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Segunda-feira, 26 de junho de 2023 às 10:36, Florianópolis - SC

PUBLICAÇÃO

Nº 4911683: RESOLUÇÃO N.º 011-2023-CMAS

ENTIDADE
Prefeitura Municipal de Brusque

MUNICÍPIO
Brusque

https://www.diariomunicipal.sc.gov.br/?q=id:4911683

CIGA - Consórcio de Inovação na Gestão Pública


Rua Gen. Liberato Bittencourt, n.º 1885 - Sala 102, Canto - CEP 88070-800 - Florianópolis / SC
https://www.diariomunicipal.sc.gov.br

Assinado Digitalmente por Consórcio de Inovação na Gestão Pública Municipal - CIGA


RESOLUÇÃO N.º 011 DE 14 DE JUNHO DE 2023

Dispõe sobre a revogação da Resolução do


CMAS n.º 08 de 08 de agosto de 2022 e
regulamenta a concessão dos Benefícios
Eventuais no âmbito do SUAS no município de
Brusque/SC.

CONSIDERANDO que o Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS, em reunião ordinária


realizada em 14 de junho de 2023 no uso de suas atribuições que lhe são conferidas pela Lei
Complementar n.º 269, de 19 de Dezembro de 2017;

CONSIDERANDO o art. 22 § 2º da Lei n.º 8.742/1993 – Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS;

CONSIDERANDO que os benefícios eventuais são provisões suplementares e provisórias que


integram organicamente as garantias do SUAS e são prestadas aos cidadãos e às famílias em
virtude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública,
na forma do art. 22 da Lei n.º 8.742 de 07 de dezembro de 1993;

CONSIDERANDO que a concessão dos Benefícios Eventuais é um direito garantido na Lei n.º
8.742/1993, em seu art. 22 e de longo alcance social;

CONSIDERANDO os critérios expressos no Decreto n.º 6.307 de 14 de dezembro de 2007 da


Presidência da República, que dispõe sobre os Benefícios Eventuais de que trata o artigo 22 da Lei
8.742/1993;

CONSIDERANDO os critérios expressos na Resolução do CNAS n.º 39 de 09 de dezembro de 2010,


que dispõe sobre o processo de reordenamento dos Benefícios Eventuais no âmbito da Politica de
Assistência Social em relação à Politica de Saúde;

CONSIDERANDO as Outorgas de Concessão n.º 041/2010 e n.º 042/2010 – Concorrência Pública


006/2009, que tem como outorgante o Município de Brusque e outorgados respectivamente a
Funerária Estrela Ltda. e Funerária Becker Ltda. ME (Funerária São José), cuja concessão pública
dos serviços funerários tem prazo de 15 anos, contados a partir de 3 de maio de 2010;
CONSIDERANDO a Resolução n.º 212 de 19 de outubro de 2006 do CNAS, que dispõe sobre
critérios orientadores para a regulamentação da provisão de benefícios eventuais no âmbito da
política de assistência social;

CONSIDERANDO ainda a Lei n.º 12.435 de julho de 2011, que altera a Lei Orgânica da Assistência
Social;

CONSIDERANDO o artigo 24 da NOB-SUAS 2012, o Pacto de Aprimoramento do SUAS propõe


estruturar a Secretaria de Assistência Social com formalização de áreas essenciais na estrutura do
órgão gestor de assistência social, sendo uma delas a Gestão de Benefícios Assistenciais e
Transferência de Renda;

CONSIDERANDO a Nota Técnica GEBTP 01/2018 de 12 de março de 2018, da Secretaria de


Assistência Social, Trabalho e Habitação de Santa Catarina;

CONSIDERANDO as Orientações Técnicas sobre benefícios eventuais no SUAS, do Ministério da


Cidadania 2018, a concessão dos benefícios eventuais nos serviços socioassistenciais, a concessão
é realizada por profissionais de nível superior das equipes de referência do SUAS (conforme NOB –
RH / SUAS/06), seja na demanda espontânea, nas demais formas de atendimento ou no processo
de acompanhamento familiar. Mas quando houver local específico para a oferta do benefício, uma
equipe técnica responsável, igualmente de nível superior, é que deverá realizar a concessão;

CONSIDERANDO a Resolução do CEAS 04 de 22 de abril de 2020;

