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UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO, PSICOLOGIA

RIBEIRÃO PRETO, 2023


SOL OLIVEIRA GEREMIAS - 836491
Disciplina de Processos Grupais II do curso de Psicologia, turma C.
Docente Prof. Wilson Ferreira Coelho.

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA: 14 DE FEVEREIRO

No dia se realizou a primeira dinâmica em grupo da disciplina. A atividade se tratou


de uma técnica de apresentação, com a turma em sala assumindo papel do grupo e o professor
atuando como mediador. Foi acordado que a turma não se tratava de um grupo real, mas sim
de um grupo fictício, formado temporariamente com propósito da apresentação de técnica,
considerando a importância da vivência desse tipo de atividade para um bom mediador.
Técnicas de apresentação costumam ter como propósito familiarizar o grupo com seus
participantes e seu mediador, servindo ainda o propósito secundário da coleta de informações
sobre os membros – caso a técnica trabalhada leve os integrantes a exporem sobre si mesmos.
Toda técnica serve um propósito e deve ser escolhida com base não só no objetivo que
se busca atingir, mas também com base em características do próprio grupo. Isto é, objetivo e
grupo definem qual técnica será mais adequada em um contexto grupal específico. No caso de
técnicas de apresentação por exemplo, é indispensável que se leve em consideração ainda
questionamentos como “os participantes já se conhecem?” ou então “quais tipos de técnica
são adequados para essa quantidade de participantes?”.
“Técnicas são ferramentas do facilitador para facilitar o movimento do grupo e de suas
dinâmicas entre membros”, isto é, na escolha da técnica se pensa no contexto em que o grupo
está e o que se busca estabelecer ou alterar em sua dinâmica. Nota-se ainda que técnicas são
tarefas para o grupo, com o mediador servindo somente o papel de facilitador na execução.

Comentando a técnica trabalhada, cada participante foi convidado a se apresentar na


frente dos demais, realizando mímicas que descrevessem uma característica pessoal sua
enquanto os outros tentam adivinhar o que está sendo descrito, com o atuante precisando
depois listar verbalmente pontos negativos e positivos daquela característica pessoal.
O mediador demonstrou ótima capacidade como facilitador ao permitir que cada
participante participasse por conta própria, incentivando a participação sem forçá-la e assim
mantendo clima agradável e descontraído por toda aplicação da técnica – mesmo em
momentos de inercia do grupo, que foram manejados de forma convidativa.
UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO, PSICOLOGIA
RIBEIRÃO PRETO, 2023
SOL OLIVEIRA GEREMIAS - 836491
Disciplina de Processos Grupais II do curso de Psicologia, turma C.
Docente Prof. Wilson Ferreira Coelho.

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA: 28 DE FEVEREIRO

As técnicas trabalhadas na segunda aula prática com a turma foram de aquecimento, isto é,
tratavam da primeira etapa a ser trabalhada com um grupo em busca de preparar os participantes
para as atividades seguintes. Técnicas de aquecimento são preparatórias, podendo servir tanto
para ativação – gerando agitação com atividades físicas – quanto outros propósitos como a
reflexão – como com a visualização de vídeos – ou mesmo descontração.
Além disso, o aquecimento pode ser usado como ferramenta do facilitador para unir os
membros, indiretamente manipulando a estrutura de subgrupos internos. Por exemplo, grupos
naturais – que se formam espontaneamente dentro de grupos, através de relações internas pré-
existentes entre participantes – podem ser desestruturados e reorganizados em grupos forçados
– onde membros são unidos em subgrupos sem poderem escolher com quem desejam participar
– através de técnicas de aquecimento que reduzam a resistência interna normalmente envolvida
nesse processo.

A primeira técnica apresentada, “Toca do Coelho”, envolve primeiramente a separação da


turma em grupos naturais conforme preferência dos integrantes, realiza-se então uma espécie
de “dança das cadeiras” com instruções específicas que eram dadas para que os membros se
descolassem de seus grupos iniciais e fossem se envolvendo com outras pessoas. O clima
descontraído e agitado da prática acabava levando os indivíduos a não terem muita consciência
de como estavam se agrupando, dando poder ao facilitador de escolher livremente como
gostaria que os membros se reunissem através de suas instruções, sem resistência.
Já a técnica “Chef Chef” – também de ativação – ao levar os participantes a dançarem juntos
coreografias inventadas na hora por cada um, serviu para unir e sincronizar os participantes em
um clima muito descontraído e agitado, servindo não só como preparação para as etapas
seguintes, mas também como condicionamento físico e motor.
Vale observar que o aquecimento deve ser escolhido sempre tendo em mente qual será o humor
desejado para a etapa seguinte, isto é, não faria sentido usar de uma técnica de ativação com
atividade física para então exigir reflexão mental, por exemplo.
SOL OLIVEIRA GEREMIAS - 836491
Disciplina de Processos Grupais II do curso de Psicologia, turma C.
Docente Prof. Wilson Ferreira Coelho.

