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Qualidade de vida

Saúde
Como um estado completo de bem-estar físico, psicológico e
social, além da ausência de doença. (OMS)

Modelo global de Qualidade de Vida

 Conceção abrangente de bem-estar;

 Concilia a inclusão de dimensões objetivas e subjetivas na


avaliação do conceito;

Considera a QdV:

 Composta por uma homogeneidade de fatores,


independentemente das populações ou grupos de referência;
 Experienciada quando as necessidades da pessoa são
satisfeitas
 Tem componentes objetivos e subjetivos, mas é a perceção
do sujeito sobre o seu bem-estar que melhor a caracteriza;
 É baseada em necessidades e opções individuais;
 É um constructo multidimensional, influenciado por fatores
pessoais e ambientais, como as relações íntimas, a vida
familiar, os amigos, o trabalho, a vizinhança, a localidade de
residência, a habitação, a educação, a saúde, o nível de vida
e o estado da nação.
Modelo Integrativo
Sustenta a ideia de que o comportamento de uma pessoa e
as suas avaliações das experiências que o acompanham
refletem a interação entre as características pessoais do
sujeito e as suas perceções relativamente ao meio físico e
social no qual está inserido.

Experiência subjetiva
Pessoal
de vida Ambiental
(fatores
(inclui o (inclui as
sociodemográficos,
aborrecimento, a dimensões físicas e
atitudes, valores e sociais)
saúde mental e a
pertença ao grupo)
QdV)

Modelo ecológico

Identidade pessoal, Cultura,


Macrossistema Património, Politica, Gestão e Politica
de Saúde

Mesossistema Vizinhos e Comunidade

Microssistema Individuo e Redes de relações próximas


Modelo abrangente

 Distingue as dimensões de objetivos individuais dos


associados à coesão social;
 Contempla objetivos de fortalecimento do bem-estar subjetivo
e de melhoria das condições de qualidade de vida objetivas.
 As dimensões de objetivos orientadas para a coesão social
são definidas pela redução das disparidades, discrepâncias e
exclusão social e pelo fortalecimento das relações, interações
e laços sociais.

Abordagem da Qualidade de vida

Existem diversas abordagens:

 Económica

 Psicológica

 Biomédica

 Geral ou holística

A abordagem psicológica assenta na distinção da perceção da


doença entre clínico se doentes. Ter uma doença ou sentir-se
doente.

A abordagem utilitarista equaciona, sob o ponto de vista do


doente, a quantidade vs qualidade de vida, ou seja, confronta o
tempo de vida com viver a vida com qualidade.
Esta abordagem procura compreender como as pessoas se
adaptam à incapacidade e à deficiência e que recursos utilizam
neste processo.
Abordagem funcional:
Conceito de reintegração na vida normal

Maior relevância dos aspetos funcionais, físicos, psicológicos e


sociais de ajustamento e adaptação à doença.

A abordagem centrada na comunidade procura analisar variáveis


inerentes ao funcionamento biológico e familiar e o seu impacto na
comunidade.

Agrupa as variáveis em domínios concêntricos em que a doenças e


encontra no centro do círculo:

 Inicia-se com os parâmetros fisiológicos da doença até um


núcleo difuso de funcionamento pessoal, distress/ bem-estar,
perceção geral de saúde e função/papel social.

Tipos de autocuidado
 Físico

É o tempo que disponibilizamos para nosso corpo (fazer desposto,


ter uma boa noite de sono, fazer caminhadas).

 Mental

É quando tiramos tempo para aprender mais sobre diversos


assuntos (cursos gratuitos, livros…).

 Emocional

É a maneira certa para cuidar da nossa saúde mental (perdoar as


pessoas ou passar tempo com as pessoas que gostamos).
 Espiritual

É uma forma de nos conhecermos através da meditação que tem


como objetivo desconectar de tudo o que pode ser prejudicial.

Empowerment
baseia-se na convicção de que as pessoas, individualmente
ou em grupo, podem adquirir capacidades que lhes permitam
efetuar as mudanças necessárias para aceder aos recursos
vitais ao seu desenvolvimento e bem-estar, bem como o
controlo sobre os mesmos.

O objetivo primário do empoderamento é maximizar as


competências dos indivíduos para que possam viver de forma
autónoma e satisfatória.

O empoderamento assume uma importância fulcral quando nos


referimos a uma população tipicamente desempoderada, como os
idosos, cuja ação e participação comunitária, bem-estar e QDV,
são postos em causa.

Quatro componentes significativos para o empoderamento:


 A autoeficácia,

 Validação pela experiência coletiva,

 Pensamento crítico sobre as competências na compreensão


de um problema

 Formulação de estratégias para a sua solução, e agir em


ordem a implementar essas estratégias.
Conceitos chave para a intervenção

Suspensão de
Advocacy Validação Comunidade Sinergia
descrença
Defesa do Não infantilizar Utente como Empowerment Parceria para
utente e dos o utente recurso e individual como potenciar
seus interesses Evitar as agente de início de um recursos e
junto de valorações mudança percurso que resultados
instituições negativas Não é vítima visa o
políticas e nem empowerment
sociais e da sobrevivente coletivo
sociedade.

Comunidade

define um grupo heterogéneo de indivíduos que agem


coletivamente na prossecução de objetivos partilhados.

O conceito de comunidade associa-se ao de participação.

Suporte social

Suporte social aplicado ao contexto da saúde, apresentando


evidências em píricas que apontavam o caráter protetor do apoio
social em relação à hospitalização, recuperação de doenças,
reforma, stresse e depressão.

