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UC Aspectos Humanos e

Socioculturais

Profª Adriana Gomes


Dinâmica dos grupos nas
organizações
Relações Interpessoais
As relações interpessoais ocorrem ou desenvolvem-se em decorrência do
processo de interação.
À medida que as atividades e interações ocorrem, os sentimentos
despertados podem ser diferentes.
Relações Interpessoais
Assim, os sentimentos influenciarão as interações e atividades.
Se forem positivos: aumentam a interação e cooperação;
Se forem negativos: afastam as pessoas, geram falta de comunicação,
provocam perda de produtividade e de cooperação.
Como desenvolver competência
interpessoal?
Segundo Moscovici (2012, p.72):

“Competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente com relações


interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada as
necessidades de cada uma e às exigências da situação”.
Como desenvolver competência
interpessoal?
Essa interação é complexa e ocorre permanentemente entre as pessoas.
Por meio de comportamentos manifestados ou não manifestados, verbais e
não verbais – pensamentos, sentimentos, somatizações – físico-corporais ou
emocionais.
A forma de interação humana mais frequente e usual, é representada pelo
processo amplo de comunicação, seja verbal ou não verbal.
Relembrando: Comportamento
Organizacional
Robbins (2004) analisa o comportamento organizacional em três níveis:
Relembrando: Comportamento
Organizacional
Nível individual: examina-se fundamentos da conduta pessoal: valores,
atitudes, percepção, aprendizagem, o papel da personalidade e das emoções
nesse comportamento, a motivação individual e o processo individual de
tomada de decisão.
Nível do grupo: pondera-se modelos de comportamento de grupo: temas
relacionados à comunicação e à tomada de decisão dos grupos, liderança,
confiança, poder, política, conflitos, negociação, dentre outros.
Relembrando: Comportamento
Organizacional
Nível organizacional: discute-se como o comportamento pode ser afetado
por diferentes dimensões das organizações. Aborda-se temas como as
políticas e as práticas de recursos humanos e como elas influenciam os
componentes das organizações e a como a cultura institucional influencia o
comportamento dos membros.
Importância de estudar os grupos
A vida humana é grupal!

O primeiro grupo é a família: nos relacionamos com nossos parentes que


formam um conjunto perfeitamente identificável, que transmite
características próprias. Muitas vezes dizemos: “só poderia ser da família
tal!”.
Observe que não nos referimos nesse momento ao sujeito do
comportamento, e sim ao comportamento. É como se essa pessoa refletisse
uma espécie de linhagem comportamental perfeitamente identificada através
dos diversos atos que já observamos em outros membros de sua família.
Importância de estudar os grupos
Acontece o mesmo com as profissões...
Os profissionais têm um modo próprio de comportar-se que ao mesmo tempo
reflete a sua individualidade, mas também o grupo de referência a que
pertence. Isto é importante porque é este grupo de referência que o faz se
sentir apoiado no seu comportamento emitido.
Às vezes um comportamento pode se manifestar inadequado em um
determinado contexto, porque o seu emissor estava utilizando como
referência um grupo distinto àquele com o qual está interagindo
momentaneamente. Situações novas são desconfortáveis para a maioria dos
indivíduos que buscam referências no grupo para se relacionar.
Definição de grupo
Um grupo é um conjunto formado por duas ou mais pessoas que para atingir
determinado(s) objetivo(s).
Necessita algum tipo de interação, durante um intervalo de tempo
relativamente longo, sem o qual seria mais difícil ou impossível obter o êxito
desejado.
- Grupo de estudantes
- Grupo de amigos que joga futebol juntos nos finais de semana
- Grupo religioso
- Grupo de estudo, escoteiros...
Características do grupo
a) quanto menor for o número de seus membros;
b) quanto maior for a interação entre os seus membros;
c) quanto maior for a sua história;
d) quanto mais perspectiva de futuro partilhado seja percebido pelos seus
membros.
Tipos de Grupos
a) Grupos Formais: definidos pela estrutura da organização.