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA: 7 DE MARÇO

A aprendizagem vertical é um processo que envolve cinco etapas: a vivência, o relato,


a análise, a generalização e a transferência. A Vivência e o Relato refletem uma experiência
concentra que se dá na aplicação prática de uma técnica, havendo na Análise sua observação
reflexiva, que evolui na Generalização para um processo de conceituação do tema trabalhado,
que na Transferência pode ser experimentado sobre.
Precisamente, a Vivência deve trazer dados sobre o tema (qual é o objetivo?),
enquanto o Relato expõe subjetividades sobre a vivência (o que sente sobre isso?). No
Processamento há organização sistemática das experiências, ressignificando conceitos que na
Generalização terão sua aplicação na vida real refletida. É então na Transferência que
participantes entendem o problema por completo, e passam a agir de nova forma.

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA: 14 DE MARÇO

Técnicas pedagógicas ou ludopedagógicas se tratam de atividades que favorecem um


clima positivo para a aprendizagem, promovendo o aprendizado e também a descontração e a
socialização entre membros do grupo. Técnicas assim podem ser aplicadas com o objetivo de
fixar conteúdos, de internalizar aprendizados, ou de desenvolver habilidades específicas.
É importante levar em consideração a faixa etária dos participantes, uma vez que
técnicas pedagógicas podem ser orientadas tanto para crianças ou adolescentes quanto adultos
ou idosos. “Travessia do Rio” é um exemplo de técnica ludopedagógica para crianças, que
através do movimento e do equilíbrio promover motricidade e competição.
Com os alunos foi aplicada uma técnica para desenvolver a criatividade, que envolveu
a solução de problemas de lógica entre os subgrupos que competiam por pontos. Cada um dos
problemas tinha soluções inesperadas, exigindo criatividade e pensamento fora do comum
para serem solucionados. Sugeriu-se que uma possível continuidade a essa técnica (vivência)
se daria na forma de relatos (integração) debatendo as soluções propostas (assimilação) e o
raciocínio criativo exigido para chegar até elas (processamento), trazendo reflexões sobre
aplicações na vida real (generalização) que a forma de pensamento criativo tem (aplicação).
SOL OLIVEIRA GEREMIAS - 836491
Disciplina de Processos Grupais II do curso de Psicologia, turma C.
Docente Prof. Wilson Ferreira Coelho.

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA: 21 DE MARÇO

Técnicas de sensibilização ou de reflexão permitem que um determinado assunto ou


tema seja refletido sobre diferentes pontos de vistas, promovendo mudanças de atitude e o
rompimento com preconcepções e preconceitos. Essas técnicas podem ser aplicadas a
qualquer tipo de grupo, desde que os integrantes tenham mais de 12 anos, afim de promover a
reflexão sobre um tema e a identificação para com o outro.
“A loja de trocas”, técnica de sensibilização aplicada em sala que envolvia fechar os
olhos e se imaginar numa série de situações hipotéticas conforme narradas pelo facilitador,
permitiu uma aprofundada experiência individual de autoconhecimento para se refletir sobre o
momento. Demonstrou-se bem o potencial que técnicas de reflexão possuem no quesito de
permitir ao indivíduo vivenciar a realidade de maneira diferente, incorporando-se em
situações hipotéticas ou fantasiosas que podem então ser vivenciadas com fidedignidade. Esse
tipo de introspecção expande o ponto de vista de cada integrante do grupo.

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA: 28 DE MARÇO

Técnicas de decisão possuem papel fundamental em dinâmicas de grupo,


corroborando e muito na tomada consciente de decisões. Técnicas de decisão permitem o
rompimento com preconcepções, fazendo com que uma decisão se consolide através de
critérios encontrados pela análise de diferentes pontos de vista, gerando então compromisso
mútuo de todos os integrantes do grupo com a decisão-solução que venha a ser encontrada.
Tido o caráter controverso e conflitoso das técnicas de decisão, é importante que só
sejam aplicadas em grupos cujas relações estão reguladas, havendo equilíbrio e empatia entre
os membros para que só então se possa chegar a uma decisão comum. A técnica trabalhada
em sala “A história de Marlene” demonstrou bem isso, gerando muito debate entre membros
conforme cada subgrupo tentava validar sua própria visão da situação-problema. Destaca-se
que técnicas como essa funcionam através da colaboração mútua para que se cheguem a
critérios bem definidos de decisão: critérios permitem que a decisão se oriente em princípios
pré-definidos que sejam relevantes ao contexto daquela decisão.

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