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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ

GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

GLEICE KELLY MARCONDES BENALLIA – 20200243745


MARIA CRISTIANE M. GONÇALVES – 202003054666
MARIA DOS SANTOS ALMEIDA – 202002637021
MARIA WEDJA SILVA SANTOS – 202001477063
PATRÍCIA THAÍS BRANCO SOUZA – 202002616751
VALÉRIA PACHECO CORDEIRO – 202002363002

WILLIAN CARL SCHUTZ


VIDA E TEORIA

CARAPICUÍBA/SP
2022
GLEICE KELLY MARCONDES BENALLIA – 20200243745
MARIA CRISTIANE M. GONÇALVES – 202003054666
MARIA DOS SANTOS ALMEIDA – 202002637021
MARIA WEDJA SILVA SANTOS – 202001477063
PATRÍCIA THAÍS BRANCO SOUZA – 202002616751
VALÉRIA PACHECO CORDEIRO – 202002363002

WILLIAM CARL SCHUTZ


VIDA E TEORIA

TRABALHO DA DISCIPLINA DE
PROCESSOS GRUPAIS, DO CURSO DE
PSICOLOGIA, COMO REQUISITO PARA
OBTENÇÃO DE NOTA PARA AV1.

CARAPICUÍBA - SP
2022
RESUMO

Em meio à diversidade de técnicas e teorias advindas de autores que tratam de assuntos


referentes aos grupos, em consonância com a disciplina de processos grupais, onde são
abordadas várias teorias e dinâmicas em grupo, trataremos da vida de um desses autores, o
psicólogo americano William C. Schutz, e sua teoria das relações interpessoais. Será
desenvolvida também, em cima do tema abordado, uma aula, onde o intuito será a inversão de
papéis, sendo que os professores serão os alunos e os alunos serão os professores.

Palavras-chave: Grupos, dinâmica, interpessoais.


SUMÁRIO

1 VIDA DE WILL SCHUTZ (CAPÍTULO 1) .................................................................. 05


2 OBRAS LITERÁRIAS (CAPÍTULO 2)......................................................................... 05

2.1 OBRA: A PROFUNDA SIMPLICIDADE .................................................................. 06

3 EVOLUÇÃO DA SUA TEORIA (CAPÍTULO 3) ......................................................... 07

3.1 TEORIA DAS NECESSIDADES INTERPESSOAIS (FIRO-B) .................................................... 09

4 CONCLUSÃO ................................................................................................................. 12
5 REFERÊNCIA ................................................................................................................ 13
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1 VIDA DE WILL SCHUTZ (CAPÍTULO 1)

William Carl Schutz nasceu em Chicago, no dia 19 de dezembro de 1925, estudou


psicologia e obteve um PhD no ano de 1951. Foi um psicólogo americano, filho de Carl
Milton Schutz e Ruth Helen Schutz, trabalhou e foi influenciado por psicólogos como Carl
Rogers, Thomas Gordon, Abraham Maslow e Elias Porter no Centro de Aconselhamento da
Universidade de Chicago e também por Kurt Lewin.
Em 1958, Schutz introduziu a teoria das relações interpessoais,conhecida como FIRO.
Segundo a teoria há três dimensões das relações interpessoais que eram consideradas
necessárias e suficientes para explicar uma maior interação humana: Inclusão, Controle e
Afeto. Essas dimensões têm sido usadas até hoje para avaliar a dinâmica dos grupos. Schutz
também criou FIRO-B, um instrumento de medição com escalas que avaliam os aspectos
comportamentais das três dimensões.
Will Schutz morreu em 09 de novembro de 2002 em sua própria casa localizada em
Muir Beach, na Califórnia.

2 OBRAS LITERÁRIAS (CAPÍTULO 2)

Schutz é autor de aproximadamente 10 livros e muitos artigos, alguns deles são:

• Her Comes Everybody Harper &Row (1971);

• Body Fantasy (1976);

• Profound Simplicity(1979);

• The Truth Option (1984);

• Profunda Simplicidade (1989);

• Beyond Firo -B- Three New Theory Derivend Measures (1992);

• The Human Element (1994).