RESOLVE:

CAPÍTULO I
DOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS

Art. 1º Fica regulamentada a Resolução dos Benefícios Eventuais, no Município de Brusque, Estado
de Santa Catarina, assegurados pelo art. 22, da Lei Federal n.º 8.742 de 7 de dezembro de 1993, Lei
Orgânica de Assistência Social – LOAS, alterada pela Lei Federal n.º 12.435 de 6 de julho de 2011,
integrando organicamente as garantias do Sistema Único de Assistência Social – SUAS.
§ 1º O acesso aos benefícios eventuais, previstos nessa resolução, são decorrentes do atendimento
técnico ofertado por profissional de ensino superior do SUAS desta municipalidade, frente as
demandas dos cidadãos e as famílias em virtude de nascimento, morte, situações de violência e
vulnerabilidade social temporária.

Art. 2º O Benefício Eventual é uma modalidade de provisão de Proteção Social de caráter


suplementar e temporário que integra organicamente as garantias do Sistema Único de Assistência
Social – SUAS, com fundamentação nos princípios de cidadania e nos direitos sociais e humanos.

Art. 3º Os Benefícios Eventuais serão concedidos pelo Setor de Benefícios Eventuais da Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Social, CRAS Azambuja, CRAS Limeira, CREAS, CENTRO POP,
Serviços de Alta Complexidade, e a concessão destes benefícios para estes usuários e/ou famílias
será realizado pelos profissionais de nível superior do SUAS dos serviços e equipamentos
supracitados.

CAPÍTULO II
DO ACESSO AOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS

Art. 4º O Benefício Eventual destina-se as famílias e pessoas com renda per capita igual ou inferior
a 1/2 (meio) salário-mínimo nacional vigente e com impossibilidades de custear por conta própria
o enfrentamento de contingências sociais que provoquem riscos e fragilize a manutenção da
unidade familiar, a sobrevivência de seus membros ou a manutenção da pessoa.

§ 1º A avaliação da renda per capita familiar igual ou inferior a 1/2 (meio) salário-mínimo nacional
vigente, será desconsiderada quando na concessão do auxílio-funeral que utilize o serviço de
translado, nesse caso será considerado um salário-mínimo familiar.

§ 2º Considera-se família aqueles que vivem sob o mesmo teto, com laços consanguíneos ou não,
compartilhando direitos e deveres e, principalmente, unidos por laços afetivos, ou seja, unidade
nuclear composta por um ou mais indivíduos, eventualmente ampliada por outros indivíduos, que
contribuam para o rendimento ou tenham suas despesas atendidas por aquela unidade familiar,
todos moradores em um mesmo domicílio.

§ 3º A avaliação para a concessão do benefício eventual será assegurada por meio de atendimento
por técnicos de nível superior do SUAS da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, dos
CRAS, CREAS, Centro POP e Alta Complexidade, sendo vedada qualquer comprovação complexa e
vexatória de pobreza além de situações que provoquem constrangimento.

§ 4° As situações que não atenderem aos critérios desta lei serão subsidiados por parecer técnico
dos profissionais do SUAS de nível superior desta municipalidade que justifique a concessão do
benefício.

§ 5° Para efeitos dessa resolução, a concessão dos benefícios eventuais e emergenciais será
destinada a indivíduos ou famílias, com prioridade para as que tenham na sua composição:
criança, idoso, pessoas com deficiência, gestante e nutriz.

§ 6º Na composição da renda familiar deverá ser levada em consideração a totalidade de renda


dos membros da família, oriundos do trabalho formal e rendimentos informais a exemplo de
aluguéis, benefícios previdenciários advindos de aposentadorias e pensões, excluindo os benefícios
socioassistenciais de transferência de renda e seguro-desemprego.

§ 7º Deve ser assegurado o acompanhamento do indivíduo e/ou da família conforme o


estabelecido no SUAS, em serviço constante da Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais
e indicada outras provisões que auxiliem as famílias no enfrentamento das situações de
vulnerabilidade, em áreas de abrangência dos referidos serviços ofertados nos CRAS, CREAS,
CENTRO POP e Alta Complexidade.

§ 8º A família ou pessoa beneficiada deverá ser encaminhada para inclusão no Cadastro Único para
Programas Sociais – CADÚNICO.

