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OS MISTÉRIOS DO

TABERNÁCULO
CONHECENDO A PROFUNDIDADE DOS
MISTÉRIOS CONTIDOS NO TABERNÁCULO
QUANDO O ETERNO DECIDIU ESTAR JUNTO DO SEU POVO ISRAEL
ELE ORDENOU A MOISÉS QUE FIZESSE NA TERRA, UMA RÉPLICA DO
TABERNÁCULO CELESTE...

Gilberto Souza

Igreja Assembleia de Deus Retorno- Pastor presidente Gilberto Souza Página 0


Os Mistérios do Tabernáculo

Os quatro níveis de revelação da Toráh Sagrada

 Pshat; é o significado literal do texto.


 Remez; é o significado figurativo.
 Drush; é o significado interpretativo e homilético.
 Sod-segredo; é o significado místico, espiritual das Sagradas
Escrituras. (este nível leva o estudante ao conhecimento da Guematria,
e a idade mínima exigida pelo Eterno para isso é 30 anos).

Conteúdo Programático
Introdução
A relevância deste Conhecimento, de quem partiu a ideia da construção e qual seu
verdadeiro propósito.
.........................................................................................................................................................

SUMÁRIO
1 - AS OFERTAS DO POVO

1.1 - A ORDEM DAS TRIBOS NO CAMPAMENTO

1.2 - CORTINAS, AS COLUNAS E A ENTRADA DO TABERNÁCULO.

1.3. AS TÁBUAS

1.4 - A COBERTURA

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2 - O PÁTIO DO TABERNÁCULO

2.1 – O ALTAR DO HOLOCAUSTO

2.2 - A PIA DE BRONZE

.............................................................

3 - O LUGAR SANTO DO TABERNÁCULO

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3.1 – A MESA DOS PÃES

3.2 - O CASTIÇAL

3.3- O INCENSÁRIO

.......................................................................

4. - O LUGAR SANTÍSSIMO DO TABERNÁCULO

4.1 – A ARCA DA ALIANÇA

4.2 - O SEU CONTEÚDO

4.3 – O PROPICIATÓRIO

5.– O AZEITE DA UNÇÃO

5.1-PREPARAÇÃO DO AZEITE DA UNÇÃO

5.2-CHANUCÁ (uma das festas judaicas-esta comemora um milagre ocorrido no


tempo dos Macabeus) E A HISTÓRIA DO AZEITE.

O QUE É O TEMPLO DOS ÚLTIMOS DIAS?

BIBLIOGRAFIA

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1 - AS OFERTAS DO POVO

Êxodo 25.2-7 - “Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo
homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta
alçada. (v.3) E esta é a oferta alçada que tomareis deles: ouro, prata, bronze, (v.4)
estofo azul, púrpura,carmesim, linho fino, pêlos de cabras, (v.5) peles de
carneiros tintas de vermelho,peles de golfinhos, madeira de acácia , (v.6)
azeite para a luz, especiarias para o óleo da unção e para o incenso
aromático, (v.7) pedras de ônix, e pedras de engaste para o Éfode e para o
peitoral. (v.8) E me farão um Santuário, para que eu habite no meio deles”.
Elohim revelou a Moisés que pretendia construir um santuário para que pudesse
habitar no meio do povo. Mas precisava de materiais para essa construção. E manda
Moisés pedir ao povo ofertas para a construção. As ofertas dadas pelo povo de Israel
foram tão abundantes que os artífices interromperam seu trabalho para dizer a
Moisés:

Êxodo 23.5-7 - “e disseram a Moisés: O povo traz muito mais do que é necessário
para o serviço da obra que o Senhor ordenou se fizesse. (v.6) Pelo que Moisés deu
ordem, a qual fez proclamar por todo o arraial, dizendo: Nenhum homem, nem
mulher, faça mais obra alguma para a oferta alçada do santuário. Assim o povo foi

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proibido de trazer mais. (v.7) Porque o material que tinham era bastante para toda
a obra, e ainda sobejava”.

Isso nos traz uma grande lição. O povo deu com espontaneidade toda oferta que
tinha. Israel se encontrava em um momento delicado, pois havia recém saído do
Egito, e tudo que pudessem economizar seria útil pelo caminho até a terra
prometida. Mas Israel naquele momento tinha seu coração voltado para o Senhor e
não pensou que lhe podia faltar. Mostrou obediência e devoção. Muitas vezes nós
somos enganados por Satanás e retemos a oferta que Elohim nos pede com medo
que nos falte. Mas para Israel “O MANÁ” desceu do céu e |gua emanou da rocha.

1.1 - A ORDEM DAS TRIBOS NO ACAMPAMENTO

O tabernáculo foi projetado para ser desmontável, foi projetado para acompanhar
Israel por onde quer que fosse. Para esse trabalho Elohim incumbiu os filhos de
Levi, Gérson, Coate e Merari (Números 4). Os levitas ficariam responsáveis pelo
trabalho no tabernáculo. As famílias de Gérson (Gersonitas) acampavam-se ao Oeste
e cuidavam do exterior do tabernáculo e serviam como vigias. As famílias de Coate
(Coatitas) acampavam-se ao Sul e eram responsáveis pela Arca da Aliança, a Mesa
dos Pães, O candelabro (Candeeiro), os altares e todos os vasos e utensílios
sagrados. As famílias de Merari (Meraritas) acampavam-se ao Norte e eram
responsáveis pela conservação e transporte das tábuas, das travessas, das colunas,
das cordas, das estacas e das bases. Os restantes das tribos de Israel se acampavam
ao redor do tabernáculo nessa ordem:

A porta do tabernáculo olhava sempre para o Oriente, ou seja, para o lugar do


nascimento do sol. Isso aponta para Jesus. Segundo o profeta Malaquias: Ml 4.2 -
“Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascer| o sol da justiça, trazendo curas
nas suas asas; e vós saireis e saltareis como bezerros da estrebaria”.

1.2 - CORTINAS, AS COLUNAS E A ENTRADA DO TABERNÁCULO.

Até aqui vimos como os materiais para a construção do tabernáculo foram


adquiridos, quem eram os responsáveis por seu transporte e também vimos a
ordem das tribos ao redor do tabernáculo.

Vamos agora estudar detalhes externos da construção do tabernáculo. Mais adiante


vamos estudar outras partes do tabernáculo e outros materiais.

A) CORTINAS - O tabernáculo estava separado de Israel por meio de um cortinado


de linho branco de dois metros e meio de altura, sustentado por 60 colunas de
bronze. No seu interior se encontrava as demais peças e divisões. (esta é a cerca do
Mishcan)

As cortinas do tabernáculo falam da santidade. Dentro das cortinas tudo era Santo, o
impuro tinha que ficar do lado de fora. Por serem de linho fino as cortinas falam da
santidade de Deus. No livro da Habacuque encontramos a seguinte passagem:

Hc 1.13 - “Tu que és t~o puro de olhos que n~o podes ver o mal...”

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O pecador (impuro) tem que ficar separado de Deus.

B) AS COLUNAS - Mas como poderia habitar um Deus Santo no meio de um povo


pecador. A resposta está nos sacrifícios que veremos adiante, vejamos agora a
simbologia dos metais também presentes nas colunas das cortinas.

As 60 colunas e suas bases eram feitas de bronze, esse metal indica o julgamento do
pecado. Deus só podia habitar no meio do povo mediante o julgamento dos nossos
pecados em Cristo, que se fez pecado por nós. Todos os vasos e até os pregos eram
de bronze.

