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Questões de estudo para Proc.

Grupais
1.PICHON-RIÉRE (,1983), falamos em grupo quando um conjunto de pessoas (que
se reúnem) movidas por necessidades semelhantes se reúnem para a realização de
uma tarefa (semelhante), específica. Essa teoria de Pichón foi um marco para o
funcionamento grupal; de relevância mundial quanto a uma contribuição latino-
americana para o estudo dos grupos; Passagem do “eu para o nós”. Uma passagem
da afiliação para a pertencença.
Pichon-Rivière (2005, p. 40) nos adverte a respeito de estereótipos, "o doente mental,
então, é o símbolo e depositário daqui e de agora de sua estrutura social. Curá-lo é
transformá-lo ou adjudicar-lhe um novo papel, o de "agente de mudança social".
Pichon-Rivière diz: ao pensarmos o que ocorre em um grupo, tenhamos em mente
sempre dois eixos, assim nomeados e definidos: • 1) vertical e 2)horizontal.
As manifestações no grupo têm um plano horizontal (do grupo) e vertical (do sujeito).
. Na realização do trabalho Pichon destaca DOIS EIXOS :
• Vertical - Cada integrante do grupo comparece com sua história pessoal consciente e
inconsciente, isto é, com sua verticalidade. assinala tudo aquilo que diz respeito a
cada elemento do grupo, distinto e diferenciado do conjunto, como, por exemplo, sua
história de constituição e seus processos psíquicos internos
• Horizontal - Os integrantes passam a compartilhar necessidades em função de
objetivos comuns e criam uma nova história. Grupo pensando em sua totalidade.
.PRINCIPAIS PONTOS DA TEORIA DE PICHON
• Finalidade do grupo é reunir-se para a realização de tarefas, em que todos os
objetivos são compartilhados e realizados por todos.
• Para que os grupos operativos aconteçam é necessário que o vínculo se estabeleça.
• Princípios organizadores de um grupo operativo - vínculo e a tarefa.
• Objetivo – promover a aprendizagem, que ocorre por meio da espiral dialética.
• A articulação dos 6 vetores (pertença, cooperação, pertinência, comunicação, tele e
aprendizagem) é que irão promover a mudança.
• Existem 3 instâncias para o trabalho grupal: pré-tarefa, tarefa e trabalho
• Na realização do trabalho Pichon destaca dois eixos: vertical (a história de cada
indivíduo) e horizontal (grupo pensando em sua totalidade).
• ECRO – Esquema conceitual, referencial e operativo- Cada indivíduo “possui o seu
ECRO” – No grupo é formado outro esquema referencial, a partir das unidades de
esquemas individuais.
• No grupo temos um coordenador e um observador e os integrantes podem assumir
alguns papeis: líder, porta voz, bode expiatório, sabotador.
Portanto, a técnica de grupos operativos consiste em um trabalho com grupos, cujo
objetivo é promover um processo de aprendizagem para os sujeitos envolvidos.
Aprender em grupo significa uma leitura crítica da realidade, uma atitude
investigadora, uma abertura para as dúvidas e para novas inquietações.

. TEORIA DE GRUPO OPERATIVO: Um grupo operativo é composto pelos seus


integrantes, um coordenador e um observador.
Grupos Operativos - sem finalidade de terapia mas de desenvolver uma tarefa, ex:
grupo de ensino-aprendizagem. Ele é indicativo que a aprendizagem num grupo se
estrutura como um processo contínuo e com oscilações.
.COMO SE OPERA ESSE GRUPO : modalidade de processo grupal dinâmico – flui
da interação e da comunicação para fomentar o pensamento reflexivo - sobre o próprio
processo grupal os fatores que obstruem a tarefa e democrático quanto a tarefa –
originando suas próprias ações e pensamentos.
.TÉCNICAS de Grupos Operativos : Objetivo é promover um processo de
aprendizagem. Aprender em grupo significa uma leitura crítica da realidade. Uma
atitude investigadora, na qual cada resposta obtida se transforma, imediatamente,
numa nova pergunta. Sinônimo de mudança.
Os fundamentos da tarefa grupal é superar e resolver situações fixas e estereotipadas,
possibilitando sua transformação em situações flexíveis, que permitam
questionamentos, favorecendo o debate, o diálogo, numa lógica dialética. O grupo,
através da realização de uma tarefa, irá transpor do ponto "dilemático" para o ponto
"dialético". Grupo com finalidade operativa ou terapia necessita de uma coordenação
para que integração seja mantida.

