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DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA SOCIEDADE

Diversidade e Inclusão na Sociedade II


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DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA SOCIEDADE II

DIVERSIDADE E INCLUSÃO NA SOCIEDADE

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, ga-
rantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos se-
guintes (CF/1988)

Ainda que a Constituição Federal garanta o direito de igualdade perante a Lei, isso
não necessariamente ocorre na prática.
Igualdade não significa justiça. Isso acontece porque o país possui pessoas diferen-
tes, com condições e oportunidades diferentes.

Em uma perspectiva de justiça e equidade, reconhece-se que no país existem pessoas


diferentes, com oportunidades diferentes, sendo que algumas delas podem necessitar
de intervenção (muitas vezes, por parte do Estado) para que as oportunidades possam
ser garantidas a todos.
As desigualdades podem ser regionais, de renda, étnicas, relacionais, de classe, de
gênero e moldam os indivíduos enquanto sociedade.
O lugar de onde se vem e aonde se quer chegar, muitas vezes, apresenta diversos
obstáculos no caminho. Dependendo do caso, não havendo uma reparação histórica,
alguns indivíduos podem não conseguir alcançar.
A igualdade formal é tão somente aquela prevista em lei. Por outro lado, a igualdade
material é a concretização da igualdade na prática. Também chamada de “Igualdade
Aristotélica”, significa “tratar os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual
na exata medida das suas desigualdades”.
A igualdade material também é conhecida como igualdade positiva ou equidade.
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Para que seja possível tratar os desiguais de forma desigual na busca da igualdade
material, é preciso reconhecer primeiramente a existência das diferenças e que elas pre-
cisam de intervenções e reparações.

IGUALDADE ≠ EQUIDADE
• Os indivíduos são desiguais e os graus de
• Todos são iguais.
desigualdade precisam ser tratados em
• Não é o suficiente para provocar justiça social.
suas particularidades a fim de promover a
• Não é o suficiente para reconhecer a diversidade
justiça social.
como um direito.
• Alicerçada com a questão da diversidade.

Todos nós, homens e mulheres, somos feitos de diversidade. Esta, embora esconda
também a semelhança, é geralmente traduzida em diferenças de raças, de culturas,
de classe, de sexo ou de gênero, de religião, de idade, etc. A diferença está na base de
diversos fenômenos que atormentam as sociedades humanas. As construções racis-
tas, machistas, classistas e tantas outras não teriam outro embasamento material,
a não ser as diferenças e as relações diferenciais entre seres e grupos humanos. As
diferenças unem e desunem; são fontes de conflitos e de manipulações socioeconô-
micas e político-ideológicas. Quanto mais crescem, as diferenças favorecem a for-
mação dos fenômenos de etnocentrismo que constituem o ponto de partida para a
construção de estereótipos e preconceitos diversos (Kabele Munanga).

A diversidade provoca estereótipos, preconceitos, estigmas, segregação e diferen-


ças. É preciso reconhecer que existe a diferença.
As diferenças podem ser observadas muitas vezes no discurso, na mídia, no ambiente
de trabalho e até mesmo no ambiente de lazer.
As diferenças não existem apenas porque a pessoa A é diferente da pessoa B, mas
possuem um ponto de partida. O ponto de partida apresentado por Kabele Munanga é o
etnocentrismo.
O etnocentrismo é afirmar que determinado povo/grupo étnico é o “legal”, “bonito”,
o “perfeito”. Essa situação remete a uma ideia eurocêntrica que forma/formou padrões
na sociedade. Nesse tipo de situação, quanto mais o indivíduo se distanciar do padrão
eurocêntrico, mais diferente será e mais incômodo poderá gerar.
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O conceito de normatividade é influenciado pelo conceito de etnocentrismo, que irá
pontuar o que é normal e o que é patológico/doentio/diferente.
Por esse motivo a importância de trabalhar o conceito de diversidade, porque padrões
construídos ao longo da história e que nunca haviam sido questionados foram respalda-
dos e legitimados como corretos, verdadeiros e únicos.

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IDENTIDADE

A identidade, construída muitas vezes ao longo da história do ser, traz perspectivas de


reconhecimento das diversidades através dos grupos identitários. Os grupos identitários
trazem a representatividade e o autorreconhecimento em determinados locais e espaços.
Os movimentos sociais são identificados como grupos identitários:
• Grupo de mulheres;
• Grupo de Feministas Negras;
• Grupo de Feministas Brancas;
• Grupo de Crianças e Adolescentes em conflito com a Lei etc.

