APOCALIPSE

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SEGUNDO CICLO
Esse segundo ciclo nos mostra que
durante toda a história nada fugiu
do controle de Cristo. João
também relatou aspectos do céu e
da terra.
O TRONO NO CÉU
Aqui temos a segunda visão do
apóstolo João. Dessa vez Deus
revela aspectos do céu e das
tensões que precederão o retorno
glorioso de Jesus. Ter uma
compreensão melhor do céu
implica ter uma compreensão
melhor do agir de Deus na Terra.
A primeira coisa mostrada na
visão foi um trono glorioso, e isso
aconteceu para que João
entendesse que existe um trono
no céu que está acima de qualquer
torno terrestre.
Concordo com George Ladd
quando ele diz que “não importa
quão temíveis ou incontroláveis as
forças do mal pareçam ser na
terra, elas não podem anular ou
esconder o fato de que, por trás
do palco, Deus está governando o
universo, no Seu trono”.
O reino das trevas tentará frustrar
os planos de Deus com uma
tentativa de destruir a igreja, mas
a igreja de Cristo é indestrutível.
Até mesmo quando os cristãos são
mortos, Cristo é glorificado diante
destas testemunhas fiéis.
Ao ser tomado pelo Espírito João vê
um trono no céu e alguém sentado
nele. William Hendriksen diz que o
universo não é geocêntrico, nem
heliocêntrico, mas teocêntrico.
Ao redor do trono havia 24 tronos
ocupados por 24 anciãos que
utilizavam roupas brancas e coroas.
O número 24 aparece com
exclusividade no livro de Apocalipse, e
sempre para representar tronos e
anciãos.
Esses anciãos não podem ser os
anjos, porque, primeiramente, toda
vez que a Bíblia diz “anciãos” está se
referindo a seres humanos. E, além
disso, o texto diz que os anciãos
receberam coroas de ouro e isso é
privilégio exclusivo do ser humano:
reinar com Cristo (Ap 1.6).
A interpretação da tradição reformada
sobre os 24 anciãos é que esse
número é uma representação das 12
tribos do Antigo Testamento somado
com os 12 apóstolos.
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A igreja de Cristo é simbolizada pela
figura da nova Jerusalém. Ap 21.12
diz que o muro desta cidade possuía
12 portas, e nelas estavam escritos
os nomes das 12 tribos de Israel. E
Ap 21.14 relata que nesta cidade
também tinha 12 pedras, ou
fundamentos e o nome dos 12
apóstolos estavam escritos nessas
pedras. Logo, os 24 anciãos
representam todos os santos
redimidos, no período do Antigo e
do Novo Testamento.
AS 7 TOCHAS
João vê 24 anciãos ao redor do
grande trono e eles vestiam roupas
brancas. Aqui é um simbolismo da
totalidade dos santos redimidos. Só
é possível que algo ou alguém se
torne santo se entrar em contato
com alguém que seja Santo. Os
anciãos têm a sua importância, mas
eles devem permanecer ofuscados
diante daquele que os santificou.
As 7 tochas representam o Espírito
Santo. E como o seu próprio nome
diz, Ele é Santo. Santidade é a sua
identidade.

Uma das interpretações para o Mar

“Do trono saíam relâmpagos, ser de vidro, é que se refere à
estrondos e trovões, e na frente transparência de Deus. Não há
havia sete tochas com chamas vergonha para se esconder. Deus é
ardentes, que são os sete espíritos claro e Santo em tudo o que faz e é
de Deus”. (Ap 4.5) por isso que nEle só há pureza.

As sete tochas representam uma

abundância de luz que flui do trono
de Deus e os sete espíritos são a
representação da obra que o
Espírito Santo realiza com respeito
à interpretação da vontade de Deus,
animando, confortando seu povo,
santificando os santos e reprovando
os pecadores, diz Simon
Kistemaker.

DEUS SANTO
O principal foco do capítulo 4 é
nitidamente apontar para Deus,
assim como toda a Bíblia. Porém,
tem um atributo de Deus
extremamente enfatizado aqui: a
Santidade.

