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FACULDADE DE DIREITO

CURSO DE LICENCIATURA EM PSICOLOGIA CLÍNICA

OBJECTIVOS DA TERAPIA EM GRUPO

Nampula, Junho de 2023


ELEMENTOS DO 2º GRUPOS

Castro Soares

Cesarina Sozinho João

Clementina Albano

Consalada Gessique Fahamo

Cristóvão Alfredo Jonas Zacarias Mulota

Dércio António da Silva Bajone

Elisabeth António Sequeira

Esperança da Conceição José Cuaranha

Fátima Amade Cobre Cobre

Fátima Paulino Napaua

Trabalho Avaliativo da Cadeira de Psicoterapias,


3º ano, turma A1, Curso de Licenciatura em
Psicologia Clínica, lecionado pelo Professor
Doutror Phd: Rosário Sunde.

Nampula, Junho de 2023


Índice
Introdução ............................................................................................................................... 2
CONCEITO DE TERAPIA EM GRUPO .............................................................................. 3
1. Objectivos da Terapia em Grupo ........................................................................................ 3
2. Os Tipos de Terapias de Grupo .......................................................................................... 3
3. Os tipos de problemas que costumam a ser tratados na terapia de grupo ........................... 3
4. Quando fazer terapia de grupo ............................................................................................ 4
5. Os benefícios da terapia de grupo ....................................................................................... 4
6. Como se desenvolve uma sessão de terapia de grupo ........................................................ 5
7. Quanto tempo dura a terapia de grupo ................................................................................ 5
Considerações finais ............................................................................................................... 6
Referências bibliográficas....................................................................................................... 7

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Introdução
O ser humano é um ser social e somente existe em função de seus relacionamentos grupais. O
fato de que o indivíduo nasce, aprende, trabalha e morre em grupo, torna evidente a
necessidade do estudo da vida grupal. Para Zimerman e Osório (1997), todo indivíduo é um
grupo na medida em que, no seu mundo interno, há um grupo de personagens nitrogenados,
como os pais, os irmãos entre outros, que convivem e interagem entre si. Este fato indica que,
se quisermos compreender o ser humano, devemos estudar sua vida em grupo.

Grinberg, Sor e Bianchedi (1973) discutem a importância da formação grupal e a sua


consequente conversão em objeto de observação e pesquisa. As pessoas reunidas em grupos
apresentam maior riqueza e complexidade das qualidades da dimensão humana, dentre as
quais a comunicação. Watzlawick, Beavin e Jackson (2007, p.44) afirmam que há, na
verdade, uma “impossibilidade de não comunicar”. Ora, se não é possível não comunicar,
então toda observação é também uma forma de comunicação e, portanto, algum tipo de
intervenção “comunicativa”. Assim, o estudo de um grupo no campo é ao mesmo tempo
observação, pesquisa e intervenção e, por isto, uma pesquisa-ação.

O campo do conhecimento sobre a convivência em grupo e de suas relações com os outros


grupos e com as instituições mais amplas foi denominado dinâmica de grupo. Seu
desenvolvimento é um fenómeno do século XX e deu-se de forma diferenciada dos estudos
realizados nos séculos anteriores. É neste período que, sobretudo, psicólogos e sociólogos
passaram a dar um tratamento mais científico ao estudo de grupo.

A dinâmica de grupo está intimamente ligada à teoria de campo aplicada à psicologia social.
Kurt Lewin é considerado o fundador da moderna dinâmica de grupo. Com seu trabalho na
Universidade de Iowa, por volta dos anos 1940, e, mais tarde, no Massachusetts Institute of
Technology (MIT), Lewin estabeleceu esse campo de estudo e atraiu pesquisadores e recursos
financeiros para este tipo de pesquisa. Os artigos de Lewin publicados na década de quarenta
do século XX e depois reunidos nos livros Teoria de campo em Ciência Social (1965) e
Problemas de dinâmicas de grupo (1978), prepararam o terreno para investigações e
publicações do pós-guerra.

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CONCEITO DE TERAPIA EM GRUPO
A terapia de grupo é uma modalidade da psicoterapia que faz uso da interacção entre os
indivíduos para que determinadas questões em comum possam ser trabalhadas (Mundo
psicologia, brasil).

1. Objectivos da Terapia em Grupo


O objectivo é proporcionar ferramentas para que a pessoa seja agente de sua própria mudança
e contribua para o crescimento dos demais que formam o grupo.

A formação dos grupos não é feita de maneira aleatória. O psicólogo conversa com as
pessoas, individualmente, para mapear suas necessidades e o seu perfil. A partir daí,
selecciona quem têm necessidades similares e perfis parecidos, ou complementares, para que
as sessões sejam produtivas. Caso não haja adaptação em um grupo, o psicólogo faz uma
realocação, visando o bem-estar de todos.

Também é o profissional que avalia se a pessoa deve participar de uma terapia grupal,
podendo inclusive, continuar em paralelo com as sessões individuais. Há quem tenha certa
resistência em aceitar participar de uma terapia em grupo, seja por preconceito, tabu ou
timidez. No entanto, é importante ter em mente que todos os participantes estão em busca do
mesmo objectivo: o crescimento pessoal. As sessões acontecem com a mediação do
psicólogo, são livres de julgamento e tem sigilo acordado entre os participantes.

2. Os Tipos de Terapias de Grupo


Os diferentes tipos de terapia de grupos são classificados segundo a abordagem da psicologia
com a qual o profissional trabalha. As mais comuns são:

 A terapia comportamental de grupo de Burruhus Fredric Skinner;


 A terapia de grupo psicoanalítica de Sigmund Freud;
 A terapia de grupo cognitivo-comportamental de Aaron Beck;
 A terapia de grupo humanista e psicodrama de Carl Roger.