.CRIOU ESQUEMA ECRO (Esquema conceitual referencial- operativo ECRO) –


Conjunto de experiências, conhecimentos e afetos com os quais um indivíduo pensa e
atua, e este adquire unidade por meio do trabalho grupal, promovendo
simultaneamente em esquema referencial e operativo, sustentado no denominador
comum dos esquemas prévios.
Cada indivíduo “possui o seu ECRO” – No grupo é formado outro esquema referencial,
a partir das unidades de esquemas individuais.
.ECRO GRUPAL: + Esquema Conceitual , Referencial e Operativo. Ele é indicativo
que a aprendizagem num grupo se estrutura como um processo contínuo e com
oscilações. A tarefa que adquire prioridade em um grupo é a elaboração de um
'esquema referencial comum" como condição para o "estabelecimento da
comunicação".
. TAREFAS : Pré-tarefa : ocorrem as técnicas defensivas do grupo, mobilizadas pela
resistência, mudanças e destinadas a postergar a elaboração das ansiedades.
Constituem defesas ou resistência a mudanças. Uma situação que paralisa o
prosseguimento do grupo. Seria o contrário de uma postura do grupos em efetuar a
tarefa: a pré-tarefa seria uma imposição .
• Tarefa: pressupõe uma ação que integre o pensar, o sentir e o agir. Consiste na
elaboração das ansiedades. Na passagem da pré-tarefa para a tarefa há um salto
por somação quantitativa, através do qual se estabelece uma relação com o outro. A
tarefa que adquire prioridade em um grupo é a elaboração de um 'esquema
referencial comum" como condição para o "estabelecimento da comunicação".
•.Projeto ou trabalho: surge quando se consegue uma pertença dos membros.
Propõe objetivos que vão mais além do aqui e agora, construindo uma estratégia
destinada a alcançar tal objetivo. O projeto ou o produto, seriam aquelas estratégias
e táticas que o grupo utilizou para produzir a mudança.
No desenvolvimento das tarefas, as pessoas deixam de ser um amontoado de
indivíduos, para que cada um possa se assumir enquanto participante de um grupo
com objetivo mútuo.(cada membro vai trazer sua fala, seu silêncio, pode trazer sua
subjetividade). Isso significa dizer que cada membro pode exercitar sua fala,
expressar sua opinião, seu silêncio, defender seus pontos de vista, etc.
Nessa DINÂMICA, é possível descobrir que, mesmo tendo um objetivo em comum,
cada participante é diferente. Se torna um grupo a partir dessa tarefa, onde cada um
distingui seu objetivo, cada um pensa na tarefa que ele vai desenvolver no grupo.
Grupo pensar sempre no coletivo, expansão.
.Centrado na tarefa. Tar externa: objetivos conscientes que o grupo assumiu. interna:
trabalhar com todos os processos vividos pelo grupo consciente e inconsciente
>realizando a tarefa externa.
.Tarefa + Afeto = um é racional e lógico o outro é intensamente carregado de
emoção (dinâmica psíquica dos participantes).
.COORDENADOR : cria condições para comunicação e diálogo e auxilia o grupo a
elaborar os obstáculos que emergem na realização da tarefa. Procura fazer do grupo
um espaço de aprendizagem para todos.
. OBSERVADOR : é silencioso, por sua distância ótima do grupo tem uma percepção
global do processo. Registra as comunicações verbais e gestuais dos integrantes e
do coordenador, registra o que ocorre, a fim de auxiliá-lo na elaboração da crônica
devolutiva do trajeto percorrido pelo grupo.
O Observador não é participante do grupo, tem como objetivo auxiliar com as suas
anotações o Coordenador. Alguns pontos que devem ser observados em um Grupo
Operativo: medo dominante; extensão da pré-tarefa; comunicação pré-verbal e
verbal; aprendizagem; clima grupal (tele); subgrupos (existência do bode expiatório);
projeto grupal; temas tratados e omitidos; líderes e papéis; observações gerais e
encerramento do grupo.
. PAPEL E LIDERANÇA : Bode expiatório: o bode expiatório é o depositário de todas
as dificuldades do grupo e culpado de cada um de seus fracassos. Sabotador e o
bobo: estes papéis são depositários de forças que se opõem à tarefa no interior de
um grupo,; Líder: eles podem ser autocrático, democrático, laizzez-faire e