Art. 5º Para fins desta resolução serão consideradas na avaliação as despesas condizentes com
moradia (aluguel, prestação habitacional), energia elétrica, água, medicamentos de uso contínuo
não acessados no sistema único de saúde, e para os casos dos residenciais habitacionais de
interesse social poderão ser consideradas as despesas de condomínio.

Art. 6º As provisões relativas a programas, projetos, serviços e benefícios diretamente vinculados


às políticas de saúde, educação, habitação e das demais políticas setoriais não se incluem na
modalidade de Benefícios Eventuais e Emergenciais da Política de Assistência Social, ficando
vedado o seu fornecimento.

Parágrafo Único. não dão direito aos Benefícios Eventuais situações relacionadas a programas,
projetos e serviços da Saúde (medicamentos, próteses, órteses, cadeira de rodas, fraldas
geriátricas, leite, transporte ou outro), Educação (material escolar, transporte escolar, passe
escolar ou outro), Habitação (auxílio-moradia emergencial, aluguel social ou outro), Esporte
(material esportivo, uniforme etc.).

Art. 7º A situação de vulnerabilidade temporária é caracterizada pelo enfrentamento de situações


de riscos e de extrema pobreza, perdas e danos à integridade da pessoa e/ou de sua família e
podem decorrer de:

a) Falta de acesso a condições e meios para suprir a reprodução social cotidiana do solicitante e de
sua família, principalmente, a de alimentação;
b) Falta de documentação;
c) Desastres e calamidade pública; e
d) Outras situações sociais que comprometam a sobrevivência.

Art. 8º Serão previstos os seguintes Benefícios Eventuais no âmbito da Política Municipal de


Assistência Social:

a) Auxílio-funeral;
b) Auxílio-natalidade;
c) Auxílio-Alimentação;
d) Auxílio Passagem de Regresso;
e) Auxilio Passe Urbano;
f) Auxílio Aluguel para mulheres vítimas de violência;
g)Auxilio Renda Cidadã;
h) Beneficio de Situação de Emergência e estado de calamidade pública.

Art. 9º AUXÍLIO-FUNERAL constitui-se em um benefício temporário, não contributivo da Assistência


Social, para família em vulnerabilidade socioeconômica provocada pela morte de membro da
família. O benefício será concedido ao cidadão e às famílias com renda per capita igual ou inferior
a 1/2 (meio) do salário-mínimo.

§ 1º O Benefício poderá ser concedido das seguintes formas:

I – Isenção da Funerária:
Os serviços devem cobrir o custeio de despesas do funeral social, incluindo: urna modelo
assistência social, transporte funerário no território do município, serviço de preparação do
cadáver para o velório, fornecimento de castiçais (mesas, banquetas, pedestal com crucifixo,
portas coroas, velas e paramentos afins), garantindo a dignidade e o respeito à família beneficiária;

II – Isenção de taxa de sepultamento:


É a isenção de taxa de sepultamento na administração patrimonial do município, responsável pela
administração do cemitério municipal Parque da Saudade.
III – Isenção da Funerária e Isenção da taxa de sepultamento:
É a isenção de funerária e a isenção da taxa de sepultamento, porém tem que ser concedido em
dois benefícios (Isenção da Funerária e Isenção da taxa de sepultamento).

§ 2º O auxílio, requerido em caso de morte, deve ser prestado em serviço, sendo de pronto
atendimento em unidade de plantão 24 horas (Central Funerária), diretamente pelo órgão gestor
ou indiretamente, em parceria com as outorgadas.

§ 3º O translado de munícipes falecidos dentro do Estado de Santa Catarina será realizado


gratuitamente quando comprovada a residência do falecido no Município de Brusque e cuja renda
familiar seja de até 01 (um) salário-mínimo nacional vigente, conforme acordo estabelecido no
processo licitatório de concorrência pública para serviços funerários.

§ 4º Para requerer o referido benefício a família deverá apresentar:


a) Comprovante de residência atual, sendo o comprovante de luz, contrato de aluguel ou
declaração de residência;
b) RG e CPF do requerente;
c) Atestado ou certidão de óbito, e;
d) Comprovante de rendimentos e gastos da família do requerente.

Art. 10 AUXÍLIO-NATALIDADE constitui-se em um benefício temporário, não contributivo da


Assistência Social, em pecúnia, para atender às necessidades advindas por nascimento de membro
da família.

