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Faculdade Frassinetti do Recife

Graduação em Psicologia

Bianca Trajano Bion


Heloísa da Costa Cabral Marinho e Silva
Milena Guerra de Lucena
Tainá Lima
Vitória Luiza Vieira
4º período de psicologia B

Projeto: Dinâmicas de grupo

2022
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Bianca Trajano Bion


Heloísa da Costa Cabral Marinho e Silva
Milena Guerra de Lucena
Tainá Lima
Vitória Luiza Vieira

DINÂMICAS DE GRUPO
Projeto de intervenção psicossocial

Estudo dirigido como requisito parcial à obtenção


de nota para a 2ª Culminância Pedagógica, na
disciplina de Processos Psicológicos Grupais,
referente ao 4º período da graduação em
psicologia, turma B. Disciplina ministrada pelo
professor Paulo Aguiar.
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………4

OBJETIVO GERAL…………………………………………………………………………5

OBJETIVOS ESPECÍFICOS……………………………………………………………….5

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Dinâmica dos grupos e o processo grupal…………………………………………………....6

Gestalt…………………………………………………………………………………………7

MÉTODO……………………………………………………………………………………..9

DINÂMICAS A SEREM APRESENTADAS…………………………………………......10

TABELA DE
DINÂMICAS………………………………………………………………...17

REFERÊNCIAS…………………………………………………………………………….18
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INTRODUÇÃO

O presente projeto de Intervenção Psicossocial é voltado aos voluntários da ONG Samaritanos e tem o
objetivo de fortalecer vínculos no grupo e facilitar a elaboração de sentimentos, a exemplo da
frustração, decorrentes do trabalho com pessoas em situação de rua.

Os Samaritanos atuam como ONG há 2 anos, mas a história da organização começou em 2015,
quando jovens frequentadores da paróquia de Casa Forte se uniram para distribuir alimentos.

Hoje, o grupo conta com cerca de 200 voluntários, divididos em comissões, como a de saúde, jurídica,
logística e comunicação, que ajudam a fazer o projeto de distribuição de alimentos e roupas, chamado
de Ronda, acontecer nas terças e quintas-feiras, à noite. A estimativa do grupo é de que 500 pessoas
em situação de rua, de 21 bairros do Recife e Olinda, são acolhidos.

Durante as rondas, também são realizados atendimentos jurídicos e de saúde, além da captação de
currículos e parte da triagem para o projeto Volver, que ajuda trabalhadores a voltarem ao mercado de
trabalho. Alguns casos são encaminhados para a rede pública de saúde, parceiros do setor privado ou
para a sede dos Samaritanos, em Santo Amaro, onde são oferecidos serviços.

É no dia a dia do trabalho que as demandas dos voluntários surgem. Em entrevista ao grupo, relataram
que sentem frustração quando as pessoas contempladas pela ONG se recusam a seguir orientações ou
não dão continuidade a um tratamento de saúde necessário ou a um processo de entrevista de
emprego, por exemplo. Também emergem sentimentos de tristeza e ansiedade diante de situações de
vulnerabilidade social, especialmente por parte dos voluntários recém-chegados.

Um outro problema que deve ser tratado é o comprometimento. A pandemia trouxe o medo do
convívio social, levando muitos voluntários a se afastarem das atividades. Um dos coordenadores de
ronda afirma que chegaram a ter 30 pessoas atuando nas rondas durante a pandemia, quando o normal
era ter 100. Mesmo após a estabilização da COVID-19, os números na ONG não voltaram ao
esperado, já que muitos eventos promovidos pelos Samaritanos ou ligados à igreja Católica ainda
estão suspensos. Esta era uma forma de atrair e manter uma conexão dos participantes com o grupo. A
pandemia afetou a rotatividade dos voluntários novos. Antes, trabalhavam pelo menos um ano na
organização, mas agora não chegam a passar 6 meses, devido à falta de motivação. Isso prejudica a
elaboração de planos e o atendimento das pessoas em situação de rua.