A prata estava presente nos ganchos nos quais eram penduradas as cortinas, bem
como as faixas, ou capitéis, que adornavam o cortinado. A prata está presente
também em outras partes do tabernáculo que veremos adiante. A prata fala da
redenção. Sem a prata as cortinas perdem seus capitéis e seus ganchos caindo então
por terra. Sem a obra redentora de Cristo o homem não pode entrar no reino dos
céus, Cristo é que ergue o homem e leva até Deus.

C) ENTRADA DO TABERNÁCULO - O tabernáculo, como figura de nossa comunhão


com Deus, possuía apenas uma entrada descrita assim na Bíblia: Êxodo 27.16 -
“Também { porta do |trio haver| um reposteiro de vinte côvados, de azul, púrpura,
carmesim, e linho fino torcido, obra de bordador; as suas colunas serão quatro, e
quatro as bases destas”.

A palavra de Deus também faz alusão de Jesus como porta, vejamos:

Jo 10.9 - “Eu sou a porta...” (Jesus n~o é uma porta qualquer, mas a porta, a única
porta, ele é a única entrada). (Ani Dálet)

Jo 14.6 - “Eu sou o caminho a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai sen~o por mim”.
(Ani ha Netyvia, Ani ha Êmet, Ani ha Ahyim)

Jesus como único mediador entre Deus e o homem, está representado pelas quatro
colunas e pelos quatro véus. Essas colunas aqui mencionadas são as da entrada do
tabernáculo, fazem parte das 60 colunas do cortinado, mas possuem quatro véus
com diferentes cores.

As colunas por serem quatro indicam que a salvação é para todos que creem, pois o
número quatro está relacionado com plenitude da terra.

Mt 4.31 - “E ele enviar| os seus anjos com grande clamor de trombeta, os quais lhe
ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos
céus.”

As cores dos quatro véus da entrada do tabernáculo indicam os quatro aspectos do


caráter de Jesus, tal como anunciado no Novo Testamento pelos quatro evangelistas.
Vejamos:

A) A PÚRPURA - A púrpura é relacionada com a realeza, essa cor fala de Jesus como
Rei.

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Zc 9.9 - “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti
o teu rei; ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre um
jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta”.

Esta cor aponta para o Evangelho de são Mateus que é o Evangelho do Rei. Mateus
usa 14 vezes a express~o “filho de Davi” provando sua ascendência real.

B) O CARMESIM - O carmesim fala do sacrifício, fala de sangue. Fala de Jesus como


servo sofredor. Este é o Evangelho de Marcos. Um servo não precisa de genealogia,
Marcos não a registra.

Is 42.1 - “Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem se
compraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele. ele trar| justiça {s nações”.

C) O LINHO BRANCO - Seguindo a ordem dos evangelhos, o linho branco é Lucas que
enfatiza a pureza de Jesus como filho do homem, o homem perfeito.

Zc 6.12 - “... Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar, e
edificar| o templo do Senhor”.

D) O AZUL - Azul fala das coisas celestes, apontando para o céu de onde Jesus veio e
para onde voltou. João no seu Evangelho indica a divindade de Jesus. Por 35 vezes
Jesus no Evangelho de Jo~o se refere a deus como “Pai”. Por 25 vezes ele diz, “Em
verdade, em verdade”, indicando sua autoridade divina.

Is 49.9 - “... Eis aqui est| o vosso Deus”.

Cores dos Véus

Evangelhos

Caráter de Jesus

Para que povo foi escrito

Púrpura

Mateus

Jesus é Rei.

Este Evangelho foi escrito para os Judeus, para que cressem que Jesus era o Messias
prometido que viria da raiz de Davi.

Carmesim

Marcos

Jesus é Servo.

Este Evangelho foi escrito para os Romanos. Jesus é apresentado como servo por
causa do domínio Romano que não admitiria um Rei entre os Judeus que fôssemos
maiores que os imperadores Romanos.

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Linho Branco

Lucas

Jesus é Homem.

Este Evangelho foi escrito para os Gregos, que eram filósofos e muito sábios e
estavam em busca do homem perfeito.

Azul

João

Jesus é Divino.

Este foi escrito para a Igreja, apresenta Jesus como o Filho de Deus. (“Ani Ben-
Elohim”)

1.3. AS TÁBUAS

Ainda na forma de madeira as tábuas vieram do deserto. Cada tábua representa um


cristão. As tábuas eram feitas de madeira de acácia, que era um arbusto do deserto,
cheio de galhos, espinhos e nós. Madeira de péssima qualidade para se trabalhar.
Uma virtude a acácia tinha que era a sua resistência. A madeira representa a parte
humana. As acácias foram cortadas do deserto por Bezaleel e foram trabalhadas por
ele para que ficassem retas. Depois de tombadas, podadas e lixadas as tábuas
serviriam para o tabernáculo. Serviriam para guardar o lugar Santo e o lugar
Santíssimo. Mas o que isso significa?

O Deserto é o mundo de onde nós somos tirados. Somos cortados pela espada do
espírito, nas mãos de Bezaleel que é um tipo do Espírito Santo. Depois de cortados
somos tombados pelo arrependimento e trazidos para a casa de Deus e somos feitos
templo de Deus.

Estas tábuas depois de serem trazidas para o templo eram revestidas de ouro. O
ouro fala da Glória de Deus. Nenhuma tábua em seu estado natural pode ser
revestida de ouro, é necessário antes morrer para o pecado, ou seja, deixar as raízes
no deserto. Se quisermos esse glorioso revestimento, devemos nos entregar
inteiramente nas mãos do divino carpinteiro. Isso resultará sofrimento, mas vale a
pena ser revestido de ouro.

As bases destas tábuas eram de prata. Como já vimos, a prata representa a redenção
de Cristo. As tábuas (Que somos nós) estavam separadas da terra pela prata.

Somos separados do mundo pela redenção de Cristo. Todas as tábuas estão


separadas da terra pela prata. Só assim as tábuas poderiam receber o ouro. As
tábuas eram mantidas em pé por travessas de acácia revestidas de ouro.
Percebendo a sua função vemos que simboliza os ministérios, dados ao povo do
Senhor para a sua edificação.

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Ef 4.11-13 - “E ele deu uns como Emissários, e outros como Profetas, e outros como
Evangelistas, e outros como Pastores e Mestres, (v.12) tendo em vista o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de
Cristo; (v.13) até que todos cheguem à unidade da fé e do pleno conhecimento do
Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de
Cristo”.

Cada crente no seu Santuário é um ministro do Senhor, capacitado com o poder do


Espírito do Senhor para o trabalho de Reino.

1.4 - A COBERTURA

Êxodo 26.7-14 - “Far|s também cortinas de pêlos de cabras para servirem de tenda
sobre o tabernáculo; onze destas cortinas farão. (v.8) O comprimento de cada
cortina será de trinta côvados, e a largura de cada cortina de quatro côvados; as
onze cortinas serão da mesma medida.(v.9) E ajuntarás cinco cortinas em um grupo,
e as outras seis cortinas em outro grupo; e dobrará a sexta cortina na frente da
tenda.(v.10) E farás cinquenta laçadas na orla da última cortina do primeiro grupo,
e outras cinquenta laçadas na orla da primeira cortina do segundo grupo. (v.11)
Farás também cinquenta colchetes de bronze, e meterás os colchetes nas laçadas, e
assim ajuntarás a tenda, para que venha a ser um todo.(v.12) E o resto que sobejar
das cortinas da tenda, a saber, a meia cortina que sobejar, penderá aos fundos do
tabernáculo.(v.13) E o côvado que sobejar de um lado e de outro no comprimento
das cortinas da tenda, penderá de um e de outro lado do tabernáculo, para cobri-
lo.(v.14) Farás também para a tenda uma coberta de peles de carneiros, tintas de
vermelho, e por cima desta uma coberta de peles de golfinhos. (v.15) Farás também
as tábuas para o tabernáculo de madeira de acácia, as quais serão colocadas
verticalmente”.