§ 1º O benefício que trata esse artigo será concedido para atender às necessidades do nascituro ou
recém-nascido, apoio à mãe nos casos de natimorto e morte de recém-nascido e será concedido
um benefício por filho no caso de partos gemelares.

§ 2º O beneficio será concedido em parcela única no valor de 01 (um) salário-mínimo nacional


vigente, podendo ser requerido a partir do primeiro mês de gestação e/ou até 90 dias após o
nascimento.

§ 3º O benefício será concedido ao cidadão e às famílias com renda per capta igual ou inferior a
1/2 (meio) do salário-mínimo nacional vigente.

§ 4° É vedada a concessão de auxílio-natalidade para a família que estiver segurada pelo salário-
maternidade, previsto no art. 18, I, g), da Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991.
§ 5º Para requerer o referido benefício a família deverá apresentar:

a) Comprovante de residência atual em nome do responsável, sendo o comprovante de luz,


contrato de aluguel ou declaração de residência emitida pelo proprietário do imóvel devidamente
registrada em cartório;
b) RG e CPF da requerente;
c) RG e CPF dos residentes na casa com idade igual ou superior a 12 anos;
d) Carteira de trabalho e comprovante de renda dos residentes na casa com idade igual ou
superior a 16 anos;
e) Declaração de renda quando informal;
f) Documento comprobatório de gravidez;
g) Certidão de nascimento ou, se for o caso, Declaração de Natimorto;
h) Certidão de nascimento das crianças;
i) Comprovante de rendimentos e gastos da família da requerente;
j) Conta bancária em qualquer banco, de preferência no nome da beneficiária, para o recebimento
do beneficio eventual.

§ 5º Após o requerimento o município terá ordinariamente 30 dias úteis para efetuar o


pagamento, que será realizado por meio de transferência bancária em nome da responsável
familiar (beneficiária).

Art. 11 AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO constitui-se em um benefício temporário, não contributivo da


Assistência Social.

§ 1º O auxílio-alimentação, no âmbito do Município de Brusque, será concedido a partir da Lei n.º


4.410 de 08 de setembro de 2021 – Cartão Cesta Básica, na forma de cartão, o mesmo deverá ser
entregue ao usuário com a finalidade de comprar alimentos nos estabelecimentos credenciados,
sendo vedado a compra de bebidas alcoólicas e cigarro. A concessão será feita mediante avaliação
feita pelos técnicos de nível superior que compõe a equipe do SUAS do município.

§ 2º O benefício será concedido ao cidadão e às famílias com renda per capita igual ou inferior a
1/2 (meio) do salário-mínimo.

§ 3º Para requerer o referido benefício a família deverá apresentar:

a) Comprovante de residência em nome do responsável, sendo o talão de Luz, contrato de aluguel


ou declaração de residência emitida pelo proprietário do imóvel devidamente registrada em
cartório;
b) RG e CPF dos residentes na casa com idade igual ou superior a 12 anos;
c) Carteira de trabalho e comprovante de renda dos residentes na casa com idade igual ou superior
a 16 anos;
d) Declaração de renda quando informal;
e) Comprovante de rendimentos e gastos da família requerente; e
f) Certidão de nascimento das crianças.

Art. 12 AUXÍLIO PASSAGEM REGRESSO (pecúnia) será fornecido uma única vez, no valor máximo de
R$ 200,00 (duzentos reais) por membros da família, para os seguintes casos:

I – Regresso: serão atendidas as situações que se caracterizarem pela inexistência de recursos para
permanência da família no município de Brusque. Entende-se por regresso a volta à cidade onde o
usuário possua referências familiares ou rede de apoio, sendo sua cidade de naturalidade ou não,
com vistas a atender outras situações imprescindíveis à superação das adversidades enfrentadas,
sendo indispensável ao profissional de nível superior do SUAS que realize o atendimento visando
validar as referências familiares por meio de contato prévio à liberação do benefício;

II – Passagem para pessoas em situação de rua: o referido beneficio será concedido exclusivamente
pelo equipamento Centro POP, por profissional de nível superior do SUAS, o mesmo poderá
conceder o beneficio da passagem sem a validação das referências familiares do referido usuário.
Nesse caso, dentro do Estado de Santa Catarina, o beneficio será concedido através de passagem
pela empresa contratada pela Secretaria de Desenvolvimento Social. Nos casos de passagem de
regresso fora do Estado de Santa Catarina, será concedido através do beneficio renda cidadã,
porém o usuário tem que estar em acompanhamento pela equipe técnica do Centro POP;

III Situações de violência doméstica: indivíduos vítimas de violência com risco de permanecer no
âmbito familiar.