Diante deste cenário, sugerimos a realização de dinâmicas com o grupo de coordenadores de ronda,
formado por 9 pessoas, para estimular o diálogo sobre frustração e comprometimento.
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OBJETIVO GERAL

Elaborar sentimentos de frustração e ansiedade decorrentes do trabalho voluntário com pessoas em


situação de rua

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Trabalhar a comunicação no grupo

- Fortalecer o sentimento de pertencimento ao grupo

- Delimitar o papel do voluntário

- Motivar os participantes do trabalho voluntário


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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Dinâmica dos grupos e o processo grupal

O trabalho voluntário é reconhecido há cerca de cinco séculos, com a fundação da Santa Casa de
Misericórdia, mas somente a partir da década de 1960 tem sido alvo de estudos científicos (Souza,
2007). É caracterizado por uma atividade realizada por livre e espontânea vontade do indivíduo, sem
expectativa de retorno financeiro (Branco, 1983). No Recife, havia 149 mil pessoas maiores de 14
anos praticando algum tipo de voluntariado em 2018, o equivalente a 8% da população, de acordo
com a última pesquisa do IBGE sobre o tema. (ALVES, 2018).

Levando em consideração a relevância deste tipo de trabalho, o presente estudo se propõe a analisar as
questões relacionadas à frustração e ao comprometimento na ONG Samaritanos com base na teoria da
Dinâmica de Grupo.

O principal teórico da Dinâmica de Grupo, Kurt Lewin, foi o psicólogo mais influente da psicologia
social e das organizações. Ele estudou medicina, biologia, filosofia e psicologia. Em 1945, fundou o
centro de pesquisas em dinâmica de grupos, dando início à introdução desse termo no universo da
psicologia. Lewin estava sempre disposto a ouvir opiniões a respeito dos temas estudados, porém suas
descobertas sobre a comunicação humana se consolidaram como ciência a partir de experimentos e
verificações no dia a dia dos grupos, só o laboratório não seria levado em conta (JUSTINIANO,
2020).

Sua teoria foi inspirada pelo princípio de que o todo é maior que a soma das partes, da Gestalt,
portanto, na visão de Lewin, o grupo é uma totalidade dinâmica com características próprias
resultantes da inter-relação entre seus membros, não das psicologias individuais. Tem objetivos
próprios e relações próprias com outros grupos. (LEWIN, 1948).

Para entender por que ocorrem sentimentos como frustração e baixa motivação, que levam à falta de
comprometimento e evasão do grupo, é preciso examinar o funcionamento do grupo e aspectos como
o espaço vital e o campo de forças. “O comportamento é derivado da totalidade de fatos coexistentes
e importa examinar o campo dinâmico atual e presente, analisando-se os sistemas de tensão que se
produzem pelas forças em ação (atração, repulsa, coerção etc.)” (PASQUALINI et al, 2021).

No espaço vital, o comportamento não dependerá do passado ou futuro, mas de fatos de interconexões
com o sujeito e sua percepção atual. No grupo, é criado um campo de forças dinâmico. Porém existem
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limites estabelecidos por características físicas e sociais, mantidos através das escolhas feitas pelo
sujeito como membro desse grupo, com base em suas próprias motivações. (JUSTINIANO, 2020)

Cada pessoa faz parte de vários grupos e constroem seus próprios espaços vitais. No grupo, ocorre o
encontro dessas diferentes realidades. Por isso, é importante trabalhar a comunicação, fator essencial
para o diálogo sobre sentimentos, fortalecimento de vínculo entre os membros e a motivação.
Lapassade (1983) diz que as estruturas de comunicação têm consequências para a vida do grupo e o
seu clima.

Lewin considerava que o clima do grupo - o sentimento existente naquele todo dinâmico - é essencial
para mudar as forças existentes e provocar movimento. Um clima saudável depende de um líder
democrático, que esteja à disposição para tirar dúvidas, explicar, fomentar a sensação de liberdade e
de pertencimento, possibilitar decisões em conjunto, além de elogiar e criticar objetivamente
(LEWIN, 1948).