O conceito de identidade evoca sempre os conceitos de diversidade, isto é, de cida-


dania, raça, etnia, gênero, sexo etc., com os quais ele mantém relações ora dialéticas,
ora excludentes, conceitos esses também envolvidos no processo de construção de uma
educação democrática (Munanga).
A identidade encontra-se muito relacionada à ideia de representação, representati-
vidade e inclusão em grupos em que a pessoa se enxerga como semelhante.
A construção da identidade pessoal provoca a construção de uma identidade
social, a forma como a pessoa se vê, como a pessoa se reconhece e por quem se sente
representado.

TIPOS DE IDENTIDADE DE ACORDO COM MUNANGA

1. A Identidade Legitimadora
É elaborada pelas instituições dominantes da sociedade, a fim de estender e racio-
nalizar sua dominação sobre os atores sociais.
Exemplos: polícia, escola, área da saúde. Espaços/órgãos que podem ou não raciona-
lizar sua dominação sobre os atores sociais.

2. A Identidade de Resistência
É produzida pelos atores sociais que se encontram em posição ou condições des-
valorizadas ou estigmatizadas pela lógica dominante. Para resistir e sobreviver, eles se
barricam na base dos princípios estrangeiros ou contrários aos que impregnam as insti-
tuições dominantes da sociedade (ver Calhoun, Craig (ed). Social theory and the Politics
of identity. Oxford: Blackwell, 1994, p.17; apud Castells, op. cit. p.18).
É a identidade de não se deixar ser reprimido mesmo que em uma situação de
opressão.
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3. A identidade-projeto

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É aquela que ocorre quando os atores sociais, com base no material cultural a sua
disposição, constroem uma nova identidade que redefine sua posição na sociedade e,
consequentemente, se propõem a transformar o conjunto da estrutura social. É o que
acontece, por exemplo, quando o feminismo abandona uma simples defesa da identi-
dade e dos direitos da mulher para passar à ofensiva, colocar em causa o patriarcado, ou
seja, a família patriarcal, todas as estruturas de produção e reprodução, da sexualidade
e da personalidade, sobre as quais as sociedades são historicamente fundadas.
Naturalmente, uma identidade que surge como resistência pode mais tarde suscitar
um projeto que, depois, pode se tornar dominante no fio da evolução histórica e trans-
formar-se em identidade legitimadora, para racionalizar sua dominação.
A dinâmica das identidades no decorrer desta cadeia mostra suficientemente como,
do ponto de vista da teoria sócio-antropológica, nenhuma delas pode ser uma essência,
ou ter um valor progressivo ou regressivo em si fora do contexto histórico.
A identidade legitimadora é a identidade hegemônica, aquela que já está instituída
e reconhecida na sociedade como a identidade correta. A identidade de resistência é
aquela que se coloca, muitas vezes, em contrário ao local que foi delegado para aquele
grupo, é um movimento de resistência (a expressão “ocupar e resistir” representa exata-
mente esse conceito de se colocar contrário àquilo que foi constituindo socialmente ao
longo do tempo).
A identidade de resistência pode, em algum momento, tornar-se a identidade-pro-
jeto. Da mesma forma, a identidade-projeto pode tornar-se identidade de resistên-
cia. É uma cadeia que vai acontecendo ao longo da história através de suas construções.
Na idade média, havia o feudalismo. Quem questionou a estrutura feudal foram os
burgos (ou burgueses). Os burgueses questionaram a identidade legitimadora dos senho-
res feudais, fazendo da burguesia uma identidade de resistência na época, uma idade
revolucionária que objetivava passar do feudalismo para um modo de produção capitalista.
A Revolução Francesa irá trazer a construção de uma nova forma de sociabilidade.
Com o tempo, a burguesia se constituiu como identidade–projeto do ocidente ao
oriente e, atualmente, tornou-se identidade legitimadora.
Nos dias atuais, é possível observar a eclosão de diversos movimentos sociais ques-
tionando o modelo burguês-capitalista de sociedade.
Assim como a burguesia saiu de idade resistência para a identidade-projeto e pos-
teriormente tornou-se identidade legitimadora, torna-se importante estudar a pers-
pectiva dos diversos movimentos sociais.
Munanga afirma que se observará que o encontro das identidades contrastadas
engendra tensões, contradições e conflitos que, geralmente, prejudicam o processo de
construção de uma verdadeira cidadania, da qual depende também a construção de um
Estado Democrático, no sentido de um Estado de direito no qual os sujeitos têm a garan-

