inserção, acompanhamento,


orientação e avaliação do estudante no campo de estágio em conformidade
com o plano de estágio. (RESOLUÇÃO CFESS Nº 533, de 29 de setembro
de 2008.)

Já a supervisão acadêmica terá a carga horaria de 90h sendo realizada no AV,


desenvolvendo atividades como: Elaborar Análise Sócio Institucional do campo de
estágio que servirá de diagnóstico para subsidiar a elaboração do Projeto de
Intervenção, Identificar no âmbito do espaço sócio ocupacional uma problemática,
para uma proposta de um projeto de Intervenção, Elaborar Projeto de Intervenção
mediante roteiro previamente disponibilizado e de acordo com as orientações do
supervisor de campo.

Art. 7º. Ao supervisor acadêmico cumpre o papel de orientar o estagiário e


avaliar seu aprendizado, visando a qualificação do aluno durante o processo
de formação e aprendizagem das dimensões técnico-operativas, teórico-
metodológicas e ético-política da profissão. (RESOLUÇÃO CFESS Nº 533,
de 29 de setembro de 2008.)

É de competência do supervisor de campo e acadêmico:

Art. 8º. A responsabilidade ética e técnica da supervisão direta é tanto do


supervisor de campo, quanto do supervisor acadêmico, cabendo a ambos o
dever de: I. Avaliar conjuntamente a pertinência de abertura e encerramento
do campo de estágio; II. Acordar conjuntamente o início do estágio, a inserção
do estudante no campo de estágio, bem como o número de estagiários por
supervisor de campo, limitado ao número máximo estabelecido no parágrafo
único do artigo 3º; III. Planejar conjuntamente as atividades inerentes ao
estágio, estabelecer o cronograma de supervisão sistemática e presencial,
que deverá constar no plano de estágio; IV. Verificar se o estudante estagiário
está devidamente matriculado no semestre correspondente ao estágio
curricular obrigatório; V. Realizar reuniões de orientação, bem como discutir
e formular estratégias para resolver problemas e questões atinentes ao
estágio; VI. Atestar/reconhecer as horas de estágio realizadas pelo estagiário,
bem como emitir avaliação e nota. (RESOLUÇÃO CFESS Nº 533, de 29 de
setembro de 2008.)

A supervisão de campo será diária, com as principais atividades desenvolvidas


pela Assistente Social no campo de estágio, bem como o esclarecimento das
demandas postas e os instrumentos e técnicas para o alcance da resolutividade às
questões que surgem no cotidiano profissional.

Um instrumento fundamental na formação de uma analise critica e de


capacidade interventiva, prepositiva e investigativa do estudante, que precisa
apreender os elementos concretos que constituem a realidade social e suas
contradições.

5. PLANO DE ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS PELO ESTÁGIÁRIO (A).

O estágio é um dos momentos privilegiado na formação profissional, porque é


nele que aprenderão o que o Assistente Social faz. Muitos alunos acabam se
antecipando, e engessam no estágio ante mesmo do período obrigatório previsto nas
diretrizes curriculares do curso de Serviço Social.

5.1 ATIVIDADES

• Apresentação dos instrumentais técnicos de intervenção


• Apresentações dos instrumentos de trabalho do assistente social na
instituição
• Observar os processos de intervenção do Serviço Social dentro dos
campos de estágio
• Elaboração e construção dos instrumentais do estagio I, o plano de
estágio, analises sócio institucional, projeto de intervenção, diário de
campo, e frequência;
• Pesquisas e estudos referentes ao campo de estágio e sua política
de atuação.
• Participações de reuniões sob a supervisão da supervisora de
campo;
• Participações sob a supervisão da supervisora de campo dos
projetos do campo de estágio;
• Observações da demanda em seu atendimento e encaminhamentos;

5.2 ESTRATÉGIAS EDUCACIONAIS

• Observação
• acompanhamento nas atividades
• explicação minuciosa dos procedimentos a serem executados
• Relacionar a prática diária com a legislação ou com as orientações
• Orientações e acompanhamento da supervisora de campo e
acadêmica;
• Acompanhamento e observação de atendimentos individualizados
ou coletivos

5.3 INSTRUMENTIAS UTILIZADOS

▪ Termo de compromisso;
▪ Carte de apresentação UNINTA;
▪ Diário de campo;
▪ Manual do Estagio UNINTA;
▪ Plano de Estagio I;
▪ Regimento interno, norma e condutas da Instituição do campo de
estagio
▪ Estudo sobre os instrumentais do serviço social;
▪ Leis e normas e diretrizes da política de Assistência Social
▪ Frequência do Estagio I;
▪ Avaliação formativa da supervisão de campo e acadêmica.

5.4 PERIODICIDADE

VC FAZ
5.5 SUJEITOS

• Supervisor de campo
• Supervisora acadêmica;
• Estagiário;
• Gestão concedente do estágio;
• Instituição de Ensino UNINTA

5.6 OBJETIVOS:

▪ Conhecer, através da observação, a realidade social e


institucional em que estiver inserido de maneira a identificar as
demandas dos usuários bem como as possibilidades de
intervenção profissional.
▪ Exercitar a articulação com o conteúdo de outras disciplinas
curriculares do curso, mediante suporte técnico, ético e teórico.
▪ Aproximar-se com o instrumental técnico-operativo usado pelo
Assistente social no cotidiano de trabalho em que se insere.
▪ Observar, identificar e analisar as diferentes expressões da
questão social identificadas nos campos de estágio.
▪ Realizar Diagnóstico através da elaboração da Análise Sócio
institucional.
▪ Exercitar o planejamento através da elaboração do Projeto de
Intervenção.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria
Nacional de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social PNAS/2004 e
Norma Operacional Básica – NOB/SUAS. Brasília: 2005.

CFESS RESOLUÇÃO Nº 533, de 29 de setembro de 2008. Ementa: Regulamenta a


SUPERVISÃO DIRETA DE ESTÁGIO no Serviço Social O

ESTÁGIO, manual, sobral 2018

LOAS. Lei Orgânica da Assistência Social, nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, portal


do Governo do Brasil, 2005

NOB/SUAS, Norma Operacional Básica, Ministério do desenvolvimento social e


combate à fome, Secretaria nacional de assistência social, Política nacional de
assistência social, Brasília Setembro 2004. Brasília, 12 de dezembro de 2012

PNAS, Política nacional de assistência social/ 2004, reimpresso em maio de 2009,


Ministério do desenvolvimento social e combate à Fome, secretaria nacional de
assistência social

BRASIL. RESOLUÇÃO CFESS N° 533, de 29 de setembro de 2008 que regulamenta


a Supervisão direta de estágio no Serviço Social

IAMAMOTO, Marilda Villela. As dimensões Ético-Político e Teórico-metodológico no


Serviço Social Contemporâneo. San José, Costa Rica, Serviço Social e Saúde:
Formação e Trabalho Profissional, 2004

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