Um grupo com sentimento de equipe, coesão, membros participativos e fiéis aos objetivos em
comum, impacta na perspectiva temporal. Para Lewin, quando alguém renuncia à esperança, se retrai
a uma vida primitiva e passiva, perde a energia e para de planejar e desejar um futuro melhor,
afetando a moral e a disposição para agir (LEWIN, 1948). O futuro faz parte do espaço vital de cada
sujeito, assim como o passado e o presente. Assim, a perspectiva temporal e o clima podem afetar a
moral, a produtividade e a coesão de um grupo. É importante analisar, portanto, se a frustração
decorrente do trabalho com moradores de rua e a desistência do voluntariado podem estar ligados à
falta de esperança no contexto grupal ou social.

A teoria de Kurt Lewin foi o pontapé inicial para o estudo das dinâmicas de grupo, em 1930.
Posteriormente, o conceito se ampliou. A expressão "dinâmica de grupo" engloba, pois, uma tríplice
significação: é uma ciência, um conjunto de técnicas e um pensamento. (AUBRY, SAINT-ARNAUD
1978) Nesta proposta de intervenção, apresentamos algumas técnicas que podem ser empregadas no
contexto da ONG Samaritanos.

Gestalt

A teoria da Gestalt pode ser usada como base das dinâmicas de grupo para facilitar a cooperação e o
desenvolvimento do grupo através do desenvolvimento dos indivíduos ali presentes. Esta abordagem
foi escolhida por procurar promover a mudança psicológica através de objetivos e tarefas que
favorecem a aprendizagem. (BORIS, 2013)

O ciclo de um grupo gestáltico passa por fases em que os participantes captam a situação do grupo
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usando seus próprios sentidos; tentam compreender os outros que compartilham o aqui e agora da
vivência grupal através das sensações, trocas e temas comuns; mobilizam a energia, tendendo à ação;
se percebem como comunidade, consolidando o sentimento de grupo; sentem completude, integração
e afeto mútuo e tratam os problemas coletivamente; e, por fim, se recolhem para avaliar a experiência
e, se houver tempo, abrir espaço para novos temas e iniciar o processo novamente. (Boris, 2013)

A importância de estimular a cooperação e o fortalecimento de vínculos no Samaritanos é grande,


visto a importância do trabalho realizado. A população em situação de rua, que cresce a cada dia, é
reflexo do modo de produção capitalista que não concede oportunidades iguais a todos e tem no seu
cerne a exploração e a desigualdade. (PEREIRA, 2007) Considerando a tendência de dissolução dos
grupos na sociedade do consumo, os grupos existenciais - como o que se quer realizar na ONG -
constituem uma forma de resistência. (FONSECA, 1988)
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MÉTODO

Dinâmicas em grupos propõem o desenvolvimento de valores individuais e coletivos, considerando o


pensamento e sentimento do sujeito durante o processo. O objetivo é desenvolver um caminho prático
e sistemático para buscar o progresso dos membros, levando em conta elementos possíveis para
compreensão dos processos vividos por cada membro do grupo. Não existe um caráter pedagógico
nesse tipo de dinâmica, mas com o uso de temas específicos, com objetivos concretos, o sentimento
de trabalho em equipe é fortalecido.

O estabelecimento de um grupo gera fenômenos como coesão (estabelecido através dos membros a
permanência dos mesmos, mantido por satisfação e produtividade), padrões grupais(estabelecimento
de padrões de comportamentos),motivação (ter motivação pessoal para permanecer no grupo e
motivação sobre o objetivo do grupo), liderança (ter como habilidade motivar e influenciar o grupo).
É necessário para a dinâmica:
⁃ Objeto ou tema;
⁃ Materiais, como som, papel,mapas e etc;
⁃ Ambiente adequado, acessível a todos, amplo, fechado e iluminado;
⁃ Tempo determinado para iniciar e terminar;
⁃ Ao final, é recomendado fazer uma síntese do encontro e provocar os participantes
com perguntas sobre a experiência vivenciada no dia. (AMARAL, 2007)

O projeto de intervenção tem como alvo inicial o grupo de coordenadores de ronda, que
desempenham papel-chave à frente das rondas, o projeto guarda-chuva da organização. O grupo de 9
pessoas contribui para a logística da distribuição de roupas e alimentos, tem maior contato com as
pessoas em situação de rua, fazem a ponte entre as diversas comissões dos Samaritanos e quem
precisa dos serviços ofertados, além de ter relacionamento direto com outros voluntários que
participam das rondas.