Vamos seguir a ordem do exterior para o interior, assim temos as seguintes


coberturas:

PELES DE GOLFINHO - As peles de golfinho eram rústicas, retinham poeira do


deserto e eram simples não contendo nenhuma beleza. Quem se olha o tabernáculo
do lado de fora nada de extraordinário veria. O profeta Isaías indica a pessoa de
Jesus segundo essa primeira cobertura:

Is 53.2 - “Pois foi crescendo como renovo perante ele, e como raiz que sai duma
terra seca; não tinha formosura nem beleza; e quando olhávamos para ele, nenhuma
beleza víamos, para que o desej|ssemos”.

Isso não quer dizer que Jesus não tem beleza, isso quer dizer que quem olha Jesus
sem conhecê-lo realmente nada encontram de extraordinário. Somente o cristão
verdadeiro pode exclamar:

Jo 1.14 - “Vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”.

B) PELES DE CARNEIRO TINGIDAS DE VERMELHO - Essa cobertura simboliza o


sacrifício de Jesus, pois como já vimos o vermelho tipifica o sangue de Cristo que foi
dado em favor da humanidade.

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Jo 1.29 - “... o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”.

C)PELES DE CABRA - Essa terceira cobertura indica a pureza da justiça de Cristo.


Jesus viveu uma vida Santa, sem pecado e por isso ele podia perguntar.

Jo 8.46 - “Quem dentre vós me convence de pecado?”.

D) O LINHO BRANCO - Esta última cobertura indica novamente o caráter de Jesus.


Esta cobertura tinha bordados em azul que indica a natureza celestial de Jesus
Cristo.

Jo 14.1-3 - “N~o se turbe o vosso coraç~o; credes em Deus, crede também em mim”.
(v.2) Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito;
vou preparar-vos lugar. (“v.3) E, indo eu vos preparar lugar, virei outra vez, e vos
tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também”.

2 - O PÁTIO DO TABERNÁCULO

Êxodo 27.9 - “Far|s também o |trio do tabern|culo. No lado que d| para o sul o |trio
terá cortinas de linho fino torcido, de cem côvados de comprimento”.

Êxodo 27.12-13 - “E na largura do |trio do lado do ocidente haver| cortinas de


cinquenta côvados; serão dez as suas colunas, e dez as bases destas. (v.13)
Semelhantemente a largura do átrio do lado que dá para o nascente será de
cinquenta côvados”.

Vamos estudar agora as divisões e as peças do tabernáculo. Começando pelo Pátio


rumando para interior do tabernáculo. O pátio do tabernáculo (que em algumas
versões é chamado de Átrio do Senhor) media vinte e dois metros de largura por
quarenta e cinco metros de comprimento. O altar do holocausto e a pia de bronze,
como as únicas peças do pátio do tabernáculo, relacionam-se de perto com as duas
primeiras experiências do crente. Já estudamos as cortinas, as colunas, as tábuas,
suas bases e sua cobertura e a entrada do tabernáculo. Agora, ao passarmos o
primeiro véu da entrada nos deparamos com o grande altar de bronze.

2.1 - O ALTAR DE BRONZE

(ALTAR DO HOLOCAUSTO)

Êxodo 27.1- 9 - “Far|s também o altar de madeira de ac|cia; de cinco côvados ser| o
comprimento, de cinco côvados a largura (será quadrado o altar), e de três côvados
a altura. (v.2) E farás as suas pontas nos seus quatro cantos; as suas pontas
formarão uma só peça com o altar; e o cobrirás de bronze. (v.3) Far-lhe-ás também
os cinzeiros, para recolher a sua cinza, e as pás, e as bacias, e os garfos e os
braseiros; todos os seus utensílios farás de bronze. (v.4) Far-lhe-ás também um
crivo de bronze em forma de rede, e farás para esta rede quatro argolas de bronze
nos seus quatro cantos, (v.5) e a porás em baixo da borda em volta do altar, de
maneira que a rede chegue até o meio do altar. (v.6) Farás também varais para o
altar, varais de madeira de acácia, e os cobrirás de bronze. (v.7) Os varais serão

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metidos nas argolas, e estarão de um e de outro lado do altar, quando for levado.
(v.8) Oco, de tábuas, o farás; como se te mostrou no monte, assim o farão.

*SIGNIFICADO DE ALTAR: A palavra hebraica mizbéahh (altar) deriva do verbo


radical zaváh (abater; sacrificar), abatedouro ou a um lugar de sacrifícios. (Gên.
8:20; 12:21; 16:2) . A palavra grega thysiastérion (altar) deriva do verbo thýo, que
também significa “abater; sacrificar”. (MT 22:4;Mc 14:12). Isto é, tanto no hebraico
como no grego, o significado é sacrificar. É interessante que a transliteração dessas
palavras significa também, usando apenas as consoantes, o seguinte:

M= Mehilá, perdão

Z = Zehut, retidão

B =, brachah, bênção

H = Hayim, vida

Então, Altar é lugar de conceder e receber perdão (manifestando misericórdia e


amor); Altar é lugar de estar em integridade (completo), retidão (na justiça do
Eterno); altar é lugar de bênçãos e lugar de vida e vida em abundancia.

O altar do Holocausto media cerca de dois metros e meio de cada lado por um metro
e meio de altura. Era grande o suficiente para a queima de animais de grande porte
como um novilho.

O altar de bronze é a primeira peça do tabernáculo a partir da entrada. Este era o


lugar onde os animais eram imolados em sacrifico para fazer a expiação dos
pecados e alcançar a misericórdia de Deus.

O altar possuía um chifre em cada canto, e esses chifres, ou pontas, eram aspergidos
de sangue do animal, pelo sacerdote.

Lv 4.30 - “Depois o sacerdote, com o dedo, tomar| do sangue da oferta, e o por|


sobre as pontas do altar do holocausto; e todo o resto do sangue derramará à base
do altar”.

Lv 8.15 - “e, depois de imolar o novilho, Moisés tomou o sangue, e pôs dele com o
dedo sobre as pontas do altar em redor, e purificou o altar; depois derramou o resto
do sangue à base do altar, e o santificou, para fazer expiaç~o por ele”.

Isto salienta que o pecado é digno de morte, mas que Deus aceita sangue inocente
em favor do pecador. Uma clara lição do poder que há no precioso e imaculado
sangue de Jesus. Da mesma forma como o sacerdote derramava o sangue na base do
altar, Jesus Cristo, como perfeita oferta pelo pecado, derramou sua alma na morte.

IS 53.12 - “...porquanto derramou a sua alma até a morte, e foi contado com os
transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores
intercedeu”.

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O altar de Bronze era oco e isso para permitir a circulação do ar e o fogo aceso até a
consumação da vítima. As cinzas se acumulavam no interior do altar, então o
sacerdote, depois de mudar suas vestes, levava as cinzas para um lugar limpo, fora
do arraial. O corpo do Senhor Jesus, representado pelas cinzas, foi posto em um
Sepulcro novo, fora dos muros de Jerusalém.

O altar era de madeira de Acácia revestido de bronze. A acácia como já vimos


representa o homem e o bronze representa o julgamento do pecado. Isso quer dizer
que o homem (acácia) está revestido pelo julgamento divino que se deu pelo
sacrifício supremo ministrado por Jesus. Jesus livrou a humanidade do pecado, se
fazendo pecado por nós.

