A aprendizagem

da autenticidade

Alailson, Isabela Gomes, Jailane,

Lívia, Luciana, Patrícia, Pedro e Yasmin
01
A integração do grupo (e, por consequência,
sua criatividade duradoura) só se realizará se
as relações interpessoais entre os membros
HIPÓTESES DE
KURT LEWIN
forem baseadas em comunicações abertas,
confiantes e adequadas.

A capacidade de comunicar de forma

02 adequada com o outro, de encontrá-lo

psicologicamente e de com ele engajar o
diálogo não é um dom inato, mas uma
aptidão adquirida pela aprendizagem.

É somente consentindo em questionar seus

03
modos habituais de comunicar com o outro
e suas atitudes profundas em relação ao
outro que o ser humano pode desejar
descobrir as leis fundamentais da
comunicação humana.
CONDIÇÕES PARA A APRENDIZAGEM DA AUTENTICIDADE INTERPESSOAL

CONDIÇÃO 1 CONDIÇÃO 2
A vontade de se questionar e a aspiração Um clima de aprendizagem propício ao
de aceder aos modos mais adequados de crescimento e à superação humana.
comunicação com o outro;
 01.
primeiros centros
de aprendizagem
Experiência de New Britain (Connecticut/Eua) - 1946
1. Colaboradores:
● Comissão Inter-racial do Estado de Connecticut;
● Departamento de Educação do Estado de Connecticut;
● Grupo de pesquisadores do Centro de Pesquisas em Dinâmicas de Grupo do
MIT.

2. Objetivo dos grupos: aprender a assumir suas responsabilidades coletivas de

forma mais funcional e eficaz.

3. Objetivo de Lewin e equipe: verificar e completar algumas descobertas feitas

sobre os modos de comunicação interpessoal mais próprios para favorecer o
funcionamento de um grupo de trabalho.
“
Os participantes desta experiência são em número de trinta. Mantêm juntos
sessões de grupo, que consistem em discussões de grupo em grupo, ao longo
das quais os participantes são iniciados no jogo de troca de papéis, como
técnica de desbloqueio em suas comunicações intragrupo. Os temas de suas
trocas são quase exclusivamente problemas de estruturas ou de
funcionamento experimentados por seus respectivos grupos.

— Mailhiot, p. 114
Experiência de New Britain (Connecticut/Eua) - 1946

4. Lewin recomendou desde o início da experiência manter com seus colaboradores

sessões de diagnóstico (autoavaliação)

5. Os participantes dos outros grupos não deveriam ser admitidos nessas sessões.
Contudo, por insistência, puderam assisti-las, como participantes-observadores.

6. A possibilidade desse acesso permitiu aos participantes-observadores

objetivarem-se a respeito de seus próprios comportamentos em grupo. Além disso,
desapareceram as apreensões em serem manipulados pelos membros vistos como
"experimentadores".
Experiência de Bethel (Maine/Eua) - 1947

1. Lewin faleceu na primavera de 1947.

2. O primeiro ateliê de aprendizagem em dinâmica de grupos.

3. Durou três semanas.

4. No momento apropriado, cada grupo se transformava em um BSTG (Basic Skills

Training Group).

5. No BSTG, o observador tornava-se animador, relatando ao grupo suas observações

e, depois, em grupo de discussão, convidando os membros a realizar uma
autoavaliação de seus comportamentos, interações e modos de comunicação.
Experiência de Bethel (Maine/Eua) - 1947
6. De 1947 a 1955, essas sessões mantiveram o mesmo estilo, utilizando como
instrumento de aprendizagem o grupo de discussão e o BSTG.

7. A partir de 1956, as sessões tornam-se laboratórios e os participantes são

convidados a experimentar novos tipos de comportamentos em grupo.

8. O grupo de discussão é abandonado e o BSTG se transforma, por um lado, no SG

(Skill group) e, por outro, no TG (Training Group).