O suporte social pode funcionar como:

 Variável antecedente
(contribuir para melhor perceção de saúde potenciando um
ambiente promotor de saúde, que aumente a autoestima e bem-
estar da pessoa;
Diminuir a probabilidade de acontecimentos de vida stressantes ou
proporcionando informação retrospetiva sobre a influência desses
acontecimentos).

 Variável mediadora
(apoio social contribui par amortecer os efeitos negativos dos
acontecimentos stressantes que surgem na vida das pessoas e que
influenciam a interpretação desses mesmos acontecimentos e
respostas emocionais perante os mesmos, diminuindo o seu
potencial negativo).

Dimensões do suporte social:


Emocional:

Crença de que os elementos da rede social se preocupam,


prestam cuidados, são empáticos e carinhosos. Relação com
a perceção e satisfação quanto à disponibilidade de escuta,
atenção, informação, estima e condição de saúde e
tratamento.

Instrumental:

Ajuda material, concreta.

Informativo:

Informação, conselhos, escolhas.

Conceito multidimensional que envolve:

 Redes de apoio
 Suporte social recebido
 Suporte social percebido
A rede de apoio do individuo engloba as pessoas com quem o
sujeito estabelece relações sociais diretas ou indiretas ou através
das quais obtém apoio.

Rede social formal–clubes, associações... Ambas fornecem


sentido de pertença,
Rede social informal–amigos... segurança e
comunidade

As redes sociais de apoio envolvem diferentes componentes:

 Estrutura

(tamanho, interligações, homogeneidade)

 Qualidade de cada relação na rede social de apoio

(durabilidade, frequência, intensidade do contacto). O mesmo apoio


social pode ser benéfico ou não dependendo da pessoa que o dá,
do momento em que o dá...

 Funções

(tipo de apoio que os elementos da rede fornecem: emocional,


instrumental, informativo).

Existem vantagens e desvantagens em ter uma rede mais restrita e


íntima ou mais alargada e pouco íntima.

Redes mais homogéneas tendem a ser mais adaptativas.


Prestação de cuidados

Cuidar
processo multidimensional complexo que «faz parte da vida
das pessoas e envolve tarefas de prestar e de receber
cuidados integrando relações e sentimentos, reciprocidade,
interdependência e custos»

Cuidados físicos, emocionais e relacionais

Pressupõe ações de política, assistência e apoio a grupos mais


vulneráveis, como crianças, pessoas adultas idosas dependentes e
deficientes, nas atividades da vida diária necessárias ao seu bem-
estar, realizado por trabalho pago ou não pago, profissional
(formal) ou não profissional (informal) e desenvolvido na esfera
privada ou pública.

Sequeira (2007), distingue dois tipos de cuidados que se relacionam


como cuidador em questão:

 Cuidador formal
 Cuidador informal

Cuidado formal (atividade profissional) onde aprestação de


cuidados é executada por profissionais qualificados.
“Formal” porque existe uma preparação específica para a atividade
profissional que desempenham, sendo esta atividade variada de
acordo com o contexto onde se encontram (lares, instituições
comunitárias…).
Cuidado informal prestação de cuidados executados por
profissionais no domicílio e que por norma ficam sob a
responsabilidade dos elementos da família, amigos, entre outros.
Os cuidadores informais desempenham a sua atividade que não é
remunerada e prestamos cuidados de forma parcial ou total.

Respostas sociais na comunidade

A independência de uma pessoa idosa está ameaçada desde logo


que surjam incapacidades físicas ou mentais que compliquem os
gestos elementares da sua vida quotidiana.

Ao longo da última década, Portugal sofreu algumas reformas


importantes ao nível da criação de serviços dirigidos para a
melhoria da qualidade de vida na Terceira Idade.

Nomeadamente na formação de um novo modelo de cuidados,


designados:

Cuidados Continuados
Cuidados paliativos

O que dificulta a operacionalização dos cuidados?

 A falta de coordenação entre as várias entidades


 A sua fraca otimização de recursos devido a uma política
vaga, confusa e pouco rigorosa que leva a elevados custos
coma Segurança Social e como o SNS.

Em Portugal existem:
 Lares
 Centros de dia
 Centros de noite
 Serviço de Apoio Domiciliário (SAD)
Respostas sociais

Serviço de Apoio Domiciliário


Prestação de cuidados individualizados e
personalizados no domicílio
Centro de Dia
Resposta social que presta um conjunto de serviços que
contribuem para a manutenção das pessoas idosas
Centro de Noite
Uma resposta social que tem por finalidade o
acolhimento noturno
Acolhimento Familiar para Pessoas Idosas
Consiste em integrar, temporária ou
permanentemente, em pessoas idosas quando, por
ausência ou falta de condições de familiares.
Lar de Idosos

 Proporcionar alojamento temporário, como forma de apoio à


família;
 Criar condições que permitam preservar e incentivar a relação
inter-familiar;
 Encaminhar e acompanhar as pessoas idosas para soluções
adequadas à sua situação
Rede nacional de Cuidados continuados

 Desenvolver ações mais próximas das pessoas em situação


de dependência
 Investir no desenvolvimento de cuidados de longa duração
 Qualificar e humanizar a prestação de cuidados
 Potenciar os recursos locais, criando serviços comunitários de
proximidade e ajustar ou criar respostas adequadas à
diversidade que caracteriza o envelhecimento individual e as
alterações da funcionalidade.

Contribui para:
 A reabilitação
 Readaptação e a reintegração social
 Manutenção do conforto e qualidade de vida mesmo em
situações que não se recupera

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