2.2 - A PIA DE BRONZE

(LAVATÓRIO)

Êxodo 30.18-19 - “Far|s também uma pia de bronze com a sua base de bronze, para
lavatório; e a porás entre a tenda da revelação e o altar, e nela deitarás água, (v.19)
com a qual Arão e seus filhos lavar~o as m~os e os pés”.

A pia de Bronze em algumas versões bíblicas é chamada de lavatório, ou até pia de


cobre. O cobre indica o bronze nas versões mais atualizadas e é esta que adotamos
neste estudo.

A santificação deve ser uma experiência constante em nossa vida. A bíblia nos
manda seguir a santificação.

I Pe 1.15 - “mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em
todo o vosso procedimento”.

Jesus disse que os discípulos estavam limpos pela palavra que ele lhes havia falado.

Jo 15.3 - “Vós j| estais limpos pela palavra que vos tenho falado”.

No Evangelho de João capítulo 3 Jesus também evidencia que quem não é nascido
pela água (palavra de Deus) não é digno de entrar no reino dos céus.

Jo 3.5 - “... aquele que n~o nasce da |gua e do espírito n~o pode entrar no reino de
Deus”.

Então é necessária a nossa purificação diária pela palavra de Deus, pois vivemos
num mundo impuro, assim como Arão se santificava com a água da bacia. Mas o que
me chama atenção é o fato dos Sacerdotes lavarem apenas as mãos e os pés. Isto
acontecia por que as mãos representam todas as obras dos homens, são com elas
que trazemos à existência tudo que queremos, os pés representam o caminho, que
deve ser reto, de justiça, a partir daí representa a santidade do homem revelada no
seu andar. Assim sendo a simbologia do lavar as mãos e os pés falavam da
purificação das obras e do caminho dos Sacerdotes.

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3 - O LUGAR SANTO DO TABERNÁCULO

Estudaremos agora o simbolismo do tabernáculo propriamente dito, ou seja, a parte


coberta também chamada de tenda da congregação. Este lugar estava dividido em
duas partes: O lugar Santo e o lugar santíssimo. Essa divisão ocupava uma área de
13,71 metros de comprimento por 4,57 de largura.

Como uma figura da “Igreja” o Tabernáculo no seu todo indica o caminho que temos
de seguir em direção ao lugar Santíssimo. Graças a obra realizada por Cristo no
Calvário, o caminho para a presença de Deus foi aberto pelo derramamento do
sangue inocente de Jesus.

Já falamos das tábuas, suas bases e sua cobertura. Também falamos dos véus que
tinham as cores azul, púrpura, carmesim e linho branco. Estes véus com estas
ordens de cores são sempre os mesmos, tanto na porta que levava ao Pátio, como na
porta que levava ao Lugar Santo como também na divisão entre o Lugar Santo e o
Lugar Santíssimo.

Os véus que separavam o Pátio do Lugar Santo eram suspensos por colchetes de
ouro, por sua vez apoiados em cinco colunas revestidas de ouro e firmadas em bases
de bronze. O número (5) cinco, que também aparece nas medidas do tabernáculo,
indica especialmente capacidade e responsabilidade.

Mt 25.2 - “Cinco delas eram insensatas, e cinco prudentes”

Lc 16.28 - “porque tenho cinco irm~os; para que lhes dê testemunho, a fim de que
não venham eles também para este lugar de tormento”.

Os crentes antes de entrar no santuário, precisam passar pela Pia com água e depois
voltar ao Altar do Holocausto. Tendo assim deixado o pátio para trás e se
preparando para entrar no segundo véu.

3.1 - A MESA DOS PÃES DA PROPOSIÇÃO

Êxodo 25.23-30 - “Também far|s uma mesa de madeira de ac|cia; o seu


comprimento será de dois côvados, a sua largura de um côvado e a sua altura de um
côvado e meio; (v.24) cobri-la-ás de ouro puro, e lhe farás uma moldura de ouro ao
redor”. (v.25) Também lhe farás ao redor uma guarnição de quatro dedos de
largura, e ao redor na guarnição farás uma moldura de ouro.(v.26) Também lhe
farás quatro argolas de ouro, e porás as argolas nos quatro cantos, que estarão
sobre os quatro pés.(v.27) Junto da guarnição estarão as argolas, como lugares para
os varais, para se levar a mesa.(v.28) Farás, pois, estes varais de madeira de acácia,
e os cobrirás de ouro; e levar-se-á por eles a mesa.(v.29) Também farás os seus
pratos, as suas colheres, os seus cântaros e as suas tigelas com que serão oferecidas
as libações; de ouro puro os farás.(v.30) “E sobre a mesa porás os pães da
proposiç~o perante mim para sempre”.

A mesa dos pães da proposição (ou da presença) era feita de madeira de acácia
medindo um metro de comprimento por meio metro de largura e 75 centímetros de
altura. Era coberta de ouro, emoldurada e com uma coroa de ouro ao redor da

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moldura. Sobre ela eram colocados, a cada sábado doze pães sem fermento, em duas
fileiras de seis cada, sobre os quais se derramava o incenso puro.

Lv 24.5-9 - “Também tomar|s flor de farinha, e dela cozerás doze pães; cada pão
será de dois décimos de Efa.(v.6) E pô-los-ás perante o Senhor, em duas fileiras, seis
em cada fileira, sobre a mesa de ouro puro. (v.7) Sobre cada fileira porás incenso
puro, para que seja sobre os pães como memorial, isto é, como oferta queimada ao
Senhor; (v.8) em cada dia de sábado, isso se porá em ordem perante o Senhor
continuamente; e, a favor dos filhos de Israel, um pacto perpétuo. (v.9) Pertencerão
os pães a Arão e a seus filhos, que os comerão em lugar santo, por serem coisa
santíssima para eles, das ofertas queimadas ao Senhor por estatuto perpétuo”.

No Santuário de Deus nós nos alimentamos do Pão misturado com a oração dos
santos.

Os doze pães representando as tribos do povo de Deus, eram consagrados ao Senhor


e deviam ser renovados a cada sábado...

3.2 O CASTIÇAL (CANDELABRO, CANDEEIRO-MENORÁH).

O castiçal em algumas traduções é chamado de candeeiro. Enquanto no pátio há a


luz natural do Sol, da Lua e das Estrelas, no Santuário brilha somente a luz do
candelabro, símbolo da iluminação da Palavra do Eterno (Sl 119.105) “L}mpada
para os meus pés é a tua Palavra e luz para o meu Caminho”.

O Menoráh (nome hebraico) era abastecido por azeite puro de oliva, que era
extraído num processo de esmagadura, daí tirava-se o primeiro para o santuário.

O Menoráh tinha ainda um instrumento que era usado para limpeza dos seus
canudos, cujo nome é Espevitadeira, que era usada para tirar a borra do azeite
queimado que, encrustava, entupia a tubulação dos braços do mesmo. A ordem do
Eterno para Arão e seus filhos em relação ao Menoráh era não deixa-lo apagar
nunca.

O Menoráh é a figura que representa o povo do senhor, é o símbolo. Isto é


comprovado no livro de Apocalipse cap. 1:20 “Eis o mistério das sete estrelas, que
viste na minha destra, e dos sete candeeiros de ouro: as estrelas são os anjos das
sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete comunidades messiânicas”.

Na Kabbalah

Durante este mês de Kislev, o nono mês lunar – sob a luz de sagitário,
estamos sagrando o óleo, que nos traz a luz, conscientizada durante a festa
de chanuká, festa das luzes. Esta é a oportunidade para entendermos melhor
a importância do óleo de oliva e seu uso pelo cabalistas, que recomendam
uma pequena colher de óleo todos os dias.