As dinâmicas propostas visam estimular o diálogo e a motivação como forma de fortalecer vínculos e
ajudar a lidar com a frustração e outros sentimentos, como ansiedade, tristeza, desesperança, que
emergem no trabalho voluntário com pessoas em situação de rua. Ajudar a lembrá-los dos limites e o
sentido do voluntariado também está no planejamento.

A programação prevê 12 encontros dentro de 6 (seis) meses, com 2(dois) encontros por mês que
acontecerão em uma sala na sede dos Samaritanos em Santo Amaro, uma casa com salas para serviços
de saúde e jurídico, laboratório de informática e treinamentos. Os voluntários afirmam que realizar as
dinâmicas lá também é uma forma de visitar mais esta casa e criar vínculos afetivos com o local.
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DINÂMICAS A SEREM APRESENTADAS

No início das dinâmicas, o coordenador/facilitador pode utilizar técnicas quebra-gelo para tirar a
tensão dos membros do grupo e ajudá-los a se integrar, pois são recursos que quebram a seriedade do
grupo, logo facilitando a participação de todos. É essencial estimular que cada um se apresente, faça
exercícios de respiração e conversem sobre suas expectativas a respeito do grupo. As dinâmicas
citadas foram retiradas do site Passei Direto (2021), a (Re)vista Diversidade (2017) e da Revista
Salusvita (MAZETO E CARRAPATO, 2018).

Planejamento e exemplos de dinâmicas:

É essencial, na formação do grupo, estabelecer o setting. Antes da primeira dinâmica, os participantes,


mesmo que se conheçam e trabalhem juntos, precisam se apresentar, fazer acordos sobre regras de
funcionamento do grupo e falar sobre as expectativas para os encontros e de temas que querem
trabalhar. Assim, podem dar o primeiro passo na direção de um grupo coeso e cooperativo.

Apresentação/setting:

- Tempo: 30 Min.

- Material: papel e caneta ou lápis

- Desenvolvimento: Será feito para os participantes uma pergunta “Qual o seu maior sonho
para esse projeto?” (A interpretação é livre) e cada um precisa escrever em um papel sem
dizer a ninguém. Quando todos estiverem terminando de dobrar os papéis, o coordenador vai
ler cada papel e os integrantes terão que adivinhar de quem é o sonho, após acertaram ou não,
a pessoa dona(o) do sonho se apresenta dizendo seu nome, idade, e repetindo o seu sonho. É
um momento para conversar sobre expectativas em relação ao grupo e fazer acordos
referentes a regras de funcionamento dos encontros, como estabelecer horários para início.

- Observação: A ideia é fazer com que o grupo perceba que cada um ali tem um sonho parecido
ou diferente do mesmo lugar e que isso não é um problema pois todos querem o mesmo bem.

1º Dinâmica: “O feitiço virou contra o feiticeiro”

- Tempo: 10 - 25 Min.
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- Material: Nenhum.

- Desenvolvimento: Todos sentados formando um círculo, após o comando do facilitador, cada


um deve dizer um comando, pode ser uma prenda, para seu companheiro da direita realizar,
depois de todos terem falado, o facilitador deve falar “O feitiço virou contra o feiticeiro”
confirmando que quem irá realizar a tarefa é a pessoa que disse a tarefa.

- Observação: o objetivo é ajudá-los a pensar sobre seus papéis como voluntários e na forma
como expressam seus desejos e expectativas no outro.

2º Dinâmica: “Semelhanças”

- Tempo: 20 - 35 Min.

- Material: Uma folha de papel e uma caneta ou lápis.

- Desenvolvimento: Os participantes são divididos em trio e convidados a analisar e escrever na


folha papel 3 coisas em comum entre eles, como por exemplo: traços da personalidade,
características físicas, gostos ou escolhas.

- Observação: o objetivo é mostrar que podem possuir mais coisas em comum do que
imaginam, facilitando uma empatia que se espera entre colaboradores/voluntários que
desempenham atividades juntos.

3º Dinâmica: “Dos Problemas”

- Tempo: 15 - 30 Min.