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tia de seus direitos. A convivência pacífica só seria possível se sentarmos numa mesma
mesa para negociar nossas diferenças e nossas identidades.
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A tese é a de que nossa identidade é parcialmente formada pelo reconhecimento
ou pela má percepção que os outros têm dela, ou seja, uma pessoa ou um grupo de
pessoas pode sofrer um prejuízo ou uma deformação real se as pessoas ou socieda-
des que os rodeiam lhes devolverem uma imagem limitada, depreciativa ou desprezível
deles mesmos. O não reconhecimento ou o reconhecimento inadequado da identidade
do “outro” pode causar prejuízo ou uma deformação ao aprisionar alguém num modo de
ser falso e reduzido (Taylor, Charles: 1998:45-94).
Exemplos de deformações aprisionadoras: toda loira é burra, todo preso é bandido,
todo pobre é mau-caráter, todo deficiente é incapaz, toda mulher dirige mal.
Acusações irreais e ilegítimas aparecem aprisionando o micro da sociedade.

1. (CESPE/SEDF/PROFESSOR DA EDUCAÇÃO BÁSICA/SOCIOLOGIA/2017) Com base nas


interpretações clássicas do Brasil desenvolvidas por Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de
Holanda e Caio Prado Júnior, julgue o item que se segue.
Os diferentes grupos sociais constituídos por portugueses, africanos e indígenas contribuíram
de forma igualitária para a formação do Brasil.

• Não houve construção de forma igualitária. A construção ocorreu de forma desi-


gual, principalmente pelos Portugueses, que ainda representam um grupo domi-
nante constituído pelo grupo dos europeus.
• A visão etnocêntrica permitiu escravizar um povo de um continente que julgavam
ser inferior a eles (os africanos). O mesmo ocorreu ao longo do processo de coloni-
zação e catequização dos indígenas no Brasil.
• O Brasil, um país com traços da colonização e escravidão, apresenta dificuldade para
desconstruir determinados conceitos ainda nos dias atuais devido ao seu passado
histórico.

DIVERSIDADE

É possível definir a diversidade, no senso comum, como um grupo de diferenças e


semelhanças que define pessoas, as tornando únicas de acordo com sua etnia, gênero,
orientação sexual, deficiência, religião ou nacionalidade.

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A diversidade é tudo aquilo que é plural, que não é homogêneo, que é múltiplo. É uma
construção social, histórica e política.
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Diversidade é a qualidade do que é diverso, um conjunto variado de coisas ou pessoas que
integram um todo. A importância da diversidade está intrínseca em nosso dia a dia. É na
multiplicidade que encontramos oportunidades de aprendizagem e da prática de habilidades
diferenciadas: empatia, inteligência emocional e compreensão.
O brasileiro experimenta a diversidade em sua rotina diariamente. Nossa população é
etnicamente diversa, por meio de muito sofrimento: dizimação de povos indígenas, colonização
dos portugueses, escravidão e imigração europeia e asiática.
Todos esses fatos históricos contribuíram para a criação de um sincretismo religioso e
cultural pelo qual deveríamos nos orgulhar. Porém, a dívida social fomenta a indiferença, o
preconceito, o racismo e até a xenofobia.
Diversidade e inclusão são conceitos diferentes:

Livro: Diversidade Cultural e Inclusão Social. Disponível em: https://books. google. com. br/
books? hl=ptBR&lr=&id=u1_RDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA3&dq=diversidade+e+inclus%-
C3%A3o+social&ots=1WnbRlRN0_&sig=eX4- L1ZUuei7I4MLTLEmbA5Ov_4#v=onepage&q=di-
versidade%20e%20inclus%C3%A3o%20social&f=true

Na exclusão, os diferentes ficam do lado de fora, excluídos. Na segregação, os grupos


ficam separados. Na integração, os diferentes passam a fazer parte do grupo, mas sem
necessariamente se misturar a ele. Na inclusão, todos estão juntos e misturados.
A diversidade pode existir, como no caso da integração, mas sem que necessaria-
mente tenha havido a inclusão. A inclusão é uma reparação, muitas vezes histórica, em
que se reconhece que pessoas diferentes precisam ser incluídas em grupos hegemoni-
camente construídos.