demagógico. Porta-voz: é aquele que sendo depositário da ansiedade grupal,
aparece no grupo, expressando-se de diversas maneiras.O conceito de porta-voz
não se refere apenas à "voz", algo que é comunicado oralmente, mas a tudo que
ocorre a um determinado elemento do grupo que nos remeta ao conjunto no qual
está inserido, ou seja, toda forma de conduta.
COORDENADOR –
-PAPEL DO COORDENADOR : A intervenção do Coordenador de Grupos
Operativos se limita a sinalizar as dificuldades que impedem ao grupo de enfrentar a
tarefa. O ECRO do Coordenador se sustenta em quatro bases: estratégia, tática,
técnica e logística. Ao oferecer estes esquemas para o grupo se questionarem, o
grupo tentará decifrar as suas dificuldades. O Coordenador não deve responder às
questões , mas para ajudar o grupo a respondê-las. Ajuda os membros a parar,
verificar, refletir e concluir sobre o que paralisa as atividades (angústias básicas).
Gostar e acreditar em grupos: o que lhe é passado para o coordenador como
“exaustivo”, porém o fato de gostar não irá excluir: sentir ansiedades, cansaço e etc.-
Amor às verdades: verdade caminho para a confiança. Coordenador deve ser
verdadeiro! -Coerência: Nem sempre uma pessoa verdadeira, é coerente; pequenas
incoerências fazem parte de qualquer pessoa. Coordenador irá desempenhar uma
função educadora! -Senso de ética: o coordenador não tem o direito de invadir o
espaço do outro. Atentar-se a questão do sigilo!
-ATRIBUTOS IMPORTANTES: -Respeito: (de novo) (olhar); olhar sem preconceitos.
Tolerância pelas falhas e limitações presentes em algumas pessoas do grupo. -
Paciência: deve ser entendida como atitude ativa, faz parte de um conteúdo mais
contingente. - Continente: termo original de Bion. Capacidade de acolher e colher as
necessidades e angustias. - Capacidade negativa: capacidade do coordenador
conter suas próprias angústias. - Função de ego auxiliar: coordenador deve estar
atento e disponível para emprestar as suas funções do ego. - Função do pensar:
pensar as experiências emocionais. Pensar implica em escutar os outros,
estabelecer confrontos e correlações. - Discriminação: Ser capaz de diferenciar
fantasia X realidade; interno X externo- Comunicação: Comunicar adequadamente;
Comunicação não é unicamente verbal.
- TRAÇOS CARACTEROLÓGICOS: o coordenador deve conhecer seus traços; sua
personalidade. - modelo de identificação: haverá identificação como coordenador, a
medida como ele enfrenta as dificuldades, problemas. - empatia: sintonia emocional
com os participantes do grupo. - síntese e integração: a ideia não é fazer resumo, é
mais amplo. Participação ativa, homeostase. É preciso sempre procurar liberar os
trabalhos com grupos do seu caráter ideológico, criando conceitos que coloquem o
coordenador, não como um modelo a ser seguido ou imitado, mas como alguém
seguido ou imitado, mas como alguém capaz de elaborar teoricamente capaz de
elaborar fenômenos ocorridos e devolvê-los ao grupo, de forma a ampliar sua
compreensão.
- O coordenador não pode assumir o lugar de quem detém a verdade ou de quem
decide pelo grupo. Precisa estar atento para as dimensões consciente e inconsciente
do grupo procurando suas interrelações. Terá um papel ativo, mas não intrusivo.
Papel de acolhimento e incentivo ao grupo, que esse se constitua como grupo,
buscando sua identidade.
É preciso sempre procurar liberar os trabalhos com grupos do seu caráter ideológico,
criando conceitos que coloquem o coordenador, não como um modelo a ser seguido
ou imitado, mas como alguém seguido ou imitado, mas como alguém capaz de
elaborar teoricamente capaz de elaborar fenômenos ocorridos e devolvê-los ao
grupo, de forma a ampliar sua compreensão. O coordenador não pode assumir o
lugar de quem detém a verdade ou de quem decide pelo grupo. Precisa estar atento
para as dimensões consciente e inconsciente do grupo procurando suas
interrelações. Terá um papel ativo, mas não intrusivo. Papel de acolhimento e
incentivo ao grupo, que esse se constitua como grupo, buscando sua identidade.

