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Quarta-feira, 06 de dezembro de 2023 às 17:29, Florianópolis - SC

PUBLICAÇÃO

Nº 5403351: LEI N. 4.630, DE 06 DE DEZEMBRO DE 2023

ENTIDADE
Prefeitura Municipal de Brusque

MUNICÍPIO
Brusque

https://www.diariomunicipal.sc.gov.br/?q=id:5403351

CIGA - Consórcio de Inovação na Gestão Pública


Rua Gen. Liberato Bittencourt, n.º 1885 - Sala 102, Canto - CEP 88070-800 - Florianópolis / SC
https://www.diariomunicipal.sc.gov.br

Assinado Digitalmente por Consórcio de Inovação na Gestão Pública Municipal - CIGA


PREFEITURA MUNICIPAL DE BRUSQUE

LEI N. 4.630, DE 06 DE DEZEMBRO DE 2023.

Dispõe sobre concessão de benefícios


eventuais no âmbito da política municipal de
assistência social.

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O PREFEITO DE BRUSQUE:
Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e
promulgo a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS

Art. 1° Ficam instituídos os benefícios eventuais de assistência social


no âmbito do Município de Brusque.

§1º Benefícios eventuais são as provisões suplementares e provisórias


que integram organicamente as garantias do Sistema Único da Assistência Social
(SUAS) e são prestadas aos cidadãos e às famílias residentes no Município de
Brusque, em virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade
temporária e em situação de emergência e estado de calamidade pública.

§2º O benefício eventual destina-se aos cidadãos e famílias com


impossibilidade de arcar por conta própria com o enfrentamento de contingências
sociais, cuja ocorrência provoca riscos e fragiliza a manutenção do indivíduo, a
unidade da família e a sobrevivência de seus membros.

§3º Contingências sociais são situações que podem deixar as famílias


ou indivíduos em situações de vulnerabilidade e fazem parte da condição real da
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vida em sociedade.

§4º Vulnerabilidade social compreende situações ou identidades que


podem levar à exclusão social dos sujeitos, situações essas que tem origem no
processo de produção e reprodução de desigualdades sociais e de processos
discriminatórios e segregacionistas, sendo que a vulnerabilidade não é somente
financeira, ela envolve a relação entre direitos e rede de serviços e políticas

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públicas e a capacidade dos indivíduos ou grupos sociais de acessar esse


conjunto de bens e serviços, de modo a exercer a sua cidadania.

Art. 2º Os benefícios eventuais devem integrar à rede de serviços


socioassistenciais, com vistas ao atendimento das necessidades humanas
básicas das famílias em situação de vulnerabilidade social.

Art. 3° Os benefícios eventuais são ofertados em razão de nascimento,

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morte, situações de vulnerabilidade temporária e em virtude de emergência e
estado de calamidade pública.

§1º O Município deve garantir igualdade de condições no acesso às


informações e à fruição do benefício eventual, conforme critérios estabelecidos
nesta lei.

§2º É proibida à exigência de comprovações complexas e vexatórias


de pobreza, bem como a obrigatoriedade de inserção em serviços e programas
socioassistenciais.

§3º Terão prioridade na concessão dos benefícios eventuais criança,


adolescente, pessoa idosa, pessoa com deficiência, gestante, nutriz e a família.

§4º No que diz respeito à inclusão de famílias pertencentes a Povos


Indígenas nos serviços e benefícios ofertados pela Rede Socioassistencial, os
profissionais da Secretaria de Desenvolvimento Social podem solicitar apoio aos
órgãos parceiros, como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas - FUNAI,
através de suas coordenações regionais e técnicas locais.

CAPÍTULO II
FORMA DE ACESSO AOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS

Art. 4° A oferta de benefícios eventuais deve ocorrer,


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preferencialmente, no contexto do trabalho social com famílias, e a concessão


deve ser pautada pela escuta qualificada e verificação do atendimento de critérios
definidos nesta lei.

