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DIFERENÇAS E

DESIGUALDADES

SOCIOLOGIA
Profª Luiza
Somos todos iguais?
Queremos ser todos iguais?
Devemos ser todos iguais?
Uniformes escolares: apagam diferenças
ou conferem um tratamento igualitário?
“Temos o direito a ser iguais sempre que a
diferença nos inferioriza; temos o direito de ser
diferentes sempre que a igualdade nos
descaracteriza”

Boa Ventura de Souza Santos


“Direito à diferença”
• Identidade = singularidade, somos constituídos por
nossas diferenças, elas nos identificam.
• Cada vez mais grupos sociais lutam pelo reconhecimento
do seu direito de ser diferente.
SOCIEDADES MULTICULTURAIS

• Constituidas por diferentes grupos culturais e


atravessadas por diferenças de raça, gênero,
regionalidade, religião etc.
– Nelas, reivindicar a igualdade não é suficiente, é
preciso assegurar o respeito ao diferente!
“Ser diferente é normal”
• “Normal”: aquele que é o padrão, a norma, considerado
como adequado ou mesmo “natural”.
– Ex: “é normal mulheres quererem se casar e ser mães”.
– O normal não necessariamente corresponde à maioria de uma
população, ao contrário, ele é imposto através de relações de
poder e desigualdade, historicamente construídas.
– Ex: padrão de beleza.
– O reconhecimento e valorização das diferenças implica questionar
o apagamento da diversidade colocado pela imposição do padrão
“normal”.
Diferenças x Desigualdades
Quando as diferenças são tratadas como inferioridade, ou
suprimidas em nome de um padrão, elas são
transformadas em desigualdades.
• As desigualdades são produzidas pelas relações sociais,
e significam o acesso desigual à bens, serviços, recursos
e direitos, favorecendo um grupo social em detrimento de
outro.
– Veja que a desigualdade não é apenas de renda, ou
riqueza! Ex: beijo homoafetivo.
– Muitas vezes, o grupo marginalizado é alvo de
representações e simbolismos inferiorizantes.
Desigualdade de gênero no Brasil

Dos 81 senadores brasileiros,


apenas 12 são mulheres.
Etnocentrismo
• “Etno” deriva do grego “ethnos” e se refere a etnia, raça,
povo, clã.
• “Etnocentrismo” significa considerar a sua etnia como o
centro ou o eixo de tudo, a base que serve de referência
ou o ponto de vista de onde se deve olhar e julgar o
mundo ao redor.
• No etnocentrismo, consideramos apenas nossos valores
como corretos ou “normais”, inferiorizando as diferenças
e produzindo preconceitos.
Alteridade

• Capacidade de nos distanciarmos de nossos próprios


valores culturais, para compreender o outro em sua
diferença. Isto é, ao invés de olhar para o diferente para
julgá-lo, a partir de nossos próprios princípios, a
alteridade busca entender seus significados,
reconhecendo a legitimidade da diferença.
Interculturalismo
“Um processo dinâmico e permanente de relação, comunicação e
aprendizagem entre culturas em condições de respeito, legitimidade
mútua, simetria e igualdade; um intercâmbio que se constrói entre
pessoas, conhecimentos, saberes e práticas culturalmente diferentes,
buscando desenvolver um novo sentido entre elas na sua diferença; um
espaço de negociação e de tradução onde as desigualdades sociais,
econômicas e políticas, e as relações e os conflitos de poder da
sociedade não são mantidos ocultos e sim reconhecidos e
confrontados [...]”
(WALSH, 2001, p.10-11)

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