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A RAZÃO DA
COROAÇÃO
O início do verso 4, no capítulo 5,
mostra o desespero de João ao
descobrir que não foi encontrado
ninguém em todo o universo que
fosse digno de olhar e nem de abrir
o rolo que estava selado com 7
selos. Nenhum ser humano, anjo,
serafim querubim, ou qualquer
outra criatura tinha tal capacidade.
João chora porque dentro do rolo
estava a redenção e se o rolo não
fosse aberto toda a humanidade
estaria debaixo do juízo de Deus.
Porém, um dos anciãos disse para
João: "Não chore! Veja, o Leão da
tribo de Judá, o herdeiro do trono de
Davi, conquistou a vitória. Ele é
digno de abrir o livro e os setes
selos.” (Ap 5.5).
Isso mostra que nenhum ser em
todo o universo poderia nos salvar
se não fosse Jesus. A dignidade de
Jesus está atrelada com a sua
característica de vencedor.
O CORDEIRO
Ap 5.6: "Então vi um Cordeio que
parecia ter sido sacrificado, mas que
agora estava de pé entre o trono e
os quatro seres vivos e no meio dos
24 anciãos. Tinha sete chifres e sete
olhos, que representavam os sete
espíritos de Deus enviados a todas
as partes da terra".
O cordeiro morto é um símbolo muito
claro para os Judeus: significava
expiação (purificação de pecados). E
não tem como pensar em cordeiro
morto sem lembrar do momento em
que foi constituída a Páscoa. Páscoa é
derivada do termo hebraico "pesach",
cujo significado seria algo como
"passar por cima". E assim como em
alguns casos na Bíblia, aqui ocorre
uma dupla aplicação. Na casa que
tivesse a marca do sangue do
cordeiro nos umbrais da porta, o anjo
da morte passaria por cima sem
matar ninguém. Porém, se não
tivesse a marca, o anjo passaria por
cima causando morte nela. O sangue
de Cristo é o para-raios da ira de
Deus a qual deveria ser derramada
em nós.
Mas algo bastante interessante nessa
visão de João é que o Cordeiro estava
de pé como se estivesse morto. Jesus
de fato morreu, mas ele também
ressuscitou e, por isso, ele está de pé
hoje. Não somente vivo, mas
reinando soberanamente. Como
vimos na carta para Laodiceia (3.21).
O Próprio Deus diz que Jesus, o
Cordeiro, já está sentado no trono do
Pai.
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O cordeiro também é retratado na
visão como tendo sete chifres e sete
olhos, que são os sete espíritos de
Deus. O tríplice uso do número sete
enfatiza o símbolo de completude
com respeito ao Cordeiro, segundo
Simon Kistemaker.
Na Bíblia a palavra "chifre"
representa poder. Portanto, quando
diz que o cordeiro possuía sete
chifres, não devemos imaginar isso
literalmente. Os sete chifres
simbolizam a totalidade do poder de
Jesus: conhecido na teologia como
onipotência. Além desse
simbolismo, também notamos a
onisciência (todo o conhecimento)
representado na figura de sete
olhos.
Depois o Cordeiro recebeu o livro
diretamente do Pai e Ele era o único
que poderia fazer isso,
representando ter o governo sobre
todas as coisas.
"Pois é necessário que Cristo reine
até que tenha colocado todos os
seus inimigos debaixo de seus pés.
E o último inimigo a ser destruído é
a morte" (1Co 15.25-26). Desde a
ascensão de Cristo, ele está
reinando. E no momento em que
Ele destruir definitivamente a
morte, passará o governo ao Pai
(1Co 15.28).
Ao ver isso os quatro seres viventes
e os 24 anciãos se prostraram
louvando a Jesus dizendo: “Tu és
digno de receber o livro, abrir os
selos e lê-lo. Pois foste sacrificado e
com teu sangue compraste para
Deus pessoas de toda tribo, língua,
povo e nação. Tu fizeste delas um
reino de sacerdotes para nosso
Deus, e elas reinarão sobre a terra"
(Ap 5. 9-10).
Na morte e na ressurreição de Cristo
ele comprou pessoas
independentemente de cor, cultura
ou posição social. Mas a pergunta
mais importante é: Jesus nos
comprou pagando o preço para
quem?
Existe uma heresia que diz que
Jesus pagou o preço para Satanás.