. ‘ESPIRAL DIALÉTICA’ : abrange todo o processo grupal, como um movimento


constante entre processos internos ao grupo, quais sejam: afiliação/pertença,
comunicação, cooperação, aprendizagem e pertinência.
A espiral dialética representa o caminho que vai tornar explícito o que é implícito.
.VÍNCULOS : Vínculo é uma estrutura psíquica complexa. Grupo entendido como
rede de relações com base em: A)Vínculos entre cada componente e o grupo como
um todo B)Vínculos interpessoais entre os participantes.
.Compreensão do conceito de Vínculo : emprega-se o esquema de cone invertido
Pichon propõe que o movimento de espiral, que vai tornar explícito o que é implícito.
.Explícito Parte Superior – Tudo que está visível. O que é observável, os conteúdos
manifestos
.Implícito Parte Inferior - O que não está visível. O que está escondido. O que
pertence ao inconsciente, as fantasias latentes grupais.

.CONTRIBUIÇÕES DO PSIC ao GO.: psicologia social privilegia o grupo como


unidade de interação; neste sentido, o grupo operativo é considerado como uma
estrutura operativa que possibilita aos integrantes meios para que eles entendam
como se relacionam com os outros.
. PIAGET : O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazer coisas
novas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram.
. O conhecimento é gerado por meio de uma interação do sujeito com seu meio, a
partir de estruturas existentes no sujeito. A aquisição de conhecimentos depende
tanto das estruturas cognitivas do sujeito como de sua relação com os objetos.
. Crescimento intelectual como um processo de adaptação ao mundo, que poderia
ocorrer por meio dos seguintes modos:
.-Assimilação - o indivíduo assimila tudo o que ouve, transformando isso em
conhecimento próprio.
-Acomodação- o sujeito modifica os esquemas para internalizar os elementos novos
-Adaptação - equilíbrio desses dois processos. os esquemas existentes de uma
criança são capazes de explicar o que ela percebe ao redor. . No entanto, quando
novas informações não podem ser encaixadas em esquemas existentes, entra em
desequilíbrio. Como não gostamos de estar frustrados, procuraremos restaurar o
equilíbrio dominando o novo desafio. O equilíbrio impulsiona a aprendizagem
CONTRIBUIÇÕES PARA DINÂMICA EM GRUPO
Para Piaget o conhecimento não é inerente ao próprio sujeito, como postula o
apriorismo, nem provém totalmente das observações do meio que o cerca, como
postula o empirismo.
- O conhecimento é desenvolvido por meio de 4 fases:
Estágio 1: até aproximadamente dois anos de idade, estágio sensório motor,
atingindo um nível de equilíbrio biológico e cognitivo que permite constituir uma
estrutura linguística. as crianças aprendem sobre o mundo por meio dos seus
sentidos e da manipulação de objetos.
Estágio 2: calcado na constituição ainda incipiente de uma estrutura operatória, e
permanece nele até completar mais ou menos 7 - 8 anos. Imaginação e memória.
Compreensão sobre a ideia de passado e futuro. Pensamento egocêntrico.
Dificuldade em ver o ponto de vista do outro.
Estágio 3: operatório concreto, até os 11 - 12 anos. Consciente sobre “os outros” e
eventos externos. Inicio do pensamento lógico.
Estágio 4: operatório formal – Capaz de usar a lógica para resolver problemas,
planejar o futuro e ver o mundo ao redor. Capacidade de abstração.
Estudou a formação de grupos no que chama de OPERAÇÃO E COOPERAÇÃO dos
alunos. ou seja, COOPERAÇÃO <-> FORMAÇÃO INTELECTUAL.
OPERA-AÇÃO <-> ACÃO NO TRABALHO
CO-OPERAÇÃO <-> TRABALHAR COM COOPERAÇÃO
Foco: as condições intelectuais que tornam uma criança capaz de cooperar e o efeito
da cooperação na formação de sua mente