Uma de suas obras mais famosas e que estruturou sua teoria é o livro The Human Element
(O Elemento Humano). Nele Will aborda elementos como:
Verdade: a verdade é o grande simplificador de relacionamentos, tanto de longo quanto de
curto prazo. São energizados, simplificados e esclarecidos quando estão em uma atmosfera de
verdade.
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Escolha: eu escolho minha própria vida, meus relacionamentos, meus pensamentos, meus
sentimentos, minha saúde, minha profissão, entre outros, ou escolho não saber que tenho
escolha.
Simplicidade: as mais profundas e incríveis soluções são simples.
Sem limites: os seres humanos não possuem limites no seu potencial, nossos únicos
limites são nossas crenças.
Holismo: todos os aspectos de uma pessoa (pensamentos, comportamentos,
sentimentos e o corpo) estão inter-relacionados.
Realização: eficácia e alegria são reforçadas pela conclusão de experiências
inacabadas.
Dimensões: as funções básicas do funcionamento humano são inclusão, controle e
abertura. Sendo Inclusão a necessidade que todos do grupo têm de se sentirem aceitos; o
Controle representa a dimensão acima e abaixo dos relacionamentos interpessoais; e Abertura
é o ponto principal, onde é preciso ter muito cuidado no padrão de relacionamento
interpessoal entre os integrantes do grupo.
Para Schutz, é fundamental para a integração do grupo que suas necessidades pessoais
sejam satisfeitas, pois como somos seres sociais ele acreditava que só por meio do grupo e
pelo grupo estas necessidades poderão ser realizadas.
O Elemento Humano está desde então sendo utilizado em todo o mundo, tanto por
pequenas como por grandes organizações.
Em outras obras como: Profound Simplicity e Truth, ele relata que como terapeuta
corporal ele conduzia Workshops e grupos de encontro com foco nas causas ocultas das
doenças e no desenvolvimento de curas alternativas, centradas no corpo.

2.1 OBRA: A PROFUNDA SIMPLICIDADE

Segundo o que o autor nos traz nessa obra, você está no controle da sua própria vida e
pode fazer escolhas para ser aquilo que quiser ser. Também não tem obrigação de ser coisa
alguma, é você quem decide, todas as coisas estão aqui para desabrochar, para se tornarem o
que são capazes de ser. As escolhas que você faz determinam a vida que você leva, e quanto
mais você se conhece melhor são suas escolhas. É necessário ser honesto consigo mesmo e
com as pessoas ao seu redor, ser “de verdade”, pois só haverá limites se você acreditar que
eles existem.
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Schutz, como grande estudioso das dinâmicas em grupos, desenvolveu vários métodos
pelo movimento pró potencial humano, bem como de grupos de encontro, da Gestallt, das
fantasias, visando a compreensão de ideias expostas, análise transacional, bioenergética,
transcendental, psicossíntese, relaxamento, respiração, jejum, ioga, Baba Ram, Tai-Chi,
Felldenrais, etc. Esta riqueza de métodos visa a melhoria da “qualidade de vida”. Cada
técnica é uma forma diferente de apresentar ideias muito profundas e muito simples. Cada
uma delas atrai tipos diferentes de pessoas em diferentes estágios de sua vida.
A Profunda Simplicidade é uma tentativa de constatar diferentes avanços com questão
na plena concretização do potencial de um ser humano, na finalidade última do ser humano de
viver com a alegria, pois ela transcende a ausência do negativo e exige a percepção total de
mim e de minhas capacidades.
Schutz enfoca em várias técnicas corporais e de meditação, alertando para as
responsabilidades de nossas escolhas, dizendo que devemos escolher viver a vida com
honestidade, com verdade, pois quando mentimos vivemos numa prisão.
A abordagem do autor é de extrema importância para o desenvolvimento pessoal e
para a prática da psicoterapia individual, casal, família e grupo.
Fica evidente a necessidade de o profissional conscientizar-se e responsabilizar-se por
suas escolhas durante o processo, e também agir como um facilitador para o processo de
desenvolvimento do paciente.