Art. 5° A concessão de benefícios eventuais caracteriza-se atividade a


ser realizada por profissionais de nível superior, da política de assistência social,
observando-se o cumprimento das Resoluções do Conselho Nacional de

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Assistência Social (CNAS) e do Conselho Municipal de Assistência Social


(CMAS), e o obrigatório registro em conselhos de classe, quando houver.

Art. 6° Os benefícios eventuais de Assistência Social no Município de


Brusque serão geridos e concedidos pela Secretaria responsável pela Política de
Assistência Social através dos seus equipamentos, mediante critérios
regulamentados e aprovados pelo Conselho Municipal de Assistência Social
(CMAS).

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Parágrafo único. Os benefícios eventuais deverão ser divulgados à
população por intermédio dos serviços da Secretaria responsável pela Política de
Assistência Social.

Art. 7º O critério de renda não deve ser condicionante para o acesso


ao benefício eventual, levando em consideração as contingências sociais como
conceito para compreensão da necessidade do benefício.

Art. 8º A família ou pessoa beneficiada deverá ser orientada para


cadastrar-se no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal -
CADÚNICO, conforme orientação do Protocolo de Gestão Integrada de Serviços,
Benefícios e Transferência de Renda do Sistema Único de Assistência Social
(SUAS).

Parágrafo único. A inclusão da família ou pessoa beneficiada no


Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - CADÚNICO não
deverá constituir critério para acesso aos benefícios.

CAPÍTULO III
DAS MODALIDADES DE BENEFÍCIOS EVENTUAIS

Art. 9º São modalidades de benefícios eventuais:


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I - Auxílio natalidade;

II - Auxílio funeral;

III - Situações de vulnerabilidade temporária;

IV - Situação de emergência ou estado de calamidade pública.

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§1º Os auxílios natalidade e funeral podem ser prestados diretamente


a um integrante da família beneficiária, seja a genitora, genitor, parente até
segundo grau, ou pessoa autorizada.

§2º Os auxílios natalidade e funeral serão concedidos à família,


quantas vezes necessário, conforme vulnerabilidade, sem limites de acesso,
considerando nascimento de gêmeos, trigêmeos e assim por diante e/ou a
fatalidade da perda de mais de um ente familiar ao mesmo tempo.

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Seção I
Do Auxílio Natalidade

Art. 10. Benefício eventual em razão de nascimento, constitui-se em


uma prestação temporária, não contributiva da Assistência Social, a ser ofertado
em pecúnia para atender necessidades advindas do nascimento de membro da
família, considerando nascimento de gêmeos, trigêmeos, etc.

§1º O auxílio natalidade atenderá aos seguintes aspectos:

I - Necessidades do recém-nascido;

II - Apoio à família no caso de morte da genitora;

III - Apoio a genitora nos casos de natimorto e morte do recém-


nascido.

§2º O benefício pode ser solicitado a qualquer momento, desde que


comprovada a gestação, e em até 120 (cento e vinte) dias após o nascimento.

§3º São documentos essenciais para concessão do auxílio por


natalidade:

I - Comprovação do tempo gestacional, se o benefício for solicitado


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antes do nascimento, devendo o responsável apresentar declaração médica;

II - Declaração de nascido vivo ou certidão de nascimento da criança;

III - Certidão de natimorto;

IV - Comprovante de rendimentos e gastos da família;

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V - Comprovante de residência;

VI - Carteira de identidade e Cadastro de Pessoa Física (CPF).

§4º O valor conferido será concedido em pecúnia, constituído em uma


única parcela, no valor de um salário mínimo vigente.

§5º A morte da criança e/ou da genitora não inabilita a família a

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receber o benefício eventual em razão de natalidade.

Art. 11. A ausência da apresentação de algum critério, não


impossibilita a concessão do beneficio eventual, sendo considerada a avaliação
da equipe técnica dos profissionais do SUAS de nível superior desta
municipalidade.

Parágrafo único. Após a concessão, o Município terá até 30 (trinta)


dias para realizar o pagamento na conta bancária informada pelo beneficiário.

Seção II
Do Auxilio Funeral

Art. 12. O benefício eventual concedido em virtude de morte constitui-


se em uma prestação temporária, não contributiva da Assistência Social, através
de serviços destinados a reduzir vulnerabilidade provocada por morte de membro
da família.

§1º O auxílio funeral atenderá as despesas funerárias que garantam a


dignidade e o respeito à família beneficiária.

§2º O benefício deverá ser solicitado à Secretaria de Desenvolvimento


Social no ato do óbito.

§3º São documentos essenciais para o auxílio funeral:


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I – Atestado de óbito;

II – Comprovante de residência;

III – Comprovante de rendimentos e gastos da família;

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IV – Carteira de identidade e Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do


beneficiado;

V – Carteira de identidade e Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do


falecido.

§4º Quando se tratar de usuário da Política de Assistência Social que


estiver com os vínculos familiares rompidos, inseridos nos serviços de alta

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complexidade, o responsável pela entidade poderá solicitar o auxílio funeral ao
Município.

§5º Quando se tratar de usuário da Política de Assistência Social que


estiver com os vínculos familiares rompidos, em situação de abandono ou em
situação de rua, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social será
responsável pela concessão do benefício, uma vez que não haverá familiar ou
instituição para requerer.

§6º O valor conferido ao auxílio funeral será em prestação de serviço,


sendo de pronto atendimento em unidade 24 horas, diretamente pelo órgão gestor
ou indiretamente em parceria com as outorgadas, das seguintes formas:

I – Isenção da Funerária: Custeio de despesas do funeral social,


incluindo urna, transporte funerário no território do município, serviço de
preparação do corpo para o velório, fornecimento de castiçais (mesas, banquetas,
pedestal, velas e paramentos afins), garantindo a dignidade e respeito à família.

II – Isenção de Taxa de Sepultamento: é a isenção da taxa na


administração patrimonial do município.

Art. 13. A ausência da apresentação de algum critério, não


impossibilita a concessão do benefício eventual, sendo considerada a avaliação
da equipe técnica dos profissionais do SUAS de nível superior desta
municipalidade.
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Seção III
Do Benefício em Situação de Vulnerabilidade Temporária

Art. 14. A situação de vulnerabilidade temporária caracteriza-se pelo


advento de riscos, perdas e danos à integridade pessoal e familiar, assim
entendidos:

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I - Riscos: ameaça de sérios padecimentos;

II - Perdas: privação de bens e de segurança material;

III - Danos: agravos sociais e ofensa.

§1º Os riscos, as perdas e os danos podem decorrer:

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I - Da falta de alimentação;

II - Da falta de documentação;

III - Da falta de domicílio, quando:

a) da situação de abandono ou da impossibilidade de garantir abrigo


aos membros da família;

b) da perda circunstancial decorrente da ruptura de vínculos familiares,


da presença de violência física ou psicológica na família, ou de situações de
ameaça à vida;

c) de desastres e de calamidade pública;

d) de outras situações sociais que comprometam a sobrevivência.

§2º São documentos essenciais para o auxílio em situações de


vulnerabilidade temporária:

I - Comprovante de residência;

II - Comprovante de rendimentos e gastos da família;

III - Carteira de identidade e Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de


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todos os membros da família.

Art. 15. A ausência da apresentação de algum critério, não


impossibilita a concessão do benefício eventual, sendo considerada a avaliação
da equipe técnica dos profissionais do SUAS de nível superior desta
municipalidade.

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Art. 16. São benefícios eventuais em situação de vulnerabilidade


temporária:

I - Concessão de passagem intermunicipal e interestadual;

II – Concessão de passagem transporte urbano;

III - Concessão de renda cidadã;

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IV - Concessão de cartão cidadão; e

IV – Auxílio para Mulheres Vítimas de Violência.