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Era o óleo que garanti as luzes acesas no Templo, que simbolizavam e faziam
a conexão com uma estrutura perfeita do universo oculto – estas luzes eram
as luzes do candelabro de 07 braços, a menorá.

Óleo em hebraico Shemen, Shin, Mem, Nun, representa o veiculo de


transformação. E Shemen está na palavra hebraica Shemona, que é oito,
mostrando que o óleo nos leva a uma oitava acima. O azeite simboliza
dedicação a um propósito superior, usado para ungir o rei e consagrar os
sacerdotes, torna sagrado o que toca. Abastece o fogo, que é o principal
símbolo de transcendência, símbolo de D’us. O influxo de D’us, nas sefirot é
chamado de óleo.

“Que D’us despeje o bom óleo nos sete braços da menor| que representa o
mundo sefirótico para conceder Sua bondade {queles que Ele criou”

A pureza do azeite representa a imortalidade, aquele algo a mais, acima da


mente, mais sublime que a sabedoria. Representa a coragem, a força, a
vontade e o espírito.

Por isto neste período somos chamados para sermos guardiões (Shamash)
da luz, que corre através do óleo, instrumento de ascensão. É aqui que
podemos despertar para uma nova consciência, com mais luz dissipamos a
nossa escuridão e a escuridão do mundo.

O momento em que buscamos as conexões com esta ascensão se chama


Chanuká, a festa das luzes. São 8 dias de festa, o Shemona.

3.3 - O ALTAR DE OURO

(INCENSÁRIO, ALTAR DE INCENSO).

Êxodo 37.25-29 - “De madeira de ac|cia fez o altar do incenso; de um côvado era o
seu comprimento, e de um côvado a sua largura, quadrado, e de dois côvados a sua
altura; as suas pontas formavam uma só peça com ele”. (v.26) Cobriu-o de ouro
puro, tanto a face superior como as suas paredes ao redor, e as suas pontas, e fez-lhe
uma moldura de ouro ao redor. (v.27) Fez-lhe também duas argolas de ouro debaixo
da sua moldura, nos dois cantos de ambos os lados, como lugares dos varais, para
com eles levarem o altar. (v.28) E os varais fez de madeira de acácia, e os cobriu de
ouro. (v.29) “Também fez o óleo sagrado da unção, e o incenso aromático, puro, qual
obra do perfumista”.

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Medindo um metro e meio de altura e meio metro de cada lado, o altar de incenso
(também chamado de incensário) era de madeira de acácia, com quatro pontas, uma
em cada canto. Todo ele foi coberto de ouro e decorado com uma coroa desse
mesmo metal ao redor. Sua disposição no Santuário era junto ao terceiro véu, ao
ocidente. De sorte que, ao entrarem no Santuário, os sacerdotes o tinham bem à sua
frente, enquanto à esquerda (Sul) ficava o candelabro e à direita (norte) a mesa.

Esse altar era a ligação entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo. Ele aponta para as
nossas orações. O sumo sacerdote não podia entrar no Santíssimo lugar sem
conduzir-se o incensário portátil, no qual o incenso estivesse sendo queimado.

Nos elementos que compõem o incenso puro estão o Estoraque, a Onicha e o


Gálbano.

A) O ESTORAQUE - A raiz etimológica dessa planta, na língua hebraica, significa gota,


talvez pelo fato desse perfume desprender-se espontaneamente do arbusto do
mesmo nome,a partir da seiva do benjoim cascas secas, um incenso aromático para
vendas industriais é extraído, o Storax Officinale não depende de outra para
reproduzir por que suas flores são bissexuais. Isto sugere que o nosso louvor e
adoração não devem depender de outrem para existir, deve ser produzido a partir
de nós mesmos.

B) A ONICHA– Significa unha ou garra. É um dos ingredientes do Incenso sagrado e


subentende-se que seja um opérculo córneo ou concha de alguma espécie de
marisco. Em latim é chamado de Ungala aromática ou Unguis oderatos. Segundo
Discórides, é a concha de um marisco, semelhante a um maricídio, encontrado nos
lagos de nardo da Índia, e que exala um odor adocicado, pois se alimenta de nardo.

Esse elemento nos ensina que nossas orações e adoração devem vir das profundezas
da alma, tal como disse Davi: Sl 130.1 - “Das profundezas a ti clamo...”.

C)O GÁLBANO– Nome popular de uma planta da família das Apiáceas (ex-
Umbelíferas) que possui propriedades medicinais. Sua resina é usada como anti-
inflamatória e cicatrizante e deve ser manuseada com cuidado, pois pode afetar os
olhos. Também é chamada de galbaneiro. Esse terceiro elemento era extraído de um
arbusto do mesmo nome, encontrado na Arábia, Pérsia, Índia e África.
Diferentemente do estoraque, o Gálbano brotava das folhas e galhos mediante a sua
trituração. Nossa adoração e oração devem partir de um coração contrito e
quebrantado.

*Obs. O Gálbano é uma resina pegajosa originária de uma planta, tal como o ládano,
e faz parte dos ingredientes mais tenazes numa fórmula no coração e na base. Mas é
o seu intenso amargor com tonalidades verdes, como um elixir conífera
superconcentrado no laboratório de um alquimista louco, que se sobrepõe desde o
fundo ao topo e que imediatamente pica no nariz com uma capacidade de limpeza
que apenas a amónia consegue suplantar.

4. O LUGAR SANTÍSSIMO DO TABERNÁCULO

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O espaço chamado de “Átrio Santo” representa o mundo temporal, onde tudo é
trocado todo dia e onde todo sacerdote (Koen) entra para trabalhar.

O mais solene e importante lugar do tabernáculo, chamado Lugar Santíssimo ou


Santo dos Santos, era quadrado de cerca de 8 metros para todos os lados. Nesse
lugar somente o Sumo sacerdote (Koen Há Gadol) entrava uma vez por ano, no
décimo dia do sétimo mês, levando consigo o sangue da expiação e também o
incensário móvel de ouro em que se queimava o incenso santo.

A língua portuguesa é muito pobre em relação a hebraica, nós não temos uma
palavra para exprimir a santidade de Deus, então usamos o termos Santo dos
Santos. (Beit Há Mikdash)

Como as divisões do tabernáculo estão em ordem crescente, no Lugar Santíssimo


está a Arca da Aliança, que representa o Trono de Elohim. (O “lugar Santíssimo”
representa a eternidade, onde tudo que há ali não é passageiro e não tem prazo de
validade, é eterno. É também o único lugar na face da terra onde o Elohim Bendito
se manifesta através do brilho da Shechkinah).

4.1 - A ARCA DA ALIANÇA (ARON HAKODESH)

Êxodo 25.10-16 - Também farão uma arca de madeira, de acácia; o seu comprimento
será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e de um côvado e
meio a sua altura. (v.11) E cobri-la-ás de ouro puro, por dentro e por fora a cobrirás;
e farás sobre ela uma moldura de ouro ao redor; (v.12) e fundirás para ela quatro
argolas de ouro, que porás nos quatro cantos dela; duas argolas de um lado e duas
do outro. (v.13) Também farás varais de madeira de acácia, que cobrirás de ouro.
(v.14) Meterás os varais nas argolas, aos lados da arca, para se levar por eles a arca.
(v.15) Os varais permanecerão nas argolas da arca; não serão tirados dela. (v.16) E
porás na arca o testemunho, que eu te darei.

A arca como está descrita, devia ter aproximadamente um metro e vinte e cinco
centímetros por 75 de largura e igual a medida da altura. Era de madeira de acácia e
toda revestida de ouro, por dentro e por fora. (ela representa o Reino da Luz e
também O Trono do Eterno)

A importância da arca é por demais enfatizadas na Bíblia. Em quase duzentas


referências, ela aparece nas Escrituras como a arca do testemunho, arca do Senhor,
arca do concerto, arca do nosso Deus, arca do Senhor Deus de Israel, arca Sagrada,
etc. Ela representa o trono de Deus, pois sobre ela ficava o propiciatório com os
querubins de glória.

