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Genograma
É uma representação gráfica da forma como os elementos da família
estão ligados, biológica/legalmente e relacionalmente, a um nível afetivo. Pode-
se também registar outras informações sobre a família, como a idade ou os
nomes.
Ele pode ser construído pelo terapeuta ou pela família, mas todas estas
informações recolhidas podem ser importantes tanto para a avaliação e
compreensão por parte do terapeuta sobre a família, mas também para a
própria família, pois cria insight.
Mapas
São outra representação gráfica, relacionados com o Modelo Estrutural
de Minuchin, de hipóteses estruturais e das relações atuais da família. Permite
uma visão gestáltica das fronteiras entre indivíduos, subsistemas e gerações, da
gestão do poder, alianças, coligações, triangulações…
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\ / = Relação conflituosa entre mãe e pai que é
F canalizada para o filho.
Características estruturais
Tamanho: O ideal é a média. As pequenas fornecem suporte insuficiente
Densidade: Ou seja, a ligação entre os elementos que compõem a rede,
independentemente do indivíduo. Pode ser coesa (essas pessoas
mantêm-se ligadas com contactos frequentes, sem subgrupos – mais fácil
interligar as pessoas, mas maior controlo da parte dos outros
relativamente ao indivíduo), fragmentada (subgrupos que estão
independentes entre si, como a rede dos colegas separada da rede da
família) ou dispersa (típica de pessoas socialmente isoladas, geralmente
têm mais pessoas significativas nos apoios institucionais).
Composição ou distribuição: Repartição dos vínculos pelos quadrantes –
ampla ou localizada.
Dispersão: Distância geográfica entre os diferentes membros e a pessoa
focal – acessibilidade.
Homogeneidade/heterogeneidade: Demográfica e sociocultural.
Atributos do vínculo
Multidimensionalidade e versatilidade :
Linguagem
É através da linguagem que transformamos os objetivos.
Action talk: Transformar o que é dito em comportamento, por exemplo:
A pessoa diz “o meu filho tem um problema de raiva”, deve se perguntar
algo como “o que é que o seu filho faz para dizer que ele tem um
problema de raiva?”, porque assim a pessoa irá dizer comportamentos.
Caso se perguntasse “porque diz que o seu filho tem problemas de
raiva?”, a pessoa poderia dizer por exemplo causas, e não o que se
pretende saber.
“a minha filha perde o controlo” – “quando ela perde o controlo, o que a
vê fazer?”
“o meu marido é um irresponsável” – “o que é que ele faz para que diga
que é irresponsável?”
“os meus pais não confiam em mim” – “o que é que os pais fazem que
transmite falta de confiança?”, “como é que os pais demonstram que não
confiam em ti?”
Objetivos terapêuticos
Pequenos – Para provocar um efeito, porque as vezes basta pequenas
mudanças para que mudanças maiores de instalem (efeito dominó).
Claros e concretos – “quero deixar de estar deprimido” “o que faria de
diferente se não estivesse deprimido?”
Descritos como o começo de algo novo – Não é apenas ficar pela ideia de
que algo deixa de acontecer.
Suscetíveis de serem atingidos.
Percebidos como envolvendo esforço.
Terapia narrativa
Discurso e forma como narramos a nossa vida, problemas,
acontecimentos… Os problemas estão mais no significado que as pessoas lhes
dão, que não permite a adaptação do indivíduo. A origem está na construção da
narrativa que a pessoa faz e que deixa de ser viável.
As narrativas saturadas pelo problema tendem a ser rígidas, pouco
flexíveis. Impedem muitas vezes que as pessoas tenham abertura para ter em
conta outra visão. Tendem a ter dificuldade em sair dessa narrativa de
dificuldade e de problema. O objetivo é desconstruir as narrativas-problema e
narrativas dominantes, para criar novas alternativas identitárias (encontrar
brechas e construir novas histórias).