Subseção I
Da Concessão de Passagem Intermunicipal e Interestadual

Art. 17. O benefício eventual de concessão de passagem


intermunicipal e interestadual corresponde ao fornecimento de passagens
intermunicipais e interestaduais através de transporte rodoviário, nas seguintes
situações:

I - Retorno à cidade de origem;

II - Risco pessoal e/ou social.

Art. 18. O benefício eventual de concessão de passagem


intermunicipal e interestadual será concedido:

I - À população em situação de rua;

II - A pessoas e famílias em trânsito;

III - A indivíduos que estejam vivenciando situação de ameaça e/ou


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violência, reconhecida por avaliação da equipe técnica de nível superior;

IV - A Famílias em situação de vulnerabilidade social.

§1º O benefício poderá ser concedido em pecúnia ou indiretamente


por meio de empresa de transporte rodoviário credenciada pela Secretaria de
Desenvolvimento Social, no valor de até meio salário mínimo vigente.

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§2º O processo de concessão da passagem deve ser pautado, sempre


que possível, por procedimentos que envolvam contatos com referências
familiares e/ou outros vínculos, ou instituições existentes no município de destino,
garantindo-se a acolhida e a receptividade do indivíduo ou da família solicitante.

§3º No caso do pagamento em pecúnia, o Município terá até 30 (trinta)


dias para realizar o pagamento na conta bancária informada pelo beneficiário.

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Subseção II
Da Concessão de Transporte Urbano

Art. 19. O transporte urbano municipal é a concessão de créditos para


o usuário acessar exclusivamente os serviços da política pública de Assistência
Social, conforme critérios já estabelecidos nesta Lei, sendo vedado seu uso para
atendimento a demandas de outras políticas.

Parágrafo único. O valor unitário da tarifa é definido por Decreto


Municipal, e o benefício é concedido por meio de autorização de concessão de
créditos, que serão carregados no cartão do usuário, na empresa de transporte
público municipal.

Subseção III
Da Concessão de Renda Cidadã

Art. 20. A concessão de renda cidadã consiste em prestação


temporária destinado aos usuários da Política da Assistência Social fragilizados
economicamente e em situação de risco social, com vistas a garantir o acesso as
suas necessidades básicas de subsistência, provenientes de recursos financeiros
do Fundo Municipal de Assistência Social.

§1º A complementação de renda das famílias constitui apoio financeiro


em pecúnia, no valor de até meio salário mínimo vigente, temporário, podendo ser
concedido por até três meses consecutivos, e prorrogado por seis meses, durante
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o ano, dependendo da avaliação do técnico de nível superior, e poderá ser


utilizado para os seguintes fins:

I - Vestuários pessoais, de cama e banho;

II - Utensílios domésticos (fogão, geladeira, panelas, talheres, pratos);

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III – Móveis;

IV - Demais situações que acometem às famílias e as colocam em


situação de risco social.

§2º O valor será concedido em pecúnia diretamente na conta do


beneficiário ou de pessoa de referência da família autorizada pelo beneficiário a
receber.

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§3º O auxílio deverá ser concedido no intervalo mínimo de 30 (trinta)
dias para cada concessão e considerará a previsão orçamentária anual, mediante
avaliação da equipe técnica de nível superior.

§4º Após a concessão, o Município terá até 30 (trinta) dias para


realizar o pagamento na conta bancária informada pelo beneficiário.

Subseção IV
Da Concessão de Cartão Cidadão

Art. 21. A concessão do cartão cidadão consiste em prestação


temporária destinada aos usuários da Política da Assistência Social fragilizados
economicamente e em situação de risco social, com vistas a garantir o acesso as
suas necessidades básicas de subsistência, provenientes de recursos financeiros
do Fundo Municipal de Assistência Social.

§1º A concessão do cartão cidadão será realizada a partir de avaliação


de equipe técnica de nível superior, no valor de até um sexto do salário mínimo
vigente.

§2º O cartão cidadão é entregue na forma de cartão magnético,


retirado no momento da concessão, com senha informada ao beneficiário e
informações sobre como alterá-la e consultar o saldo.
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§3º O cartão cidadão deverá ser concedido no intervalo mínimo de 30


(trinta) dias para cada concessão e considerará a previsão orçamentária anual,
mediante avaliação da equipe técnica de nível superior.