A arca também tipifica o trono de Elohim na Terra.

Êxodo 25.22 - “E ali virei a ti, e de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins
que estão sobre a arca do testemunho, falarei contigo a respeito de tudo o que eu te
ordenar no tocante aos filhos de Israel”.

4.2 O SEU CONTEÚDO

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Hb 9.4 - “...e a arca do pacto, toda coberta de ouro em redor; na qual estava um vaso
de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha brotado, e as tábuas de
pedra com as 613 Mitsvot”.

Êxodo 25.19 - “E por|s na arca o testemunho, que eu te darei”.

A) AS TÁBUAS DA LEI - As tábuas contêm as leis que regem o Universo, que Jesus
cumpriu plenamente. As tábuas colocadas dentro da arca não podiam ser as que
Moisés quebrou. Sendo a arca a base do trono de Deus, a Lei quebrada pelo homem
jamais pode estar lá. Por isso Deus escreveu outras tábuas.

B)A VARA DE ARÃO - A vara florescida de Arão fala da ressurreição de Cristo e


também um ministério aprovado que dá flores e frutos.

Nm 17.5-9 - “Ent~o brotar| a vara do homem que eu escolher; assim farei cessar as
murmurações dos filhos de Israel contra mim, com que murmuram contra vós. (v.6)
Falou, pois, Moisés aos filhos de Israel, e todos os seus príncipes deram-lhe varas,
cada príncipe uma, segundo as casas de seus pais, doze varas; e entre elas estava a
vara de Arão. (v.7) E Moisés depositou as varas perante o Senhor na tenda do
testemunho. (v.8) Sucedeu, pois, no dia seguinte, que Moisés entrou na tenda do
testemunho, e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, brotara, produzira gomos,
rebentara em flores e dera amêndoas maduras. (v.9) Então Moisés trouxe todas as
varas de diante do Senhor a todos os filhos de Israel; e eles olharam, e tomaram
cada um a sua vara”.

A vara de Arão quando foi cortada ela morreu mais plantada deu flores e até
amêndoas maduras. Assim é o ministério de Jesus Cristo. Jesus teve que morrer para
o seu ministério dar flores e frutos.

C) O MANÁ - O vaso de maná colocado dentro da Arca indica provisão de Deus para o
seu povo. Vejamos o que a Bíblia diz a respeito:

Êxodo 16.32-34 - "E disse Moisés: Isto é o que o Senhor ordenou: Dele enchereis um
gômer, o qual se guardará para as vossas gerações, para que elas vejam o pão que
vos dei a comer no deserto, quando eu vos tirei da terra do Egito. (v.33) Disse
também Moisés a Arão: Toma um vaso, mete nele um gômer cheio de maná e põe-no
diante do Senhor, a fim de que seja guardado para as vossas gerações. (v.34) Como o
Senhor tinha ordenado a Moisés, assim Arão o pôs diante do testemunho, para ser
guardado”.

Jo 6.58 - “Este é o pão que desceu do céu; não é como o caso de vossos pais, que
comeram o man| e morreram; quem comer este p~o viver| para sempre”.

Ap 2.17 - “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz {s igrejas. Ao que vencer
darei do maná escondido, e lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome
escrito, o qual ninguém conhece sen~o aquele que o recebe”.

4.3 O PROPICIATÓRIO

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Colocado sobre a arca, como uma cobertura desta, o propiciatório consistia uma
peça de ouro maciço, medindo um metro e vinte e cinco centímetros de
comprimento por 75 centímetros de largura, sobre a qual estavam dois querubins,
um em cada extremidade, com asas abertas e olhando para baixo.

Este propiciatório representa o trono de Deus. Era um trono de misericórdia, pois a


palavra, propiciatório significa “onde Deus nos é propício”, nos é “favor|vel”.

1 Jo 2.2 - “Ele é a propiciaç~o pelos nossos pecados, e n~o somente pelos nossos
próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro”.

O propiciatório era guardado pelos querubins, símbolo do poder de Deus. Nos


querubins resplandecia o fogo da glória de Deus, fazendo sombra sobre o
propiciatório. Deus habitava entre os querubins, por isso o autor da carta aos
Hebreus quando descreve as peças principais do Tabernáculo diz:

Hb 9.5 - “e sobre a arca os querubins de glória, que cobriam o propiciatório”.

Ora se os querubins faziam sombra sobre o propiciatório é porque estava sobre eles
o “Shechkinah”, ou fogo terrível, fogo Deus, que neles resplandecia.

5.- O AZEITE DA UNÇÃO

Unção: Unção tem múltiplas definições, como o processo seguido, normalmente


religioso, que envolve a aplicação de substâncias oleosas naquele que, em
decorrência da mesma, receberá uma influência espiritual (sendo assim ungido e
curado pela unção posta no óleo), como também (segundo os cristãos) o
revestimento do Poder do Espírito do Senhor ou a capacitação sobrenatural dada
por Deus para que se possa desempenhar algo (na Igreja ou fora dela).

Atualmente nas igrejas, principalmente as pentecostais e neopentecostais, costuma-


se confundir unção com manifestações espirituais, como o falar em línguas, mas, a
unção na definição bíblica, não é uma manifestação, mas uma capacitação, algo que
permanece.

Quando uma pessoa é ungida ela é capacitada para devidos fins, é uma expressão
exata de quando a pessoa esta cheia da graça ou poder divino. Tem um sentido
peculiar que exprime autoridade e poder. (Êxodo 29,21) "Aspergirás Aarão e suas
vestes, e igualmente seus filhos e suas vestes, com o sangue tomado do altar e com o
óleo de unção. Eles serão assim consagrados, ele e suas vestes, bem como seus filhos
e suas vestes”.

5.1-PREPARAÇÃO DO AZEITE DA UNÇÃO

O óleo para unção foi preparado por Moshê da seguinte maneira: Elohim ditou para
ele a lista de especiarias, especificando seu peso e volume. Cada especiaria foi
moída separadamente. Então, as especiarias foram misturadas e socadas em água
para que o seu aroma fosse absorvido pela água. Óleo de oliva era adicionado à água
e a mistura era fervida até que a água evaporasse e somente sobrasse óleo
perfumado. Aquele óleo, (o óleo para unção) foi preservado num frasco para ser

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usado na unção dos Sumo Sacerdotes e reis da dinastia de David. Na consagração do
Tabernáculo, todos os seus utensílios também foram ungidos com este óleo.

Apesar de Moshê ter preparado somente a quantidade de pouco mais de quatro


litros, esta quantidade milagrosamente foi o suficiente para todas as próximas
gerações. Este mesmo óleo ainda foi usado na época do segundo Templo Sagrado. O
frasco contendo o óleo foi ocultado na época da destruição do Templo. Ele nos será
devolvido na era de Mashyah.

Moshê preparou o incenso, misturando onze das melhores especiarias, apontadas


por Elohim. Somente uma dentre as especiarias emitia um odor repulsivo. Elohim
queria ensinar aos judeus que deveriam incluir igualmente os indivíduos
transgressores em momentos de jejuns e orações comunitários.

As especiarias deveriam ser moídas, misturadas e um punhado delas era queimado


diariamente no altar de incenso.

Era proibido produzir uma mistura de especiarias nas mesmas exatas proporções
do incenso, se a mistura fosse destinada para uso particular.