Quero frisar que isso é uma heresia!
Quando o homem pecou, não
ofendeu Satanás, mas foi uma
ofensa direta a Deus. Por isso que
na cruz Jesus bebe o cálice da ira de
Deus e não da ira do diabo. Fomos
redimidos definitivamente porque
Cristo se entregou para pagar de
uma vez por todas a dívida do
pecado e satisfez a justiça de Deus,
reconciliando a Igreja de Cristo com
Deus. Como se não bastasse, esses
que foram comprados ainda foram
feitos reis e sacerdotes.
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OS 7 SELOS
João observou que Jesus, o cordeiro
digno de abrir os selos, havia
acabado de abrir o primeiro selo.
Neste segundo ciclo não veremos o
sétimo selo, e isso ocorre porque há
uma pausa entre o sexto e o sétimo
selo. O próximo selo servirá para
mais uma vez repetir
progressivamente o ciclo da história
humana entre a primeira e a segunda
vinda de Cristo. Dessa terceira vez
sendo representada pelas 7 taças.
Então um dos quatro seres vivente
convocou o primeiro o primeiro
cavaleiro, que estava em cima do
cavalo branco.
1º SELO
“O seu cavaleiro tinha um arco, e foi-
lhe dada uma coroa. E ele saiu
vencendo e para vencer.” (Ap 6.2)
Existem basicamente três
interpretações para quem seria esse
cavaleiro.
1ª interpretação: O cavaleiro do
cavalo branco seria o anticristo.
Porém essa visão tem alguns
problemas sérios. O primeiro deles é
que a cor branca no Apocalipse
sempre se refere a aspectos como:
santidade, pureza, vitória, justiça e
retidão. Jamais a cor branca é
descrita para Satanás ou qualquer
um dos seus agentes.
O segundo problema é que é descrito
que o cavaleiro possui uma coroa. E o
termo grego se refere à divindade ou
a seres que foram redimidos, como
os 24 anciãos (4.4), a mulher que
gerou um menino (12.1) e o Filho do
Homem (14.14).
O terceiro problema é a maneira
como esse cavaleiro se retirou. O
verso 2 diz que "ele saiu vencendo
para vencer". João enfatiza várias
vezes no Apocalipse a derrota de
Satanás e dos seus adoradores. A
expressão "vencendo para vencer"
pode sugerir a ideia de ser invencível,
sendo totalmente contrária à imagem
do anticristo, porque o anticristo tem
apenas vitórias temporárias
concedidas pelo próprio Deus para
que se cumpram os eventos
escatológicos. Mas sua derrota já foi
decretada.
2ª intepretação: Segundo essa
interpretação, Jesus seria o cavaleiro
branco. E realmente ele tem algumas
características citadas no texto como,
por exemplo, santidade e retidão para
estar relacionado com a cor branca. E
o fato de Ele ser o Rei dos reis torna
coerente a referência à coroa.
Mas o problema maior é quando,
depois de Jesus quebrar o primeiro
selo, o cavaleiro branco obedece a
convocação de um dos seres
viventes. Como Cristo poderia
quebrar o selo e ele mesmo ser o
cavaleiro que é convocado? Além
disso estaríamos dizendo que o
criador (Jesus) se tornou obediente à
convocação de uma criatura, o que no
mínimo parece ser ilógico.
6
3ª interpretação: A terceira, e
acredito ser a interpretação mais
correta, diz que o cavaleiro branco
é o Evangelho. Esta interpretação
surgiu na igreja primitiva e, no
século 3, Vitorino de Pettau disse
que "O cavalo branco é a
proclamação da Palavra enviada ao
mundo com o Espírito Santo. Pois o
Senhor disse: 'Este evangelho será
pregado no mundo inteiro, em
testemunho aos gentios, e então
virá o fim'."
Depois que Cristo recebeu toda
autoridade nos céus e na terra, ele
disse: "Ide e fazei discípulos". Por
isso que desde a ascensão até a
volta de Jesus, o Evangelho
continuará sendo vitorioso. Satanás
não tem poder para prender o
Evangelho. Ele pode prender
pregadores, assim como Paulo foi
preso, mas Paulo mesmo diz em 2
Tm 2.9 que "a Palavra de Deus não
está algemada". O Evangelho é o
cavaleiro branco que "saiu
vencendo para vencer".
Os próximos três cavalos e seus
cavaleiros simbolizam a guerra, a
fome e a morte.