§ 1º O referido benefício será concedido mediante concessão do auxílio passagem regresso, em


pecúnia, durante o atendimento o técnico da equipe do CREAS. Uma vez que, o técnico avalie que
existe em outra cidade e/ou Estado, família extensa que pode e tem interesse em acolher a mulher
vítima de violência, neste caso o valor concedido para esse beneficio não terá um valor estipulado,
será concedido o valor integral da passagem de regresso, para a mulher vítima de violência e seus
filhos.

§ 2º Para acessar o beneficio a família deverá apresentar:


a) Comprovante de residência atual em nome do responsável, sendo o comprovante de luz,
contrato de aluguel ou declaração de residência emitida pelo proprietário do imóvel devidamente
registrada em cartório;
b) RG e CPF dos residentes na casa com idade igual ou superior a 12 anos;
c) Carteira de trabalho e comprovante de renda dos residentes na casa com idade igual ou superior
a 16 anos;
d) Declaração de renda quando informal;
e) Comprovante de rendimentos e gastos da família da requerente;
f) Certidão de nascimento das crianças; e
g) Informações de contato com familiares, e/ou rede de apoio familiar;
h) Conta bancária em qualquer banco, em nome da responsável familiar (beneficiário), para o
recebimento do benefício eventual.

§ 3º Uma vez acessado o auxílio passagem, o usuário só poderá ter acesso aos benefícios
municipais da política de assistência social, após 2 anos da concessão, caso o mesmo volte a residir
no município.

Art. 13 AUXÍLIO-TRANSPORTE MUNICIPAL (passe urbano) é a concessão de créditos para


transporte urbano municipal para o usuário acessar exclusivamente os serviços da política pública
de Assistência Social, conforme critérios já estabelecidos nesta resolução, bem como para o
deslocamento de demandas relacionadas a emprego/trabalho quando se tratar de pessoa em
situação de rua, após avaliação do Centro Pop e que o usuário esteja em acompanhamento no
serviço, sendo vetado seu uso para atendimento a demandas de outras políticas.

§ 1º O referido benefício será concedido por meio de autorização de concessão de créditos de


transporte urbano a ser validado na empresa que opera o transporte público municipal.

§ 2º Para acessar o beneficio a família deverá apresentar:

a) Cartão da empresa responsável pelo transporte público municipal, Nosso Brusque, ou


equivalente;
b) Comprovante de residência atual em nome do responsável, sendo o comprovante de luz,
contrato de aluguel ou declaração de residência emitida pelo proprietário do imóvel devidamente
registrada em cartório;
c) RG e CPF dos residentes na casa com idade igual ou superior a 12 anos;
d) Carteira de trabalho e comprovante de renda dos residentes na casa com idade igual ou
superior a 16 anos;
e) Declaração de renda quando informal;
f) Comprovante de rendimentos e gastos da família da requerente; e
g) Certidão de nascimento das crianças;

§ 3º Para as famílias inseridas nos serviços socioassistenciais a concessão será avaliada pela equipe
técnica do Serviço de Alta Complexidade, CRAS e/ou CREAS, de modo a suprir a necessidade da
frequência no referido serviço.

Art. 14 AUXÍLIO ALUGUEL PARA MULHERES VITIMAS DE VIOLÊNCIA: o benefício na forma de


Auxílio Aluguel terá caráter excepcional, transitório, não contributivo, concedido e destinado para
pagamento de aluguel de imóvel de terceiros para os casos de mulheres vítimas de violência
doméstica. O referido benefício destina-se as mulheres indivíduos ou famílias em
acompanhamento nos serviços do CREAS de Brusque-SC que não possuam outro imóvel próprio no
município ou fora dele, condicionando ao atendimento dos critérios, diretrizes e procedimentos
definidos nesta lei.