.CAPACIDADE OPERATÓRIA DO PENSAMENTO :


.RECERSABILIDADE DO PENSAMENTO : Capacidade de reconhecer a
equivalência das relações adversas. Permite que os alunos compreendam
contribuições dos elementos do grupo são equivalentes
Cada integrante compreende o ponto de vista dos demais e adapta sua própria ação
à deles : COOPERAÇÃO < -- > Capacidade de ir a frente : Progredir e Retroceder-
Regressiva
.RECIPROCIDADE DO PENSAMENTO : Essa estrutura de pensamento permite as
contribuições de ajuda mútua, de colaboração.
COLABORAÇÃO < - > Ser capaz de compreender os pontos de vista dos outros e
adaptar sua participação.
A criança que intercambeia em grupo suas ideias, com seus semelhantes, bem como
o adulto, tende a organizar de maneira Operatória seu próprio pensamento.
Aebli postula (demanda) que só o pensamento operatório torna a criança capaz de
participar de atividades de grupo. No pensamento egocêntrico a criança não é capaz
de compreender pontos de vistas diferentes dos seus. Sem possibilidade para a
cooperação e o trabalho em conjunto. Com o pensamento operatório a criança tende
a tornar lógico o pensamento egocêntrico.

.Grupos menores : capacidade maior de estabelecer relação afetiva mais intensa.


.GRUPOS : A vida humana é grupal, está relacionada a estar sempre em
convivência com o outro, sendo assim é necessária que existam regras para que a
vida em grupo se torne possível. Às vezes um comportamento pode se manifestar
inadequado em um determinado contexto, porque o seu emissor estava utilizando
como referência um grupo distinto àquele com o qual está interagindo
momentaneamente. Todo individuo é um grupo e todo grupo pode comportar-se com
uma individualidade.
.GRUPO no modo geral: o ser humano é gregário, o indivíduo participa desde o
nascimento de diferentes grupos. Conjunto de pessoas constitui um grupo;
Conjunto de grupos e sua relação com os respectivos subgrupos constitui uma
comunidade; Conjunto interativo das comunidades constitui uma sociedade. Todo
individuo é um grupo e todo grupo pode comportar-se com uma individualidade.-
Não existe uma restrição, mas aconselha-se serem da mesma faixa etária. Saber
qual é o objetivo desse grupo, precisa saber o que está buscando, talvez eliminar
queixas, sintomas.
.Condições básicas do GRUPO: Reunião entre pessoas que sob determinadas
circunstâncias combinadas entre si e regularmente se encontram com determinados
objetivos em comum. Transcende a somatória dos membros individualmente e forma
uma unidade e uma totalidade com uma dinâmica própria, caracterizando a própria
identidade grupal; Tem enquadre, normas e regras; Funciona como totalidade, com
dinâmica instaurada que delineia uma identidade grupal . É formado, entretanto, por
sujeitos com características individuais.
Coexistem forças opostas: a coesão e a desintegração; Coexistem dois interesses
contraditórios: os individuais e os do grupo; Coexistem duas dinâmicas: a consciente
e a inconsciente; Há sempre a formação de papéis, hierarquias, etc.; formação de
campo dinâmico no qual gravitam fantasias, ansiedades, resistências, transferências,
projeções, mecanismos defensivos; Formação de um campo grupal.

