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Trabalhando com sistemas amplos-

Sistemas determinados por um


problema

AMPLIANDO O USO DA METODOLOGIA DE


ATENDIMENTO SISTÊMICO NOVO-
PARADGMÁTICO
Isabella Abreu

Práticas de atendimento sistêmico tem se dado


especialmente em âmbito das políticas sociais
(públicas e privadas) da assistência social, da
educação, da justiça voltadas para a família.
O artigo trata-se da metodologia de atendimento
sistêmico a partir da ampliação da aplicabilidade da
Teoria sistêmica para além dos contextos
profissionais aos quais tem sido trabalhado.
EquipSIS – Equipe Sistêmica – Um laboratório de
pensar e atuar.
Mestrado em Psicologia Social, com o objetivo de tentar a
abordagem de uma política social – o Programa de
Assistência ao excepcional da LBA – a partir de uma visão
sistêmica.
Projeto recusado.
Utilizou para conclusão do mestrado , duas pesquisas
articuladas.
- A primeira foi uma pesquisa histórica sobre políticas
para pessoas portadoras de deficiência, desenvolvidas antes
da nova constituição, explicada de forma sistêmica e
distinguida em dois tipos : diferentes formas de hierarquia e
na forma de heterarquia em rede.
- A segunda pesquisa decorre da distinção
realizada na primeira, a partir de uma pesquisa-ação
que pretende ser coerente com a proposta democrática
da nova constituição e com o pensamento sistêmico
novo-pragmático.
Politica abordada com a PBH e vinte entidades de
prestação de serviços às pessoas com deficiência.
Segue o Sistema Determinado pelo Problema – SDP
- através de conversações sobre algum aspecto do
problema, onde se encontravam em um local de
algum dos elementos do sistema .
Todos os membros eram convidados a participar
juntos, nas posições de decidir e planejar, de
executar e de receber.
Portanto a utilização da organização em rede amplia
o foco, permitindo o surgimento de novas visões,
novas ideias e novas narrativas.
Izabella Carvalho
O atendimento Sistêmico- Processo de co-construção em
contexto de autonomia

 Autonomia: Todos têm direito igual à voz, de falar a partir de seu


ponto de vista e participar da decisão do que é melhor para si, em
consenso com outros membros do sistema.

 O profissional deve construir contextos de autonomia.

 Processo de co-construção: todos os membros do sistema


atendido participam da construção de alternativas ou de novos
significados que dissolvam o problema em torno do qual o
sistema se organiza.
O Sistema a abordar - SDP

 Gooloshian e Winderman definem os sistemas sociais não como sistemas reificados, mas
como“redes comunicacionais caracterizadas por e através da linguagem”.

 Referindo-se ao contexto terapêutico, definem o sistema a “tratar” também como um


sistema lingüístico que é definido por aqueles que estão “ativamente comprometidos em
uma interação lingüística, enfrentando um problema, ou em posição antagônica”.

 A equipe de profissionais se interessa por um problema, define-o de forma positiva e


convida os vários elementos, por ela identificados como relacionados ao problema, a
participarem de uma conversação.

 Quando o SDP distinguido constitui-se de um número muito grande de pessoas, tornando


impossível atendê-las todas juntas, é necessário dividir o SDP em outros SDP menores.

 O que mantém o SDP unido é o problema. O sistema lingüístico permanece conversando a


respeito do problema até que ele próprio já não mais distingue o problema como tal.
Exemplo imaginário de uma escola – divisão do grande SDP (525 alunos e suas famílias, professores, funcionários
administrativos e diretores da escola) em pequenos SDPs
Diagnóstico- Definição colaborativa de problemas

 Goolishian e Winderman questionam a noção de “suposto saber” do


terapeuta.

 Diagnóstico x definição colaborativa de problemas.

 A princípio o profissional, no contexto do atendimento, define o


problema, e propõe a possíveis interessados o trabalho em colaboração
a partir das percepções individuais.

 À medida que se desenvolve uma conversação sobre o problema assim


definido, este vai sofrendo alterações até a sua dissolução. (Aun, 2007)
Posição colaborativa da equipe de atendimento

 A posição do terapeuta não é de privilégio diante dos clientes, ele se coloca em uma
“posição colaborativa”

 As funções não são privilegiadas, mas diferentes

 Metodologia do atendimento sistêmico:


 Definição do problema
 Definição da demanda
 Coordenação e participação no processo de co-construção e negociação do
conteúdo.

 Outro tipo de conteúdo conversacional é a “conversação conjunta”

 O profissional se desloca ao cliente

 Perguntas reflexivas ou interventivas circulares como principais ferramentas


Atuação do profissional especialista em atendimento sistêmico

Segundo tipo de encontro conversacional;

Conceito da teoria de Maturana é fundamental para


ocorrência desse segundo momento;

O profissional especialista em atendimento sistêmico


assume uma visão de mundo construtivista.
Papel do profissional em atendimento como expert no
processo/contexto

 Assegura a coesão e preocupa com a estabilidade do SDP para que ocorra a


mudança;

 Convida todos os membros para uma participação colaborativa na conversação;

 Dirige a conversação de tal forma que possa acontecer “múltiplas conversações


simultâneas”

 Privilegia intervenções mediante perguntas que levem à reflexão e que questionem


sistemas significados cristalizados;

 Torna-se um ouvinte respeitoso que não compreende apressadamente;

 Não fazer pressão para participação da conversação;

 Leva os membros do SDP a se sentirem autores das conversações.


Diferença entre o profissional especialista em atendimento e dos
outros membros do SDP

O profissional especialista torna-se expert em


contexto/processo na coordenação de conversações e não
nos conteúdos das conversações;

Os outros membros do SDP são definidos como experts


em conteúdo das conversações assumindo a
responsabilidade de definir aquilo que é real para eles
próprios.
Windsor

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