§ 1º O benefício do Auxílio Aluguel será destinado exclusivamente ao pagamento de locação


residencial, o valor a ser concedido será de 75% do salário-mínimo nacional vigente, podendo este
benefício ser concedido por três meses podendo ser prorrogado por igual período.

§ 2º O recebimento do benefício Auxílio Aluguel não exclui a possibilidade de recebimento de


outros benefícios sociais.

§ 3º Somente poderão ser objeto de locação nos termos desta resolução os imóveis localizados no
município de Brusque, que possuam condições de habitabilidade e estejam situados fora de área
de risco.

§ 4º A localização do imóvel, a contratação da locação será responsabilidade do titular do


benefício.

§ 5°A administração pública não será responsável por qualquer ônus financeiro ou legal com
relação ao locador, em caso de inadimplência ou descumprimento de qualquer cláusula contratual
por parte do beneficiário.

§ 6º Para fins desta resolução não será considerado benefício eventual de auxílio aluguel as
situações decorrentes de desapropriações, interdições, obras do PAC, e situações de
vulnerabilidade socioeconômica.

§ 7º O benefício será concedido em prestações mensais na forma de depósito bancário em nome


do usuário do imóvel locado.

§ 8º O benefício será utilizado para o pagamento integral ou parcial do aluguel, sendo o aluguel
mensal contratado inferior ao valor do benefício Auxílio Aluguel, este limitar-se-á ao valor do
aluguel do imóvel locado e, na hipótese do aluguel mensal contratado ser superior ao valor do
benefício, competirá ao beneficiário o complemento do valor.

§ 9º O referido benefício será concedido apenas para o seguinte público prioritário: mulheres em
situação de violência que tenham em suas composições familiares crianças, adolescentes, idosos e
pessoas com deficiência, mediante apresentação e comprovação de:

a) Boletim de Ocorrência;
b) Laudo Pericial quando em casos de violência física e sexual;
c) Ausência de renda;
d) Ausência de rede familiar no município.

§ 10 Para acessar o benefício a família deverá apresentar:

a) Comprovante de residência atual no município em nome do responsável, sendo o comprovante


de luz, contrato de aluguel ou declaração de residência emitida pelo proprietário do imóvel
devidamente registrada em cartório;
b) RG e CPF dos residentes na casa com idade igual ou superior a 12 anos;
c) Carteira de trabalho e comprovante de renda dos residentes na casa com idade igual ou superior
a 16 anos,
d) Declaração de renda quando informal;
e) Comprovante de rendimentos e gastos da família da requerente;
f) Certidão de nascimento das crianças.

Art. 15 Cessará o benefício de auxílio aluguel, antes do término de sua vigência, nos seguintes
casos:

a) quando for dada solução habitacional definitiva para a família;


b) quando a família deixar de atender, a qualquer tempo, aos critérios estabelecidos nesta
resolução;
c) quando se prestar declaração falsa para fim diferente do proposto nesta resolução;
d) deixar de atender qualquer comunicado emitido pelo Poder Público Municipal;
e) sublocar ou abandonar o imóvel objeto da concessão do benefício.
Art. 16 AUXILIO RENDA CIDADÃ o benefício eventual, constitui-se em auxílio financeiro à família,
no valor de até ½ (meio) salário-mínimo vigente, em até 6 (seis) parcelas ao ano de acordo com a
necessidade avaliada pelo Técnico de nível superior do SUAS desta municipalidade que fizer o
atendimento e avaliação do usuário e/ou família.

§ 1º Para concessão do benefício deverá ser levado em consideração a realidade e situação de


vulnerabilidade do usuário e/ou sua família, dando prioridade para famílias com a presença de
crianças, gestantes, lactante, idoso e/ou pessoas portadoras de deficiência. E o referido beneficio
não pode ser utilizado para casos de saúde (compra de medicamentos, pagamento de consultas
médicas e/ou exames particulares, compra de prótese e órtese, cirurgias particulares, transporte
para consultas ou acompanhar familiar em tratamento de saúde, e qualquer outra demanda
referente a politica de saúde).