. KURT LEWIN (apud Bergamini, 1982) considera que a dinâmica do grupo é


determinada pelo conjunto de interações existentes no interior de um espaço
psicossocial. O comportamento dos indivíduos é em função dessa dinâmica grupal,
independente das vontades individuais.
Portanto, são elaborados quatro pressupostos:
• A interação do indivíduo no grupo depende de uma clara definição de sua
participação no seu espaço vital; • O indivíduo utiliza-se do grupo para satisfazer às
suas necessidades próprias; • Nenhum membro de um grupo deixa de sofrer o
impacto do grupo e. não escapa à sua totalidade;
• O grupo é considerado como um dos elementos do espaço vital do indivíduo • A
existência de objetivos comuns e interdependência para atingi-los (conteúdo); • Certa
divisão de papéis ou tarefas (estrutura); • O sentimento de pertencer e a existência
de vínculo emocional (processo).
Grupos são organizações de indivíduos que, possuindo objetivos comuns,
desenvolvem ações em direção a esses objetivos.
.GRUPO OPERATIVO : De ensino aprendizagem (grupos de reflexão) OPERATIVOS
Institucionais (empresas, escolas etc.) -- Comunitários (programas de saúde
mental--- Autoajuda ( A.A, Narcóticos Anônimos) – Terapêuticos -- Psicoterápicos
(diferentes abordagens).
.GRUPO TERAPÊTICO : Autoajuda ( A.A, Narcóticos Anônimos) – Terapêuticos--
Psicoterápicos (diferentes abordagens).
.KURT LEWIN :Psicólogo alemão; criador da expressão : “dinâmica de grupo”.
A teoria da Gestalt postula que o todo é mais do que a soma das partes. Por
exemplo, se uso quatro retas para desenhar um quadrado, o quadrado não é a mera
soma das quatro retas, o que fica claro se as disponho de modo paralelo. Mais do
que isso, postula-se que elementos podem ser suprimidos da ou adicionados à
percepção em função de leis de formação da figura (ou Gestalt) percebida. É fácil
notar que, no campo em questão, uma concepção fundada nesses princípios diria
que o grupo é mais do que a soma de seus participantes.
• Podemos assumir que o grupo tenha cinco membros e que cinco observadores
estejam disponíveis. Pode parecer que o caminho mais simples seja sempre o de
designar um observador para cada membro do grupo. Entretanto, o resultado seria,
na melhor das hipóteses, cinco microbiografias paralelas de cinco indivíduos. Esse
procedimento não permitiria um registro satisfatório mesmo de fatos tão simples da
vida do grupo como a sua organização, seus subgrupos e as suas relações líder-
membro, sem falar de fatos tão importantes como a atmosfera geral.
Portanto, ao invés de designar um indivíduo para cada observador, um observador
foi encarregado de registrar de minuto em minuto a organização do grupo em
subgrupos; outro, as interações sociais etc. Em outras palavras, ao invés de observar
as propriedades dos indivíduos, as propriedades do grupo foram observadas
enquanto tais (LEWIN, 1948, p. 73).
.VISÃO SOCIOLÓGIA : Ocampo social é uma Gestalt – um todo irredutível, onde
não podemos supor a dinâmica dos laços do grupo a partir da análise dos
subgrupos. Assim como o indivíduo em seu ambiente formam o campo psicológico ,
os grupos e seu ambiente formam o campo social.
• Campo Grupal ESTRUTURA formada por inúmeros fenômenos do psiquismo intra
e intersubjetivos, relacionados uns aos outros recíproca e dinamicamente, cujo
potencial energético depende do constante embate entre as forças coesivas e as
disruptivas presentes em um grupo; • Composto de múltiplos fenômenos e elementos
do psiquismo; INTERAÇÃO entre grupo de trabalho e o de supostos básicos; •
PRESENÇA DE MECANISMOS PRIMITIVOS (negação, projeção, dissociação,
idealização, etc.);• Identificações.
.COMUNICAÇÃO – verbal e não verbal; • Desempenho de papéis; • Vínculos; •
Fenômeno da ressonância; • Continência.
.CAMPO GRUPAL : um observador foi encarregado de registrar de minuto em
minuto a organização do grupo em subgrupos; outro, as interações sociais etc. Em
outras palavras, ao invés de observar as propriedades dos indivíduos, as
propriedades do grupo foram observadas enquanto tais. Campo Grupal : uma
potência de interações, coletivo, lado social, não ver o sujeito de modo individual.
Campo grupal em 2 planos : • 1.Da intencionalidade consciente – Bion chama de
Grupo de Trabalho • 2.Da interferência de fatores inconscientes – Bion chama de
Supostos Básicos(regido por desejos reprimidos, ansiedades e defesas) que tanto
podemos se configurar com a prevalência de sentimentos de Dependência ou Luta e
Fuga(contra medos emergentes) ou Acasalamento (esperança messiânica).• Neste
campo grupal acontecem fenômenos como: resistência e contraresistência;
transferência e contratransferência; de atuações; e processos identificadores, etc.
Grupo com finalidade operativa ou terapia necessita de uma coordenação para que
integração seja mantida.