3 EVOLUÇÃO DA SUA TEORIA (CAPÍTULO 3)

Em 1952 Will Schutz foi chamado pela Marinha dos Estados Unidos, e como
psicólogo e investigador que ele era, foi lhe atribuída uma tarefa: a de descobrir como uma
equipe de homens poderia trabalhar de forma mais produtiva.
Sua pesquisa focou em estudar grupos que trabalhavam em navios, cujas funções eram a de
analisar informações, tomar decisões e dar ordens sob pressão.
A Marinha uniu algumas equipes, dentre elas, umas funcionavam muito bem e outras
nem tanto. Schutz descobriu que havia dois aspectos que influenciavam positivamente a
produtividade dos grupos.
O primeiro aspecto é possuir competência técnica, e o segundo aspecto é a
compatibilidade entre as pessoas da equipe, possibilitando um bom trabalho em grupo.
Will publicou suas descobertas em 1958 junto com a ferramenta que ele criou para
medir esse fenômeno, chamada Teoria FIRO-B (Fundamental Interpesonal Relations
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Orientation), traduzindo para o português significa Orientação Fundamental das Relações


Interpessoais.
Sua principal descoberta nesse trabalho foi o Efeito C-P que dizia que quanto mais
compatível é um grupo, melhor desenvolve o trabalho em conjunto e mais os seus elementos
se tornam produtivos.
Na Marinha, antes da utilização do seu método a produtividade era de 50%, e após a
implantação do método passou para 75%.
O psicólogo passou 20 anos aprofundando sua teoria e durante esse período, ao refletir
sobre tal porcentagem, se perguntava sobre os 25% restantes que não havia alcançado, visto
que o instrumento media comportamentos com precisão em cerca de 75% dos casos
abordados. Não entendia o motivo de pessoas que pareciam ser compatíveis continuavam a
não trabalhar bem juntas. Essas questões o impulsionaram ainda mais, fazendo com que
aprofundasse o funcionamento do sentimento, da mente e do corpo e qual é a interação
presente entre esses elementos.
Ele queria descobrir como as pessoas podiam alcançar o seu potencial e como elas
resolveriam conflitos e colaborariam de forma mais eficaz. Foi então que ele concluiu que a
transformação do ser ocorre de dentro para fora, ou seja, quando você está bem consigo
mesmo tudo fica bem em seu exterior.
Schutz começou a criar um programa ou abordagem integrada a partir daí, onde o
propósito seria o de ajudar as pessoas a atingirem seu máximo potencial. Uniu assim, toda a
sua aprendizagem e a segmentou em três princípios essenciais.
O primeiro princípio é o da Verdade, onde diz que cada um de nós pode resolver os
problemas exprimindo a sua verdade pessoal.
O segundo princípio é o da Escolha, que traz a ideia de que todos nós somos capazes
de criar nossa própria mudança.
O terceiro princípio é da Consciência, onde precisamos perceber nossa
autoconsciência, ou seja, reconhecer nossas próprias motivações e sentimentos.
Todos esses princípios nos levam a uma satisfação pessoal que é contagiante,
atingindo de forma eficaz todo o grupo.
Schutz adicionou também a esses aspectos e em sua metodologia alguns elementos de
métodos experimentais, sendo eles: métodos para a auto-percepção; imagens e visualizações
(servem para descobertas de motivações inconscientes); feedback (ajuda as pessoas a
perceberem-se melhor e a resolverem problemas com os outros; experiências estruturadas
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(atividades físicas que permitem as pessoas a tornarem-se mais conscientes do seu próprio
comportamento e suas motivações.
Após esse percurso de reestruturação de suas ideias, Schutz retornou ao seu trabalho
original, o FIRO-B e o atualizou criando o Elemento-B, passando a ser o seu sucessor.
Criou também adicionalmente alguns elementos baseados na Teoria FIRO:
Elemento F: voltado para os sentimentos.
Elemento S: voltado para autoconceito.
Dessa forma, todos esses elementos e ideias foram integrados na sua abordagem final,
conhecida como O Elemento Humano.
A Teoria do Elemento Humano traz consigo uma solução integrada e dirigida à
problemática humana nas organizações, sendo uma forma de nos auxiliar no trabalho em
conjunto, solucionar problemas organizacionais, aperfeiçoar o potencial dos indivíduos,
equipes e organizações.

