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CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPINAS 1/4

Publicado no Diário Oficial Municipal de Campinas em 23/02/2008

DECRETO N° 16.153 DE 22 DE FEVEREIRO DE 2008


ESTABELECE PROCEDIMENTOS PARA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO PREVISTO
NA LEI N° 13.197, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2007, QUE “DISPÕE SOBRE A
INSTITUIÇÃO DO PROGRAMA AUXÍLIO MORADIA E SUAS MODALIDADES, NA
FORMA QUE ESPECIFICA”

O Prefeito do Município de Campinas, no uso de suas atribuições legais e


CONSIDERANDO o disposto na Lei nº 13.197, de 14 de dezembro de 2007;
CONSIDERANDO a necessidade em estabelecer procedimentos correspondentes à concessão
do benefício em suas diversas modalidades,
DECRETA:
Art. 1º - O Programa Auxílio Moradia, em suas modalidades, atenderá pessoas ou famílias em
situação de risco pessoal e/ou social e não estejam atendidas nos seus direitos sociais básicos
no que tange à integridade física, moral ou social, nas seguintes modalidades:
I - Auxílio Moradia emergencial destinado a pessoas de baixa renda, em situação de
vulnerabilidade ou risco social, residentes em áreas de risco de enchentes e desabamentos,
quando declarada situação de calamidade pública pelo Chefe do Poder Executivo;
II - Auxílio Moradia emergencial destinado a pessoas de baixa renda, em situação de
vulnerabilidade habitacional e de vulnerabilidade ou risco social, residentes em áreas
identificadas e monitoradas, onde há indicação técnica e a necessidade de desocupação
imediata das moradias;
III - Auxílio Moradia, voltado às mulheres vítimas de violência de gênero que se encontram
em situação de abrigamento e suas famílias, que foram vítimas de violência de gênero com
risco de morte, que após a cessação do risco e esgotadas todas as possibilidades de retorno ao
lar e à família extensa ainda se encontrem sem autonomia financeira.
DO AUXÍLIO MORADIA EMERGENCIAL QUANDO DECLARADA SITUAÇÃO DE
CALAMIDADE PÚBLICA
Art. 2º - A solicitação do benefício e enquadramento no programa Auxílio Moradia descrito no
inciso I do art. 1º deste decreto, deverá ser protocolizada junto ao protocolo geral e deverá ser
instruída com os seguintes documentos:
I - Laudo Social circunstanciado, que deverá conter no mínimo, número de residentes na
mesma moradia, nome, idade, RG, CPF dos mesmos, composição da renda familiar, origem da
renda, estimativa de renda e renda per capta;
II - Laudo Técnico elaborado pela Secretaria Municipal de Habitação e Defesa Civil, deverá
contemplar, além da localização, do tipo construtivo, do laudo descritivo do imóvel
comprometido, o grau de comprometimento, a tipifi cação do risco, as condições físicas do
terreno e do solo, parecer indicativo da demolição da moradia e laudo fotográfico;
III - Termo de interdição acompanhado de autorização de demolição e compromisso se for o
caso;
IV - cópia do CPF/MF e do RG do (a) beneficiário (a);
V - Boletim de Ocorrência expedido pela Defesa Civil, quando houver risco à incolumidade
física dos moradores;
VI - Termo de adesão e compromisso específico.
§ 1º Para a elaboração do laudo técnico previsto no inciso II deste artigo, a Secretaria
Municipal de Habitação e a Defesa Civil, em caso de necessidade, contarão com o concurso da
Secretaria Municipal de Infra-Estrutura e Secretaria Municipal de Urbanismo.

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§ 2º O atendimento social, a elaboração de cadastro sócio-econômico e o laudo social