Art. 22. O cartão cidadão destina-se à aquisição de alimentos,


produtos de higiene pessoal, produtos de limpeza e gás de cozinha, não podendo,
em hipótese alguma, ser trocado por vale-troco, dinheiro, cigarro, bebidas

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alcoólicas ou outros produtos que não se enquadram nas especificações descritas


neste artigo.

Subseção V
Auxílio Para Mulheres Vitimas De Violência

Art. 23. O benefício eventual será destinado exclusivamente a

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mulheres vítimas de violência e terá caráter excepcional, transitório, não
contributivo, com objetivo de contribuir para superação das situações de violência
e violação de direitos vivenciadas.

Parágrafo único. O auxílio não exclui o recebimento de outros


benefícios socioassistenciais.

Art. 24. O benefício será concedido em pecúnia no valor de até 75%


(setenta e cinco por cento) do salário mínimo vigente, diretamente na conta da
mulher beneficiada ou de pessoa responsável indicada, e poderá ser utilizado
para pagamento de aluguel e despesas correntes, entre outras necessidades
básicas.

§1º A concessão considerará os critérios contidos no artigo 13 desta


Lei e dependerá de avaliação técnica assistencial, realizada por profissional de
nível superior.

§2º Após a concessão o Município terá até 30 (trinta) dias para realizar
o pagamento na conta bancária informada pelo beneficiário.

Seção IV
Benefício de Situação de Emergência e Estado de Calamidade Pública

Art. 25. A situação de emergência e de estado de calamidade pública


é reconhecida pelo poder público como sendo uma situação anormal, advinda de
baixas ou altas temperaturas, tempestades, enchentes, inversão térmica, entre
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outros eventos da natureza, bem como, desabamentos, incêndios, epidemias,


ocasionando sérios danos à família ou a comunidade.

§1º O auxílio em situação de calamidade pública será concedido em


pecúnia de acordo com as demandas da família, a partir da avaliação da equipe
técnica, nos termos do benefício eventual Renda Cidadã.

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§2º Para o atendimento em virtude de situação de emergência e


estado de calamidade pública, o Benefício Eventual deve assegurar,
complementarmente e de forma intersetorial com as demais políticas públicas, a
sobrevivência e a reconstrução da autonomia.

§3º São documentos essenciais para o auxílio em situações de


calamidade pública, salvo em caso da perda de todos os pertences pessoais:

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I – Comprovante de residência;

II - Comprovante de rendimentos e gastos da família;

III - Carteira de identidade e Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de


todos os membros da família.

Art. 26. Os demais casos de perdas e danos por intempéries ou


desastres naturais, onde não há reconhecimento de calamidade pública ou
emergência pelo poder público, serão avaliados individualmente pela Secretaria
de Desenvolvimento Social.

Parágrafo único. Após a concessão o Município terá até 30 (trinta) dias


para realizar o pagamento na conta bancária informada pelo beneficiário.

CAPÍTULO IV
DA GESTÃO DOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS

Art. 27. Caberá ao órgão gestor da Política de Assistência Social do


Município de Brusque:

I - A coordenação geral, a operacionalização, o acompanhamento, a


avaliação da concessão dos benefícios eventuais, bem como o seu
financiamento;
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II - A realização de diagnóstico e monitoramento da demanda para


constante ampliação da concessão dos benefícios eventuais;

III - A expedição de instruções e a criação de formulários e modelos de


documentos necessários à operacionalização dos benefícios eventuais;

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IV - Garantir a inserção e o acompanhamento das famílias


beneficiárias nos serviços ofertados pela proteção social básica e especial, para a
superação das situações de vulnerabilidade social, fortalecendo a autonomia das
famílias;

V - Divulgar o acesso aos benefícios eventuais em todo âmbito


municipal;