- Material: Bexiga, tira de papel

- Desenvolvimento: Formação em círculo, uma bexiga vazia para cada participante, com um
tira de papel dentro (que terá uma palavra para o final da dinâmica) facilitador dirá para o
grupo que aquelas bexigas são os problemas que enfrentamos no nosso dia-a-dia(de acordo
com a vivência de cada um), desinteresse, intrigas, fofocas, competições, inimizade, etc. Cada
um deverá encher a sua bexiga e brincar com ela jogando-a para cima com as diversas partes
do corpo, depois com os outros participantes sem deixar a mesma cair. Aos poucos o
facilitador pedirá para alguns dos participantes deixarem sua bexiga no ar e sentarem, os
restantes continuam no jogo. Quando o facilitador perceber que quem ficou no centro não está
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dando conta de segurar todos os problemas peça para que todos voltem ao círculo e então ele
pergunta:

1. Quem ficou no centro, o que sentiu quando percebeu que estava ficando
sobrecarregado?

2. Quem saiu, o que ele sentiu?

- Depois destas colocações, o facilitador dará os ingredientes para todos os problemas, para
mostrar que não é tão difícil resolvermos problemas quando estamos juntos. Ele pedirá aos
participantes que estourem as bexigas e peguem o seu papel com o seu ingrediente, um a um
deverão ler e fazer um comentário para o grupo, o que aquela palavra significa para ele.

- Observação: Dicas de palavras ou melhores ingredientes: amizade, solidariedade, confiança,


cooperação, apoio, aprendizado, humildade, tolerância, paciência, diálogo, alegria, prazer,
tranquilidade, troca, crítica, motivação, aceitação, etc… (as palavras devem ser feitas de
acordo com o seu objetivo.)

- Observação: o objetivo é promover o diálogo sobre frustração e comprometimento dentro do


trabalho em equipe.

4º Dinâmica: “Jogos de Bilhetes”

- Tempo: 10 - 20 min

- Material: Pedaços de papel com mensagens e fita adesiva.

- Desenvolvimento: Os participantes devem formar um círculo, lado a lado, voltados para o


lado de dentro do mesmo. O coordenador deve grudar nas costas de cada integrante um cartão
com uma frase diferente. Terminado o processo inicial, os integrantes devem circular pela
sala, ler os bilhetes dos colegas e atendê-los, sem dizer o que está escrito no bilhete.Todos
devem atender ao maior número possível de bilhetes. Após algum tempo, todos devem voltar
à posição original, e cada integrante deve tentar adivinhar o que está escrito em seu bilhete.
Então cada integrante deve dizer o que está escrito em suas costas e as razões por que chegou
a esta conclusão. Caso não tenha descoberto, os outros integrantes devem auxiliá-lo com dicas
.
- Observação: Algumas sugestões de bilhetes:
1. Sugira um nome para meu bebê?
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2. Sugira um filme para eu ver.
3. Cante uma música para mim?
4. Gosto quando me aplaudem.
5. Sugira sua comida preferida.

5º Dinâmica: “O Desafio”

- Tempo: 15 - 25 Min

- Material: uma caixa e um bombom.

- Desenvolvimento: Coloque uma música e peça aos participantes para passar a caixa entre
eles. O facilitador deve ficar de costas para o grupo. Assim, não consegue enxergar com quem
está a caixa. Quando a música parar, use o seu poder para colocar pressão no jogo com
perguntas que deixam os participantes apreensivos, como:

1. se ele tem certeza de que quer abrir;


2. se vai encarar o desafio;
3. que, independentemente do que tiver na caixa, ele terá de fazer;
4. e se for a eliminação no processo.

- Observação: O participante deverá decidir se abre ou não a caixa. Caso ele não abra, o jogo
continua. A resposta negativa ajuda a entender o quanto eles são influenciados por pressões
externas e como eles agem para superá-las. O prêmio da caixa fica para o participante que
decidir abri-la.

6º Dinâmica: “Auxílio Mútuo”

- Tempo: 10 - 20 Min.

- Material: Pirulito para cada participante.