.SCHUTZ E KURT LEWIN : Schutz e Lewin são dois importantes teóricos que
contribuíram para o entendimento das relações interpessoais no trabalho, cada um
com abordagens distintas. Ambos os teóricos oferecem insights valiosos que podem
ajudar a melhorar a qualidade das interações no ambiente organizacional. Tanto
Schutz quanto Lewin adotam uma abordagem humanizada ao considerar as
necessidades e dinâmicas interpessoais dos membros do grupo. Eles reconhecem
as limitações que podem surgir quando essas necessidades não são atendidas
adequadamente e destacam a importância de promover relações saudáveis e
eficazes no ambiente de trabalho.
. Semelhanças: Ambos enfatizam a importância das relações interpessoais no
contexto do trabalho e como essas relações influenciam o desempenho individual e
grupal. Tanto Schutz quanto Lewin reconhecem a necessidade de satisfazer certas
necessidades interpessoais para que os membros de um grupo se integrem e sejam
produtivos. Ambos os teóricos destacam a importância da comunicação aberta e
autêntica para promover a integração e a eficácia do grupo de trabalho.
.Diferenças: Enquanto Lewin se concentra mais na dinâmica de grupo e na influência
do ambiente social sobre o comportamento individual, Schutz destaca as
necessidades interpessoais individuais e como elas afetam a integração no grupo.
Lewin enfatiza a importância da mudança de comportamento e da resolução de
conflitos no grupo, enquanto Schutz se concentra nas necessidades de inclusão,
controle e afeição como impulsionadores da integração.
Schutz desenvolveu uma teoria das "necessidades interpessoais" para explicar a
integração no grupo, enquanto Lewin é conhecido por suas contribuições para a
teoria de campo na psicologia social.

.Mecanismos fundamentais:
Schutz: Necessidade de inclusão: Schutz destaca a importância de os membros de
um grupo se sentirem aceitos, integrados e valorizados pelos outros membros. Essa
necessidade de inclusão é fundamental para a integração no grupo.

.Necessidade de controle: Schutz também identifica a necessidade que os indivíduos


têm de sentir que têm algum controle sobre sua situação no grupo e sobre as
interações que ocorrem.

.Necessidade de afeição: A necessidade de afeição refere-se à busca por laços de


solidariedade e fraternidade no grupo, onde os membros desejam ser aceitos e se
afeiçoarem uns aos outros.

.Olhar humanizado: Schutz enfatiza a importância das necessidades interpessoais


dos membros do grupo, como a necessidade de inclusão, controle e afeição. Ele
destaca a busca por aceitação, integração e valorização no grupo como elementos
essenciais para a satisfação e eficácia das relações interpessoais.

.Limitações do grupo: Schutz reconhece que as limitações do grupo podem surgir


quando as necessidades interpessoais não são adequadamente atendidas. Por
exemplo, a falta de inclusão, controle ou afeição pode levar a conflitos, desintegração
e baixa eficácia do grupo.
.Mecanismos fundamentais:
. Lewin: Dinâmica de grupo: Lewin enfatiza a importância da dinâmica de grupo e
como as interações entre os membros influenciam o comportamento individual e
coletivo.
.Comunicação aberta: Ele destaca a necessidade de comunicação aberta e autêntica
entre os membros do grupo para promover a integração e resolver possíveis
bloqueios na comunicação.
.Resolução de conflitos: Lewin também aborda a importância de lidar com conflitos
de forma construtiva no grupo, buscando soluções que promovam a coesão e a
eficácia do trabalho em equipe.
.Olhar humanizado: Lewin adota uma abordagem humanizada ao enfatizar a
importância da comunicação aberta, da resolução de conflitos e da promoção de
relações autênticas no grupo. Ele reconhece a importância de compreender as
dinâmicas sociais e psicológicas dos membros para promover um ambiente de
trabalho saudável.
.Limitações do grupo: Lewin identifica as limitações do grupo quando há bloqueios na
comunicação, falta de integração real entre os membros e ritmo lento no progresso
das atividades. Ele destaca a importância de superar essas limitações por meio de
uma comunicação aberta e da resolução de conflitos.

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