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GRUPOS OPERATIVOS DE PICHON RIVIERE

GOVERNADOR MANGABEIRA
2023
ENRIQUE PICHON RIVIÉRE

 25/06/1907- Suíço e de pais franceses, mudou-se com a


família para a Argentina ainda na infância.

 Ainda como estudante, na escola secundária, teve seu


primeiro contato com a obra de Freud.

 Graduou-se em medicina especializando-se em psiquiatria.

 Psicossomática- Psiquiatria Dinâmica- Psicanálise


(Psicoses)
BIOGRAFIA

 Psiquiatra no Asilo de Torres- Depois foi trabalhar no Hospício das


Mercedes. (Ressocialização-Time de Futebol).
 Com esta experiência ele se dá conta da importância do esporte e da
equipe de futebol como uma terapia grupal dinâmica.
 Em 1942 funda com outros colegas a Associação Psicanalítica Argentina-
(APA).
 Em 1951 viaja para a Europa e conhece Melaine Klein e Lacan com quem
supervisiona alguns casos, já que ele havia tomado determinados aportes
da Psicanálise.
BIOGRAFIA

 Funda em 1953 o Instituto Argentino de Estudos Sociais e como parte

desta instituição a Escola de Psiquiatria Dinâmica cujo nome mudara

mais tarde para a Escola de Psiquiatria Social.

 Aqui já se vislumbra a passagem da Psicanálise para a Psicologia

Social com o aparecimento do termo "social"

 Adoece gravemente em 1974 e fica hospitalizado por vários meses.

Mesmo assim continua trabalhando e assistindo as aulas da Escola.

Faleceu em 1977.
GRUPOS OPERATIVOS

 Greve dos enfermeiros do Hospital Psiquiátrico (Os


pacientes menos comprometidos, assistiam os mais
comprometidos)

 O novo processo de comunicação estabelecido entre os


pacientes e a ruptura de papéis estereotipados- o de quem
é cuidado, para o de quem cuida- foram os elementos
referenciais do processo de evolução desses enfermos.
GRUPOS OPERATIVOS

 Consiste numa técnica de trabalho com grupos, cujo objetivo


é promover um processo de aprendizagem. Aprender na
teoria pichoneana é sinônimo de mudança.
 Pode ser utilizada em diversos contextos- Integrantes
centrados na tarefa. (cura, aprendizado, diagnóstico).
 Compreensão do Campo Grupal como um processo
dinâmico-Movimento.
AS FASES

 Resistência- Paralisa o prosseguimento do grupo- Conclusão da


tarefa não é alcançado.

 Pré Tarefa- Definida naquelas atividades onde a presença dos medos


básicos (angústia de perda e ataque) constituem defesas ou
resistência à mudanças. Um situação que paralisa o prosseguimento
do grupo.

 Projeto- Se aplicam estratégias e táticas para produzir mudanças.


OS PAPÉIS INSTITUÍDOS

 Coordenador: Facilitar a articulação dos integrantes do grupo com


a tarefa; colaborar com o processo grupal desocutando os fatos
implícitos que possam vir entravar o seu desenvolvimento,
tornando a comunicação fluida e criativa.

 Observador: Observar e registrar o processo grupal,


responsabilizando-se pelo registro da história do grupo, para
posteriormente, junto com o coordenador analisar o ocorrido.

 Integrantes: Desenvolver a tarefa, se auto-desenvolver integrando


o pensar, sentir e agir na direção dos objetivos comuns.
OS PAPÉIS QUE SURGEM

 Porta Voz: É aquele que expressa as ansiedades do


grupo- Emergente que denuncia a ansiedade.

 Bode Expiatório: Sua opinião não é aceita pelo grupo-


Depositário de todas as dificuldades do grupo e culpado
de cada um de seus fracassos.

 Líder: O grupo corre o risco de ficar dependente e agir


somente de acordo com o líder e não como grupo.
VÍNCULO PARA PICHON

 Estrutura psíquica complexa, dialética, que inclui


sempre um sujeito, um objeto de investimento e sua
mutua interrelação, que passa pelo processo de
comunicação e aprendizagem.

 Não existe grupo sem vínculo.


VERTICALIDADE/HORIZONTALIDADE

 Verticalidade= História pessoal , experiências de cada


integrante-

 Horizontalidade= Dimensão atual grupal- Elementos que


caracterizam o grupo. Aquilo que é compartilhado
COMO TORNAR UM GRUPO
OPERATIVO?

 Um grupo se torna operativo quando preenche as


condições preconizadas nos 3Ms:

 MOTIVAÇÃO para a tarefa;


 MOBILIDADE nos papéis a serem desempenhados;
 Disponibilidade para MUDANÇAS que se
evidenciam necessárias.
ESQUEMA DO CONE INVERTIDO

 Fenômenos que se manifestam como modelos de conduta, e


servem para avaliar os processos de interação e integração
grupal: 07 tipos.
ESQUEMA DO CONE INVERTIDO
Identificação: Processo em que a individualidade se identifica,
mas ainda não está integrado a Dinâmica Grupal;

Pertença: Implica na afiliação, com consciência de


pertencimento, do indivíduo ao grupo;

Comunicação: Reciprocidade e troca de informações;

Cooperação: Consiste na contribuição ainda que


silenciosa, para com a tarefa grupal;
ESQUEMA DO CONE INVERTIDO

 Pertinência: Manifesta-se na concentração do grupo na tarefa prescrita.


Avalia-se a qualidade da pertinência através da produtividade grupal;

 Aprendizagem: É avaliada pela adaptação ativa à realidade, pela


resolução das ansiedades, e pela criatividade e capacidade de
elaboração de projetos grupais;

 Tele: (Moreno)- A força que permite que o grupo, desde os primórdios


da identificação e da pertença, continue interagindo e integrado em
torno da tarefa. Ponto culminante da eficiência em todos os processos
anteriormente avaliados.
O E.C.R.O- ESQUEMA CONCEITUAL
REFERENCIAL E OPERATIVO

 Conjunto de experiências, conhecimentos e afetos com os


quais pensa e atua. É resultado dinâmico da estruturação
da personalidade, a partir de um grande “conjunto de
experiências, que refletem uma configuração do seu mundo
interno, segundo o qual o sujeito pensa e atua sobre a
realidade externa.

 Grupo= Espaço privilegiado de mudanças, onde o indivíduo


expressa sua singularidade e ao mesmo tempo tem acesso
ao institucional e social.
QUE GRUPO É ESSE?

 Definir quem é esse grupo? (Participantes)

 Qual a finalidade do grupo?

 Qual a frequência?

 Quem coordena? Observador?

 Local?
TAREFA

 Um objetivo específico para cada encontro

 De acordo com o objetivo geral do grupo

 Como as pessoas reagem?

 Discussão (Espaço para os participantes falarem)

 Você pode utilizar esses resultados para a próxima tarefa


IMPORTANTE!

 Tirar o foco da doença

 Enxergar a pessoa (Medos, ansiedades, alegrias,


dificuldades e conquistas)

 Não perca o foco do seu trabalho.


REFERÊNCIAS

 PICHON- RIVIÉRE, Enrique- O processo grupal. São


Paulo : Martins Fontes,1982.

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