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VI - Encaminhar, ao Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS)
relatório semestral de gestão dos benefícios eventuais;

VII - Articular as políticas sociais e de defesa de direitos no Município


para o atendimento integral da família beneficiada, de forma a ampliar o
enfrentamento de contingências sociais que provoquem riscos e fragilizem a
manutenção da unidade familiar, a sobrevivência de seus membros ou a
manutenção da pessoa;

VIII - Manter atualizado os dados sobre os benefícios concedidos,


incluindo-se obrigatoriamente nome do beneficiado, registro do Cadastro Único
para Programas Sociais do Governo Federal - CADÚNICO, benefício concedido,
valor, quantidades e período de concessão;

IX - Produzir anualmente estudo da demanda, revisão do tipo de


benefício, e revisão dos valores e quantidades;

X - Prever dotação orçamentária anual para concessão dos benefícios


elencados nesta Lei.

CAPÍTULO VI
DAS COMPETÊNCIAS DO CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
(CMAS)
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Art. 28. Caberá ao órgão de Controle Social por meio do Conselho


Municipal de Assistência Social (CMAS):

I - Estabelecer critérios e prazos para a regulamentação da provisão


de benefícios eventuais no âmbito da Política Pública de Assistência Social,
avaliar e reformular, anualmente, o valor dos auxílios que deverão constar na Lei
Orçamentária do Município;

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II - Fiscalizar a regulamentação da prestação dos benefícios eventuais


em consonância com a Política Nacional e o Plano Municipal de Assistência;

III - Fiscalizar a responsabilidade do Município na efetivação do direito,


a destinação de recursos financeiros do Município e do estado a título de
cofinanciamento do custeio dos benefícios eventuais;

IV - Fomentar a formação continuada e a capacitação dos profissionais

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de Assistência Social, que compõem as equipes de referência dos Serviços do
Sistema Único de Assistência Social (SUAS), para o desenvolvimento das
competências necessárias à prevenção, à identificação e acompanhamento das
situações de vulnerabilidade temporária e em virtude de situação de emergência e
estado de calamidade pública.

CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 29. Não são provisões da política de assistência social os itens


referentes às órteses e próteses (aparelhos ortopédicos, dentaduras e dentre
outros), cadeiras de roda, muletas, óculos e outros itens inerentes à área de
saúde, integrantes do conjunto de recursos de tecnologia assistiva ou ajudas
técnicas, bem como medicamentos, pagamento de exames médicos, apoio
financeiro para tratamento de saúde fora do Município, transporte de doentes,
leites e dietas de prescrição especial e fraldas descartáveis para pessoas que têm
necessidades de uso.

Art. 30. As provisões relativas a programas, projetos, serviços e


benefícios diretamente vinculados ao campo da saúde, educação, habitação e
demais políticas setoriais não se incluem na modalidade de benefícios eventuais
da assistência social.

Art. 31. As despesas decorrentes desta Lei ocorrerão por conta da


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dotação orçamentária própria, previstas na unidade orçamentária Fundo Municipal


de Assistência Social, a cada exercício financeiro e/ou com outros recursos
cofinanciados pelo Estado de Santa Catarina.

Art. 32. Os casos omissos nesta lei serão analisados em conjunto por
equipe técnica da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e caberá ao
Conselho Municipal de Assistência Social fornecer ao Município informações

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sobre irregularidades na concessão e execução dos Benefícios Eventuais.

Art. 33. Fica revogada a Lei Ordinária n. 4.410, de 8 de setembro de


2021, bem como, todas as disposições em contrário.

Art. 34. Esta Lei entra em vigor a partir da data de sua publicação.

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Prefeitura Municipal de Brusque, em 06 de dezembro de 2023.

ANDRÉ VECHI
Prefeito de Brusque

DR. RAFAEL NIEBUHR MAIA DE OLIVEIRA


Procurador-Geral do Município

Registre-se e publique-se no Diário Oficial dos Municípios – DOM/SC.

AURINHO SILVEIRA DE SOUZA


Chefe de Gabinete

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