circunstanciado, na modalidade descrita no inciso I do art. 1 serão realizados por assistentes
sociais da Secretaria Municipal de Habitação e, quando for necessário, em conjunto com
assistentes sociais da Secretaria Municipal de Cidadania, Trabalho, Assistência e Inclusão
Social.
§ 3º O pedido será remetido à Secretaria Municipal de Cidadania, Trabalho, Assistência e
Inclusão Social que em conjunto com a Secretaria Municipal de Habitação proferirá decisão
acerca do pedido, sendo o benefício concedido preferencialmente em nome da mulher;
§ 4º Após a concessão do benefício, o acompanhamento, as avaliações periódicas e o
monitoramento da situação dos beneficiários serão realizados pela Secretaria Municipal de
Habitação;
§ 5º A Secretaria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social será responsável por
eventual referenciamento dos beneficiários no território onde os mesmos fixarem residência.
§ 6º Quando necessária, a demolição da moradia será feita pela Administração Regional,
Subprefeitura ou órgão competente da Secretaria Municipal de Infra-Estrutura, com o
acompanhamento da Coordenadoria Setorial de Habitação da Secretaria Municipal de
Habitação e da Defesa Civil;
DO AUXÍLIO MORADIA EMERGENCIAL COM INDICAÇÃO TÉCNICA E NECESSIDADE DE
DESOCUPAÇÃO IMEDIATA
Art. 3º - A solicitação do benefício e enquadramento no programa Auxílio Moradia descrito no
inciso II do art. 1º deste decreto, deverá ser protocolizada junto ao protocolo geral e ser
instruída com a seguinte documentação:
I - Laudo Social circunstanciado, que deverá conter no mínimo, número de residentes na
mesma moradia, nome, idade, RG, CPF dos mesmos, composição da renda familiar, origem da
renda, estimativa de renda e renda per capta;
II - cópia do CPF/MF e do RG do (a) beneficiário (a);
III – Laudo Técnico elaborado pela Secretaria Municipal de Habitação e Defesa Civil, deverá
contemplar, além da localização, do tipo construtivo, do laudo descritivo do imóvel, as
condições físicas do terreno e do solo, parecer indicativo da demolição da moradia e laudo
fotográfico;
IV - Termo de Interdição acompanhado de autorização de demolição e compromisso se for o
caso;
V - Termo de Adesão e compromisso específico.
§ 1º O atendimento social, a elaboração de cadastro sócio-econômico e o laudo social
circunstanciado serão realizados por assistentes sociais da Secretaria Municipal de Habitação.
§ 2º O pedido será remetido à Secretaria Municipal de Habitação proferirá decisão acerca do
pedido, sendo o benefício concedido preferencialmente em nome da mulher.
§ 3º Após a concessão do benefício, o acompanhamento e as avaliações periódicas e o
monitoramento da situação dos beneficiários serão realizados pela Secretaria Municipal de
Habitação;
DO AUXÍLIO MORADIA PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO
Art. 4º - A solicitação do benefício e enquadramento no programa Auxílio Moradia descrito no
inciso III do art. 1º deste decreto deverá ser protocolizada junto ao protocolo geral e instruída
com os seguintes documentos:
I) cópia do CPF/MF e do RG da beneficiária e do boletim de ocorrência policial;
II) laudo social circunstanciado, contendo a qualificação precisa da beneficiária e dos seus
dependentes, demonstrando a necessidade do benefício apesar de cessado o risco de morte ou

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a exposição à violência e esgotadas as possibilidades de retorno ao lar ou à família extensa,


porquanto a mulher ainda se encontra sem autonomia financeira;
III) Termo de Adesão e Compromisso específico.
§ 1º O pedido será remetido à Secretaria Municipal de Cidadania, Trabalho, Assistência e
Inclusão Social que proferirá decisão acerca do pedido;
§ 2º As publicações referentes ao benefício previsto no inciso III do art. 1º deste decreto
deverão observar sigilo em relação ao nome da beneficiária.
§ 3º Após a concessão do benefício, o acompanhamento, as avaliações periódicas e o
monitoramento da situação da beneficiária serão realizados pelo Centro de Apoio à Mulher
Operosa – CEAMO, que traçará em conjunto com a beneficiária o plano individual de
atendimento, visando à conquista da autonomia sócio-econômica da mulher.
§ 4º O benefício previsto no inciso III do art. 1º deste decreto somente poderá ser usufruído
pela beneficiária quando do desabrigamento.
§ 5 º A mulher beneficiária do auxílio moradia para vítimas de violência de gênero será
referenciada no território em que fixar residência.
DAS CONDIÇÕES DE DESLIGAMENTO
Art. 5º - As bolsas do Programa “Auxílio Moradia”, em qualquer de suas modalidades, poderão
ser suspensas ou canceladas a qualquer tempo, quando:
I – o beneficiário estiver incluído em qualquer programa de habitação, seja da esfera
Municipal, Estadual ou Federal;
II – ocorrer modificação nas condições que ensejaram a concessão do benefício;
III – o beneficiário alcançar autonomia financeira;
IV – especificamente no caso do art. 6º da Lei n° 13.197, 14 de dezembro de 2007, a
beneficiária não se envolver com o seu plano individual de atendimento que visa à conquista
da autonomia sócio-econômica, nos moldes pactuados com a equipe técnica de referência;
V – ficar comprovada a utilização indevida do benefício.
Art. 6º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7º - Ficam revogadas as disposições em contrário.
Campinas, 22 de fevereiro de 2008
DR. HÉLIO DE OLIVEIRA SANTOS
Prefeito municipal
CARLOS HENRIQUE PINTO
Secretário de Assuntos Jurídicos
DARCI DA SILVA
Secretária de Cidadania, Trabalho, Assistência e Inclusão Social
PAULO MALMANN
Secretário de Finanças
FERNANDO VAZ PUPO
Secretário de Habitação
OSMAR COSTA
Secretário de Infra-Estrutura
HÉLIO CARLOS JARRETA

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Secretário Municipal de Urbanismo


REDIGIDO NA COORDENADORIA SETORIAL TÉCNICO-LEGISLATIVA DA SECRETARIA
MUNICIPAL DE ASSUNTOS JURÍDICOS, DE ACORDO COM OS ELEMENTOS CONSTANTES DO
PROTOCOLADO ADMINISTRATIVO2007/10/58746, EM NOME DA SECRETARIA MUNICIPAL DE
CIDADANIA, TRABALHO, ASSISTÊNCIA E INCLUSÃO SOCIAL E PUBLICADO NA SECRETARIA DE
CHEFIA DE GABINETE DO PREFEITO.
DRA. ROSELY NASSIM JORGE SANTOS
Secretária-Chefe de Gabinete
MATHEUS MITRAUD JUNIOR
Coordenador Setorial Técnico-Legislativo

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