2º SELO
“Quando o Cordeiro abriu o
segundo selo, ouvi o segundo ser
vivo dizer: ‘Venha!’. Então surgiu
um cavalo vermelho. Seu cavaleiro
recebeu uma grande espada e
autoridade para tirar a paz da
terra. E houve guerra e matança
em toda parte.” (Ap 6.3-4)
Enquanto branco simboliza a
santidade, vermelho simboliza
sangue, apontando para a falta de
paz produzida pela perseguição
causada pelo mundo. O cavaleiro
vermelho saiu para promover guerra,
assim como o dragão vermelho em
Ap 12.3. E bem como o cavaleiro
branco começou a atuar desde a
ascensão de Cristo, este cavaleiro
vermelho também.
Em todo lugar que o cavaleiro branco,
o qual é o Evangelho, passa, ele gera
um atrito, causando perseguições.
Jesus mesmo confirma isso em Mt
10.34 dizendo: "Não imaginem que
vim trazer paz à terra! Não vim trazer
paz, mas a espada."
Todo aquele que rejeitar o evangelho
da paz, que é simbolizado pelo
cavaleiro branco, viverá em conflitos.
Jesus diz que esses conflitos podem
aparecer até mesmo nas próprias
famílias dos cristãos.
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Jesus diz: "Vim para pôr o homem
contra seu pai, a filha contra sua
mãe e a nora contra sua sogra. Seus
inimigos estarão em sua própria
casa. Quem ama seu pai ou sua mãe
mais que a mim não é digno de
mim; e quem ama seu filho ou sua
filha mais que a mim não é digno de
mim. Quem se recusa a tomar sua
cruz e me seguir não é digno de
mim". (Mt 10.35-38)
Você está disposto a ter pessoas
contrárias a você por causa do
Evangelho? Você quer seguir a
Cristo e espalhar o Evangelho da
paz? Então se prepare, porque você
irá sofrer perseguições!
Como morreram os discípulos de
Jesus? Tiago foi transpassado pela
espada logo no início; Pedro foi
crucificado de cabeça para baixo;
Paulo foi decapitado; André foi
crucificado em forma de X; Filipe foi
apedrejado; João foi exilado e
morreu na ilha de Patmos.
Jesus então declara: "Quem se
apegar à própria vida a perderá;
mas quem abrir mão de sua vida por
minha causa a encontrará." (Mt
10.39)
3º SELO
“Quando o Cordeiro abriu o terceiro
selo, ouvi o terceiro ser vivo dizer:
‘Venha!’. Quando olhei, vi um cavalo
preto. Seu cavaleiro tinha na mão
uma balança.” (Ap 6.5)
Esse cavaleiro representa a fome.
Isso fica evidente porque ele carrega
uma balança na mão para medir os
alimentos e o próximo verso aponta
para a superinflação no preço deles:
“Uma medida de trigo ou três
medidas de cevada custarão o salário
de um dia”.
Isso é uma referência às
desigualdades: onde o Evangelho da
paz, representado pelo cavaleiro
branco, não se faz presente, a fome
e a desigualdade, representada pelo
cavaleiro preto, reinam.
4º SELO
“Vi, então, e eis um cavalo amarelo.
O seu cavaleiro se chamava Morte, e
o inferno o estava seguindo.” (Ap
6:8)
Para o quarto e último cavaleiro,
Deus deu autoridade sobre a quarta
parte da terra para matar à espada
(segundo cavaleiro), de fome
(terceiro cavaleiro), com peste e
feras.
Precisamos entender que foi Cristo
quem abriu os selos. E
consequentemente foi ele quem
enviou os quatro cavaleiros.
Primeiramente ele envia o cavaleiro
branco, que é o Evangelho da paz,
mas também enviou guerra, fome e
morte para todos os que rejeitam o
Evangelho. Quem não recebe o
Evangelho está entregue à sua
própria corrupção.
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5º SELO
“Quando o Cordeiro quebrou o quinto
selo, vi, debaixo do altar, as almas
daqueles que tinham sido mortos por
causa da palavra de Deus e por
causa do testemunho que deram.
Clamaram com voz forte, dizendo: —
Até quando, ó Soberano Senhor,
santo e verdadeiro, não julgas, nem
vingas o nosso sangue dos que
habitam sobre a terra?” (Ap 6:9-10)
É importante notar que os mártires
não estão pedindo o direito de se
vingarem. Eles estão pedindo para
que Deus os vingue. A vingança
pertence a Deus e Ele vingará