Estratégias Institucionais para que Ocorra a Inclusão

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https://media. smurfitkappa. com/br/-/m/images/page-hero-610-x-350/everyone-communi-


ties/asset1_everyone_graphic_communities_portuguese_brazilian. png? rev=-1

O gráfico das estratégias acima apresentado é referente à lógica empresarial, mas


pode também ser utilizado e aprimorado ao pensar nos currículos escolares e das uni-
versidades, na questão das novelas, documentários e séries. É possível utilizá-lo em rela-
ção às políticas públicas de Estado, que possuem continuidade independente do governo
que estiver no poder.
Para haver, de fato, inclusão é necessário haver mudanças pedagógico-curriculares,
discussões nas mesas das famílias, além de reconhecimento e respeito às diferenças
(respeitar é diferente de tolerar).
Se os desiguais viveram tanto tempo em situação de desigualdade, por que não
mudar e recalcular a rota?

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2. (FAU/IF-PR/PROFESSOR/SOCIOLOGIA/2019) • O sociólogo contemporâneo alemão


Wilhelm Heitmeyer, estuda com profundidade sociológica comportamentos de preconceito
e discriminação na contemporaneidade e visualiza a problemática com uma síndrome.
Isso significa que as discriminações podem variar de acordo com a época e os agentes
de mobilização que, numa sociedade, estão dispostos a se voltar contra determinados
grupos podendo ser sutil ou abertamente brutal. Sobre estes comportamentos avalie as
assertivas e marque a alternativa CORRETA:
I. O preconceito enraíza-se mais facilmente naqueles que já estão favoravelmente predispostos
a aceitá-lo.
II. A força do preconceito depende geralmente do fato de que a crença na veracidade de
uma opinião falsa corresponde aos meus desejos, mobiliza minhas paixões, serve aos meus
interesses.
III. Preconceitos individuais têm maior periculosidade que preconceitos coletivos, uma vez
que a natureza humana é maléfica em sua essência.
IV. O nacionalismo não traz nenhuma periculosidade para a humanidade devendo ser
estimulado em todas as suas instâncias em corporativismo, chauvinismo e bairrismo saudável.
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• O preconceito enraíza-se mais facilmente naqueles que já estão favoravelmente


predispostos a aceitá-lo.
• A força do preconceito depende geralmente do fato de que a crença na veracidade
de uma opinião falsa corresponde aos meus desejos, mobiliza as minhas paixões,
serve aos meus interesses.
• Preconceitos coletivos têm maior periculosidade que preconceitos individuais.
Exemplos de preconceito coletivo perigosos: Os Skinheads, em São Paulo; O precon-
ceito colocado pelo País em relação à região Nordeste.
• É importante atentar que Maria, moradora de uma região do Sul, emitir opinião pre-
conceituosa em relação à região nordestina causa um tipo de efeito. Toda a região
Sul do país ter opinião preconceituosa com relação à região nordestina tem outro
tipo de efeito, proporcionalmente diferente. O preconceito individual é algo pés-
simo, contudo não possui a mesma forma do preconceito coletivo em termos de
periculosidade.
• O nacionalismo pode trazer periculosidade para a humanidade. Exemplo: a ideia do
nazismo era tratar uma raça como superior a outra. Defender a pátria é diferente de
defender a supremacia de uma raça sobre a outra.

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3. (FGV/SME – SP/PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO/SOCIOLOGIA/2023)


No geral, a desigualdade social ocorre, nos países chamados subdesenvolvidos ou não
desenvolvidos, mediante falta de uma educação de qualidade, de melhores oportunidades
no mercado de trabalho e também da dificuldade de acesso aos bens culturais, históricos,
pela maior parte da população. Em outras palavras, a maioria fica à mercê de uma minoria
que detém os recursos, o que gera as desigualdades. Internet: <http://www. todamateria.
com. br/> (com adaptações).
Tendo o texto como motivação inicial, julgue o item subsequente.
A causa fundamental das desigualdades sociais no Brasil é a divisão igualitária de renda nos
países do chamado terceiro mundo.