5.2-CHANUCÁ (uma das festas judaicas-esta comemora um milagre ocorrido no


tempo dos Macabeus) E A HISTÓRIA DO AZEITE

Quando os gregos entraram no Santuário, contaminaram todos os utensílios e o


azeite. Então, quando a família real hasmoneana os sobrepujou e foi vitoriosa sobre
eles, procuraram e encontraram uma única ânfora de azeite puro que estava selado
com o selo do Sumo Sacerdote – suficiente para acender a Menorá por um só dia. Um
milagre aconteceu, e eles acenderam a Menorá com este azeite durante oito dias. No
ano seguinte, estabeleceram estes dias como festivos e de louvor e agradecimento a
Elohim.

Nós, porém, celebramos Chanucá comemorando o milagre do azeite e acendendo a


Menorá por oito dias, de preferência usando azeite de oliva porque é facilmente
atraída para o pavio, sua luz arde claramente, e o milagre de Chanucá aconteceu
com azeite de oliva.

O Chassidismo explica que o milagre essencial de Chanucá foi uma vitória especial.
Os Greco-sírios não queriam aniquilar fisicamente os judeus (como Haman fez no
tempo de Purim); eles queriam matar suas almas. Os gregos não se opunham à Torá
como um compêndio de sabedoria humana e mitsvot como um conjunto de regras
éticas; eles procuravam “fazê-los esquecer Tua Torá e fazê-los violar os decretos da
Tua vontade” – divorciar a Torá e as mitsvot de sua natureza espiritual e Divina. A
batalha foi lutada não por qualquer fim material ou político, mas pela própria alma
do Judaísmo. Assim o Talmud define “O que é Chanuc|?” por seu milagre espiritual –
a descoberta do azeite puro e não profanado e o acendimento da luz Divina que
emanava do Templo Sagrado. Mesmo quando os poderosos materialistas Greco-
sírios profanaram todos os objetos sagrados, mesmo quando todas as fontes de luz
pura (do puro azeite de oliva) se foram, pelo menos um recipiente de pureza
permaneceu, e reviveu a alma. A poderosa qualidade da luz.

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O Midrash oferece a seguinte parábola para explicar o uso do azeite de oliva para a
Menor| no Templo: “é compar|vel a um rei cujas legiões se rebelaram contra ele. No
entanto, uma das legiões permaneceu leal e não se rebelou. O rei disse: é desta
legião que não tinha se rebelado que escolherei meus legisladores e governantes.
Assim D’us disse: Esta oliveira trouxe luz ao mundo no tempo de Nôach, pois vimos a
pomba voltou… e tinha um ramo de oliveira no bico. ’” (Vayicr| Raba 31:10). A
corrupção precedendo o grande Dilúvio não afetou somente o homem, mas também
o reino animal e o vegetal. Diferentes espécies animais tentaram se cruzar; plantas
tentaram se enxertar com outras. Somente a oliveira resistiu a todas as formas de
enxerto. É assim considerada “a legi~o que n~o se rebelou”. Permaneceu pura. Como
continuou fiel a D’us, a oliveira foi escolhida para ser o sinal de renascimento e
renovação após o Dilúvio. Foi escolhida para ser a fonte de luz do local mais sagrado
neste mundo, e a fonte de luz para as gerações vindouras.

Mas o que há no azeite de oliva que o imuniza contra forças corruptoras? E como
acessamos este poder?

As Propriedades do Azeite

A natureza material de toda entidade física evolui de sua raiz espiritual. Uma
análise das propriedades do azeite pode ajudar a esclarecer sua poderosa
importância espiritual.

Rabi Dovber explica que a natureza do azeite pode ser entendida somente depois de
analisarmos a personalidade espiritual do azeite de oliva.

Três Dimensões da Alma

A alma consiste de três dimensões: o consciente, o inconsciente e o não


inconsciente.

O que distingue o nível do in-inconsciente do inconsciente “normal” é que o


inconsciente est| oculto, mas pode ser revelado. Nas palavras de Carl Jung: “Até você
tornar consciente o inconsciente, ele dirigir| sua vida e você o chamar| de destino.”
Isso pode ser verdadeiro no nível do inconsciente, porém o nível do in-inconsciente
é fundamentalmente impossível de revelar. Ambos estão ocultos, porém o último é
chamado “ocultaç~o sem subst}ncia,” ou “o inconsciente indefinido”.

Um exemplo dos dois é a diferença entre um carvão quente e uma pedra de isqueiro.
O fogo no carvão está oculto, mas existe dentro do carvão. Tudo que você precisa
fazer é abanar o carvão e a chama vai surgir. Numa pedra de isqueiro o fogo físico
não existe. Porém, esfregando-a com força, você consegue liberar sua centelha.

Estas três dimensões – o consciente e os dois níveis do inconsciente – estão


incorporados na diferença entre pão, vinho e azeite: pão, alimento convencional,
manifesta as faculdades reveladas. O vinho, oculto nas uvas, reflete o inconsciente –
que é revelado até por uma leve pressão sobre as uvas. O azeite de oliva representa
o in-inconsciente, que está muito mais oculto na azeitona e, portanto exige muito
mais pressão para liberar, que o vinho na uva. Nas palavras do Zohar: o vinho é o
nível dos “segredos” (um segredo que pode ser revelado); o azeite é o nível do

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“segredo dos segredos” t~o secreto que est| oculto até dos segredos, e é
fundamentalmente secreto e indefinível.

O uso do azeite na Antiguidade


Por volta de 3000 anos antes de Cristo, a oliveira já seria cultivada por todo o
Crescente Fértil. Sabe-se, no entanto, que, há mais de 06 mil anos, o azeite era usado
pelos povos da Mesopotâmia como um protetor do frio e para o enfrentamento das
batalhas, ocasiões em que as pessoas se untavam dele. De acordo com a Bíblia, havia
comércio de azeite entre os negociantes da cidade de Tiro, que, provavelmente, o
exportavam para o Egito, onde as oliveiras, na maior parte, não oferecem um
produto de boa qualidade.

A propagação da cultura do azeite pelas demais regiões mediterrânea


provavelmente deve ter ocorrido por meio dos fenícios e dos gregos. Assim, já na
Grécia antiga se cultivava a oliveira, bem como a vinha. E, desde o século VII A.C., o
óleo de oliva começou a ser investigado pelos filósofos, médicos e historiadores da
época em razão de suas propriedades benéficas ao ser humano.

Os gregos e os romanos sem dúvida descobriram várias aplicações do azeite, com


suas múltiplas utilizações na culinária, como medicamento, unguento ou bálsamo,
perfume, combustível para iluminação, lubrificante de alfaias e impermeabilizante
de tecidos.

Além disso, o azeite é mencionado em quase todas as religiões da Antiguidade,


havendo inúmeras lendas e mitos a respeito. Muitas vezes a oliveira era
considerada símbolo de sabedoria, paz, abundância e glória para os povos.

O QUE É O TEMPLO DOS ÚLTIMOS DIAS?

Em 1989, a revista Time publicou um artigo intitulado "Tempo para um Novo


Templo?" em que relatava o desejo crescente de muitos judeus devotos de verem
um novo templo construído no Monte do Templo em Jerusalém. O correspondente
começou escrevendo:

"Que a Tua vontade seja a rápida reconstrução do Templo em nossos dias..." Esse
pedido a Deus, recitado três vezes ao dia nas orações judaicas, expressa um desejo
que faz do Monte do Templo em Jerusalém os 35 acres potencialmente mais
instáveis do mundo. [1]

Nos anos que se seguiram a esse artigo, nada diminuiu o desejo de reconstruir o
templo. Na verdade, a expectativa e os preparativos continuam a crescer. O apoio do
público israelense para a reconstrução do templo, antes fraco, está aumentando
gradativamente. A tensão no Oriente Médio continua alta e os problemas religiosos
e políticos da região continuam nas manchetes em todo o mundo. Mas, mesmo
nestes tempos turbulentos, os ativistas do Movimento do Templo continuam a
intensificar seus esforços.

