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Processos Grupais

Aula 3
Introdução ➙ Constitui o “Esquema conceitual referencial
operativo” – Ter um esquema conceitual dos fatos e
➙ Relembrando: Segundo Zimerman (1997), todo ser dentro do grupo, pode ser modificado, considerando
humano é gregário por natureza, existindo em função fatores conscientes e inconscientes.
dos relacionamentos. – Em toda relação estabelecida
tem uma finalidade.
➙ Possibilita manifestações nas 3 áreas: mente, corpo
e mundo exterior.
↪ Com que finalidade o ser humano forma grupos ao
➙ Atividade do coordenador = centrado unicamente
longo da sua vida? – O ser humano forma grupos ao
na tarefa proposta, somente nas situações em os fatores
longo da vida, com a finalidade de sobreviver, interagir, inconscientes inter-relacionais ameaçarem a integração
aprender, alcançar objetivos ao longo da vida, estabelecer ou evolução exitosa do grupo, é que caberão eventuais
comunicação e afeto (Onde, cada grupo tem sua forma intervenções de ordem interpretativa.
de comunicação e cultura).
➙ Tipos de grupos operativos: ensino-aprendizagem
↪ A essência dos fenômenos grupais é a mesma em (através da técnica de “Grupo de reflexão”), institucionais
qualquer grupo? – Não, pois as pessoas podem ser (empresas, escolas, igrejas, associações); comunitários
diferentes e estarem passando por situações diferentes. (programas de saúde mental) e terapêuticos (de
autoajuda: na área médica em geral e na área
O que define a finalidade psiquiátrica.)

➙ Conforme for a finalidade precípua do grupo Grupos Psicoterápicos


diferente será:
➙ Se destina à aquisição de INSIGHT – aspectos
- A camada das pessoas que o compõem (como inconscientes dos indivíduos e da totalidade grupal.
abordar essas pessoas de acordo com suas vivências);
- A natureza das combinações do setting (espaço ➙ No grupo, o indivíduo interage com outras pessoas
preparado); em um espaço preparado para facilitar com que ele se
perceba neste contato. Isso permite que ele experimente
- O esquema referencial teórico adotado (Dará um número riquíssimo de situações em que pode se dar
sustentação teórica para definir a finalidade); conta de uma maneira de funcionar no contato com o
- E o procedimento técnico empregado (Técnicas outro (Espaços que irão facilitar o insight).
adotadas).
➙ É importante frisar: O que geralmente causa
Divisão genérica de dois grandes ramos sofrimento ao Ser Humano está ligado a algo inadequado
na maneira como ele funciona na relação com o outro,
com relação as finalidades: dessa forma a psicoterapia em grupo se torna uma ótima
chance de conhecer e superar as dificuldades que
1 – Operativos perturbam e causam sofrimento a pessoa Humana.
2 – Psicoterápicos ➙ Tipos de grupos psicoterápicos: psicodramática,
Grupos Operativos teoria sistêmica, cognitivo-comportamental e psicanalítica.
– é um movimento de tratamento, guiado por uma
abordagem teórica.
➙ Pichon Riviére – 1945;
➙ Direcionar tarefas;
- Esses grupos, onde os supervisionados utilizam a
própria experiencia de participar como membros de um
Importante lembrar: grupo de ensino-aprendizagem como parte de seu
treinamento, derivam-se dos chamados grupos t (training
➙ Não é demais repetirmos que o fundamental é que groups), introduzidos a partir de 1949 nos laboratórios
o terapeuta tenha claras as respostas às seguintes sociais de dinâmica de grupo inspirados nas ideias de
questões: Lewin.

- Que espécie de mudanças ele pretende? 2 – Grupos institucionais

- Que tipos de técnicas? - Cada vez mais a atividade está sendo utilizada nas
instituições em geral.
- Aplicado para qual tipo de público, por qual tipo de
terapeuta e sob quais condições? - Nas escolas estão promovendo reuniões que
congregam pais, mestres e alunos com vistas a
↪ Quando se tem uma finalidade, é necessário debaterem e a encontrarem uma ideologia comum de
estabelecer qual mudança se pretende realizar no grupo, formação humanística. O mesmo se passa nas diversas
quais os tipos de técnicas, aplicado para qual tipo de associações de classe, como, por exemplo, nos sindicatos,
público, por qual tipo de terapeuta e sob quais condições. na igreja, no exército e nas empresas. Especialmente
essas últimas estão montando serviços dirigidos por
Tipos de Grupos Operativos psicólogos organizacionais – que se destinam a aumentar
o rendimento de produção da empresa através de
1 – Ensino aprendizagem: grupos operativos centrados na tarefa de obtenção de
um clima de harmonia entre os seus diversos subgrupos.
- Ideologia fundamental = “aprender a aprender”, e que
“mais importante do que encher a cabeça de 3 – Comunitários
conhecimentos é formar cabeças” – refletir sobre algo
que já sabemos. - O melhor exemplo deste tipo de grupo é o de sua,
crescente, aplicação no campo da saúde mental.
- Tarefa = aprendizagem e treinamento.
- Saúde em uma perspectiva holística.
- GRUPOS T (Training – groups);
- Partindo da definição de que a OMS deu à saúde mental
- GRUPOS F (Free e de formation); como sendo a de “um completo bem-estar físico,
psíquico e social”, é fácil entendermos que as técnicas
- GRUPOS BALINT- existem muito na medicina.
grupais encontram (ou deveriam encontrar) uma larga
área de utilização, sobretudo em comunidades.
➙ Grupos de reflexão
- Esses grupos comunitários são utilizados na prestação
- Trata-se de uma técnica grupal que, como o próprio tanto de cuidados primários de saúde (prevenção), como
nome indica, visa a induzir que os integrantes do grupo secundários (tratamento) e terciários (reabilitação).
desenvolvam a capacidade de refletir acerca dos
fenômenos relacionais conscientes e inconscientes. A - Técnicas de distintas áreas de especialização (além de
capacidade para a reflexão implica simultânea psiquiatras, outros médicos não-psiquiatras, psicólogos,
desenvoltura das capacidades para perceber, sentir, assistentes sociais, enfermeiros, sanitarista, etc.) podem,
pensar, agir e, especialmente, aprender a aprender – com relativa facilidade, ser bem treinados para essa
seguem uma perspectiva operativa. importante tarefa de integração e de incentivo às
capacidades positivas desde que fiquem unicamente
➙ Grupo de reflexão – Grupo T (TRAINIING – centrados na tarefa proposta e conheças os seus limites.
GROUPS)
- A atitude de “refletir (se)” sobre a experiência do
próprio grupo enquanto grupo é o ponto de partida dos
assim chamados grupos de reflexão, contribuição da
teoria da técnica dos grupos operativos à aprendizagem
supervisionada em grupos.

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