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PUBLICAÇÃO
ENTIDADE
Prefeitura Municipal de Brusque
MUNICÍPIO
Brusque
https://www.diariomunicipal.sc.gov.br/?q=id:4911683
CONSIDERANDO o art. 22 § 2º da Lei n.º 8.742/1993 – Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS;
CONSIDERANDO que a concessão dos Benefícios Eventuais é um direito garantido na Lei n.º
8.742/1993, em seu art. 22 e de longo alcance social;
CONSIDERANDO ainda a Lei n.º 12.435 de julho de 2011, que altera a Lei Orgânica da Assistência
Social;
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS
Art. 1º Fica regulamentada a Resolução dos Benefícios Eventuais, no Município de Brusque, Estado
de Santa Catarina, assegurados pelo art. 22, da Lei Federal n.º 8.742 de 7 de dezembro de 1993, Lei
Orgânica de Assistência Social – LOAS, alterada pela Lei Federal n.º 12.435 de 6 de julho de 2011,
integrando organicamente as garantias do Sistema Único de Assistência Social – SUAS.
§ 1º O acesso aos benefícios eventuais, previstos nessa resolução, são decorrentes do atendimento
técnico ofertado por profissional de ensino superior do SUAS desta municipalidade, frente as
demandas dos cidadãos e as famílias em virtude de nascimento, morte, situações de violência e
vulnerabilidade social temporária.
Art. 3º Os Benefícios Eventuais serão concedidos pelo Setor de Benefícios Eventuais da Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Social, CRAS Azambuja, CRAS Limeira, CREAS, CENTRO POP,
Serviços de Alta Complexidade, e a concessão destes benefícios para estes usuários e/ou famílias
será realizado pelos profissionais de nível superior do SUAS dos serviços e equipamentos
supracitados.
CAPÍTULO II
DO ACESSO AOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS
Art. 4º O Benefício Eventual destina-se as famílias e pessoas com renda per capita igual ou inferior
a 1/2 (meio) salário-mínimo nacional vigente e com impossibilidades de custear por conta própria
o enfrentamento de contingências sociais que provoquem riscos e fragilize a manutenção da
unidade familiar, a sobrevivência de seus membros ou a manutenção da pessoa.
§ 1º A avaliação da renda per capita familiar igual ou inferior a 1/2 (meio) salário-mínimo nacional
vigente, será desconsiderada quando na concessão do auxílio-funeral que utilize o serviço de
translado, nesse caso será considerado um salário-mínimo familiar.
§ 2º Considera-se família aqueles que vivem sob o mesmo teto, com laços consanguíneos ou não,
compartilhando direitos e deveres e, principalmente, unidos por laços afetivos, ou seja, unidade
nuclear composta por um ou mais indivíduos, eventualmente ampliada por outros indivíduos, que
contribuam para o rendimento ou tenham suas despesas atendidas por aquela unidade familiar,
todos moradores em um mesmo domicílio.
§ 3º A avaliação para a concessão do benefício eventual será assegurada por meio de atendimento
por técnicos de nível superior do SUAS da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, dos
CRAS, CREAS, Centro POP e Alta Complexidade, sendo vedada qualquer comprovação complexa e
vexatória de pobreza além de situações que provoquem constrangimento.
§ 4° As situações que não atenderem aos critérios desta lei serão subsidiados por parecer técnico
dos profissionais do SUAS de nível superior desta municipalidade que justifique a concessão do
benefício.
§ 5° Para efeitos dessa resolução, a concessão dos benefícios eventuais e emergenciais será
destinada a indivíduos ou famílias, com prioridade para as que tenham na sua composição:
criança, idoso, pessoas com deficiência, gestante e nutriz.
§ 8º A família ou pessoa beneficiada deverá ser encaminhada para inclusão no Cadastro Único para
Programas Sociais – CADÚNICO.
Art. 5º Para fins desta resolução serão consideradas na avaliação as despesas condizentes com
moradia (aluguel, prestação habitacional), energia elétrica, água, medicamentos de uso contínuo
não acessados no sistema único de saúde, e para os casos dos residenciais habitacionais de
interesse social poderão ser consideradas as despesas de condomínio.
Parágrafo Único. não dão direito aos Benefícios Eventuais situações relacionadas a programas,
projetos e serviços da Saúde (medicamentos, próteses, órteses, cadeira de rodas, fraldas
geriátricas, leite, transporte ou outro), Educação (material escolar, transporte escolar, passe
escolar ou outro), Habitação (auxílio-moradia emergencial, aluguel social ou outro), Esporte
(material esportivo, uniforme etc.).
a) Falta de acesso a condições e meios para suprir a reprodução social cotidiana do solicitante e de
sua família, principalmente, a de alimentação;
b) Falta de documentação;
c) Desastres e calamidade pública; e
d) Outras situações sociais que comprometam a sobrevivência.
a) Auxílio-funeral;
b) Auxílio-natalidade;
c) Auxílio-Alimentação;
d) Auxílio Passagem de Regresso;
e) Auxilio Passe Urbano;
f) Auxílio Aluguel para mulheres vítimas de violência;
g)Auxilio Renda Cidadã;
h) Beneficio de Situação de Emergência e estado de calamidade pública.
I – Isenção da Funerária:
Os serviços devem cobrir o custeio de despesas do funeral social, incluindo: urna modelo
assistência social, transporte funerário no território do município, serviço de preparação do
cadáver para o velório, fornecimento de castiçais (mesas, banquetas, pedestal com crucifixo,
portas coroas, velas e paramentos afins), garantindo a dignidade e o respeito à família beneficiária;
§ 2º O auxílio, requerido em caso de morte, deve ser prestado em serviço, sendo de pronto
atendimento em unidade de plantão 24 horas (Central Funerária), diretamente pelo órgão gestor
ou indiretamente, em parceria com as outorgadas.