Os esforços da política, da diplomacia, da religião e da cultura convergem todos


para o Monte do Templo – provavelmente o terreno mais disputado da terra. Uma

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das tensões mais importantes entre judeus e muçulmanos é a de que uma mesquita
muçulmana, o Domo da Rocha, foi construída no local do templo em Jerusalém. O
ativismo em torno do templo tem provocado preocupação e conflito internacional e
continua sendo um pavio curto que pode detonar a próxima guerra mundial. Não
existem soluções fáceis ou simples nesse complexo drama internacional e há muita
retórica.

O líder dos Fiéis do Monte do Templo, Dr. Gershon Salomon, que é um dos
defensores mais conhecidos e declarados de um templo reconstruído, afirma:

Eu creio que essa é a vontade de Deus. Ele [o Domo da Rocha] deve ser retirado.
Devemos como sabem, removê-lo. E hoje temos todo o equipamento para fazer isso,
pedra por pedra, cuidadosamente, embalando-o e enviando-o de volta para Meca, o
lugar de onde veio. [2]

Afirmações tais como essa, estão carregadas de emoção e são defendidas com
convicção. Qualquer atividade relativa ao Monte do Templo certamente criará o
caos e trará reprovação de uma ou mais entidades religiosas ou políticas envolvidas.

No entanto, o sonho de reconstruir o templo é realista e biblicamente correto; um


dia ele se realizará. A Bíblia ensina explicitamente que a reconstrução se tornará
realidade. Mas a alegria será passageira e a adoração será interrompida. Como
veremos através de alguns tópicos da história e da Bíblia, o novo templo não será
nem o primeiro nem o último a ser erguido. Sua construção é certa, mas os dias
turbulentos que a acompanharão também.

Quais são os planos e os preparativos para o próximo templo de Israel?

Muitos planos estão sendo feitos para a reconstrução do templo, [3] e vários grupos
diferentes em Israel estão se preparando para isso. Algumas das organizações e
atividades incluem:

Os Fiéis do Monte do Templo, liderados por Ger-shon Salomon, que usam medidas
ativistas para tentar motivar seus compatriotas a reconstruírem o templo. Uma
dessas medidas foi sua tentativa p essa pedra estará no lugar certo – pode ser hoje...
ou amanhã, estamos bem pertos da hora certa.[4]

Outra ação que eles instituíram foi o sacrifício de animais.

O Instituto do Templo, liderado por Israel Ariel, que já fez quase todos os 102
utensílios necessários para a adoração no templo conforme os padrões bíblicos e
rabínicos. Eles estão em exposição para turistas no centro turístico do Instituto do
Templo na Cidade Velha em Jerusalém.

O Ateret Cohanim fundou uma yeshiva (escola religiosa) para a educação e o


treinamento dos sacerdotes do templo. Sua tarefa é pesquisar regulamentos, reunir
levitas qualificados e treiná-los para um sacerdócio futuro.

Muitas yeshivas surgiram em Jerusalém para fazer preparativos para a


eventualidade de culto no templo reconstruído e funcional. Estão fazendo roupas,

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harpas, plantas arquitetônicas geradas em computador. Alguns rabinos estão
decidindo quais inovações modernas podem ser adotadas num templo novo. Além
disso, eles estão fazendo esforços para ter animais kosher (puros) para sacrifício,
inclusive novilhas vermelhas. E algumas pessoas continuam a orar no Monte do
Templo para ajudarem a preparar o caminho.

Muitos outros preparativos estão em andamento para a volta de Israel a todos os


aspectos da adoração no templo.

Qual é a importância do templo da Tribulação?

O templo da Tribulação é importante porque é o templo que muitos judeus em


Israel estão tentando reconstruir no presente. Saber o que a Bíblia ensina sobre os
templos do passado, presente e futuro dá aos crentes a base necessária para ver o
terceiro templo do ponto de vista de Deus. Apesar de que a esperança judaica para o
próximo templo é que ele seja o templo messiânico, a Bíblia deixa claro que ele será,
na verdade, o templo transitório do Anticristo.

O fato de Israel ter sido restabelecido como nação em 1948, de Jerusalém ter sido
reconquistada em 1967 e dos judeus estarem fazendo esforços cada vez mais
significativos para a construção do terceiro templo, demonstra que estamos
chegando perto do fim da atual era da Igreja e do início da Tribulação. O cenário
divino para o fim dos tempos está tomando forma e o centro das atenções é a
reconstrução do templo em Jerusalém. A mão de Deus está agindo.

Bibliografia

ALMEIDA, Abraão – O Tabernáculo e a Igreja.

CÉSAR, Júlio – O êxodo.

RETHILER, Mário – Simbologia Bíblica.

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CECRES – CENTRO DE EDUCAÇÃO
E CULTURA RELIGIOSA DO
ESPÍRITO SANTO
“EXCELÊNCIA NO ENSINO RELIGIOSO”
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA RELIGIOSA D A CEAP.

RUA BOA ESPERANÇA N° 68, CHÁCARA PARREIRAL-SERRA-ESPÍRITO SANTO-BRASIL. CNPJ 23.905.766/0001-10.

Gilberto de Souza

BIOGRAFIA

 NASCEU EM 02 DE JANEIRO DE 1975, NA CIDADE DE COLATINA, ESPÍRITO SANTO-


BRASIL, DE FAMÍLIA SIMPLÓRIA, SEM CULTURA, SEM TRADIÇÃO, MAS HONESTA.
CONHECEU O EVANGELHO COM 09 ANOS DE IDADE, FOI O PRIMEIRO ENTRE AS DUAS
FAMÍLIAS A ACEITAR A CRISTO COMO SEU SALVADOR.
 CASADO COM CREUSIMAR CAETANO SILVA DE SOUZA.
 PAI DE DOIS FILHOS: DAVID DE SOUZA E CAREN EDUARDA DE SOUZA.
 ACADÊMICO DE CIÊNCIA DA RELIGIÃO.
 TEÓLOGO COM ÊNFASE EM CULTURA JUDAICA
 CURSO DE LIDERANÇA: SENAC (ESPECIALIZAÇÃO-TECNICAS DE CHEFIA E
LIDERANÇA-SECULAR)
 CURSO ESPECIALIZADO LIDERANÇA CRISTÃ CPAD- RJ
 CAPELÃO: FORMADO EM CAPELANIA PELA INSTITUIÇÃO CAFEBI CAPELANIA
FEDERAL BRASILEIRA E INTERNACIONAL. R-J
 CURSOS: CAPELÃO BÁSICO, CAPELÃO SÊNIOR E CAPELÃO INTERNACIONAL.
(DEFINIÇÃO: AUTORIDADE ECLESIÁSTICA, FACULTADO PELAS LEIS; FEDERAL N°
7672/88 art.5°; ESTADUAL N° 5018/95 e 5715/95; e MUNICIPAL N° 3661/2003)
 EDUCADOR DE ENSINO RELIGIOSO: COM VINTE E DOIS ANOS DE MINISTÉRIO E
ESTUDO DA BÍBLIA SAGRADA, EXEGETA COM ALTO NÍVEL DE INTERPRETAÇÃO,
DISCERNIMENTO, REVELAÇÃO E CONHECIMENTO BÍBLICO.
 FUNDADOR E DIRETOR DE O CECRES

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