3.1 TEORIA DAS NECESSIDADES INTERPESSOAIS

A Teoria das Necessidades Interpessoais, de William Schutz, nos traz uma reflexão
sobre o progresso dos grupos. Serve como base teórica para se tomar as ações adequadas num
processo de treinamento e relacionar as necessidades interpessoais que acontecem durante o
desenvolvimento em grupo, principalmente para um facilitador ou gestor.
Muitos são os estudiosos sobre as teorias que englobam o processo de
desenvolvimento de grupos e as técnicas de dinâmica de grupo, focando principalmente os
comportamentos observados nas relações entre os participantes desse contexto.
No universo corporativo, esses estudos são bastante aprofundados, para que o
facilitador possa lidar de forma eficaz com os fenômenos que provém da sinergia de um grupo
em treinamento, é necessário conhecer a psicologia social e as teorias dos autores da área. Por
isso é muito importante para o instrutor, treinador ou facilitador ter essa consciência em
relação ao desenvolvimento e funcionamento do processo em grupo, levando em conta as
necessidades interpessoais, pois quando isso ocorre, há mais segurança para incentivar os
participantes a buscarem soluções em todas as dificuldades.
A Teoria das Necessidades Interpessoais de William Schutz é uma ferramenta valiosa.
O autor defende que há algumas necessidades interpessoais vivenciadas pelos integrantes do
grupo, e que elas precisam ser satisfeitas para que o relacionamento intergrupal possa evoluir.
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A metodologia FIRE-B identifica três necessidades fundamentais, comuns em todos os seres


humanos. Segundo Schutz, essa sequência não é rígida, mas as pessoas tendem a seguir essa
ordem, sendo que primeiro o indivíduo determina se quer ou não ficar em um grupo, depois
determina o grau de influência que irá exercer e, por último, decide quão próximo se tornará
do restante.
Podemos identificá-las também como três fases, sendo elas:
Inclusão: refere-se à interação entre os indivíduos, ao desejo de pertencer, de ser
único. Quando ela é expressa, manifesta-se o desejo de incluir os outros nas atividades e nas
suas ideias, quando ela é desejada, há a busca por ser notado, convidado, inserido no grupo.
Nesta fase as pessoas optam por facetas agradáveis a elas ao se relacionarem. Também pode
permanecer em silêncio, por falta de segurança e por achar que os outros não se importam
com o que ela tem a dizer. Todos esses acontecimentos são variáveis em relação à forma do
sujeito se comportar, sendo uma pessoa introvertida ou subsocial, extrovertida ou supersocial
e sociável ou sem problemas de inclusão (SCHUTZ, 1978).
Controle: refere-se às relações de poder, autoridade e influência. Quando ele é
expresso, assumem-se posições de responsabilidade, buscando influenciar os demais com suas
opiniões. Quando é desejado, busca-se ajuda antes de qualquer decisão.
Afeição ou Abertura: define o quanto de abertura uma pessoa possui em suas relações.
Quando é expressa, dá-se apoio verbal ou físico aos outros, demonstrando confiança e
lealdade, quando é desejada, há uma tendência em agradar a todos os integrantes em busca de
afeto.
Na fase da Inclusão, as pessoas buscam se conhecer, desejam ser acolhidas e
respeitadas em suas individualidades.
Neste momento, o sujeito deve responder à seguinte questão: quero ou não pertencer a
este grupo? E assim, por meio das primeiras conversas, identifica-se o nível de semelhança
com os outros participantes. Essa identificação inicial ocorre através de assuntos que
aparentemente são superficiais e frequentemente inoperantes, tais como: tempo, hobbies,
naturalidade, escolaridade, etc. Então os integrantes começam a se conhecer e são
estabelecidos os primeiros relacionamentos.
Na fase de Controle, com o grupo já estabelecido, iniciam-se as lutas pela liderança,
poder e influência. A questão a ser respondida é: quero liderar ou ser liderado? Cada
integrante busca estabelecer certo grau de influência e poder ou de dependência e obediência.
Cada um assumirá o seu papel de acordo com sua conveniência.
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De acordo com o psicólogo, no estágio do controle, há a luta pela liderança e o