A causa fundamental das desigualdades sociais no Brasil é a divisão desigual de renda nos
países do chamado terceiro mundo.

4. (IDECAN/IF-PB/Técnico em Assuntos Educacionais/2019) O Brasil é reconhecido


mundialmente como um dos países que possui um aparato de marcos legais dos mais
completos, com importantes políticas públicas voltadas para a garantia dos direitos
individuais e coletivos para a efetiva inclusão social das pessoas com deficiência. Contudo,
se perfilha a ideia de que ainda não se tenha completado a transição de medidas
assistencialistas para aquelas de caráter emancipatório. Sendo assim é correto afirmar
que ações afirmativas são políticas sociais de apoio e promoção de grupos socialmente
fragilizados, visando a promover sua integração social e, consequentemente, a igualdade
material, exceto
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a. tais políticas objetivam conferir tratamento prioritário aos grupos discriminados,
colocando-os em condição de competição, semelhante aos que historicamente se
beneficiaram da exclusão.
b. ações afirmativas significam repensar as políticas públicas para as minorias, valorizando
ações de efeito compensatório que garantam o acesso e a permanência destas pessoas,
que historicamente foram excluídas de vários espaços sociais.
c. as ações afirmativas podem ser definidas como um conjunto de políticas públicas e
privadas de caráter compulsório, facultativo ou voluntário, idealizadas com vistas à luta da
discriminação racial, por gênero, por deficiência física e por origem nacional, sem o objetivo
de retificar ou apagar os efeitos presentes da discriminação praticadas no passado.
d. no Brasil, as ações afirmativas vêm sendo gradualmente implantadas na política social,
por meio de legislações e de práticas governamentais.
e. a ação afirmativa é, sem dúvida, um instrumento político do Estado que tem por fim
estabelecer a igualdade jurídica entre situações reconhecidamente diversas.

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As ações afirmativas podem ser definidas como um conjunto de políticas públicas e privadas
idealizadas com vistas à luta da discriminação racial, por gênero, por deficiência física e
por origem nacional, também com o objetivo de retificar ou apagar os efeitos presentes
da discriminação praticada no passado através da reparação histórica.

DIVERSIDADE INCLUSÃO MINORIA SOCIAL


Não apenas colocar os diferen- Minorias sociais é referente a grupos
tes no mesmo lugar, mas fazer vulnerabilizados, que não necessaria-
com que os diferentes estejam mente são a minoria na sociedade.
Construído historicamente,
articulados, próximos, e que A população negra do Brasil, por exem-
somente possível ocorrer por
haja maneiras de acontecer de plo, que é considerada uma minoria
uma questão identitária.
fato reparação histórica para social, em números quantitativos, demo-
aqueles que por muito tempo gráficos e estatísticos, é muito maior do
foram excluídos. que a população não negra.

INDICAÇÃO DE MATERIAL PARA COMPLEMENTAR OS ESTUDOS

• Uma geografia das desigualdades – https://www. oxfam. org. br/geografia-das-de-


sigualdades/.
• Música para ouvir: Ser diferente é ser normal – Gilberto Gil; Diversidade – Lenine.
• Entrevista de Djamila Ribeiro em Revista Sustentabilidade; n. 100; FGV – https://
pagina22. com. br/wpcontent/uploads/2016/02/P22_Edicao100. pdf.
• https://www. aberje. com. br/wpcontent/uploads/2021/associados/ListaDiver-
sidade. pdf.

DICA PARA PENSAR NA DISCURSIVA!

• Sugestão 1 (retirada da prova da Universidade Estadual do Ceará/2017)

Imagine a seguinte situação: sua cidade recebe a visita inesperada de um ser extra-
terrestre. Crie uma história envolvendo o relacionamento entre esse personagem e
algum(ns) dos habitantes locais, tendo em vista as prováveis diferenças culturais.

• Sugestão 2

Tomando como ponto de partida os versos de Gilberto Gil “Ser diferente é normal”,
de Lenine “Diversidade” e o Artigo 3º da Constituição Brasileira, escreva um artigo de
opinião defendendo o respeito a algum tipo de diferença.

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GABARITO
1. E

2. I; II

3. E

4. c

��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Aline Menezes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

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