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PSICOLOGIA E
COMPORTAMENTO
ORGANIZACIONAL
AULA 4
CONVERSA INICIAL
relações
estabelecidas nos grupos de trabalho.
Iniciamos demonstrando a
diferença entre grupos e equipes, bem como sua formação e
classificação e a
relevância do tipo de equipe denominada “equipes de alto desempenho”. No tema
funções e a
estratégia do feedback para as relações humanas na organização.
CONTEXTUALIZANDO
Em seus relacionamentos
pessoais, profissionais e ou sociais, você já se deparou com um
grupo em que a
comunicação era ineficiente, sendo a falta dela a causa de conflitos na relação
interpessoal? E ainda neste contexto, você já vivenciou uma situação em que um feedback
foi
fundamental para que houvesse a percepção de um comportamento que estava
sendo inadequado?
As organizações humanas de
qualquer natureza precisam de pessoas para existirem, bem como
motivos, entre
eles, estão: os interesses, necessidades e metas em comum, a semelhança
cultural e
até a proximidade física.
Para o consistente
conhecimento da dinâmica dos grupos e das equipes nas organizações, é
tarefa, da
responsabilidade e resultado do trabalho como nos revelam, Robbins, Judge,
Sobral
(2010): um grupo é definido como dois ou mais indivíduos,
interdependentes e interativos, que se
atuação de seus
membros: “uma equipe gera uma sinergia positiva por meio de esforço coordenado.
equipes de
trabalho por meio de analogias: o grupo é uma casa, a equipe é um lar; o grupo
é uma
cidade, a equipe é uma comunidade; o grupo é um quarteirão, a equipe é
uma vizinhança.
e comprometimento de
seus membros para o atingimento de objetivos compartilhados. Entretanto,
esta
condição exige um processo de desenvolvimento que segundo Moscovici (1999, citado
por
Compreende
seus objetivos e está engajado em alcançá-los de forma compartilhada;
A
comunicação entre os membros é verdadeira e as opiniões divergentes são
estimuladas;
A
confiança é grande e assumem-se riscos;
As
habilidades complementares dos membros possibilitam alcançar resultados;
Os
objetivos compartilhados determinam seu propósito e direção;
O
respeito, a “mente aberta” e cooperação são elevados;
O
grupo investe constantemente em seu próprio crescimento.
A existência de grupos e
equipes em uma organização, para que haja a maior ou menor
efetividade,
dependerá dos objetivos e características particulares de cada contexto
organizacional.
unidades de trabalho.
que sejam
capazes, por meio de seus membros, de atuarem com flexibilidade, dedicação,
comprometimento e qualidade no atingimento dos objetivos da organização. Estas
equipes são
autodireção.
um produto ou
serviço da empresa em atendimento ao cliente interno ou externo. São
profissionais
focados na melhoria das operações, possuem competência para a
resolução de problemas, são
organização seria
apenas uma confusão de pessoas e equipamentos, do mesmo modo que uma
orquestra
sem um maestro seria apenas um conjunto de músicos e instrumentos musicais
(Newstrom,
2011). Portanto, este tema sobre a liderança nas organizações é de fundamental
objetivos organizacionais.
administração entre
outras, tem tratado sobre a liderança na construção de teorias e definições.
de equipe. No
quadro 2 apresentamos alguns dos conceitos de liderança.
Autor Conceito
Bagatini;
Persico A
liderança é uma habilidade de persuadir ou dirigir as pessoas sem o uso do
prestígio ou da
Chiavenato
(2010 A
liderança é uma influência interpessoal exercida numa dada situação e
dirigida por meio do
Mesadri;
Pasetto A
liderança está concentrada no papel do líder: O líder é aquele indivíduo que
consegue influenciar
(2012, p .62). as pessoas que estão sob sua supervisão para que estas
atinjam os resultados esperados.
Robbins;
Judge; Liderança
significa gerenciar a mudança: Os líderes estabelecem direções por meio do
Sobral (2010, p. 359). desenvolvimento de uma visão do futuro; depois engajam as pessoas,
comunicando-lhes essa
visão e inspirando-as a superar os obstáculos.
fator que
diferencia a liderança da ação de gerenciamento, uma vez que esta capacidade
não está
liderança influencia,
motiva e capacita as pessoas a contribuírem para a eficácia e o sucesso das
organizações das quais são membros” (Mcshane; Von Glinow, 2012, p. 318).
Segundo Mesadri e
Pasetto (2012, p. 62) “a liderança não possui em sua essência um caráter
genético, ou seja, nenhum líder nasce pronto, pois a liderança é uma capacidade
que pode ser
administração
contemporânea, pois é possível desenvolver competências e habilidades que
Historicamente os primeiros
estilos que se apresentam são considerados como estilos
clássicos, estando
estes descritos a seguir no quadro 3.
Teoria Definição
Teoria
da Neste
estilo específico de liderança é exercido de forma individual, centralizador
e com uma hierarquia
Atua na estruturação
de toda a situação de trabalho para seus funcionários, os quais devem
apenas fazer o que lhes
for solicitado, sem o pensar de modo autônomo, centralizando
no líder o poder e a tomada de decisões. Age como
Teoria da Ao
contrário da autocrática, este estilo de liderança tem ênfase no liderado. O
líder permite total liberdade
acompanhamento constante.
Teoria
da Neste
modelo, é um estilo de liderança marcado pelo caráter participativo e
consultivo, em que o líder se
Liderança torna um facilitador do processo, considerando a
opinião de um ou mais funcionários para a tomada de
Este
modelo de liderança situacional sugere que o fator mais relevante na escolha
do estilo de um líder é
independentemente. Os funcionários
normalmente se tornam mais desenvolvidos em uma tarefa à medida que recebem
a
orientação adequada, ganham experiência profissional e enxerguem as
recompensas associadas ao comportamento
cooperativo.
Fonte: Newstrom,
2011.
líder que
“deixa rolar para ver como é que fica”). Para tanto demonstraremos no quadro 4,
alguns dos
Teoria Definição
Teoria da A
teoria carismática da liderança baseia-se na atribuição, por parte dos
seguidores, de habilidades
Teoria da liderança A
teoria da liderança transformacional é a teoria que cria uma noção de dever
dentro da organização,
orienta.
Teoria
do Líder A
liderança se baseia no termo em inglês coacher que significa
“treinador, técnico”, assim está se
Líder Coach)
Teoria
da Essa
nova visão de liderança propõe que o líder deve ser humilde, encarando as
mesmas tarefas
estilos de liderança,
pois os funcionários não respondem somente ao que os líderes pensam, fazem
e
dizem, mas também aquilo que eles percebem que seus líderes são (Newtrom, 2011).
de outrem,
estamos expressando nossas verdades, nossas crenças e valores, o que
possibilita a
ou
antagonismo, sendo o oposto da cooperação. E constitui o lado oposto da
cooperação e da
colaboração, remete ao desacordo, e discordância entre as
pessoas em suas relações interpessoais.
No contexto corporativo
encontramos condições internas que predispõem ao conflito que
segundo
Chiavenato (2004 p. 404), elas são inerentes aos ambientes organizacionais e
surgem em
função dos antecedentes de:
a)
Diferenciação: com a especialização e o
crescimento dos setores da empresa, os
objetivos e interesses dos grupos vão se
diferenciando e podem se tornar incompatíveis.
b)
Recursos compartilhados e limitados: os
recursos da organização são limitados ou
escassos, mas precisam, ser
distribuídos entre os diferentes setores. Isto gera interesses
incompatíveis
entre os grupos.
c) Interdependência
de atividades: as pessoas e grupos de uma organização
dependem
uns dos outros para realizar suas atividades e alcançar seus
objetivos. Quando ocorre que um
a)
Conflito latente: não é declarado, pois não há
consciência clara da sua existência pelos
envolvidos. Eventualmente não chegam
a emergir e não precisam ser trabalhados.
b) Conflito
percebido: é quando os envolvidos possuem a percepção e compreensão
racional da existência do conflito.
c) Conflito
sentido: é o conflito que atinge ambas as partes. Há emoção e
percepção
consciente pelos envolvidos.
d)
Conflito manifestado: é o chamado conflito aberto,
quando já atingiu ambas as partes
e gera reações. É percebido por terceiros e
pode interferir na dinâmica da organização.
a)
Espera: é a fase em que se tenta
localizar a via para algum tipo de ação, enquanto não
b)
Tensão: surge a tensão e ansiedade pela
possibilidade de frustração em função da
alívio da
tensão.
os conflitos são
construtivos quando melhoram a qualidade das decisões, estimulam a criatividade
a)
Efeitos positivos: por meio do conflito o grupo
é despertado para sentimentos
problemas
existentes de forma eficaz, evitando outros possíveis conflitos.
b)
Efeitos negativos: o conflito pode provocar
consequências negativas como frustação,
cooperação no
grupo prejudicada por tais comportamentos.
envolvidas,
sendo para o gestor um desafio e responsabilidade facilitar a administração e
solução do
conflito como nos mostra Chiavenato (2004):
O conflito é
inevitável, o administrador precisa conhecer a respeito de suas possíveis
soluções ou
b) Colaboração: o
estilo comtempla os interesses das partes envolvidas por meio de uma
atitude
tanto assertiva quanto cooperativa. Por meio da colaboração ambas as partes
ganham
e se comprometem com a solução.
c) Evitamento: é um
estilo cuja atitude não assertiva e também não cooperativa, pois
evita o
envolvimento com o conflito, negando a sua existência e o contato com as
pessoas
envolvidas.
e)
Compromisso: é o estilo caracterizado por
uma posição intermediária entre a
em conjunto uma
realidade social única, denominada de “relação”. As relações interpessoais
emergem por meio dos padrões desta interação em que acontece o ciclo de
comunicação como
veremos na sequência.
O processo de comunicação
amplamente estudado nas diversas áreas do conhecimento se
resposta,
frente à mensagem recebida. Daí em diante, transmite parte de sua reação
para o emissor
(feedback). Neste processo deve haver um canal pelo
qual se encaminha a mensagem, estando esta
A comunicação interpessoal
consiste na troca de informação entre dois indivíduos ou mais,
cujas mensagens devem
ser comunicadas de forma que os dois participantes possam compreender,
O desenvolvimento de
competência interpessoal exige a aquisição e o aperfeiçoamento de certas
No contexto organizacional, a
comunicação significa manter os subordinados informados,
oferecendo feedbacks
adequados, explicando decisões e políticas, sendo franco quanto aos próprios
problemas.
Segundo Robbins, Judge, Sobral
(2009) as funções da comunicação na organização podem ser
classificadas em quatro
principais questões: controle do comportamento, motivação dos
funcionários,
meio para a expressão emocional e oferecer informações:
a)
Controle do comportamento: é exercido de várias
maneiras, por exemplo, quando
normas e procedimentos de trabalho são
transmitidos, quando alguém é criticado, quando há
b) Motivação
dos funcionários: a comunicação eficaz é motivadora quando
esclarece aos
c) Meio
para a expressão emocional: os sentimentos de satisfação ou insatisfação,
d)
Oferecer informações: as informações recebidas
facilitam a tomada de decisão, por
meio do conhecimento de dados sobre as
situações, permitindo que estas sejam analisadas e
de fato, estão
presentes em todas as situações de interação nas organizações.
Saiba mais
Entre as estratégias
comunicacionais utilizadas no meio corporativo está o feedback que ocorre
“[...] quando uma pessoa transmite à outra suas impressões sobre alguma
situação vivenciada ou
mensagem recebida, podendo ser uma observação positiva
ou negativa (Tajra, 2014, p. 41).
cada colaborador
para a promoção e valorização das pessoas no campo profissional. O que
diferencia o feedback de uma crítica é o interesse genuíno em promover o
desenvolvimento do outro.
O feedback na comunicação
organizacional permite que cada pessoa possa saber como é vista
pelas outras,
tornando-se assim essencial para o desenvolvimento profissional.
a)
Descritivo, em vez de avaliativo:
quando não há julgamento, apenas o relato de um evento,
reduz-se a necessidade
de reagir defensivamente, e assim a pessoa pode ouvir e sentir-se à
vontade
para usar aquele dado como julgar conveniente.
b) Específico,
em vez de geral: quando se diz a alguém que ele é “dominador”,
isso tem menos
significado do que indicar seu comportamento em uma determinada
situação, ou seja,
c) Compatível
com as necessidades (motivações) de ambos: comunicador e
receptor – pode ser
f) Oportuno: em
geral, o feedback é mais eficaz se for oferecido logo após a ocorrência da
g)
Deve ser esclarecido para assegurar uma boa comunicação: um
modo de proceder é pedir ao
quanto os denominados
negativos. Por meio deste processo é possível o entendimento entender o
que se
está realizando de forma inadequada, com vistas a buscar melhorias e a
manutenção de
Na comunicação interpessoal,
nas organizações, é necessário reconhecer a necessidade de dar
e receber feedback,
de se expressar adequadamente e saber ouvir, considerando que esses são
momentos que possibilitam a mudança, com ganhos pessoais e profissionais.
5.1 O FEEDFORWARD
Raramente o diálogo se
dá a partir dos desafios que a pessoa terá de enfrentar no futuro ou dos
Ao contrário do feedback,
cujo foco é no resultado do desempenho e faz uma reorientação
propondo mudanças,
o feedforward tem como foco a valorização das competências, sustentado
na
TROCANDO IDEIAS
proposta: Como se dá a
comunicação corporativa na empresa onde você trabalha ou trabalhou? A
competência/habilidade
de comunicação está presente? Como se dá a comunicação e os
relacionamentos
interpessoais?
NA PRÁTICA
s-nao-compram-o-que-voce-faz-elas-compram-porque-voce-faz-isso/>.
Acesso em: 24 abr. 2020.
FINALIZANDO
REFERÊNCIAS
2012.
CHIAVENATO, I. Comportamento
Organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações. 3.
ed.
Barueri: Manole, 2014.
_____. Gestão de
pessoas: e o novo papel dos recursos humanos na organização. 2. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2004.
DUTRA, J. S. Avaliação
de Pessoas na Empresa Contemporânea. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
MESADRI, F. E.;
PASETTO, N. V. Comportamento organizacional: integrando conceitos da
realidade
global. 6. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014, cap. 4.
MATOS, G. G. Comunicação
empresarial sem complicação. 3. ed. Barueri: Manole, 2014.
MOSCOVICI, F. Desenvolvimento
Interpessoal - Treinamento em Grupo. Rio de Janeiro: Jose
Olympio, 2012.
NEWSTROM, J. W. Comportamento
Organizacional: O comportamento humano no trabalho. São
Paulo: MacGrawHill,
2011.
ROBBINS, S. P. Comportamento
organizacional. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
TAJRA, S. F. Comunicação
e negociação: conceitos e práticas organizacionais. São Paulo:
Érica/Saraiva, 2014.
GABARITO
fazer o seu
melhor e da melhor maneira possível para os liderados, diferenciando-se porque
pensam,
agem e se comunicam de forma diferente.