- desenvolvimento: Todos os participantes devem formar um círculo, de pé. É dado um pirulito


para cada participante, e os seguintes comandos: todos devem segurar o pirulito com a mão
direita, com o braço estendido. Não pode ser dobrado, apenas levado para a direita ou
esquerda, mas sem dobrá-lo. A mão esquerda fica livre. Primeiro solicita-se que desembrulhe
o pirulito, já na posição correta (braço estendido, segurando o pirulito e de pé, em círculo).
Para isso, pode-se utilizar a mão esquerda. O organizador/facilitador da dinâmica, recolhe os
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papéis e em seguida, dá a seguinte orientação: sem sair do lugar em que estão, todos devem
chupar o pirulito! Aguardar até que alguém tenha a iniciativa de imaginar como executar esta
tarefa, que só há uma: oferecer o pirulito para a pessoa ao lado. Assim, automaticamente, os
demais irão oferecer e todos poderão chupar o pirulito. Encerra-se a dinâmica, cada um pode
sentar e continuar chupando, se quiser, o pirulito que lhe foi oferecido.

- Observação: deve ser aberta a discussão que tem como fundamento a reflexão de quanto
precisamos do outro para chegar a algum objetivo e que é ajudando ao outro que seremos
ajudados.

7º Dinâmica: “Mãos Dadas”

- Tempo: 10 - 20 Min.

- Materiais: Folhas de Papel, Revistas, Jornais, Tesoura, Cola e Caneta ou Lápis.

- Desenvolvimento: Divide-se o grupo em duplas ou trio. O coordenador/facilitador da


dinâmica explica em que consiste a colagem: é um cartaz feito por diversas pessoas, com
recortes, fotos, ou escritos, para comunicar o que pensam sobre determinado tema. O
coordenador pode relembrar o tema que está sendo discutido através de comunicação criativa.
As equipes discutem o tema. Buscam fotos, recortes, letras de jornais ou de revistas para
expressar o que discutiram. Colocam tudo na folha de papel, as diferentes colagens são
apresentadas em plenária e discute-se o que cada colagem quer dizer, as pessoas que zeraram
a colagem podem complementar as interpretações, se for preciso.

- Observação: Iniciar o processamento abrindo espaço para que os participantes façam


comentários sobre sentimentos, dificuldades, facilidades e outras observações que o grupo
julgar importante.

8º Dinâmica: “O Espelho”

- Tempo Estimado: 30 minutos

- Material: Um espelho escondido dentro de uma caixa, de modo que ao abri-la o integrante
veja seu próprio reflexo.

- Desenvolvimento: O coordenador motiva o grupo: "Cada um pense em alguém que lhe seja
de grande significado. Uma pessoa muito importante para você, a quem gostaria de dedicar a
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maior atenção em todos os momentos, alguém que você ama de verdade... com quem
estabeleceu íntima comunhão... que merece todo seu cuidado, com quem está sintonizado
permanentemente... Entre em contato com esta pessoa, com os motivos que a tornam tão
amada por você, que fazem dela o grande sentido da sua vida..." Deve ser criado um ambiente
que propicie momentos individuais de reflexão, inclusive com o auxílio de alguma música de
meditação. Após estes momentos de reflexão, o coordenador deve continuar:

"...Agora vocês vão encontrar-se aqui, frente a frente com esta pessoa que é o grande
significado de sua vida."

- Em seguida, o coordenador orienta para que os integrantes se dirijam ao local onde está a
caixa (um por vez). Todos devem olhar o conteúdo e voltar silenciosamente para seu lugar,
continuando a reflexão sem se comunicar com os demais. Finalmente é aberto o debate para
que todos partilhem seus sentimentos, suas reflexões e conclusões sobre esta pessoa tão
especial. É importante debater sobre os objetivos da dinâmica.

9º Dinâmica: “Eu e meu grupo”

- Desenvolvimento: Cada um responde em particular às perguntas:

Que me agrada no grupo?


Que não me agrada?
Que recebo dele? o que deixaria de ganhar se ele se acabasse?
Que recebo de cada pessoa?
Que ofereço ao grupo?
Qual foi a maior tristeza?

- Cada um responde o que escreveu. É importante ressaltar que não se trata de discutir em
profundidade mas principalmente de se escutarem reciprocamente. Depois de ouvir todo
mundo, fazer uma discussão do que fazer para que o grupo melhore.