b) Grupos Informais: formações naturais que se dão dentro do ambiente de


trabalho, que surgem em resposta à necessidade de contato social.
Dinâmica dos grupos
Um grupo é um todo dinâmico!
Apesar de ser um conjunto de pessoas não é simplesmente a soma dos
participantes o que significa que qualquer mudança que ocorra em um dos
participantes vai interferir no estado do grupo como um todo e por
estarmos sempre mudando é que o grupo é dinâmico.
Dinâmica dos grupos
Quando um grupo se estabelece, uma série de fenômenos passa a atuar sobre
as pessoas individualmente e, consequentemente, atua sobre o grupo.
É o chamado processo grupal. Vamos destacar alguns desses fenômenos:
Fenômenos – Processo Grupal
Fenômenos – Processo Grupal
Coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto.
Um grupo, de acordo com suas características, pode apresentar uma
maior ou menor coesão.
Uma maior coesão geralmente é obtida quando o grupo observa que as
finalidades estão sendo cumpridas e os resultados estão sendo obtidos.
Quanto maior a coesão maior a satisfação dos membros e maior a
produtividade.
Fenômenos – Processo Grupal
Padrões Grupais: São as expectativas de comportamentos partilhados por
parte dos membros do grupo.
Esses padrões ou normas de comportamento são estabelecidos com a
especificação de atitudes ou comportamentos desejáveis por parte dos
membros.
Fenômenos – Processo Grupal
Motivações Individuais e Objetivos do Grupos
São os elementos que estão relacionados com a escolha que cada
indivíduo faz quando decide participar de um grupo e são importantes
para garantir a adesão.
Uma pessoa geralmente escolhe participar de um grupo a partir de suas
motivações pessoais, sejam motivações referentes aos objetivos do
grupo sejam atrações exercidas por membros daquele grupo.
Fenômenos – Processo Grupal
É importante observar as respostas que o grupo dá a essas
manifestações individuais as quais até podem ser admitidas, desde que
não interfiram nos objetivos centrais do grupo que sempre
prevalecerão.
Quanto mais o grupo zela pela sua coesão menos manifestações
individuais serão toleradas Uma manifestação individual que atente
contra os objetivos do grupo serão punidas com a exclusão daquele
membro.
Fenômenos – Processo Grupal
Fenômenos – Processo Grupal
Liderança
Para Kurt Lewin 1890 1974 os grupos democráticos tinham mais
eficiência a longo prazo enquanto os autoritários tinham uma eficiência
imediata.
Como as decisões são centralizadas na figura do líder, os membros
somente funcionam a partir de sua demanda e são, geralmente,
cumpridores de tarefas.
Já os grupos democráticos exigem maior participação de seus membros,
que dividem as responsabilidades com a liderança. Isso torna a
realização dos objetivos mais demorada, entretanto, mais duradoura.
Grupos Operativos e Teoria do Vinculo
Pichon Rivière (1907 – 1977)
Grupo Operativo: É um conjunto restrito de pessoas que, ligadas por
constantes de tempo e espaço e articuladas por sua mútua
representação interna propõe se, explícita ou implicitamente a uma
tarefa, que constitui sua finalidade(ROBBINS, 2020).
Grupos Operativos e Teoria do Vinculo
Pichon Rivière (1907 – 1977)
No entanto, não basta que haja um objetivo comum ou que tenha como
finalidade uma tarefa, é preciso que essas pessoas façam parte de uma
estrutura dinâmica chamada vínculo.
Exemplo: pessoas que estão em uma sala de espera de um cinema estão
reunidas no mesmo espaço durante o mesmo tempo, com o mesmo objetivo,
mas não se constituem em um grupo. Há a necessidade de se vincularem e
interagirem na busca de um objetivo comum, por isso, os princípios
organizadores do grupo são o vínculo e a tarefa.
Grupos Operativos e Teoria do Vinculo
Pichon Rivière (1907 – 1977)
Teoria do Vinculo: O homem se revela e se estrutura por meio da ação, ou
seja, do desempenho de papéis e do estabelecimento de vínculos.
Uma estrutura dinâmica, movida por motivações psicológicas, que rege todas
as relações humanas.
Grupos Operativos e Teoria do Vinculo
Pichon Rivière (1907 – 1977)
Teoria do Vinculo: Identificamos se o vínculo foi estabelecido, quando:
• Somos internalizados pelo outro e a internalizamos também.
• Ocorre uma mútua representação interna.
• A indiferença e o esquecimento deixam de existir na relação, passamos a
pensar, a falar, a nos referir, a lembrar, a nos identificar, a refletir, a nos
interessar, a nos complementar, a nos irritar, a competir, a discordar, a
invejar, a admirar, a sonhar com o outro ou com o grupo.
Grupos Operativos e Teoria do Vinculo
Pichon Rivière (1907 – 1977)
O processo de compartilhar necessidades em torno de objetivos comuns
constitui a tarefa grupal.
Para Pichon Rivière um grupo opera melhor quando há em seu conjunto de
pessoas:
• Empatia
• Pertinência
• Comunicação
• Afiliação
• Cooperação
• Centramento na tarefa
• Aprendizagem
Grupos Operativos e Teoria do Vinculo
Pichon Rivière (1907 – 1977)
• A pertinência pode ser vista como a qualidade da intervenção de cada um
no grupo.
• A afiliação é a intensidade do envolvimento do indivíduo no grupo.
• O centramento na tarefa é o eixo principal da cooperação, refere se ao grau
de interação com que um participante mantém o vínculo com o trabalho a ser
efetuado, e avalia a dispersão e a realização de esforço útil do indivíduo.
• A empatia é o modo como o grupo pode ganhar força para operar cada vez
mais significativamente.
Grupos Operativos e Teoria do Vinculo
Pichon Rivière (1907 – 1977)
• A comunicação é essencial para que haja entrosamento.
• A cooperação é o modo pelo qual o trabalho ganha qualidade e
operatividade.
• A aprendizagem é o resultado do trabalho e deve ser essencialmente
colaborativa.
Grupos e Equipes