3. Os tipos de problemas que costumam a ser tratados na terapia de grupo


Os problemas tratados na terapia de grupo são, em geral, os mesmos da psicoterapia
individual. São trabalhadas questões que causam sofrimento e que impedem o
desenvolvimento pessoal do indivíduo. Alguns exemplos são:

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 Ansiedade;
 Depressão;
 Relacionamento interpessoal;
 Vício;
 Problemas no trabalho;
 Separação;
 Agressividade;
 Auto-estima;
 Insegurança.

A terapia de grupo também é indicada para trabalhar o autoconhecimento e o


desenvolvimento de habilidades. Com as sessões e o apoio dos demais participantes, é
possível analisar seus próprios sentimentos e comportamentos e promover a mudança para o
seu crescimento pessoal e melhoria da qualidade de vida.

4. Quando fazer terapia de grupo


A terapia de grupo é indicada quando a interacção com outros participantes pode desencadear
o avanço no processo terapêutico da pessoa e de um grupo, como um todo. Normalmente, a
pessoa inicia com sessões individuais e, dependendo de sua necessidade, o psicólogo propõe a
terapia grupal.

As sessões em grupo também são indicadas para que a pessoa possa colocar em prática
mudanças de comportamento e atitudes que, em um primeiro momento, não conseguiria
realizar em seu ambiente natural.

5. Os benefícios da terapia de grupo


Os principais benefícios da terapia de grupo são a troca de experiências e a ajuda mútua para a
resolução de um problema em comum. A pessoa recebe a orientação e o ponto de vista de
diferentes perspectivas, permitindo o sentimento de compreensão e de que não se está sozinho
nessa jornada.

Com as técnicas empregadas na terapia de grupo é possível melhorar a capacidade de


comunicação e de relacionamento interpessoal. A interacção com os participantes também
promove o autoconhecimento e a consciência dos papéis na sociedade.

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A terapia de grupo pode ajudar quem está motivado a analisar seus próprios sentimentos e
comportamentos, ouvir e ser ouvido, interagir com foco no crescimento pessoal e a realizar
mudanças para melhorar sua qualidade de vida.

6. Como se desenvolve uma sessão de terapia de grupo


Uma sessão de terapia de grupo se desenvolve com 6 a 8 pessoas que têm questões em
comuns a serem trabalhadas. Na primeira sessão, ou na entrada de um novo participante, o
psicólogo esclarece os objectivos e as normas de funcionamento do grupo e cada um se
apresenta brevemente.

Em seguida, o psicólogo propõe uma dinâmica para que determinado tema possa ser
trabalhado, usando técnicas, como dramatização, desenho ou mesmo o debate. No fechamento
da sessão, é feita uma reflexão sobre o que foi abordado. O psicólogo também pode sugerir
tarefas e tácticas para que os participantes coloquem em prática até o próximo encontro.

7. Quanto tempo dura a terapia de grupo


Cada sessão da terapia de grupo dura, em média, uma hora e os encontros podem ser semanais
ou quinzenais, dependendo de cada caso. As sessões podem ainda ser intercaladas com a
terapia individual, conforme a necessidade de cada pessoa e avaliação do psicólogo.

Para alcançar os resultados esperados com a terapia de grupo, é fundamental estar aberto a
ouvir, comentar, participar e a realizar mudanças, deixando de lado o julgamento. Além do
crescimento individual, o que se busca é o fortalecimento e o crescimento do grupo, como um
todo e, principalmente, estar aberto para troca de relações humanas e possíveis vínculos que
possam ser construídos.

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Considerações finais
A abordagem da dinâmica dos grupos aqui proposta aplica-se as mais variadas estratégias de
intervenção e pesquisa em instituições. Presta-se ao serviço de transformação das relações
humanas uma vez que põe em destaque o entrelaçamento de objectivos pessoais e objectivos
colectivos. Destacam-se, assim, os papéis assumidos e como estes corroboram na manutenção
da existência grupal ou mesmo desafiam sua preservação. Com isso, podemos destacar que o
grupo não é uma entidade que naturalmente se compõe, mas é preciso que haja a intervenção
da cultura, dos atributos humanos. Isso provoca a emergência de uma rede colaboração e de
outra parte, a explicitação dos conflitos que, a depender da articulação de seus membros,
particularmente da liderança, pode provocar transformações estruturais na identidade grupal.

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Referências bibliográficas
AMADO, G.; GUITTET, A. A dinâmica da comunicação nos grupos. 2 ed. Rio de Janeiro:
Zahar Editores, 1982.

BALES, R. F. Personality and interpersonal behavior. New York: Holt, Rinehart and
Winston, 1970.

BION, W. R. Experiências com grupos: os fundamentos da psicoterapia de grupo. São Paulo:


EDUSP, 1975.

BLEGER, J. Temas de Psicologia: entrevistas e grupos. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

CARTWRIGHT, D.; ZANDER, A. F. Dinâmica de grupo: pesquisa e teoria. São Paulo:


EDUSP, 1975.

FREITAS, M. E. Cultura organizacional: formação, tipologias e impactos. São Paulo: Makron


Books, 1991.

GRINBERG, L.; SOR, D.; BIANCHEDI, E. T. de. Introdução às ideias de Bion. Rio de
Janeiro: Imago,1973.

LUFT, J. Introdução à dinâmica de grupo. Lisboa: Moraes, 1970.

MILLS, T. M. Sociologia dos pequenos grupos. São Paulo: Pioneira, 1970.

GOOGLESEARCH: As informações publicadas por www.MundoPsicologos.com.

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