10º Dinâmica: “Confiança”

- Material: Espaço físico

- Desenvolvimento: Pedir para o grupo se posicionarem um de costas para o outro, mas devem
encostar mesmo, ombro a ombro. Em seguida, pedir para que cada dupla se abaixe até o chão
sem colocar as mãos no chão. Alguns vão cair, outros vão conseguir, esta dinâmica é muito
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engraçada e é recomendada a aplicação para um dia em que se espera um maravilhoso
faturamento. Fechar falando da confiança que temos que ter no amigo do trabalho, espírito de
equipe e valorização de pessoas

11º Dinâmica: “Chupa ai”

- Materiais: Uma bandeja e balas de acordo com o nº de participantes. As balas devem ser
colocadas dentro da bandeja.

- Desenvolvimento: forma-se um círculo, diga então aos participantes: 'vocês terão que chupar
uma bala, só que não poderão usar suas mãos para desembrulhar a bala e colocar em sua
própria boca'.

- Os participantes ficam loucos pensando como fazer isso, é interessante colocar a bandeja no
chão. Alguns participantes até pegam a bala com a boca e tentam desembrulhar. Espera-se
que eles se ajudem, um participante pegue a bala com as mãos, a desembrulhe e coloque na
boca do outro.

12º Dinâmica: “MEU VIZINHO”

- Formação: todos em círculo

- Desenvolvimento: O animador começa o jogo dizendo: “O meu vizinho é ...” ( aqui diz uma
qualidade ). Conforme a letra que inicia a palavra dita, todos os outros jogadores devem dizer
palavras que se iniciem com a mesma letra. Por ex., se o animador disser: “Meu vizinho é
corajoso”, todos os demais jogadores dirão palavras com a letra “C”. Não podem repetir
palavras. Terminada a primeira rodada, o animador escolhe outra letra e assim por diante
prossegue o jogo.

- Observação: Essa é a dinâmica de fechamento, é indicado que acha uma confraternização


caso o grupo deseje.
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Tabelas com dinâmicas

nº da Dinâmica Objetivo
Dinâmica

1º “O feitiço virou contra o feiticeiro” Convivência em grupo - apresentação

2º “Semelhanças” Reconhecer traços em comum na equipe

3º “Dos Problemas” Acolhimento em grupo

4º “Jogos de Bilhetes” Exercitar a comunicação

5º “O Desafio” Momento de reflexão

6º “Auxílio Mútuo” A importância do próximo na nossa vida

7º “Mãos Dadas” Momento de reflexão

8º “O Espelho” Despertar valorização de si dentro do grupo

9º “Eu e meu grupo” Avaliação do grupo e a contribuição de cada


membro

10º “Confiança” Confiança em termo de trabalho em equipe

11º “Chupa ai” Estimular o Trabalho em Equipe

12º “MEU VIZINHO” Fechamento

Independente da dinâmica é recomendado, ao final delas, promover um debate organizado sobre o que
cada um achou da atividade, como um meio de feedback. Todas as dinâmicas foram escolhidas para
gerar reflexões mesmo que não haja o objetivo direcionado para tal.
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Referências:

201 Dinâmicas de grupo. Passei Direto - 2021. Disponível em:


<https://www.passeidireto.com/lista/102228176-dp-2/arquivo/95911270-201-dinamicas-de-grupo>

ALVES, Pedro. Recife tem dobro da média nacional de pessoas que fazem voluntariado, G1.
Disponível em: <https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2018/08/28/recife-tem-dobro-da-media-
nacional-de-pessoas-que-fazem-voluntariado.ghtml>

AMARAL, Vera Lúcia. A dinâmica dos grupos e o processo grupal. Programa Universidade a
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educacao-d-i-s-c-i-p-l-i-n-a-a-dinamica-dos-grupos-e-o-processo-grupal-autora-vera-lucia-do-amaral-
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19
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PASQUALINI, Juliana C.; MARTINS, Fernando Ramalho e EUZEBIOS FILHO, Antonio. A


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(Re)vista Diversidade. – Ano 1, n. 1 (2017) /Evaldo Cavalcante Monteiro, Francisco Gilberto


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