À medida que as pessoas vão contando a história/problema, o terapeuta
faz uma escuta desconstrutiva, estando atento a falhas e lacunas na história
dominada pelo problema (exceções), para introduzir uma nova leitura e uma
série de questões que permita externalizar o problema e leituras alternativas
(histórias múltiplas).
Etapas da externalização:
1) Identificação do problema.
2) Mapear a influência do problema: Colocar uma série de questões que nos
ajudem a perceber a influência do medo na vida das pessoas. O problema
pode ter efeito positivo ou negativo.
19/05.
Características:
Os corpos são moldados e modelados pelo escultor, não pelo terapeuta.
A escultura representa a expressão subjetiva do escultor, e os outros
membros podem discordar com a representação, porque também vão ter
oportunidade de esculpir.
Proposta de escultura estática ou dinâmica (representando movimento).
O escultor deverá fazer parte da escultura (embora não sempre) (p.e.
pedir à pessoa que construa uma escultura da família; de seguida pedir à
pessoa que se insira nessa escultura).
Podem utilizar-se técnicas auxiliares para retirar mais riqueza da
utilização da escultura (p.e. espelho [o terapeuta ocupar o lugar do
escultor], mudança de papeis [trocar de posições na escultura, para sentir
como o outro se sente naquela posição], soliloquio [expressar o que sente
com a escultura ainda montada ou já desmontada]).
Tipos de esculturas
Real: Mostrar o que está a acontecer neste momento na família.
Desejada/ideal: Aquilo que seria mais satisfatório para a pessoa, como
gostaria que fossem as relações entre a família.
Do passado: Representação de relações/interações/momentos no
passado (p.e. como estavam quando se conheceram?)
Do futuro: Por exemplo, como se imaginam no final do processo
terapêutico?
Temida: O que não querem e temem que aconteça.
Metodologia
Explicação inicial sobre o procedimento, regras e objetivo.
Escolha do escultor (p.e. utilizar o terapeuta para representar alguém que
está ausente, como um pai emigrado).
Construção da escultura.
Discussão (falar sobre o que representou para ele, e perspetivas dos
outros membros).
Carta de despedida
Pode passar por pedir que escreva uma carta de despedida ao problema,
na qual, depois de agradecer os serviços prestados, detalhe as razões pelas quais
quer prescindir dele. Pode ser importante para situações em que as pessoas
estão em fase de ambivalência.
Carta do futuro
Pode ser utilizada no início, a meio ou no final do processo.
A surpresa em família
Pedir aos membros da família que preparem alguma surpresa para os
outros. A surpresa tem de ser algo que saibam que gostam muito. Acaba por ser
uma forma de promover atividades agradáveis e interações positivas.
Dias pares/dias ímpares
É uma técnica utilizada no início do processo terapêutico, em que se
propõe aos pais que assumam a educação dos filhos de forma alternada.
Segundas, quartas e sextas, ambos os pais atuam segundo os critérios da mãe;
terças, quintas e sábados prevalece o critério do pai. Aos domingos fazem como
quiserem.
Metáforas terapêuticas
Tarefas metafóricas: Cuidarem juntos de uma planta sem a deixarem
morrer, e cada um tem uma tarefa com a planta. Metáfora de usar a planta como
ligação de cuidarem juntos.
Objetos metafóricos: Muito ligados à externalização, usar um objeto
vulgar para simbolizar o problema. Pode ser manipulado de qualquer forma
(afastá-lo, destruí-lo, conversar com ele).
Metáforas artísticas: Desenhos, esculturas, produções artísticas.
Cadeira vazia
Pedimos à pessoa que expresse os seus sentimentos a outra pessoa, de
forma imaginada, o que permite a expressão de sentimentos e/ou a troca de
papel. Por exemplo, diz algo e depois senta-se na cadeira vazia e responde como
se fosse a outra pessoa. Também se pode falar com o eu do passado ou o eu do
futuro.
Comentários
A nossa leitura relativamente à família. Habitualmente, a última parte da
sessão é muito focada nos comentários dos terapeutas sobre o que se passou na
sessão. Podem ter vários objetivos, não tendo de representar a verdade: