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E FAMÍLIA
Ana Júlia Mundim e Souza de Paula Malheiros - 202109030213
Augusto Gonçalves da Silva - 202109030183
Estefani Gabrieli Alves de Souza - 202109030108
Gabrielly Vieira e Silva - 202109030329
Lorena Kenef Oliveira França - 202109030302
Maria Victória Freitas Silva Souza - 202009030130
Em 1921, Freud é considerado o mais importante para o atendimento psicodinâmico dos grupos. Devido às
contribuições teóricas, a revisão sobre a psicologia das multidões, nesse mesmo trabalho postulou que “a
psicologia individual e a social não diferem em sua essencia”. (ZIMERMAN, 1999).
AUTORES IMPORTANTES QUE CONTRIBUÍRAM PARA
AS PSICOTERAPIAS:
● K.Lewin, introduziu a noção de “campo grupal”, tendo se dedicado ao estudo das minorias raciais.
● S.H.Foulkes, desde 1948, introduziu conceitos psicanalíticos e dinâmica de grupo, que serviram de
aprendizagem a sucessivas gerações de grupo-terapeutas, sendo que ele é considerado o líder mundial da
“psicoterapia analítica de grupo”.
● Pichon Rivière, aprofundou o entendimento do campo grupal, foi o criador da teoria e prática dos “grupos
operativos”
● O ser humano por natureza vive de interações grupais, o mesmo "busca de sua identidade individual e a
necessidade de uma identidade grupal, por meio da interação” (ZIMERMAN, 1999, p.439).
(ZIMERMAN, 1999)
CONDIÇÕES BÁSICAS DE UM GRUPO
● Constitui-se como uma nova entidade, com leis e mecanismos próprios e específicos.
● Todos os integrantes estão reunidos com um objetivo comum.
● O tamanho de um grupo não pode exceder o limite que ponha em risco a preservação do grupo.
● Deve haver a instituição de um enquadre (setting) e o cumprimento das combinações nele feitas, os dias e o local das
reuniões e a combinação de regras e outras variáveis que delimitam e normatizam a atividade grupal proposta.
● Por mais que seja um grupo, deve levar em conta que cada indivíduo tem a sua individualidade e singularidade.
● É inevitável, a presença de fantasias, ansiedades, mecanismos defensivos, fenômenos de resistênciais e transferenciais
na formação de um campo grupal dinâmico.
(ZIMERMAN, 1999)
CLASSIFICAÇÃO GERAL
● Parte de uma divisão genérica nos dois seguintes grandes ramos: operativos e psicoterápicos.
● Os grupos operativos, (como indica o nome, visa “operar” em uma determinada tarefa, sem que haja uma
principal finalidade psicoterápica), trabalham com grupos de ensino-aprendizagem, institucionais,
comunitários e terapêuticos.
● Os grupos psicoterápicos, por sua vez, também podem ser subdivididos em quatro linhas de utilização da
dinâmica grupal, cada uma delas obedecendo a uma distinta corrente teórica-técnica. psicodramática,
Teoria sistêmica, Cognitivo-comportamental e Corrente psicanalítica.
(ZIMERMAN, 1999)
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
A grupalização é inata ao ser humano. “Freud chegou a postular a existência do que ele denominou como
“instinto social” de tal modo que um indivíduo não existe sem um grupo – e a recíproca é verdadeira.”
(ZIMERMAN, 1999, p.441).
“A dinâmica grupal propicia perceber os conflitos estruturais, ou seja, aqueles que resultam da desarmonia das
instâncias do id, ego, superego, (delas entre si ou com a realidade externa)”
“Um outro aspecto de presença no campo grupal é o surgimento de um campo ativo de identificações, tanto as
projetivas como as introjetivas. Um essencial elemento formador do sentimento da identidade.
“Os vínculos (de amor, ódio, conhecimento e reconhecimento), no campo grupal, manifestam-se e articulam
entre si. Da mesma maneira, há uma forte tendência em trabalhar com as configurações vinculares, tal como
elas aparecem nos casais, famílias, grupos e instituições.”
“O campo grupal constitui-se como uma galeria de espelhos, onde cada um pode refletir e ser refletido.”