9. A partir desse momento, o TG (ou T-group) torna-se o instrumento de aprendizagem

fundamental em dinâmica de grupos.
 02.
esquemas de
aprendizagem
 qual o contexto
mais válido para a
aprendizagem?
Qual a definição de "t-groups" dada por lewin?
 objetivos dos
“t-groups” para uma
01 Oferecer aos participantes uma
experiência de grupo restrito;
aprendizagem em
relações humanas
02
Experiência de grupo centrada
na comunicação e na
autenticidade;

Experiência de grupo sem

03 figura de autoridade,
diminuindo os bloqueios e as
filtragens das relações.
objetivos dos “t groups” na interação humana
ESTRUTURA EXTRÍNSECA DE UM GRUPO DE FORMAÇÃO

NÚMERO DE CONTEXTO
DURAÇÃO COMPOSIÇÃO
PARTICIPANTES ESPAÇOTEMPORAL
exemplo de horário programado pelos profissionais
por que um “t-group” só
pode ser estruturado
externamente?
status de igualdade
Como impedir a relação de dependência entre o grupo e os
profissionais responsáveis pela experiência?
recusa aos papéis tradicionais

● Recusa ao papel de leadership;

● Recusa ao papel de conselheiro;
● Recusar-se a servir de agente de
informação.
papéis-chave exercidos pelos responsáveis durante a experiência

consciência e memória do
catalisador
grupo

agente de formação
 03.
Instrumentos e
transferências de
aprendizagem
Leland Bradford (centro) conduzindo um t-group
na Gould Academy.
Foto cedida por Archives of the History of American
Psychology, University of Akron, Ohio.
 Estágios de formação

● Duração de dez dias, cortados por

um final de semana
● 60 participantes dispostos a se
comprometer a experiência
completa em internato + 12
psicólogos profissionais
● Passam de 3h30min a 4h por dia
em grupos de formação
- 5 grupos, de 12 participantes,
cada um com 2 profissionais

Big brother brasil, 2020

 estágios de formação
grupos de trabalho Seminários teóricos
● Cerca de 1h em 5 dos 10 dias
● Sessões de 2h por dia
● Depois, se subdividem-se em 6 grupos de
● Constituídas de 7 ou 8 participantes
discussão sobre as aplicações dos dados
● Dedicadas à solução de problemas em
científicos
grupo
● Temas teóricos:
● Seguidas de meia hora de autoavaliação,
- psicologia do leadership
com ajuda de um profissional, a respeito de
- comunicação humana interpessoal e
seu comportamento em grupo durante a
intergrupal
sessão
- barreiras e fronteiras psicológicas à
● Objetivo: iniciar e sensibilizar os
comunicação humana
participantes aos processos do
- mecanismos psicológicos de
funcionamento de um grupo de trabalho
discussão, negociação e decisão em
grupo
 estágios de formação
demais Seminários Filmes didáticos
● Nos outros 5 dias, encontram-se por
45min para tratar o racional por trás de
● Todos os dias os participantes veem filmes
técnicas de grupo
didáticos
- jogo de troca de papéis
● Objetivo: ilustrar de forma audiovisual
- sociodrama
dados aprendidos sobre a dinâmica dos
- clínica dos rumores
grupos
- sociograma de participação
● Seguidos de grupos de discussão para
- consulta em díade ou tríade
trocar reflexões
● Seguidos de ateliês de aprendizagem
Doze homens e uma sentença, direção de Sidney
Lumet (1957)
● um dos longa-metragens utilizados nas discussões em
grupos
 Estágios de formação

● Objetivo: oferecer aos participantes um conjunto de

dados científicos sobre a psicologia de grupos
● É importante que os estudantes se engajem mais
pessoalmente na experiência para não perder a
autenticidade da aprendizagem
● É no grupo de formação que os participantes podem
questionar suas atitudes em relação ao outro
● Penúltimo dia de estágio: 3 horas em que, nos grupos
dos quais pertencem realmente, trocam o que
compreenderam na experiência vivida nos grupos
experimentais
Testes psicológicos ao longo do
estágio
Testes psicológicos

● São pioneiros.
● Facilitam a tomada de consciência e
transferência de aprendizagem entre os
participantes.
● São 4 testes semi-projetivos.
● Demonstram como os participantes se
comportam socialmente, interagem com
o outro e a estrutura de valores que rege
seu comportamento.
● Os resultados podem ser repassados de
forma resumida.
os testes psicológicos aplicados ao longo do estágio são:

RGST CONDUTOR IDEAL ESCALA DE SOCIOGRAMA

DOGMATISMO
 RGST
Aplicado nas primeiras horas
do estágio.
Os seminários podem contaminar
as respostas dos participantes.
“teste das reações às situações
de grupo”
Completar frases que são situadas
em um contexto de interação de
grupos.
Permite entender:
.Como o participante se comporta
diante de uma atividade em grupo.
. Forma que ele gostaria de ser e de
funcionar dentro do grupo.
Informações adicionais:
. Não presente no SATEPSI.
. Artigo de 1996.
. Processo de correção com problemas
RGST
Condutor ideal

Segundo teste Líder ideal Além da definição de informações

Deve ser aplicado Deve listar em grau de líder ideal, permite:
no segundo dia de importância, do mais
estágio, antes dos importante ao menos
seminários de
importante, as
leadership.
características que eles
consideram ideais em
um líder.
adicionais:
Entender a forma Não está presente
como o sujeito se no SATEPSI e nada
comporta em uma
foi encontrado na
posição de
internet.
liderança.
Escala de dogmatismo

Aplicado ao longo da primeira semana de estágio.

Criado por Rokeach.

Revela a forma como o participante sistematiza suas
relações interpessoais ou intergrupais e o quanto seu
dogmatismo influencia na relação com o outro.
Informações adicionais: não presente no SATEPSI; artigo
de 1983 de Robert E. Simmons e Rosa Maria Nader na
busca de uma adaptação desta escala para ser aplicada
no Brasil.
Escala de dogmatismo
Escala de dogmatismo
 Dois meses depois
sociograma
Aplicado duas vezes ao longo do estágio, um ao final de cada semana do processo.

Aplicado em cada grupo de formação e com os participantes de um mesmo grupo.

Construídos e formulados especificamente para isso.

Definem o tipo de conexão que os participantes possuem com o seu grupo a cada semana.

Seus resultados são apresentados ao participante 2 meses após o fim do estágio em uma entrevista psicológica.

Última transferência de aprendizagem, já que a passagem de tempo permite uma nova apreensão da
experiência vivida.
 04.
PATAMARES DE
APRENDIZAGEM
 patamares de aprendizagem

01 02 03 04 05

Objetivação de si objetivação do outro Aprendizagem da Aprendizagem da aceitação

transparência empatia incondicional do
outro
 ESTÁGIO DE FORMAÇÃO EM DINÂMICA DOS GRUPOS

Oferece aos participantes:

Ajuda na descentralização de si e na recentralização em relação ao outro.

Cada participante que se dispõe a participar da experiência pode adquirir:

● Novos limites de vigilância e de presença em relação ao outro:

● Esquemas mais adequados de percepção de si e do outro:
● Modelos mais flexíveis e funcionais de expressão de si e de comunicação com o
outro.

.
 1º PATAMAR
oBJETIVAÇÃO DE SI
Objetivação da imagem de si

Quem sou eu para mim?

Eu atual

Eu ideal

Eu autêntico
 2º PATAMAR
oBJETIVAÇÃO De si em relação ao outro
Ter consciência que as percepções do outro são subjetivas e seletivas

Questionar a imagem estereotipada do outro

Condições propícias para libertação de mitos, clichês e preconceitos

Transformação gradual nas relações humanas

 3 º PATAMAR
Transparência

Atitude adquirida

Definição: Abertura espontânea ao outro

Preconceito = Isolamento ao outro

A transparência ao outro só é possível aquele que aprende a se livrar das máscaras, a

renunciar aos desvios, aos subterfúgios e aos artifícios em suas relações interpessoais
 Mas a transparência em relação ao outro significa
expressar a quem quer que seja tudo o que se pensa e
tudo o que se sente?

