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Processos Grupais

Prof. Francisca Edinete Nogueira de Sousa


Modalidades Grupais

As instituições, as organizações e os
grupos
As instituições, as organizações e os grupos

A vida cotidiana é marcada pela vida em grupo.

Para que possamos viver em grupo, são necessárias certas regras, combinações e acertos.
Tomemos como exemplo a rotina do nosso trabalho.

Saímos de casa em uma determinada hora e vamos a um ponto de ônibus. Sabemos que este
passará em uma certa hora que nos permitirá estar no trabalho na hora precisa
As instituições, as organizações e os grupos

Para que isso aconteça, ou seja, para Procure recordar se você já participou de manifestações de massa.
Se você não vivenciou manifestações desse tipo, seguramente, já assistiu a alguma nos jornais de TV ou
em filmes. Descreva essa situação a seguir, relatando quais foram os seus sentimentos nesse momento.

Chegando ao trabalho, esperamos encontrar a porta aberta e o espaço organizado para que iniciemos
nossas tarefas. Sabemos também que vamos encontrar os nossos colegas. Todos esses eventos
acontecem a partir desses acertos implícitos, dessa regularidade, dessas normas, os quais nos permitem
conviver em grupo. A isso chamamos institucionalização, ou seja, o estabelecimento de regularidades
comportamentais que possibilitam o viver coletivo.
As instituições, as organizações e os grupos
A institucionalização começa como um processo em que as pessoas vão, aos poucos, descobrindo qual a

melhor forma, a mais rápida, a mais econômica, de desempenhar suas tarefas. Quando essa forma se

repete muitas vezes, torna-se um hábito. Com o passar do tempo, com a transferência desse hábito para

as gerações seguintes, começa a haver uma tradição que não exige mais questionamentos e, então,

impõe-se por ser uma herança dos antepassados. Depois de muitas gerações, passamos a não nos dar

conta do por que continuamos a fazer daquela forma, perdemos a referência de que a herdamos de

nossos antepassados. Nesse momento, dizemos que a regra social foi institucionalizada.
As instituições, as organizações e os grupos

A instituição é, pois, “um valor ou regra social reproduzida no cotidiano com estatuto de verdade, que

serve como guia básico de comportamento e padrão ético para as pessoas em geral [...] é o que mais se

reproduz e o que menos se percebe nas relações sociais” (BOCK, 1999, p. 217).
As instituições, as organizações e os grupos

Esse conjunto de regras e valores concretiza-se na sociedade em uma instância chamada

organização. A organização pode ser complexa, como as empresas, ou mais simples, como um

pequeno estabelecimento, uma entidade não governamental. De todas as maneiras, é onde

vão se manter e reproduzir as instituições sociais, ou seja, é na organização que vamos dar

vida ao conjunto de regras que estabelecemos para a convivência em grupo. Assim, tanto as

instituições quanto as organizações somente existem em função de um conjunto de pessoas

que reproduzem e, às vezes, reformulam as regras e os valores: o grupo


As instituições, as organizações e os grupos

Os autores definem grupo como sendo uma unidade que se dá quando os indivíduos interagem entre si
e compartilham normas e objetivos.
As instituições, as organizações e os grupos
Retomando....

Quando um grupo se estabelece, uma série de fenômenos passa a atuar sobre

as pessoas individualmente e, consequentemente, sobre o grupo. É o chamado

processo grupal. Vamos destacar alguns desses fenômenos:


Coesão

coesão – significa o resultado da aderência do indivíduo ao grupo, a fidelidade aos seus objetivos e a
unidade nas suas ações. Todo grupo só consegue sobreviver se mantiver uma atração entre seus
membros, assim, faz-se necessário uma certa pressão entre os membros para que nele permaneçam.
Um grupo, de acordo com suas características, pode apresentar uma maior ou menor coesão. Uma
maior coesão geralmente é obtida quando o grupo observa que as finalidades estão sendo cumpridas e
os resultados estão sendo obtidos. Quanto maior a coesão maior a satisfação dos membros e maior a
produtividade. Isso pode ser claramente observado em um time de futebol. Quanto mais ele se reveste
do sentimento de equipe, melhores são os resultados obtidos. E vice versa: quanto melhores os
resultados, mas aumenta a coesão do time
Padrões grupais

Padrões grupais – são as expectativas de comportamentos partilhados por parte dos membros
do grupo. Esses padrões ou normas de comportamento são estabelecidos com a
especificação de atitudes ou comportamentos desejáveis por parte dos membros. A partir
disso, estabelece-se uma fiscalização por parte do grupo quanto ao cumprimento dessas
normas, aplicando-se sanções aos que não as cumprem. Esses padrões muitas vezes não
são explicitados, mas espera-se que o indivíduo ao ingressar no grupo os perceba. Por
exemplo, não é necessário ressaltar para um membro de um grupo de jovens católico que ele
deve comparecer à missa, pois isso está implícito.
Motivações individuais e objetivos do grupo

Motivações individuais e objetivos do grupo– são os elementos que estão relacionados com a escolha
que cada indivíduo faz quando decide participar de um grupo e são importantes para garantir a adesão.
Uma pessoa geralmente escolhe participar de um grupo a partir de suas motivações pessoais, sejam
motivações referentes aos objetivos do grupo, sejam atrações exercidas por membros daquele grupo.

É importante observar as respostas que o grupo dá a essas manifestações individuais, as quais até
podem ser admitidas, desde que não interfiram nos objetivos centrais do grupo, que sempre prevalecerão.
Quanto mais o grupo zela pela sua coesão, menos manifestações individuais serão toleradas. Uma
manifestação individual que atente contra os objetivos do grupo serão punidas com a exclusão daquele
membro.
Liderança
Liderança – A habilidade do líder para motivar e influenciar o grupo produz efeitos na atmosfera deste. O grupo
pode desenvolver-se em um clima democrático, autoritário ou relaxado, dependendo da vocação do grupo e
de lideranças que viabilizem essa vocação. Assim, por exemplo, um grupo cujos membros acreditam que a
melhor forma de organizar as relações é a autoritária, vai necessitar de um líder autoritário, que, por sua vez,
reforçará a atmosfera autoritária dentro do grupo. Um dos grandes estudiosos da questão da liderança foi Kurt
Lewin (1890-1974).
Liderança
Para ele, os grupos democráticos tinham mais eficiência a longo prazo, enquanto os autoritários tinham uma
eficiência imediata. Como as decisões são centralizadas na figura do líder, os membros somente funcionam
a partir de sua demanda e são, geralmente, cumpridores de tarefas. Já os grupos democráticos exigem
maior participação de seus membros, que dividem as responsabilidades com a liderança. Isso torna a
realização dos objetivos mais demorada, entretanto, mais duradoura.
Referências
BOCK, A. M. B. Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. São Paulo: Saraiva, 1999.

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