§ 2º Para acessar o benefício a família deverá apresentar:

a) Comprovante de residência atual no município em nome do responsável, sendo o comprovante


de luz, contrato de aluguel ou declaração de residência emitida pelo proprietário do imóvel
devidamente registrada em cartório;
b) RG e CPF dos residentes na casa com idade igual ou superior a 12 anos;
c) Carteira de trabalho e comprovante de renda dos residentes na casa com idade igual ou superior
a 16 anos;
d) Declaração de renda quando informal;
e) Comprovante de rendimentos e gastos da família da requerente;
f) Certidão de nascimento das crianças;
j) Conta bancária em qualquer banco, em nome da responsável familiar (beneficiário), para o
recebimento do benefício eventual.

§ 3º Após o requerimento o município terá ordinariamente 30 dias úteis para efetuar o


pagamento, que será realizado por meio de transferência bancária em nome da responsável
familiar (beneficiário).

Art. 17 BENEFÍCIO DE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA E ESTADO DE CALAMIDADE PÚBLICA: é


reconhecida pelo poder público como sendo uma situação anormal, advinda de baixas ou altas
temperaturas, tempestades, enchentes, inversão térmica, entre outros eventos da natureza, bem
como desabamentos, incêndios, epidemias, ocasionando sérios danos à família ou a comunidade.

§ 1° O auxílio em situação de calamidade pública será concedido em bens materiais ou pecúnia de


forma imediata ou de acordo com as demandas da família, a partir do parecer social.
§ 2º Para o atendimento em virtude de situação de emergência e estado de calamidade pública, o
Benefício Eventual deve assegurar, complementarmente e de forma intersetorial com as demais
políticas públicas, a sobrevivência e a reconstrução de sua autonomia, nos termos do art. 22 da Lei
n.º 8.742/1993, alterada pela Lei n.º 12.435/ 2011.

§ 3° São documentos essenciais para o auxílio em situações de calamidade pública, salvo em caso
da perda de todos os pertences pessoais:

a) Comprovante de residência atual no município em nome do responsável, sendo o comprovante


de luz, contrato de aluguel ou declaração de residência emitida pelo proprietário do imóvel
devidamente registrada em cartório;
b) RG e CPF dos residentes na casa com idade igual ou superior a 12 anos;
c) Carteira de trabalho e comprovante de renda dos residentes na casa com idade igual ou superior
a 16 anos;
d) Declaração de renda quando informal;
e) Comprovante de rendimentos e gastos da família da requerente;
f) Certidão de nascimento das crianças.

CAPÍTULO III
DO FINANCIAMENTO DOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS

Art. 16 As despesas decorrentes da concessão dos Benefícios Eventuais de que trata esta
resolução, correrão por conta do Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS devendo constar
dotação orçamentária própria consignada no orçamento anual.

Art. 17 A concessão dos benefícios de que trata a presente resolução dependerá da disponibilidade
de recursos orçamentários específicos.

CAPÍTULO IV
DA GESTÃO DOS BENEFÍCIOS EVENTUAIS

Art. 18 Caberá ao órgão gestor da Política de Assistência Social do Município de Brusque:

a) A coordenação geral, a operacionalização, o acompanhamento, a avaliação da prestação dos


Benefícios Eventuais, bem como seu financiamento;
b) A realização de estudos da realidade e monitoramento da demanda para constante ampliação
da concessão dos Benefícios Eventuais;
c) A expedição das instruções e a instituição de formulários e modelos de documentos necessários
à operacionalização dos Benefícios Eventuais.

Parágrafo único. O órgão gestor da Política de Assistência Social deverá encaminhar relatório
desses serviços, periodicamente ao Conselho Municipal de Assistência Social ou quando solicitado
pelo referido órgão.

CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 19 Caberá ao Conselho Municipal de Assistência Social avaliar, informar e propor mudanças
operacionais na concessão dos Benefícios Eventuais ao órgão gestor da Política Municipal de
Assistência Social.

Art. 20 Os casos omissos nessa lei serão analisadas em conjunto por equipe técnica da Secretaria
Municipal de Desenvolvimento Social e caberá ao Conselho Municipal de Assistência Social
fornecer ao município informações sobre irregularidades na concessão e execução dos Benefícios
Eventuais.

Art. 21 Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação, no Diário Oficial dos Municípios
de Santa Catarina – DOM/SC, revogando-se as disposições em contrário.

Brusque, 26 de junho de 2023.

Márcia Graf Faria Gonzaga


Presidente do Conselho Municipal
de Assistência Social – CMAS

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