surgimento da competição. Enquanto integrante do grupo as ansiedades básicas giram em
torno da responsabilidade e na influência que exerce nesse contexto. Tento me estabelecer no
grupo de maneira que eu possa ter poder e dependência, conforme me for conveniente.
Já na fase de Abertura, os relacionamentos se encontram estabelecidos, por meio de
trocas afetivas que surgiram durante a vivência entre todos os participantes. Nessa fase, a
pergunta mais importante é: qual é o limite de proximidade e de distanciamento que busco
com os outros indivíduos e quão aberto estou para as outras pessoas? Busca-se o equilíbrio
entre ser suficientemente próximo para ser importante e querido e estar numa distância
segura, evitando ser intimista demais sem rejeitar ou ser rejeitado.
Nesse momento, de acordo com Schutz, o comportamento do integrante do grupo é o
de se esforçar para haver uma troca afetiva satisfatória e uma posição agradável em relação a
receber e dar afeto.
O processo inverso pode ocorrer, causando a separação dos participantes e o fim das
relações em grupo, podendo ocorrer até mesmo na fase de inclusão.
O FIRE-B foi criado em 1958, com o intuito de aperfeiçoar as relações com base na
tomada de consciência sobre as próprias necessidades, nos estimulando a olhar para dentro,
pois para o psicólogo nós precisamos nos conhecer melhor.
A autoestima influencia ativamente em como nos sentimos e como refletimos isso no
ambiente. Nossas atitudes têm reflexos em nossos sentimentos, que consequentemente,
moldam nossa autoestima. Gostar de si mesmo influencia a produtividade e a colaboração e
interação com os participantes de um grupo, pois se a pessoa não se sente bem consigo mesma
não consegue estar bem com o próximo. A satisfação pessoal é contagiante e afeta o grupo
todo.
Lembrando que todos os nossos relacionamentos, quaisquer que sejam, são iniciados
pela fase da inclusão e podem ser rompidos pela falta de abertura ou afeição, e todos os seres
humanos passam por essas três fases ao se depararem com a imersão em um grupo/equipe.
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CONCLUSÃO

Segundo Schutz, um grupo se integra a partir do momento em que as necessidades


interpessoais são satisfeitas. E apenas em grupo e pelo grupo elas podem ser satisfeitas
adequadamente (SCHUTZ, 1978).
O ser humano não faz parte de um círculo fechado, pois construímos nosso ego e
essência individual nas relações com as pessoas formando os laços. Já nascemos criando
vínculos e interações. O primeiro vínculo forma-se entre a mãe e o bebê, onde ligados pelo
cordão umbilical, a mãe nutre o feto durante a gestação até o nascimento, sendo esse vínculo
apenas físico. Quando o momento tão esperado do nascimento chega e a criança vem a o
mundo, nasce um segundo vínculo entre eles, o emocional que vai se estruturando dia após
dia. No início o toque é muito importante para o desenvolvimento desse vínculo, a voz, o
olhar e o toque da mãe, e posteriormente do pai, são indispensáveis para o bom
desenvolvimento do bebê. Mais tarde os vínculos ocorrem em todas as relações interpessoais,
e são estabelecidos e fortalecidos pelo diálogo, que é a forma que utilizamos na interação com
outras pessoas, tendo como objetivo a solução dos conflitos.
Estamos o tempo todo nos comunicando e interagindo, tanto por meio das palavras,
como por gestos, postura corporal, etc. A nossa presença modifica todo um contexto, até
mesmo quando nos silenciamos frente a um grupo estamos transmitindo um recado.
Will Schutz denomina esse processo de interação social de fase de inclusão, estando
presente em todos os relacionamentos humanos. Schutz (1978) em sua Teoria das
Necessidades Interpessoais, diz que buscamos nos integrar com um grupo querendo que
nossas necessidades fundamentais sejam satisfeitas por ele. São fundamentais, pois todo
indivíduo deve experimentá-las e são interpessoais porque elas só serão satisfeitas de forma
completa por meio ou pelo grupo. As três necessidades por ele abordadas em sua teoria são:
inclusão, controle e afeição.
As pessoas estão numa incessante busca pela integração afetiva, formando laços
emocionais gradualmente, e para que as atividades em grupo sejam produtivas e maximizadas
é necessário percorrer as três dimensões das necessidades abordadas pelo autor.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

SCHUTZ, Willian C. Psicoterapia pelo encontro. São Paulo: Atlas, 1978.

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