“É importante destacar a relação do sujeito e do grupo com a cultura na qual estão inseridos.” (influência na
interação).
● Planejamento
- Quais os objetivos? Como fará a composição e seleção?
- Reúne condições mínimas de embasamento teórico-técnico e prático?
- Para que finalidade está sendo composto?
- Para quem se destina?
- Como funcionará?
- Onde, com quais circuntâncias e com quais recursos?
● Seleção e Grupamento
- Divergências sobre os critérios de seleção: aceitar
qualquer pessoa que tenha interesse ou adotar um
sistema de seleção rigoroso?
- Argumentos pró-Seleção:
- Problema das indicações e contra-indicações;
- Motivação frágil;
- Abandono gerador de mal-estar e sensação de fracasso (grupo e indivíduo);
- Sentimento de culpa e indignação por sentir-se desrespeitado ou violentado;
- Composição de um “grupamento” inadequado (podendo ou não interagir bem com o
grupo proposto);
- Desníveis entre os integrantes;
● Enquadre (Setting)
- “Soma de todos os procedimentos que organizam, normatizam e possibilitam o
funcionamento grupal. Assim, ele resulta de uma conjunção de regras, atitudes e
combinações” (ZIMERMAN, 1999)
- Se constitui como importante elemento técnico pelos seguintes argumentos:
- Novo espaço para reexperimentar e ressignificar fortes e antigas experiências
emocionais
- Estabelecer uma necessária delimitação de papéis e posições, direitos e deveres, etc.
- Atitude afetiva interna do terapeuta, do seu estilo pessoal de trabalhar, dos seus
referenciais teórico-técnicos, etc
- Os principais elementos a serem levados em consideração:
- Homogêneo ou heterogêneo; Fechado ou aberto; duração limitada ou ilimitada;
quantidade de participantes.
● Manejo de Resistências e Contra-Resistências
- Necessidade de discriminar as resistência entre as inconscientes (que impedem a
evolução do grupo) e as que dão uma ideia clara sobre como o self de cada um atua
frente a riscos de humilhação, abandono, mal-entendidos, etc.
- Importância em discriminar sobre actings benignos (encontros sociais, reuniões pré e pós
encontros, etc.) e malignos (como os de natureza psicopática)
- Cuidado com o acting de quebra do sigilo e divulgação (seleção minimiza isso)
- Observar como são transmitidas e recebidas as mensagens verbais, se há distorção ou não e as
reações do grupo
- Atentar-se para possíveis discursos que buscam a não-comunicação
- Levar em consideração as linguagens não-verbais
● Atividade interpretativa
- “A atividade interpretativa no grupo constitui-se como o seu principal instrumento técnico,
sendo que não existem fórmulas acabadas e “certas” de como e o que dizer, pois as situações
práticas são muito variáveis e, além disso, cada grupoterapeuta deve respeitar o seu estilo
peculiar e autêntico de formular as suas intervenções e de ele ser, de verdade” (ZIMERMAN,
1999)
- A grande polêmica se faz sobre a interpretação dirigida ao grupo ou ao indivíduo
separadamente, desde que articulada à dinâmica grupal
- Cinco aspectos a serem considerados pela interpretação no campo grupal:
- Conteúdo (o que?)
- Forma (como formular?)
- Oportunidade (quando?)
- Finalidade (para que?)
- Destino (quais as consequências mentais?)
● Funções do Ego e Papéis
- É importante, dentro do contexto grupal, entender como os indivíduos trabalham a
percepção, pensamento, conhecimento, senso de juízo rpitico, discriminação,
comunicação, ação, etc.
NICHOLS, M. P.; SCHWARTZ. Terapia familiar: conceitos e métodos. Veronese, 7. ed., Porto Alegre : Artmed, 2007.
SAMPAIO, A. O. A clínica de casal: psicanálise das relações vinculares. Mimesis, Bauru, v. 30, n. 2, p. 117-126, 2009.
TEODORO, M. L, MAYCONL. Psicologia da família : teoria, avaliação e intervenção Artemed p. 164-189, 2012
ZIMERMAN, D. Fundamentos psicanalíticos: teoria, técnicas e clínica: uma abordagem didática. Porto Alegre:
Artmed, 1999.