justamente aqueles que honraram o
nome de Deus.
Os mártires clamavam dizendo: “Até
quando?”. Esse muitas vezes tem
sido o nosso clamor quando vemos
tamanha corrupção, dor, doenças,
fome e morte. Mas temos que crer
na Palavra de Deus que diz que um
dia todo sofrimento passará e
nenhuma justiça deixará de ser
impune, mas isso acontecerá no
tempo de Deus. Enquanto esse
tempo não chega, não podemos
esquecer que sofrer e morrer por
Cristo é um privilégio para nós.
“Então a cada um deles foi dada uma
veste branca, e lhes foi pedido que
repousassem ainda por pouco tempo,
até que também se completasse o
número dos seus companheiros e
seus irmãos que iam ser mortos
como eles tinham sido.” (Ap 6.11)
A vingança do Senhor acontecerá de
forma plena e aterrorizante para os
incrédulos no dia que essa contagem
dos mártires, estipulada por Deus,
chegar. A volta de Cristo está
relacionada com o testemunho fiel da
igreja de Cristo.
6º SELO
Aqui ocorre uma introdução de forma
clara sobre como será o dia do Juízo
de Deus. O Juízo final não é um evento
opcional, algo que se possa ignorar,
mas um evento em que os perversos
não poderão escapar de Deus.
Os perversos gritarão para os montes:
“Caiam sobre nós e escondam-nos da
face daquele que está sentado no
trono e da ira do Cordeiro! Pois chegou
o grande dia de sua ira, e quem
poderá sobreviver?” (Ap 6.16-17).
O verso termina com um pergunta
retórica porque nenhum incrédulo
poderá escapar da ira do cordeiro.
Nenhum banker ou montanha será
suficiente para escapar dos olhos de
Deus.
Quando o Rei dos reis e Senhor dos
senhores pisar novamente na terra,
toda a criação será abalada pela sua
chegada.
Por fim, o sétimo selo não é
apresentado nessa seção pois esse
selo já significa o recomeço de um
novo ciclo: as 7 trombetas. Mais um
vez veremos uma progressão no
paralelismo.
9
OS SANTOS
Depois de termos vistos o que
aconteceu com os perversos, aqui
temos uma pausa para lembrar o que
acontece com os salvos em Cristo.
Muito mais importante que a marca
da besta é a marca que os salvos
devem ter. Só existe o reino das
trevas e o reino da luz. Da mesma
forma, só existe a marca da besta e a
marca de Deus. Todo ser humano
tem uma marca ou outra.
“E ouvi o número dos que foram
marcados com o selo de Deus. Eram
144 mil, de todas as tribos de Israel”
(Ap 7.4).
William Hendriksen diz que o selo
tem três funções: proteger contra a
falsificação, garantir uma propriedade
e certificar a genuinidade.
número é um simbolismo das dozes
tribos de Israel (crentes antes da
vinda de Jesus) multiplicado pelos
doze apóstolos (crentes depois da
vinda de Jesus) e multiplicado por mil
(um período de tempo perfeito). O
selo de Deus para os 144.000 se
refere a todos os crentes da história:
a igreja de Cristo (composta por
judeus e gentios).
Paulo afirma em Rm 2.28-29 que o
judeu genuíno não é aquele que tem
o sangue de Abraão, mas o que tem a
fé de Abraão. Existe uma Israel
espiritual, que é conhecida como
Igreja de Cristo (Gl 6.16).
A igreja de Cristo recebeu um selo,
que é o Espírito Santo. Essa é a
garantia de que um dia Jesus voltará
e de que seremos glorificados. A
Igreja está segura em Cristo.

Assim como já vimos anteriormente,

números em Apocalipse não devem
ser interpretados literalmente. E aqui
há mais um caso de simbolismo.
Simon Kistemaker diz que assim
como na medição da Nova Jerusalém,
descrita como tendo 12.000 estádios
de altura, largura e profundidade: um
cubo perfeito e símbolo da perfeição.
As doze tribos (21.12), a mulher com
doze estrelas em sua cabeça (12.1),
os doze frutos que as árvores
produzem (22.2).

O que seria então os 144.000 que

foram selados? Podemos destrinchar
esse número em 12x12x1000. Esse

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 CONTINUA…

ESTUDO REALIZADO POR

GABRIEL SILVA (GAAB)

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