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Estado de Santa Catarina

Câmara Municipal de Brusque

Projeto de Lei Nº 116/2021

Dispõe sobre a proibição da exigência de


apresentação de cartão de vacinação contra a
COVID-19 para acesso a bens, benefícios, serviços
ou lugares no âmbito do Município de Brusque.

O PREFEITO MUNICIPAL DE BRUSQUE


Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a
seguinte Lei:

Art. 1º Fica proibida a exigência de apresentação de certificado de vacinação ou de


qualquer outro meio probatório de imunização contra o Covid-19 para acesso a bens,
benefícios, serviços ou quaisquer lugares no âmbito do Município de Brusque.

§ 1º A vedação descrita no caput deste artigo se aplica ao setor público e privado e


garante aos indivíduos o acesso a bens, benefícios, serviços ou lugares sem sofrer qualquer
discriminação de cunho sanitário.

§ 2º A vedação descrita no caput deste artigo também obsta a que os servidores


públicos vinculados ao Município de Brusque de forma direta ou com os órgãos da
administração pública indireta e fundacional sejam impedidos de ingressar nos locais de
desempenho de suas funções.

Art. 2º Aos eventos com público igual ou superior a 500 (quinhentas) pessoas, fica
autorizada a exigência de certificado de vacinação, de qualquer outro meio probatório de
imunização contra o Covid-19 e/ou de protocolos auxiliares a serem estabelecidos em
regulamento.

Art. 3º O Poder Executivo poderá regulamentar esta Lei no que entender


necessário.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação oficial.

Sala das Sessões, em 22 de Novembro de 2021.

Rua Eduardo von Buettner, 65 - Centro - Cx.Postal, 31 - Fone/Fax: (47) 3351-2891 - 88350-050 -
Brusque - SC
Estado de Santa Catarina
Câmara Municipal de Brusque

Valdir Primmaz
Vereador

Rua Eduardo von Buettner, 65 - Centro - Cx.Postal, 31 - Fone/Fax: (47) 3351-2891 - 88350-050 -
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JUSTIFICATIVA

Com o advento da declaração de pandemia expedida pela Organização Mundial de


Saúde – OMS, em 30 de janeiro de 2020, em decorrência da Infecção Humana pelo novo
coronavírus, que configurou Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional, cuja
nefasta novidade trouxe consigo incertezas sobre as formas corretas de como proteger a
sociedade, instalou-se na sociedade, em especial nos Poderes Públicos, um relativo caos
quanto à padronização de procedimentos, em virtude da falta de embasamento científico que
fundamentasse as medidas de contenção da singularidade da doença.

Com a atipicidade, observou-se conflitos de competências, na medida em que cada


ente federativo, sob a intenção de proteger a população ao abrigo de sua tutela, não media
esforços para conter o iminente perigo público.

A instabilidade social deixou espaço para que governantes, por meio de decretos,
viessem a restringir a liberdade de ir e vir da população, impedindo inclusive o exercício de
atividades laborativas, essenciais à subsistência e à dignidade da pessoa humana, por vezes
encarcerando cidadãos que insistiam no exercício de suas liberdades constitucionais, por
outras libertando pessoas condenadas em regime fechado, as quais estavam segregadas da
sociedade, logo supostamente protegidas.

O tempo nos mostrou que em todas as situações a humanidade teve erros e acertos,
mas que no fim o enfrentamento da adversidade nos fez mais experiente.

Destarte todo o aprendizado, continuamos observando, Brasil afora, vários


gestores públicos que, atuando como déspotas da vida alheia, insistem em controlar o ir e vir e
a livre iniciativa de forma desarrazoada, desconsiderando a existência de medidas alternativas
que nos permitem conviver em sociedade de segura.

Apesar do Estado de Santa Catarina e do Município de Brusque possuírem


gestores responsáveis, que não descambam para a autocracia, urge que esta Casa de Leis, local
onde se manifestam os anseios da sociedade, adote medidas tendentes a discutir limitações
para as intervenções, evitando que a doença volte a espalhar, sem, entretanto, restringir as
atividades econômicas e as liberdades individuais.

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É oportuno também destacar que a própria OMS, não apoia a adoção de passaporte
de vacinação contra a COVID-19, neste sentido, apresentamos a presente proposta, que
objetiva impossibilitar que pessoas, as quais por opção não querem se submeter a vacinação
compulsória, antes preferem usar meios alternativos de proteção, sejam impedidas de acessar
bens, benefícios, serviços ou quaisquer espaços, públicos ou privados.

Por todo exposto, esperamos contar com o apoio dos nobres Pares, para a
discussão, aprovação e concretização da presente proposta de lei.

Sala das Sessões, em 22 de Novembro de 2021.

Valdir Primmaz
Vereador

Rua Eduardo von Buettner, 65 - Centro - Cx.Postal, 31 - Fone/Fax: (47) 3351-2891 - 88350-050 -
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