Podemos nos tornar e permanecer autênticos com o outro não

concedendo a todos o mesmo grau de abertura e de confiança?
Aprendizagens conexas à aprendizagem da transparência

as fronteiras O “eu íntimo”

É importante a demarcação das Há segredos que constituem o eu
fronteiras do incomunicável e do íntimo e dizem respeito somente ao
inviolável. sujeito
 4° Patamar
aprendizagem da empatia
● União entre transparência, congruência e consonância;
● A transparência com o outro torna possível no outro a empatia;
● Empatia x Simpatia;
● A empatia favorece a objetivação do outro;
● Autoemepatia e Aloempatia
1) autoempatia: é a “capacidade de se tornar e permanecer lúcido sobre as
imagens que os outros se fazem de si…”
2) aloempatia: é a capacidade de se objetivar em relação
às imagens de grupo; Essa capacidade faz com que o
indivíduo tenha uma imagem fiel e objetiva sobre o grupo.
 5° Patamar
aceitação incondicional do outro
● Último patamar de aprendizagem da autenticidade interpessoal;
● Esses patamares não devem ser concebidos, necessariamente, como alcançados
sucessivamente;
● “Trata-se de um processo de aprendizado, cujos momentos sucessivos e
progressivos constituem uma sequência causal, que não necessariamente se
desenrola em uma ordem cronológica determinada.” (pp.145/146)
 5° Patamar
aceitação incondicional do outro
● Mas o que entender por aceitação incondicional do outro?
É preciso aceitar primeiro a si mesmo para estar pronto psicologicamente para aceitar
o outro de maneira incondicional, sem que seja confundido com uma aprovação
absoluta da atitude de si e do outro.
● Consiste em dois passos essenciais:
a) Compreender que cada ser humano é único
b) Compreender que cada ser humano possui seu ritmo e seus modos
 05.
climas DE
APRENDIZAGEM
Climas de aprendizagem

O quanto podemos nos desenvolver sozinhos, em

uma autoanálise?

A importância das experiências de grupo para o

desenvolvimento da autenticidade intergrupal.
Para que as dinâmicas de grupo sejam efetivas, é vital
que elas possam criar climas de aprendizagem.
Certas condições precisam ser atingidas para a
validação da experiência. São elas:
Condições essenciais para uma experiência

1) O responsável por um estágio de formação em dinâmicas

de grupo precisa ter uma formação profissional
adequada.

● Nos EUA ou no Canadá, exige-se um doutorado

em uma das áreas humanas, preferencialmente
psicologia.
● Estudo sobre a ciência que embasa a psicologia
dos grupos
● Formação específica em dinâmicas dos grupos.
Condições essenciais para uma experiência

2) Os responsáveis devem estruturar o estágio de um modo

em que a própria turma forme um grupo de formação.

● A teoria é vital, mas defende que a dinâmica de

grupos não é um simples saber-fazer.
● É também um aprender a viver em grupo
autenticamente.

A preocupação do profissional acerca da qualidade da

3) sua presença, atentando-se às suas atitudes e se elas são
pedagógicas ou não.
As três atitudes pedagógicas do agente de formação

1) Ser não diretivo

- Ser participante no grupo e orientar via exemplo

2) Os recursos do grupo
- À medida que o grupo se desenvolve, o
profissional deve contar cada vez mais com os
recursos dos membros do grupo, desencorajando
papéis de liderança e encorajando a
interdependência entre todos.
As três atitudes pedagógicas do agente de formação

3) A vivência do aqui e agora

- Concentrar-se no aqui e agora da vivência possibilita

o desvencilhamento de distrações habituais e volta a
atenção para a elucidação de atitudes pessoais.

- Libertação dos mecanismos de intelectualização,

que levam à percepções estereotipadas sobre si e
sobre o outro.

- Dividir sua experiência pessoal com o grupo, para em

seguida conceitualizar.
Dinâmica proposta

01 02 03 04

Cada um deve No final, cada

Dividir-se em
Para cada um responder um comenta,
grupos,
serão feitas 5 individualmente para a turma
preferencialmente
perguntas às perguntas inteira, as
com algum colega
para o grupo, opiniões que
que não tem muito
dentro de 15 tiveram com
contato
minutos as respostas
dos colegas
01 Você lembra de um momento
especial vivido na Escola? perguntas

02 Se você tivesse que se inspirar em

alguma celebridade, quem seria?

03 Você gosta do seu nome?

 Perguntas
04 Você se considera introvertido ou
extrovertido?

05 Se você fosse um animal, qual acha

que seria?
relacionando o tema com a dinâmica proposta
pelo grupo
obrigada!

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