§ 1º O benefício que trata esse artigo será concedido para atender às necessidades do nascituro ou
recém-nascido, apoio à mãe nos casos de natimorto e morte de recém-nascido e será concedido
um benefício por filho no caso de partos gemelares.
§ 3º O benefício será concedido ao cidadão e às famílias com renda per capta igual ou inferior a
1/2 (meio) do salário-mínimo nacional vigente.
§ 4° É vedada a concessão de auxílio-natalidade para a família que estiver segurada pelo salário-
maternidade, previsto no art. 18, I, g), da Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991.
§ 5º Para requerer o referido benefício a família deverá apresentar:
§ 2º O benefício será concedido ao cidadão e às famílias com renda per capita igual ou inferior a
1/2 (meio) do salário-mínimo.
Art. 12 AUXÍLIO PASSAGEM REGRESSO (pecúnia) será fornecido uma única vez, no valor máximo de
R$ 200,00 (duzentos reais) por membros da família, para os seguintes casos:
I – Regresso: serão atendidas as situações que se caracterizarem pela inexistência de recursos para
permanência da família no município de Brusque. Entende-se por regresso a volta à cidade onde o
usuário possua referências familiares ou rede de apoio, sendo sua cidade de naturalidade ou não,
com vistas a atender outras situações imprescindíveis à superação das adversidades enfrentadas,
sendo indispensável ao profissional de nível superior do SUAS que realize o atendimento visando
validar as referências familiares por meio de contato prévio à liberação do benefício;
II – Passagem para pessoas em situação de rua: o referido beneficio será concedido exclusivamente
pelo equipamento Centro POP, por profissional de nível superior do SUAS, o mesmo poderá
conceder o beneficio da passagem sem a validação das referências familiares do referido usuário.
Nesse caso, dentro do Estado de Santa Catarina, o beneficio será concedido através de passagem
pela empresa contratada pela Secretaria de Desenvolvimento Social. Nos casos de passagem de
regresso fora do Estado de Santa Catarina, será concedido através do beneficio renda cidadã,
porém o usuário tem que estar em acompanhamento pela equipe técnica do Centro POP;
III Situações de violência doméstica: indivíduos vítimas de violência com risco de permanecer no
âmbito familiar.
§ 3º Uma vez acessado o auxílio passagem, o usuário só poderá ter acesso aos benefícios
municipais da política de assistência social, após 2 anos da concessão, caso o mesmo volte a residir
no município.
§ 3º Para as famílias inseridas nos serviços socioassistenciais a concessão será avaliada pela equipe
técnica do Serviço de Alta Complexidade, CRAS e/ou CREAS, de modo a suprir a necessidade da
frequência no referido serviço.
§ 3º Somente poderão ser objeto de locação nos termos desta resolução os imóveis localizados no
município de Brusque, que possuam condições de habitabilidade e estejam situados fora de área
de risco.
§ 5°A administração pública não será responsável por qualquer ônus financeiro ou legal com
relação ao locador, em caso de inadimplência ou descumprimento de qualquer cláusula contratual
por parte do beneficiário.
§ 6º Para fins desta resolução não será considerado benefício eventual de auxílio aluguel as
situações decorrentes de desapropriações, interdições, obras do PAC, e situações de
vulnerabilidade socioeconômica.
§ 8º O benefício será utilizado para o pagamento integral ou parcial do aluguel, sendo o aluguel
mensal contratado inferior ao valor do benefício Auxílio Aluguel, este limitar-se-á ao valor do
aluguel do imóvel locado e, na hipótese do aluguel mensal contratado ser superior ao valor do
benefício, competirá ao beneficiário o complemento do valor.
§ 9º O referido benefício será concedido apenas para o seguinte público prioritário: mulheres em
situação de violência que tenham em suas composições familiares crianças, adolescentes, idosos e
pessoas com deficiência, mediante apresentação e comprovação de:
a) Boletim de Ocorrência;
b) Laudo Pericial quando em casos de violência física e sexual;
c) Ausência de renda;
d) Ausência de rede familiar no município.
Art. 15 Cessará o benefício de auxílio aluguel, antes do término de sua vigência, nos seguintes
casos:
§ 3° São documentos essenciais para o auxílio em situações de calamidade pública, salvo em caso
da perda de todos os pertences pessoais:
CAPÍTULO III
DO FINANCIAMENTO DOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS
Art. 16 As despesas decorrentes da concessão dos Benefícios Eventuais de que trata esta
resolução, correrão por conta do Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS devendo constar
dotação orçamentária própria consignada no orçamento anual.
Art. 17 A concessão dos benefícios de que trata a presente resolução dependerá da disponibilidade
de recursos orçamentários específicos.
CAPÍTULO IV
DA GESTÃO DOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS
Parágrafo único. O órgão gestor da Política de Assistência Social deverá encaminhar relatório
desses serviços, periodicamente ao Conselho Municipal de Assistência Social ou quando solicitado
pelo referido órgão.
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 19 Caberá ao Conselho Municipal de Assistência Social avaliar, informar e propor mudanças
operacionais na concessão dos Benefícios Eventuais ao órgão gestor da Política Municipal de
Assistência Social.
Art. 20 Os casos omissos nessa lei serão analisadas em conjunto por equipe técnica da Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Social e caberá ao Conselho Municipal de Assistência Social
fornecer ao município informações sobre irregularidades na concessão e execução dos Benefícios
Eventuais.
Art. 21 Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação, no Diário Oficial dos Municípios
de Santa Catarina – DOM/SC, revogando-se as disposições em contrário.