Equipe é um tipo especial de grupo.


Seus membros possuem habilidades complementares e estão comprometidos
com um propósito comum, um conjunto de metas de desempenho e uma
abordagem para tarefa.
Diferenças entre Grupos e
Equipes de Trabalho
Grupo Equipe
 Esforço individual  Esforço coletivo
 Responsabilidade por  Responsabilidade compartilhada pelos
resultados individuais resultados globais
 Objetivo de trabalho individual  Objetivo de trabalho compartilhado
 Unidades de trabalho  Unidades de trabalho semi-autônomas
dependentes ou autônomas
E como fica a gestão de Grupos e
Equipes?
E como fica a gestão de Grupos e
Equipes?
Numa “equipe é preciso que haja um elemento de identidade, elemento de
natureza simbólica, que une as pessoas, estando elas fisicamente próximas,
ou não”. (VERGARA, 1999, p.149)
Maior ativo intangível de uma empresa se concentra na soma de habilidades,
conhecimentos e competências existentes nos profissionais desta mesma
empresa.
E como fica a gestão de Grupos e
Equipes?
Alguns dos problemas mais comuns que surgem nas equipes de trabalho:

Muitas pessoas não sabem ao


Com frequência, o objetivo ou objetivos nunca certo o que elas ou os outros
são claros – pessoas diferentes têm idéias devem fazer;
diferentes sobre quais são os objetivos!

Há competição tanto dentro da


equipe quanto fora dela;
E como fica a gestão de Grupos e
Equipes?
Características principais das equipes de alta performance:

Relacionamento Comunicação

Conhecimento Unidade
E como fica a gestão de Grupos e
Equipes?
O grande desafio das empresas na Transformação de grupos em Equipes de
trabalho é criar a cultura do “Nós”.
Estruturar uma equipe, é identificar potencial, competências e como cada um
pode contribuir para o alcance dos resultados, além da harmonização dos
diferentes estilos individuais.
Conhecer cada um no aspecto pessoal e profissional é requisito fundamental
para conseguir a integração dos talentos e das emoções.
E como fica a gestão de Grupos e
Equipes?
Tomada de decisões em grupos e equipes
Pontos fortes da tomada de decisões em grupo / equipes
“Duas cabeças pensam melhor que uma”
 gerar informações e conhecimentos mais completos;
 heterogeneidade ao processo;
 maior diversidade de pontos de vista;
 oportunidade para um número maior de abordagens e alternativas a serem
consideradas;
 geram decisões de qualidade mais elevada;
 aumentam a aceitação de uma solução.
Tomada de decisões em grupos e equipes

Pontos fracos da tomada de decisões em grupo / equipes


 Consomem muito tempo; pressões para conformidade dentro do grupo;
as discussões podem ser dominadas por apenas um indivíduo ou um
pequeno subgrupo (qualidade desse subgrupo); ambiguidade da
responsabilidade.
 Eficácia e eficiência: depende dos critérios (qualidade, criatividade,
rapidez, etc.).
Como conciliar tudo isso?
 Os objetivos devem estar claramente definidos;
 Todo mundo sabe para onde todo mundo está indo;
 Todo mundo confia que todo mundo está fazendo o que todo mundo tem
que fazer;
 Pessoas que não conseguem fazer acordos não conseguem caminhar
juntas;
 As pessoas precisam saber o que precisam saber, para que possam fazer
o que devem fazer.
Obrigada e

Uma excelente

semana!!

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